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Capítulo 14.1

No lago.

Patty

Olivia só podia ter batido a cabeça e pirado de vez!

E eu pensando que era a doida da nossa amizade. Mas apenas uma pessoa completamente surtada sairia na rua uma hora dessas. Ainda mais ela que tinha todas as características físicas das outras vítimas. Era loucura demais até para mim! E a cada segundo que passava, eu ia ficando cada vez mais agoniada. Onde ela tinha se metido? Será que algo tinha acontecido? Eu estava sentada no chão da minha cozinha, e a casa toda estava com as luzes apagadas. Meus pais estavam dormindo e eu não pretendia acorda-los para levar bronca. Chequei o meu celular novamente para ver se havia alguma nova mensagem, mas não havia nada, estava do mesmo jeito de quando eu o chequei há dez segundos atrás.

Me levantei do chão apenas para ir até a geladeira e enfiar um cupcake de chocolate que eu havia cozinhado hoje mais cedo goela abaixo, e então, caminhei até a porta dos fundos, destrancando e abrindo apenas uma fresta para ver do lado de fora. O meu quintal continuava totalmente vazio, tudo o que eu ouvia era o som de alguns grilos por perto. Fechei a porta e já estava indo em direção a geladeira novamente quando batidas na porta me assustaram. Eu gelei na hora, quase me cagando. A porta de trás da cozinha não era de vidro como a da casa da Liv, e sim, de madeira normal, não dava para ver do lado de fora. Por isso, eu não fiz nada, precisava esperar a pessoa se identificar primeiro, eu não iria abrir a porta da minha casa tão fácil assim. E se fosse um maluco? Ou o Enigma? Eu não era loira dos olhos azuis, e até já havia feito dezoito anos semanas atrás, mas nunca se sabe!

— Patty, sou eu!

Agora sim. Me apressei para abrir a porta e fecha-la assim que ela entrou. Liv parecia extremamente nervosa.

— Aconteceu alguma coisa?

— Eu acho que tinha um carro me seguindo. — Ela disse, com a respiração ofegante. — Eu só fui perceber quando já estava aqui na esquina da sua rua, era um carro grande... acho que uma SUV, e totalmente preta...

— Ok, calma, respira um pouco e se acalma. — Pedi, e ela parou para respirar melhor.

— Você anotou a placa?

— Não. A luz do farol estava forte, sem falar que na hora eu nem pensei nisso, só comecei a correr até aqui. Acho que você tinha razão, isso foi uma péssima ideia.

— Eu sempre tenho razão, tá vendo? Isso foi burrice demais até para você!

— Como assim "até para mim"?

Ela fez uma careta e eu pisquei algumas vezes pensando no que responder. Ela era a minha melhor amiga e eu não queria magoa-la, mas Olivia não tinha as melhores ideias do mundo. Não, ela não era burra. Mas o que ela tinha de inteligência intelectual, faltava em inteligência "da rua". Liv foi criada em uma bolha segura, ela era a filha do xerife em uma cidade praticamente sem crimes, por isso que as vezes ela não pensava em nada, apenas metia o pé e fazia o que bem desse nessa mente mirabolante dela. Minha melhor amiga era completamente impulsiva. Já eu, apesar de também ter sido criada no mesmo cenário, ao menos considerava alguns possíveis cenários. Eu havia assistido filmes e séries de terror o suficiente para não morrer antes dos trinta.

— Foi só uma forma de falar. Você é toda impulsiva. — Ela fez uma careta, mas não levou o que eu disse a sério. — Vem, vamos subir e você me conta o que de tão importante você descobriu.

Já mais calmas e confortáveis, bem, pelo menos eu que estava deitada na minha cama estava, Olivia continuava em pé no meio do meu quarto, completamente nervosa.

— Ok, para você entender toda essa história eu tenho que começar do começo... ou pelo menos, o que eu achava ser o começo: a festa do Noah.

— Ah, senhor, já vi que isso vai demorar e eu não vou dormir tão cedo.

— Apenas me escuta, ok?

