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Melhor Natal Possível

24 de Dezembro, sete e vinte da noite. A  segunda casa do quarteirão estava toda enfeitada com luzinhas de natal, guirlandas e bonecos de neve artificiais. Em frente à ela, cinco carros caros muito bem estacionados. Mas todos que passassem na frente da porta não ouviriam um som se quer, nem se ficasse lá a noite inteira.
A casa estava desconfortavelmente silenciosa, todos lá dentro estavam estáticos encarando a televisão com um copo de vinho ou cerveja na mão.
Com exceção de dois jovens, que estavam em uma parte isolada da casa. A varanda.
Sentados com as pernas cruzadas a beira da piscina, com trajes elegantíssimos de alta costura.
Lucas, um jovem rapaz; que costuma sempre dizer a coisa certa na hora certa, agora dispensa comentários e apenas observa inquieto sua namorada sentada ao seu lado em silêncio.
A garota estava muito bonita. Com seus longos cabelos loiros caídos sobre seus ombros desnudos em seu vestido tomara que caia rosa claro.
Tudo que Lucas queria era sentir o perfume da Namorada mais de perto, tocar em sua pele macia, sentir o calor de seu corpo... Assim como faziam antes, mas sabia muito bem que não seria possível tão cedo.
Ana Julia lutava contra as próprias lágrimas enquanto xingava mentalmente a sua tia Larissa que a obrigou estar maquiada para a Ceia de natal. "Maldito seja quem inventou a sombra de olhos" pensou Ana Julia.
Ela olhava para Lucas de canto de olho. Ana não era uma menina inocente, ela sabia exatamente o que passava na cabeça do tal menino.
Acontece que a química entre os dois amantes melhorava a cada dia, estavam sempre juntos trocando olhares e carícias. Mão boba aqui, mão boba alí... A adolescência sendo vivida a flor da pele.
Até o fatídico dia 9 de setembro, as três da tarde. Quando Lucas recebeu aquela ligação de Ana Julia, com aquela terrível notícia.
"Três meses de vida" foi o que disseram do pai da garota. Três meses para se acostumar com a ideia de que o homem que te carregou nos braços pela primeira vez não viverá para ver a filha se casar.
E aqueles três meses, foram os mais agonizantes e dolorosos da vida daquela pobre família.
Três meses é tempo de mais para esperar pela morte e tempo de menos para se despedir.
Seu velho pai veio a óbito no dia 16 de dezembro, o funeral foi no dia 17.
Mas apesar de tudo, ninguém naquela casa mencionou o acontecimento desde o funeral. Era como se fingissem que nada aconteceu.
A noite estava tão bonita. Lucas fitava o céu sem dizer uma palavra, segurando carinhosamente a mão da namorada.
-Vamos ficar em silêncio a noite toda?-Ana Julia pergunta chamando a atenção do rapaz.
Lucas a olha calmamente, com o rosto sereno sem nenhuma expressão aparente.
-Estou aqui para conversar.
-Não. Você não está. Seu corpo pode estar, mas sua mente está em outro lugar.
Lucas se cala por alguns instantes.
-A Sua também está.-Disse se arrependendo na mesma hora.
Ana Julia o olha com desprezo, sem dizer uma palavra. Estava fraca de mais para entrar em uma discussão com seu namorado.
-Me desculpe. -Lucas disse baixinho, quase que inaldível.
Ana Julia não respondeu, prefiriu ignorar o namorado e o seu pedido de desculpas idiota.
Os dois voltaram a encarar o céu através da água da piscina. Em silêncio.
As horas passavam devagar, mas o tempo passava depressa. Logo mais Lucas estaria novamente encarando o teto de seu quarto desejando ter dito algo que fizesse a diferença.
-Que droga!-A menina disse irritada, se levantando do chão.
O vestido rosa claro tomara que caia havia sujado. Era inaceitável para uma garota como ela ficar com um vestido molhado durante uma festa.
-Não se preoculpe.-Lucas se levantou do chão, batendo as mãos na calça de seu smolking barato.-Tenho certeza de que vai secar logo logo.
-Mas o que eu faço por agora?
Lucas sorriu meigamente, balançando a cabeça.
-Você fica linda até com um vestido molhado.
