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0.2 : POLICIA E LADRÃO


A luz do sol adentrava a sala de estar do apartamento pelas grandes janelas de vidro. A iluminação em si não seria o suficiente para acordar Natsuki, mas o som alto de uma música antiga vindo da vitrola a tirou de seu sono profundo. Ela gemeu de frustração, enterrando o rosto nas almofadas do sofá de couro.

Fazia cinco dias que ela estava naquele mundo, aproveitando seus últimos dias de visto num apartamento luxuoso que ocupava um andar inteiro de um prédio, que provavelmente pertencia a algum gangster rico, junto de Yuta, que constantemente tentava arranjar formas de destruir o lugar. Ele pixava as paredes, quebrava e arremessava móveis e garrafas vazias de bebidas pelas janelas.

Era divertido na maior parte do tempo, com exceção dos dias que essas ideias idiotas dele surgiam bem pela manhã.

A garota se espreguiçou e bocejou, antes de caminhar até onde Yuta estava, acidentalmente esbarrando em um monte de móveis, graças a sua ressaca. Ela e seu novo amigo passaram essa semana bebendo como se fosse o último dia de sua vida, já que realmente poderia ser.

As coisas que aconteceram no jogo repassavam em sua mente quase todo dia. A carnificina espalhada pelo chão do lobby, pessoas sendo obrigadas a mostrarem o pior de si.

Yuta, pelo contrário, parecia bem tranquilo, não por que ele era uma pessoa ruim ou por que ele acabou se acostumando com essas coisas, mas por que ele nunca estava 100% sóbrio.

Inclusive, ele estava dormindo no balcão da cozinha.

A garota deu um forte tapa na cabeça dele, para acordá-lo, antes de caminhar até a geladeira e ver o calendário. Seus vistos estavam acabando.

─── Yuta. ─── Ela chama, não recebendo uma resposta ─── Yuta!

─── Tô não. ─── Ele murmura, virando para o lado contrário de Natsuki.

─── Tá não o quê?! ─── Sem paciência, ela o empurra do balcão ─── Levanta daí!

─── Isso... doeu...

─── Vai tomar um banho antes que a água acabe que nem a energia.

─── Pra que?

─── A gente vai se preparar pra ir jogar. Anda logo!

─── Ah, pelo amor de deus Natsuki, a gente ainda tem dois dias.

─── Melhor prevenir do que remediar.

Haviam pelo menos umas dezessete pessoas no shopping esperando o jogo se iniciar. Incluindo o baixinho que zombou da capacidade mental de Natsuki. Ele estava acompanhado com uma bela mulher, ela era alta, usava calça jeans, tamanco e o top de um biquíni.

Isso foi uma surpresa, aquele cara era tão antipático e sem educação, mas descolou uma parceira que parecia ser o contrário dele.

─── Ela é bonitona. Você tá encarando por que se apaixonou? ─── Yuta comenta, entreolhando Natsuki e as duas pessoas que ela secava com o olhar ─── Aí, não é o sabichão que jogou com a gente outro dia?

─── Ele mesmo. ─── Natsuki semicerra os olhos e cruza os braços ─── Vamos manter distância.

─── Por que geral tá usando roupa de praia?

─── Há vinte jogadores. ─── A voz feminina vinda dos celulares diz ─── As inscrições estão encerradas. O jogo começará em um minuto.

【 Nome do jogo: Polícia e Ladrão
Dificuldade: Cinco de Paus
Regras: Os policiais devem deter os ladrões antes do tempo estimado acabar.
Tempo limite: Trinta e cinco minutos 】

Assim que ela termina de falar, um tiro vindo do andar de cima do shopping atinge uma mulher, que estava sentada na fonte, transformando a água em uma poça de sangue. Mais tiros surgiram de outras duas direções diferentes.

Yuta gritou alguns palavrões, assistindo as pessoas sendo baleadas, enquanto ele se abaixava e puxava Natsuki pelo pulso tentando alcançar o interior de uma loja de artigos esportivos, mas logo tiveram que se separar devido aos tiros vindos na direção de ambos.

Ela não sabia exatamente como, mas de alguma forma durante a correria ela havia ido parar no segundo andar e agora estava escondida atrás de uma lixeira, sem o Yuta e tentando digerir o que estava acontecendo.

O jogo foi mal explicado, nem sequer falaram quem era polícia ou ladrão. Natsuki não fazia ideia do que fazer, mas ficar escondida não iria levá-la a lugar nenhum. Para sobreviver, ela tinha que entender o jogo e para isso, ela tinha que ver como os atiradores estavam agindo.

Ela caminhou de joelhos até uma parte do guarda-corpos de vidro, onde dava para ter uma boa vista do andar de baixo e permaneceu ali agachada.

─── Oh... ─── Ela sussurrou, finalmente entendendo o jogo, graças às roupas de assaltantes que os atiradores usavam ─── Somos os policiais.

Os ladrões vestiam também um colete, com um botão vermelho nas costas. Observando mais um pouco, foi possível perceber que um deles estava ficando sem munição e que agora perseguia as pessoas com um facão. Inclusive, uma dessas pessoas sendo perseguidas era Yuta.