Eu assenti. E enquanto ela ia me contando tudo o que tinha acontecido com ela nesses últimos dias, sono era a última coisa que eu conseguia sentir. Já raiva, tristeza, medo, ah, isso sim! Como ela conseguiu aguentar todos esses acontecimentos sem contar para a polícia? Para o próprio pai? Ou pior, para mim? Guardei minha indignação para depois e me concentrei na história, ou melhor, nos fatos.

— E foi quando você me mandou o site e eu percebi que, todas as vítimas foram encontradas em lugares em que eu estive. A praça São Vicente, onde aconteceu a feira de livros, a floresta Ouklen, onde fizemos aquele piquenique doido para o seu aniversário de dezoito anos, no quintal da casa do Noah, onde fomos a festa, e na biblioteca, onde eu fui fazer um trabalho da escola!

— Então... o assassino está de alguma forma... obcecado por você?

Isso sim era completamente assustador. Eu não tinha ideia de como ela poderia estar se sentindo. Eu no lugar dela já teria comprado uma passagem de avião para outro estado! Ou no mínimo, pintado o meu cabelo de preto. Apesar que, se Valerie for encontrada morta e confirmada como vítima do Enigma, isso não ajudaria mais.

— É loucura, eu sei! Mas acho que é uma possibilidade. E se isso for mesmo verdade e a Valerie for mesmo uma das vítimas do Enigma, eu acho que sei onde ela pode estar... ou o corpo dela.

— Onde?

— No lago.

— O seu encontro com o Jace! — Segui a sua linha de raciocínio e ela assentiu.

— Por isso temos que ir lá checar se o corpo dela está mesmo lá.

Quase engasguei com o ar. Lá vem ela com essas ideias.

— Ou quem sabe, podemos ligar anonimamente para a polícia? — Tentei sugerir.

— Não. Eu preciso ir lá. Preciso ver com os meus próprios olhos.

— Então eu realmente espero que você esteja falando de irmos lá amanhã durante o dia e não agora. Pois nós duas, sozinhas, naquele lago deserto no meio da madrugada não é algo que vá acontecer tão cedo!

— É claro que é amanhã de manhã.

Eu superei, aliviada. Dos males o menor.

— Ótimo. Agora vamos dormir... ou pelo menos, tentar.

Ela veio se deitar ao meu lado na cama e eu apaguei o abajur. O quarto agora estava totalmente escuro, iluminado apenas por algumas luzes que vinham da janela, fazendo sombras em formas esquisitas nas paredes. Quando eu era pequena, eu costumava confundir sombras assim com seres malignos tentando me pegar todas as noites, tive que dormir com uma luz noturna por anos por causa disso, até eu criar vergonha na cara e parar de usar ao completar dezesseis. A luz noturna era linda, iluminava o teto do meu quarto com várias estrelas quando ligada no escuro. Eu não sabia onde ela estava agora, talvez minha mãe tenha doado, ou jogado fora....

— Quem você acha que criou o blog? — Liv perguntou de repente. — Eu não cheguei a olhar, mas você falou que tem fotos...

— E gráficas. Bem gráficas. — Acrescentei, não querendo nem lembrar.

— Então... talvez... o próprio assassino?

— Faz sentido. Eu andei pesquisando na internet sobre psicopatas e assassinos em série, e vi que a grande maioria gosta de atenção e de "reconhecimento", então, montar esse blog apenas para causar entra nisso.

— Verdade. — Ela concordou, suspirando. — Meu Deus, eu tenho que ligar para casa. Minha mãe vai surtar quando não me ver lá.

Ela se levantou da cama em um pulo e foi até o seu casaco, que estava no braço da cadeira da minha escrivaninha, para pegar o seu celular, então, foi para o meu banheiro para fazer a ligação. Quando ela voltou, se deitou na cama ao meu lado e fechou os olhos.

— Olivia? — Chamei, antes que ela dormisse... Eu tinha algo a confessar. — Você tem certeza de que Harry é o assassino?