-Eu não posso ficar na festa com o vestido sujo Lucas!
O garoto andou até a namorada calmamente, pondo as mãos ao redor da cintura da mesma.
-Sabe que eu não me importaria de te ver sem ele.
Ana Julia solta uma risada nazal dando um sorrizinho tímido.
-Eu vou trocar de roupa, volto em alguns instantes.
Lucas assentiu com a cabeça dizendo:
-Vou te esperar por aqui.
A menina se retirou da varanda dando passos curtos até o lado de dentro de sua casa.
A verdade era que Ana Julia era uma menina realmente rica. Qualquer um que a visse na rua acharia que ela não passa de uma adolescente normal, com roupas normais e uma vida normal. Mas não, a família da garota é realmente endinheirada.
Nem é preciso ser dito que a primeira vez de Lucas na casa da namorada foi um tanto quanto surpreendente.
O menino vestiu sua melhor roupa para impressionar os pais da namorada. Mas assim que passou pelo portão descobriu que as suas roupas não eram lá grande coisa.
Era desconfortável pra ele estar no meio dos familiares da namorada com o único terno velho do seu pai que havia sido usado somente uma vez em 1996, quando casou com sua mãe. Tudo bem que o pai de Lucas era um pouco mais alto que o filho na década de 90, mas nada que uma dobradinha de barra não resolvesse.
Em circunstâncias normais, já seria um grande passo estar alí para comemorar o natal. Mas com um membro à menos na família, é um passo maior ainda.
Lucas decidiu entrar para encher o seu copo de refrigerante mais uma vez. Haviam dois fardos de refrigerante na geladeira, mas ninguém além dele e Ana Julia estavam muito interessado.
O garoto se perguntava se poderia levar uma garrafa ou duas para casa e fazer um agrado aos pais e aos seus irmãos.
Mas desistiu da ideia assim que pensou na cara que Ana Julia faria se pedisse tal coisa.
Lucas então se conformou apenas com seu pequeno copo cheio até a metade com Coca Cola.
Depois de uns 15 minutos, Ana Julia saiu de seu quarto com uma roupa diferente. Um vestido branco e curto, que certamente era próprio para a noite de ano novo que seria daqui a uns dias.
Lucas tirou seu blaser e o estendeu ao seu lado no chão, para que Ana Julia sentasse sem sujar o seu vestido.
-Obrigada.
-Não há de que.
Ana Júlia sorriu meigamente para o namorado. Sentia um grande peso em seu coração, culpa.
Estar feliz apesar da morte de seu pai? Isso era profundamente desrespeitoso. Ela deveria estar vestida de preto, trancada em seu quarto, chorando baixinho enquanto pedia a Deus que o recebesse bem. Mas ao invés disso, ela estava com o namorado que foi o responsável por fazer ela ficar menos tempo com o seu pai enquanto ele ainda tinha vitalidade.
Ana Julia inconscientemente, sentia raiva de Lucas. Mas repreendia a sí mesma toda vez que percebia que estava tendo esses pensamentos horríveis sobre o namorado.
O sorríso meigo de Ana Julia desaparesceu rapidamente. Deixando o namorado confuso com essa mudança de humor repentina, Lucas então se viu na obrigação de tomar uma atitude.
-Você está linda de mais essa noite.-O garoto disse com sinceridade, enquanto acariciava as costas da namorada de leve.
-Obrigada.
-O que foi amor?
A garota olha para Lucas, com um olhar triste. Como se fosse cair aos prantos naquele mesmo instante.
-Eu sou linda.
-Sim. Eu já disse que é.
-Sim. Eu sou linda. Mas isso não importa.
Lucas olhou a namorada intrigado. Se questionando se chama-la de "linda" fora um erro, e se talvez devesse se desculpar por elogia-la.
-Amor...
A garota o interrompeu elevando o tom de sua voz:
-Passei a vida inteira achando que eu só seria feliz quando fosse linda, e agora você me diz que eu já sou. Mas Lucas, eu ainda não estou feliz.
Lucas ficou quieto por alguns instantes, desconfortável. Queria fazer algo para animar sua namorada, mas temia que fosse brusco de mais a ponto dela estranhar e não se divertir.