Sem pensar muito, ela automaticamente se levanta, prestes a gritar o nome do amigo, no entanto tiros direcionados para ela mudam completamente seus planos. Ela tinha se esquecido que eram três deles.

─── Droga! ─── Ela grita, correndo e tentando se esconder dos tiros, indo parar dentro de um banheiro masculino, rapidamente fechando a porta atrás de si.

Sua respiração estava ofegante e seu coração parecia querer sair pela boca, mas o ladrão deve ter desistido de persegui-la, já que os tiros pararam.

─── Ótimo, entregou a nossa posição. ─── Uma voz feminina vinda de trás dela resmunga.

Natsuki se vira para ver de quem se tratava, se sentindo frustrada ao ver a dupla dinâmica de antes.

─── Vocês podem sair se quiserem. ─── Ela provoca, se escorando na porta ─── Vão ser bem recebidos.

─── Detetive. ─── O platinado, que estava escorado numa pia, zomba ─── Ainda tá viva.

─── Como estão as coisas lá fora? ─── A mulher pergunta, apreensiva.

─── Já jogou GTA? ─── Natsuki questiona, brincando ─── Não tá muito diferente.

─── Tem alguma ideia do que a gente tem que fazer?

─── Somos os policiais. ─── Ela explica, se levantando ─── Temos que deter os ladrões, para isso é preciso apertar o botão atrás do colete deles.

─── Surpreendente, ela sabe usar o cérebro.

─── Cala a boca Chishiya. ─── A mulher repreende ─── A gente pode bolar um plano.

─── Boa sorte com isso. ─── Natsuki dá de ombros, abrindo a porta ─── Vou procurar meu amigo.

─── Volta pra cá se achar ele. ─── A mulher diz.

Sem responder, ela deixou o banheiro, tomando cuidado para não chamar atenção. Não tinha mais barulhos, tava tudo silencioso. Ou todos morreram, ou estava rolando um esconde-esconde.

De volta para o mesmo lugar que estava antes, pode ter uma vista periférica do shopping. Um ladrão estava no fim da escada, um estava na entrada no cinema e outro estava rondando aleatoriamente.

Felizmente, estar num shopping a fez lembrar das áreas de funcionários, que davam acesso a metade do prédio.

Foi fácil achar uma porta para esse lugar. Era necessário apenas desobedecer as placas de "proibido a entrada de clientes". Surpresa mesmo foi ver que tinha um elevador de serviço funcionando.

Em pouquíssimo tempo ela estava no andar de baixo, especificamente no cinema, atrás do balcão onde vendia pipoca e outras coisas. Ela podia ver o ladrão de costas, segurando uma espingarda. Dava para arriscar indo até lá e tentando apertar o botão, mas as chances de levar um tiro eram muito altas, então isso estava fora de questão.

Os jogadores tinham menos de vinte minutos para deter os ladrões, mas ninguém dava as caras. Natsuki realmente pensou que todos além dela e da dupla no banheiro tivessem morrido.

Isso até ela ouvir um forte baque, seguido por diversos palavrões e barulhos difíceis de descrever.

─── Seu desgraçado, filho da puta!

No mesmo instante Natsuki saiu de seu esconderijo. Era um homem, usando roupa de praia, como algumas outras pessoas que participavam do jogo, acertando um extintor de incêndio diversas vezes na cabeça do ladrão, até o mesmo parar de se mexer.

─── O botão! ─── Ela grita ─── Aperta o botão antes que os outros venham!

O homem, com dificuldade, vira o corpo e aperta o botão, em seguida pega a espingarda, corre até Natsuki e os dois se escondem atrás do balcão.

─── Beleza, um a menos. ─── A garota ofega, olhando para o homem ─── Sabe usar isso?

─── Sou melhor na força bruta. ─── Ele responde, rindo de leve para amenizar a situação, estendendo a espingarda para Natsuki ─── Quer pra você?

─── Agradeço. ─── Ela sorri, pegando a arma.

─── Você não é da Praia né? Claro que não, eu com certeza lembraria.

─── Que praia?

─── A utopia, sabe? Eu posso te levar lá depois que a gente conseguir... ─── A frase dele é cortada por barulhos de tiros vindo na direção de ambos.

Os dois, assustados, voltam para a área de funcionários, os barulhos só cessaram quando eles entraram no elevador de serviço e subiram para o segundo andar.

Então o que estava de ronda pelo shopping é o que tem armas de fogo, o que estava parado no fim da escada rolante tem armas brancas.

Ela suspira aliviada ao chegar no lugar seguro, voltando seu olhar para o homem ao seu lado.

O homem pressionava seu peito com a mão direita, que já se encontrava ensanguentada. Foi questão de segundos para ele cair no chão, cuspindo sangue.

─── Droga... Calma, calma ─── Natsuki repete diversas vezes, entrando em pânico e pressionando o ferimento do homem com suas mãos, se sujando com o líquido vermelho ─── Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem...