— Honestamente? Certeza, certeza mesmo, eu não tenho mais. Eu tinha, mas agora... está tudo meio confuso... É mais como um pressentimento de que ele está escondendo algo sinistro, sabe? — Ela fechou os olhos, balançando a cabeça. Não parecia feliz com as próprias palavras. — Ou eu posso estar totalmente equivocada e ele ser totalmente inocente. Eu não sei. Realmente não sei. Mas entende agora o porquê de eu querer me manter longe dele?

— É, eu entendo...

Comecei a remexer os dedos do meu pé, totalmente insegura sobre contar ou não isso a ela. Eu não queria que ela me odiasse ou pensasse que eu estava ajudando um assassino. Fechei os olhos, tentando tomar coragem.

— Por que a pergunta?

Abri os olhos e encontrei seus inocentes olhos azuis como o céu me olhando preocupada, e logo, tive a certeza de que não conseguiria contar o que eu tinha feito para ela, pelo menos não hoje.

— Não é nada, só curiosidade. — Respirei fundo, tentando esquecer isso só por essa noite. — Vamos dormir, amanhã é um novo dia.

Me virei de costas para ela, e enfiei a minha mão embaixo do meu travesseiro. Uma mania que eu tinha antes de dormir.

— Boa noite, Patty. — Ela passou o seu braço por cima do meu corpo, me abraçando de conchinha. — E desculpa ter demorado tanto tempo pra te contar sobre tudo isso. Eu só queria te proteger.

Sorri fraco, agradecendo por estar de costas para ela, caso contrário, ela teria percebido de longe a minha expressão de culpa.

— Boa noite, Liv. E não precisa se desculpar, com certeza eu faria o mesmo para te proteger também.

— Obrigada.

Ela deu um beijo rápido no meu ombro e se afastou para dormir virada para o outro lado da cama.

***

Na manhã seguinte, não fomos ao lago. Não sei se foi nervosismo ou esse fato apenas fugiu das nossas mentes, mas tínhamos aula! Pois é, isso mesmo! Esquecemos totalmente de que tínhamos que ir à escola como as adolescentes normais que ainda éramos, e não, detetives do CSI! Então, combinamos de ir à tarde após as aulas. Meus pais iriam visitar algum imóvel em outra cidade e só voltariam a noite, então, eu teria o dia livre para isso.

No horário de almoço, Jace não descolou de perto da Liv por nada neste mundo, sério, era até enjoativo! É claro que eu queria a felicidade da minha melhor amiga, mas ao mesmo tempo, eu não conseguia confiar completamente nele! Principalmente depois do que a Liv havia contado sobre ele ter roubado um banco. Uma coisa era você namorar um maconheiro, outra coisa completamente diferente era namorar um assaltante de banco, caralho! Apenas eu estava encucada com isso? Ele roubou um banco!

Mesmo sabendo de todo o envolvimento suspeito de Harry nessa história, eu ainda tinha uma pulguinha atrás da orelha com Jace. E não, isso não era apenas eu tentando me livrar da burrada que eu tinha feito. Jace realmente era estranho. Ele tinha toda essa vibe de hippie californiano, com seu longo cabelo loiro e sorriso charmoso, e teoricamente, isso deveria ser tranquilizante, um garoto assim era good vibes demais para fazer algo de errado, não é mesmo? ERRADO! Ele roubou um banco!

Quando deixamos o colégio as três da tarde, combinamos que eu passaria para pegar ela as quatro, já que ela ainda não tinha um carro e seus pais haviam usado os seus respectivos carros para irem aos seus respectivos trabalhos. Aproveitei a hora livre e fui até a biblioteca. Precisava pegar alguns livros.

— Boa tarde, Thea. — Cumprimentei a bibliotecária assim que passei pela porta.

— Oi, Patty. Tudo bem? — Ela sorriu, simpática.

— Sim, e você? Como andam as coisas?

— Bastante paradas. — Ela suspirou. Olhei em volta pelo lugar e realmente, estava bem vazio, havia apenas umas três pessoas espalhadas, e esse lugar durante o dia costumava ser bem movimentado. — Está assim desde que, bem, você sabe. — Ela ajeitou os óculos no rosto.