-Ana.
-Sim?
-Posso usar o seu som?
Ana Julia o olha com a testa franzida, uma cara de nojo. A qual Lucas temia desde o princípio.
-Você prestou atenção em algo do que eu disse?
-Sim. Você não está feliz. Então deixe eu fazer alguma coisa a respeito.
A garota ficou em silêncio por alguns instantes, ainda com aquela cara de desgosto, o que deixava Lucas apreensivo.
Mas então, finalmente:
-No meu quarto. Segunda gaveta da cômoda.
A garota disse com uma voz entediada, mas era o bastante para elevar os ânimos de Lucas.
Ele comemorou internamente, se levantando do chão com vigor.
Nunca havia ao menos entrado no quarto da namorada. O pai dela o repreendia cada vez que passava perto da porta do quarto da garota. Eles nunca tiveram um tempinho a sós naquela casa; talvez por isso Ana Julia vivia na casa de Lucas sempre que podia, lá os dois tinham um pouco mais de privacidade.
O garoto parou em frente a porta do quarto. Se sentia mal de estar desobedecendo as ordens de seu falecido sogro. Mesmo que tivesse indo apenas pegar algo no quarto da garota.
Ele colocou a mão na maçaneta cara daquela linda porta de madeira, mas não a girou. Suspirou fundo. Lucas sentia que devia ao menos pedir permissão antes de entrar alí.
-Hey. Senhor sogro.-Lucas falou baixinho.-Eu sei que o senhor não está mais por aqui. Mas eu quero que saiba, que concedeu a sua filha ao cara certo. Eu prometo que eu cuidarei dela pelo senhor. Então, não ache que eu estou desrespeitando o senhor está bem? Estarei fora do quarto dela antes que o senhor perceba.
Lucas então, inflou o peito, e girou a maçaneta.
O quarto de Ana Julia era lindo, parecia ter saído direto de uma foto do Pinterest. Papel de parede rendado, cama box, escrivaninha vintage, duas caixas de maquiágem importada sobre a penteadeira... Um quarto digno de uma princesa. Lucas teve que se segurar para não deitar naquela cama aparentemente super confortável bem alí na sua frente.
Mas como prometido ao sogro. Pegou a JBL e saiu do quarto, sem muito o admirar. Sabia que teria outras oportunidades para isso futuramente.
Ana julia ainda estava sentada a beira da piscina, observando a água escura assustadora à luz do luar.
Lucas decidiu não perder mais tempo. Queria ver o lindo sorriso da namorada novamente, era tudo que ele mais ansiava.
Colocou então, a música. "A nossa música".
O som na caixa estava em um volume alto o suficiente para que os dois ouvissem, mas não o bastante para atrapalhar os demais em casa.
E Lucas estava dançando alegremente no rítimo da música, tentando parecer divertido o bastante para arrancar um sorriso da namorada.
Mas Ana Julia só o encarava calada, sem expressar emoção alguma.
-Never gonna give up?
-Sim! É a nossa música.
-É a música de todo mundo.
-Sim. Provavelmente, mas pode ser a nossa também.
Lucas foi até a garota sem parar de dançar, estava se esforçando ao máximo. Tudo que aquele garoto queria era tornar aquele, o melhor natal possível para sua namorada de coração partido.
Estendeu a mão na direção de Ana, torcendo para que ela aceitasse e dançasse junto a ele. Mas ao invés disso, Ana apenas voltou a encarar a água da piscina.
-O que foi?
-Nada, Lucas.
O Garoto desligou a música desanimado, se sentando novamente ao lado da namorada à beira da piscina.
-Por que você desligou a música?
-Acho que não foi uma boa ideia...
Ana Julia assentiu desanimada.
-Será que eu posso te beijar?-Lucas pergunta apreensivo à namorada silenciosa.
-Agora não Lucas.
-Ok...
Os dois ficaram em silêncio mais uma vez, sem se tocar, ou ao menos se entre olhar. Era frustrante para Lucas, se sentia incapaz de ajudar a sua namorada; se sentia completamente inútil.
-Eu te amo, está bem?
-Ta bem.
-Você também me ama?
Ana Julia não respondeu. Deixando Lucas já com o estômago embrulhado.