Ele já não podia mais falar, no entanto, seus olhos se arregalaram quando a porta do elevador abriu.

Ao perceber isso, Natsuki rapidamente se vira, encontrando uma figura vestindo uma bala-clava preta, prestes a acerta-la com um machado. Ela foi mais rápida e conseguiu se desviar, pegando a espingarda do chão e apertando o gatilho, acertando o ladrão em cheio no estômago.

───Ah, meu deus...

Lágrimas preencheram seus olhos, seu peito subia e descia em respirações rápidas e descontroladas. Natsuki voltou o olhar para o homem atrás dela, mas ele já não se mexia.

Suas mãos estavam sujas de sangue, assim como suas roupas. Com uma mistura de raiva e culpa, ela tirou sua jaqueta, a peça mais suja, ficando apenas de short jeans e uma regata que um dia já havia sido branca, mas agora tinha manchas vermelhas. Antes de sair do elevador, ela aperta o botão no colete do ladrão. Restava apenas mais um e ela iria até o fim.

De volta no segundo andar, a dupla que antes estava no banheiro já havia deixado seu esconderijo. Surpresa tomou conta de seus rostos ao ver Natsuki, suja de sangue e com uma espingarda na mão.

Ela apenas passou direto por eles e caminhou até de volta para a ponta da escada, onde dava para ver grande parte do shopping.

O ladrão estava parado em frente ao cinema, refletindo tristemente sobre seu estado atual e provavelmente bolando um jeito de vencer o jogo sozinho.

─── Qual é o seu plano? ─── Pergunta a acompanhante de Chishiya, parando ao lado de Natsuki ─── Você tem algum?

─── Quero achar uma forma de distrair ele, para poder atingir ele por trás.

─── Eu posso fazer isso. ─── A mulher afirma, parecendo confiante ─── Quando ele tiver distraído, por favor atire nele. Não tô afim de morrer hoje.

Dito isso, ela desce as escadas e chama a atenção do homem. Natsuki logo os segue, até chegar na praça de alimentação.

A mulher corria entre as mesas, derrubando-as para atrapalhar o atirador. Sua parte do plano deu certo, com exceção de que o tiro de espingarda não acertaria um alvo na distância que ele estava. Natsuki ficou aliviada ao ver que a mulher conseguiu se esconder em um restaurante.

Sem ter muita opção, ela atirou, errando e chamando a atenção do homem para si mesma. Enquanto corria em uma curva, a garota teve um vislumbre de Chishiya, escorado atrás de um pilar muito próximo dela, ele deveria estar seguindo alguma estratégia ou sei lá. É provável que o atirador nem sequer o viu.

Um plano surgiu em na mente de Natsuki e sem pensar duas vezes, ela deu um forte empurrão nele, o derrubando no chão e se escondendo onde ele estava, esperando o atirador alcançar sua isca.

Parecia que o ladrão tinha mais honra que Natsuki, já que abaixou sua arma e pegou uma faca, para dar ao rapaz uma morte menos injusta e covarde.

Antes dele conseguir seguir seu plano, para redimir suas ações, Natsuki saiu de trás do pilar, ergueu a arma e deu um tiro final, derrubando o último ladrão e em seguida apertando o botão do colete.

Os olhos da garota logo caíram para Chishiya, ofegante, sentado no chão com uma expressão apática, mas ao mesmo tempo tensa e confusa.

─── Hum... ─── Natsuki observa o rapaz ─── Você tá bem?

─── Você quase me matou. ─── Ele é direto e tenta com sucesso não mostrar emoção alguma ─── De novo.

─── É, foi mal aí. ─── Era da boca pra fora, ela estava incerta se realmente sentia muito, já que tinha feito aquilo para salvar a si mesma ─── Na próxima eu te aviso.

Chishiya se encontrava num estado de perplexidade. Normalmente era ele que usava as pessoas de isca e sentir isso na pele quase o fez mudar sua forma de pensar.

O celular toca e Natsuki o pega em suas mãos, para ver o que se tratava.

─── Jogo zerado. Parabéns aos jogadores.

A garota suspira e joga o celular no chão. Mais cinco dias de vida. De repente mais pessoas surgiram de seja lá onde estavam escondidas, comemorando a vitória.

───Bando de escroto. ─── Ela xinga ao perceber que estavam a agradencendo por ter feito o trabalho sujo, jogando a arma no chão e em seguida caminhando em direção a entrada principal do shopping.

Para seu alívio, ela encontrou Yuta, sentado no chão. Ele tinha um ferimento na cabeça e em seu tornozelo, mas não era nada muito grave.

─── Vem, vamos embora. ─── Murmura, apoiando o braço do mesmo em volta de seu pescoço e ajudando-o a se levantar.

─── Fico feliz em te ver, você é um colirio para os olhos. ─── Ele comenta, com um sorriso no rosto, mas logo percebendo as manchas de sangue na roupa de sua amiga ─── O que aconteceu?

─── Ah... depois eu te falo.

Antes de deixar o shopping, Natsuki olha de relance para trás, percebendo que Chishiya e a mulher que andava com ele estavam a observando.

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