— Uma garota foi morta aqui? É, eu sei. Isso realmente deve afetar os negócios.

Ela me deu um sorriso amarelo. Thea era baixinha, tinha o tom de pele branco bem bronzeado, olhos escuros, e cabelo na altura dos ombros. O mesmo corte que eu, a única diferença era que o meu parecia estar natural, enquanto o dela tinha um aspecto "lambido". Ela deveria maneirar no uso de gel, e eu, deveria começar a considerar imediatamente um novo corte de cabelo.

— Você sempre sendo tão direta, não é? — Eu apenas dei de ombros em resposta. Era a verdade, não havia por que suavizar a verdade. — Enfim, estamos fechando as seis horas agora, já que ninguém vem mais aqui a noite e nenhum dos funcionários se sentem confortáveis em ficar até tarde. — Ela suspirou, enquanto eu me perguntava quem diabos era que trabalhava aqui? Já que todas as vezes em que eu precisei vir até aqui, eu fui atendida por ela. — O que você está procurando?

— Onde fica a sessão de psicologia?

— No corredor seis. Mas que tipo de livro você procura exatamente?

— Hum... sobre a mente humana, psicopatas, essas coisas. — Falei o mais casual possível, não queria assusta-la.

— Ah, eu entendo. Desde que toda essa loucura começou na cidade, houve um pequeno aumento na procura desse tipo de livro. Acho que as pessoas estão tentando entender um pouco o que leva um ser humano a cometer algo tão horrível.... Enfim, na segunda estante do corredor seis você vai encontrar o que está procurando.

— Obrigada, Thea.

Havia uma variedade de livros sobre o assunto na estante, mas escolhi apenas três, um sobre psicopatas, outro sobre sociopatas, e o último sobre assassinos em série. Estava indo até a bancada de Thea para registrar os livros que eu levaria, quando notei Olivia parada no corredor dois, falando ao celular. Porém, como eu sabia que a essa altura ela já deveria estar em casa, só poderia ser a Taylor ali. O que levava a pergunta: o que diabos a Taylor estava fazendo em uma biblioteca?

Olhei para os lados para ver se não tinha ninguém olhando, e tendo certeza disso, eu fui para o corredor ao lado do que ela estava, para assim conseguir escutar a conversa sem ser vista. E sim, eu sei que é errado escutar conversa alheia escondida, mas se ninguém me descobrisse, tecnicamente, eu nunca escutei nada.

— Não sei, acho que hoje não vai dar... — Franzi a testa. Sua voz estava manhosa e romântica, algo que eu nunca havia presenciado em todos esses anos que a conhecia. Será que ela estava namorando? — Não sei... com você falando desse jeito é praticamente irresistível... tudo bem, tudo bem. Mas só se o meu padrasto não estiver em casa, seria muito estanho com ele na casa. — Pisquei sem qualquer reação... ela estava falando sobre o que eu achava que estava? — Ok... tchau, Zach.

Espera um segundo... Zach? Não era o Zach foragido da polícia.... era?

Caralho... Taylor estava marcando de se pegar com um criminoso procurado? E eu aqui pensando que a Olivia era doida. Taylor só pode ter surtado! Isso, ou tomar decisões totalmente equivocadas era algo de família! David não era o pai biológico delas, então, os genes da responsabilidade haviam passado unicamente para o Elijah. E só Deus — e Susan! — sabe de quem essa parte totalmente impulsiva havia vindo.

Jesus...

A ligação acabou, e eu esperei alguns minutos ali no corredor três para ter certeza de que ela iria mesmo embora, para então, continuar o meu caminho até Thea. Eu ainda precisava ir para casa me arrumar para ir procurar um possível corpo em um lago, e contar para a minha melhor amiga, que pode ou não ter um serial killer obcecado por ela, que a sua irmã gêmea está se pegando com um criminoso procurado pela polícia, que por acaso, é comandada pelo pai dela!

Honestamente?

Eu não sabia se estava animada ou com medo do resto desse dia... talvez os dois.

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