-Amor? Você não me ama mais?
-Lucas. Não sei.
Isso definitivamente não era um bom sinal. Lucas sentiu quase que instantâneamente um nó se formando em sua garganta.
"Não chore agora, seja forte!" Ele pensou respirando fundo. Decidiu que seria melhor se levantar, pois não aguentaria olhar para a cara da namorada depois disso.
-Vou entrar pra comer alguma coisa. Quer que traga algo para você?
-Não.
-Ok.
O garoto foi em direção a cozinha, inconformado. Não podia negar que sentia uma pitada de raiva. Há mais de um mês ele tem tomado todos os cuidados, sendo o melhor namorado do mundo para Ana Julia. Mas mesmo assim, não era o suficiente.
Uma enorme vontade de ir para casa invadiu o peito do jovem rapaz. Já antes se via culpado por deixar seus pais em casa em uma noite de natal, agora então, só se sentia um grande idiota.
Lucas pegou uma fatia de pizza de mussarela, ainda com o estomago embrulhado. Teve que se esforçar para engolir, apesar da fome que estava sentindo, pois havia passado a noite inteira do lado da namorada desanimada que não aceitou comer uma fatia de pizza se quer.
O menino então respirou fundo, aliviando de toda a frustração que estava sentindo naquele momento. Pois ele sabia que a dor da namorada era com certeza muito maior do que a dele.
Então, ele se concentrou no que realmente importava. Deixar Ana Julia feliz, pelo menos hoje, pelo menos agora; um segundo seria o suficiente.
Talvez nunca voltassem a ser o que eram antes, talvez depois daquela noite, Lucas nem fosse mais o namorado dela. Mas ainda sim, ele ainda queria um sorriso daquela garota.
Então, tomou a atitude mais drástica da noite.
Andou até a piscina, a passos largos. Em um surto de coragem ele disse:
-Amor, tira a roupa.
Ana Julia o olhou incrédula, assustada com o pedido repentino do namorado.
-O quê?!
-Tira logo!
Lucas estava tirando os sapatos apressado, seguido da calça e da camisa manchada que estava usando.
-O que está fazendo?
Sem resposta. Ao invés disso, Lucas deu um salto pra dentro da piscina, sem mais nem menos.
-Lucas?! Ficou doido?
O garoto levantou os braços, eufórico, molhado da cabeça aos pés. Só queria que seu plano desse certo, naquele instante.
-Doido por você! Entre, nade comigo. Vamos!
Ana Julia estava de boca aberta, confusa se deveria seguir o desejo de entrar de cabeça naquela piscina, ou se deveria agir como uma garota de classe que realmente era.
Lucas já dentro da piscina tremia de medo de que a namorada o desdenhasse, estava completamente vulnerável aos julgamentos da garota e da família dela. Era tudo ou nada.
Ana Julia respirou fundo. Se levantando da borda da piscina, já desabotoando as sandálias.
-Estou sem sutiã.
-Eu não me importo.
-Não vou nadar pelada!
Lucas pensou por alguns segundos, sabia que se não apresentasse uma solução imediata perderia sua chance.
-Então veste a minha camisa.
Sem pensar duas vezes, Ana Julia arrancou o vestido, ficando de costas para o namorado. Apanhou a camisa do chão e a vestiu o mais rápido que conseguiu abotoa-la.
E finalmente, saltou para dentro da piscina.
Lucas abraçou a namorada o mais forte que pôde, sentindo um grande peso saindo de seus ombros.
Ana apenas entrelaçou suas pernas ao redor do rapaz, era o primeiro abraço em muito tempo.
-Eu também te amo Lucas, me desculpe.
Talvez Ana estivesse chorando, mas Lucas nunca terá certeza disso.
Ele apenas abraçou a namorada, feliz por sua conquista.
-Está tudo bem.
Dentro da casa, os parentes de Ana Julia olhavam curiosos através da porta de vidro. Estavam assistindo toda a cena desde o princípio.
Orgulhosa, a mãe de Ana Julia disse com um sorriso no rosto para sua irmã mais nova:
-Eu não disse? Esse Lucas é um bom rapaz.
A irmã dela assentiu.
-Espero que ele venha no natal que vem.

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