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1.4 : VIVENDO E APRENDENDO


Chishiya observava Natsuki se levantar e se afastar, seu olhar astuto captando cada movimento dela. Um sorriso discreto surgiu em seus lábios. Tê-la em sua equipe seria mais do que uma vantagem - seria quase uma vitória antecipada, mesmo que ela fosse uma bomba-relógio prestes a explodir.

─── O que é isso? ─── Kuina interrompeu seus pensamentos, tirando o palito da boca e estreitando os olhos para ele. ─── Por que tá sorrindo

─── Porque agora os milicianos não vão ser um problema. ─── Ele murmurou, quase para si mesmo. ─── E quem sabe... a gente consiga um carrasco.

Kuina arqueou as sobrancelhas.

─── Qual é o seu plano pra ela? Você provoca a garota sem parar, depois tenta se aproximar como quem não quer nada e fica seguindo ela por aí. Parece até um stalker.

─── A Natsuki é uma peça-chave. Ela vai nos levar direto ao Chapeleiro. ─── Chishiya respondeu, com uma calma irritante. ─── Ela já tá desconfiando dele, é só questão de tempo até decidir sair da Praia por conta própria.

─── Você acha mesmo que ela matou o amigo dela? ─── Kuina pressionou, sua voz carregada de dúvida.

Chishiya hesitou por um segundo, algo incomum.

─── Sinceramente? Não. Ela tem capacidade pra isso, mas não naquela situação. Ela já matou antes, mas sempre por necessidade. Não sei os detalhes do jogo, mas aposto que ela nem sequer tocou no Yuta.

─── Mas Aguni e os outros disseram que ela foi encontrada ao lado de três corpos baleados, e o Yuta ainda estava vivo. Ele tava pedindo desculpas, falando algo sobre ter enfrentado ela.

─── O Yuta pode ter sido muita coisa, irritante, idiota, intrometido, mas burro não era. ─── Chishiya argumentou, pensativo. ─── Devia ser um plano deles, ou algo que saiu do controle. Por que tá perguntando isso, Kuina? Tá com medo dela?

Kuina deu de ombros, um toque de desconforto em seu rosto.

─── Ela já tentou te matar duas vezes, né? Só acho que é melhor ficar de olho e garantir que ela esteja do nosso lado. Sem traições. Como você disse, ela é uma bomba relógio.

Chishiya riu baixo, o som quase imperceptível.

─── Você não entende, Kuina. O que eu mais admiro na Natsuki é que ela é imprevisível. Não é só o fato de ela ser capaz de virar o jogo, é como ela faz isso, com esperteza e ferocidade ao mesmo tempo. Tipo quando ela me empurrou no atirador naquele jogo de polícia e ladrão.

Kuina piscou, surpresa.

─── Admirar, é? Achei que você não fosse o tipo de pessoa que admira ninguém.

Ele desviou o olhar, cruzando os braços.

─── Admiração não significa confiar, Kuina. Mas talvez ela tenha o meu respeito.

Kuina estreitou os olhos, um sorriso maroto surgindo em seus lábios.

─── Chishiya, você gosta de mulher?

Ele virou o rosto para encará-la, a expressão vazia, mas o tom seco entregava sua surpresa.

─── O quê? Que tipo de pergunta é essa?

Kuina não conseguiu segurar a gargalhada, dando um tapa leve nas costas dele.

─── Ah, deixa pra lá. Só tô tentando entender essa sua obsessão com a Natsuki.

Chishiya suspirou, revirando os olhos.

─── Não confunda interesse estratégico com qualquer outra coisa.

─── Interesse estratégico né. ─── Kuina repetiu, com um toque de ironia. ─── Tá bom, gênio. Mas, já que gosta tanto dessa dinâmica de vocês dois, o que acha de você e ela...

─── Não começa. ─── Ele interrompeu, categórico, lançando um olhar de advertência.

Kuina deu de ombros, mas o sorriso travesso ainda estava lá.

─── Tá bom, tá bom. Não vou insistir. Só cuidado, viu? Pessoas imprevisíveis como ela podem ser perigosas até pra alguém como você.

Chishiya não respondeu de imediato, mas o leve sorriso que pairava em seu rosto parecia mais significativo do que ele gostaria de admitir.

─── Sabe, eu acho que hoje a gente tem que se divertir. ─── Kuina anuncia, se levantando animada.

─── Deus me livre. ─── Chishiya respondeu, sem nem um pingo de ânimo.

─── Sério Chishiya, desde que você chegou aqui, qual foi a última gota de álcool que você bebeu?

─── Bebidas alcoólicas são ruins e nos fazem ficar estúpidos, por que eu faria isso comigo mesmo?

Kuina revirou os olhos, frustrada com a falta de empolgação de Chishiya.

─── Ah, qual é! Você já é insuportável sóbrio. Quem sabe bêbado não fique mais suportável? ─── brincou, puxando-o pelo braço com determinação.

Ele soltou um suspiro cansado, mas deixou que ela o arrastasse.

O salão de festas da Praia estava cheio como sempre, com DJ tocando música alta, pessoas quase peladas cometendo atos sugestivos e coisa do tipo. No bar, uma figura familiar chamou a atenção dos dois: Natsuki, sentada sozinha, com um cigarro aceso entre os dedos e um olhar perdido.

─── Olha só quem tá ali. ─── Kuina apontou, o tom curioso.

Chishiya estreitou os olhos para Natsuki antes de se aproximar. Sem dizer uma palavra, ele simplesmente tomou o cigarro da mão dela e o apagou no cinzeiro mais próximo.

─── O quê...? ─── Natsuki começou, mas se calou ao encontrar o olhar dele.

─── Kuina tá tentando parar de fumar. ─── Ele explicou, com um toque de provocação, como se isso bastasse.

Para sua surpresa e infelicidade, Natsuki não ficou irritada, apenas soltou um suspiro cansado e recostou-se no balcão, sem protestar.

─── Tá, tanto faz. ─── Ela murmurou, erguendo o copo de bebida. ─── Isso aqui pelo menos vocês não vão me tirar, né?

Kuina riu, pegando uma dose para si mesma e cutucando Natsuki no ombro.

─── Você devia se soltar mais, sabia? Passa muito tempo emburrada, afundada nos seus pensamentos. Vamos nos divertir hoje, sem paranoia, sem jogos, sem cartas. Só a gente.

Natsuki ergueu uma sobrancelha, desconfiada, mas não respondeu. Chishiya, por outro lado, apenas deu de ombros.

─── É, por que não? ─── Ele comentou com desdém, mas aceitou uma bebida.

A música alta preenchia o salão enquanto o trio se acomodava em uma mesa próxima ao bar. Kuina já estava animada, enchendo três copos com um coquetel colorido que o bartender acabara de preparar. Natsuki observava tudo com uma expressão entre cínica e desinteressada, mas aceitou a bebida que Kuina empurrou em sua direção.

─── Vamos, Natsuki! Faz tempo que você não desce do pedestal de "garota maluca e depressiva" e se junta ao resto de nós mortais. ─── Kuina provocou, erguendo o copo em um brinde improvisado.

─── Talvez eu goste do meu pedestal. ─── Natsuki respondeu, mas mesmo assim brindou com ela. ─── E quem disse que eu sou depressiva?

─── Ah, por favor! ─── Kuina revirou os olhos, apontando para o copo de Natsuki. ─── Você passa mais tempo sozinha, olhando pro nada, do que qualquer pessoa que eu conheço. Até o Chishiya parece mais sociável que você, e olha que ele é basicamente uma estátua que fala.

Chishiya, sentado ao lado, arqueou uma sobrancelha.

─── Obrigado pela parte que me toca. ─── Ele disse, com seu tom usualmente sarcástico, antes de tomar um gole da bebida. ─── Mas concordo com Kuina. Você precisa se soltar, Natsuki. Até agora, parece que está aqui presente só de corpo, sabe-se lá onde tá sua consciência.

Natsuki inclinou a cabeça para o lado, fingindo pensar.

─── Talvez eu esteja assim porque vocês dois são insuportáveis. ─── Ela retrucou, mas havia um pequeno sorriso em seus lábios que traiu sua tentativa de ser séria.

Kuina riu alto, quase derrubando o copo.

─── O senso de humor dela voltou! Vamos brindar a isso.

Mais algumas rodadas se passaram, e Natsuki parecia relaxar cada vez mais, até falava sobre sua vida antes de ir parar desse lugar.

O salão da Praia parecia mais abafado conforme a noite avançava, mas o trio já havia encontrado um ritmo próprio.

─── E então, ele pegou um extintor e acertou na cabeça do cara, aí eu disse pra ele apertar o botão daí a gente entendeu o jogo! ─── Natsuki concluiu, quase derrubando a garrafa que segurava. ─── Aí ele me falou da praia, mas acabou morrendo e o resto vocês ja sabem.

─── Isso explica muita coisa sobre como você ainda tá viva. ─── Chishiya comentou, arqueando uma sobrancelha enquanto tomava outro gole de sua bebida. ─── Puramente sorte.

─── Sorte, nada. ─── Natsuki retrucou ─── E eu não preciso de ninguém pra validar minha genialidade que nem você.

─── Ponto pra Natsuki. ─── Kuina gargalha.

Natsuki riu, balançando a cabeça. Ela estava encostada no balcão, o corpo mais relaxado do que parecia possível em um lugar como aquele.

─── Vocês dois têm uma dinâmica bem peculiar. ─── Kuina observou, o tom divertido apesar de embriagado ─── Parece que tsão casados há anos e estão em crise.

─── Quanta criatividade. ─── Chishiya rebateu, com uma expressão de desdém exagerado ─── Ela não me aguentaria.

─── Brinde a isso. ─── Ela provocou, lançando um olhar malicioso para ele. ─── Por incrível que pareça, acho que é a primeira coisa sensata que ele disse a noite inteira.

Chishiya apenas revirou os olhos, mas o leve sorriso que escapou denunciava que ele estava se divertindo.

─── Que bom que você quis ficar com a gente Natsuki ─── Kuina admite ─── é bom ter pessoas com quem contar, a solidão só piora as coisas

─── Você sabe como convencer alguém a não ir embora cedo. ─── Natsuki disse, seu tom leve e mais sincero do que antes.

Chishiya inclinou a cabeça, os olhos fixos nos dela, como se estivesse analisando cada nuance de suas palavras.

─── É só questão de encontrar o que prende você. ─── Ele respondeu, enigmático.

E, por um instante, Natsuki não tinha certeza se ele estava falando da festa ou dele.

Algum tempo depois, já mais cambaleantes, os três subiram para o quarto de Kuina. Ela era a que estava mais bêbada portanto teve que ser levada com a ajuda dos dois amigos.

Ao entrar em seu quarto, ela desabou na poltrona, soltando uma risada preguiçosa antes de simplesmente apagar, quase como se estivesse em um coma alcoólico.

Natsuki e Chishiya ficaram sentados no chão, encostados na cama. O silêncio entre eles era confortável, mas carregado de uma tensão que parecia crescer a cada segundo.

─── Sabe, ─── Natsuki começou, virando-se para encará-lo. ─── Você é irritante pra caramba, mas... obrigada por hoje. Acho que eu precisava disso.

Chishiya virou o rosto para ela, o sorriso discreto no canto dos lábios.

─── Não me agradeça ainda. Eu provavelmente só fiz isso porque estava entediado. ─── Ele provocou, mas sua voz tinha um tom mais suave do que o habitual.

Ela riu baixo, balançando a cabeça.

─── Claro que sim. ─── Sua resposta veio carregada de ironia.

─── Eu acho que não tive a oportunidade de perguntar por que o Niragi fica te perseguindo. ─── Chishiya diz com curiosidade ─── Não parece ser só uma cisma aleatória.

─── Ele não é só cismado comigo. ─── Ela explica, sussurrando e encarando o ar ─── Eu conheço o Suguru. Lá no mundo original, a gente estudou junto.

─── Ele fazia bullying com você?

─── Orra. ─── Natsuki ironiza, apesar de ser uma piada de mal gosto ─── Quer dizer, não, ele não era assim. Suguru Niragi era uma pessoa um pouco gentil demais, o que atraia de forma negativa os meus amigos. Ele apanhava e era humilhado quase todos os dias e eu via aquilo, só ficava com receio de fazer algo. Acho que não o culpo totalmente por ter se tornado essa coisa repugnante. Ele passava por coisas horríveis.

─── Suas ações do passado não justificam as ações do futuro, deveríamos aprender com nossos erros, não sucumbir neles. Claro, isso não diminui a sua culpa pelo o que ele tornou, porém não o torna menos culpado pelo o que ele faz com as pessoas daqui. Acaba que todo mundo é farinha do mesmo saco.

─── Quem diria que o efeito do álcool te deixaria mais filosófico, gatinho.

─── Vivendo e aprendendo.

A tensão entre os dois parecia quase palpável, e o silêncio só era quebrado pelo som suave da respiração de Kuina, que dormia profundamente na poltrona. Natsuki, sentada no chão ao lado de Chishiya, inclinou-se levemente para trás. O leve rubor em seu rosto não era apenas pelo calor do quarto - o álcool definitivamente estava influenciando.

A conversa continuou no silêncio tenso que parecia uma dança entre a leveza e o peso do momento. Natsuki sentia o calor da proximidade de Chishiya, mesmo sem tocá-lo. Ele mantinha aquela expressão calma e levemente irônica, como se estivesse sempre no controle, mas havia algo em seu olhar que indicava que nem ele estava imune à atmosfera.

─── Por que você age assim? ─── ela perguntou de repente, a voz quase num sussurro.

─── Assim como? ─── Chishiya respondeu, inclinando a cabeça de leve, um brilho curioso nos olhos.

─── Como se nada nem ninguém realmente importasse. ─── Ela sustentou o olhar, desafiando-o a responder com honestidade.

Por um momento, ele ficou em silêncio, os olhos dela capturando os dele. Então, ele desviou o olhar para o teto, o leve sorriso desvanecendo.

─── Porque se importar geralmente acaba mal. ─── Ele respondeu finalmente, o tom mais sério. ─── Pessoas decepcionam. Situações escapam do nosso controle. Então é mais fácil não se apegar.

─── É uma boa forma de se proteger. ─── Ela observou, quase como se falasse para si mesma.

Chishiya virou-se para encará-la novamente, os olhos avaliando-a de uma maneira que a fez sentir-se vulnerável, mas também intrigada.

─── Talvez. ─── Ele admitiu, depois de um momento, deixando escapar um riso baixo, quase sem humor.

Natsuki sentiu o coração disparar levemente, não só pelas palavras, mas pela maneira como ele olhou para ela naquele instante - como se a enxergasse de uma forma que ninguém mais fazia. O silêncio voltou a se instalar entre eles, mas dessa vez parecia mais carregado. Como se cada palavra não dita pesasse no ar.

─── Você faz parecer que confia em mim. ─── Ele disse suavemente, um traço de provocação na voz, mas seus olhos mostravam algo mais profundo.

─── Talvez eu confie. ─── Ela respondeu, sua voz baixa e desafiadora.

─── Mesmo depois de tudo?

─── Chishiya, achei que tivesse percebido que eu sou pior do que você poderia ser.

Eles ficaram ali, encarando-se, o espaço entre eles diminuindo quase imperceptivelmente. Chishiya inclinou-se ligeiramente para frente, os olhos fixos nos dela, e por um breve instante, o mundo ao redor pareceu desaparecer.

─── Sabe, ─── ele começou, a voz um pouco mais arrastada que o normal, um sinal de sua embriaguez. ─── Eu já ouvi muita besteira hoje, mas você ganha o prêmio.

Natsuki arqueou uma sobrancelha, encarando Chishiya. Ele parecia tão composto quanto sempre, mas a leve descontração no modo como seus ombros estavam relaxados denunciava que o álcool também fazia efeito.

─── Se isso é um prêmio, eu passo. ─── Ela respondeu, girando o copo vazio entre os dedos. ─── Acho que já tenho coisas demais para carregar.

Chishiya soltou uma risada baixa e meio sem fôlego, jogando a cabeça para trás.

─── Você tem essa mania de falar como se carregasse o peso do mundo. ─── Ele zombou, balançando a cabeça. ─── Mas, no fundo, acho que você só é uma medrosa.

Natsuki virou o rosto para ele, os olhos semicerrados, mas havia um toque de diversão neles. Ela inclinou-se ligeiramente para frente, apoiando o cotovelo no joelho, o que reduziu ainda mais a distância entre os dois.

─── E você parece muito corajoso com essa quantidade de álcool no sangue. ─── Ela retrucou, o tom provocador.

Ele riu novamente, dessa vez mais alto, sem se importar com o volume.

─── Talvez. ─── Chishiya respondeu, olhando-a diretamente. ─── Ou talvez eu só esteja bêbado o suficiente pra ser honesto.

Natsuki não respondeu imediatamente, mas o sorriso em seus lábios ficou mais pronunciado. Ela inclinou a cabeça para o lado, observando-o com aquele olhar afiado.

─── E o que você diria se estivesse sendo totalmente honesto? ─── Ela perguntou, a voz baixa, quase um sussurro.

Chishiya piscou, surpreendido pela pergunta direta. Ele hesitou, o rosto levemente corado - e desta vez não foi apenas pelo álcool.

─── Diria que você é irritante pra caramba. ─── Ele respondeu, tentando soar casual, mas havia algo mais em sua voz. ─── Mas, de algum jeito estranho, eu não consigo não gostar de você.

Natsuki soltou um riso curto, inclinando-se ainda mais para ele.

─── Não conseguir me odiar é uma vitória. ─── Ela murmurou, a voz carregada de ironia, mas também algo mais profundo.

Por um instante, o silêncio voltou a dominar o quarto. O álcool parecia amplificar tudo - a proximidade, o calor, e, principalmente, a tensão que havia entre eles. As palavras ficaram presas, mas os olhares falavam por si.

─── Bem, acho que essa é minha deixa. ─── Natsuki anuncia se levantando ─── Vou para o meu quarto antes que você tente me beijar.

─── Ah Natsuki, cala a boca. ─── Chishiya murmura, com um sorriso divertido no rosto.

─── Boa noite Chishiya, cuida da Kuina.


Notas da autora: FOFOS FOFOS FOFOS

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