END GAME.

Kang Ji-sung acordou sentindo uma enorme vontade de estar morto pois ele sabia o que aconteceria a seguir. Sua irmã, Ji-na, ia matá-lo. E embora soubesse que merecia, torceu para receber um pouco mais morfina antes de apanhar até sua morte.

No entanto, ele se surpreendeu ao notar que a pessoa que estava sentada na cadeira ao lado de sua cama era Hwang Jun-ho. Nesse momento, ele quis mesmo morrer.

── Merda... ── Ji-sung tentou mexer sua mão, mas notou que estava algemado na maca ── É sério isso?

── Bom, você ainda é um criminoso e eu preciso seguir o protocolo ── Jun-ho falou calmamente.

── Tudo bem por mim ── Ji-sung relaxou na cama e deu um longo suspiro ── Não é a primeira vez que me algemam.

── Eu sei da sua longa ficha criminosa, Ji-sung ── Jun-ho o encarou.

── Não estava falando sobre isso, Jun-ho ── Ji-sung o olhou com um sorriso brincalhão no rosto e Jun-ho desviou o olhar ── Certo...chega de brincadeiras. Onde está minha irmã?

Houve um instante de silêncio, Jun-ho não conseguiu o olhar até que Ji-sung começasse a se debater na maca.

── Tenha calma, Ji-sung ── Jun-ho pediu, mas o olhar mortal que Ji-sung lhe dava não o deixou tranquilo ── Preciso que você me diga o quê aconteceu naquele dia.

── Porra! Me solta, agora ── Ji-sung gritou ── Foram aqueles desgraçados, não é? Droga! É tudo culpa minha.

── É, isso tudo é culpa sua ── Jun-ho concordou ── Agora, se quiser ajudar e sair daqui sem algemas é melhor me disser tudo que aconteceu naquela noite.

── Me solte ── Ji-sung falou ── Me solte e eu contarei tudo.

── Não confio em você ── Jun-ho cruzou os braços impaciente ── Comece falando e aí decido se solto você ou não.

O braço algemado na maca o impedia de pular em cima de Jun-ho e, por isso, Ji-sung tentou se manter calmo. Ji-na não estava ali para ajudá-lo e aquilo o preocupava. Ele tinha noção de que suas escolhas de vida não foram certas, mas estava tentando seguir um caminho correto.

Ji-sung respirou fundo, sentou-se na maca e olhou para Jun-ho.

── Não vejo a Ji-na a três dias. Naquela noite eu...só estava trabalhando ── Ji-sung explicou.

── Você encontrou alguém antes? ── Jun-ho perguntou e Ji-sung o encarou curioso.

── Por que isso é importante? Você deveria ter ido atrás daqueles idiotas que me espancaram ── Ji-sung o encarou furioso ── É por que você está aqui?

── Por causa disso ── Jun-ho pegou o celular e mostrou a última mensagem de Ji-na ── Preciso que me conte o que aconteceu naquela noite. Tudo.

Ji-sung encarou a mensagem e, por alguns breves minutos, começou a revirar suas memórias em busca de algo que pudesse ajudá-los, nada.

Agora, Ji-sung se sentia ainda mais culpado. Ji-na havia desaparecido e era culpa dele.

── Onde estão as minhas coisas? ── Ji-sung olhou para os lados em busca de suas coisas ── Um cara apareceu e me entregou um cartão.

── Cartão? ── Jun-ho se levantou e começou a procurar também ── Como era esse cartão?.

── Tinha um número ── Ji-sung não entendia porque aquelas informações eram importantes ── E tinha...um triangulo e um círculo.

Jun-ho parou e o encarou.

── O quê? ── Ji-sung perguntou.

── Ji-sung, ── Jun-ho se aproximou da maca e sentou-se ── sua irmã...eu vou encontrá-la. Não se preocupe.

Dito isso, Jun-ho se levantou e quando estava prestes a se virar, Ji-sung agarrou seu pulso.

── Foi minha culpa. Eu fiz merda, 'tá legal? Já estava conseguindo pagar metade da dívida ── Ji-sung falou ── Falei para eles me baterem se isso fosse deixar a Ji-na fora disso.

── Ji-sung...

── Me deixe ajudá-lo, por favor ── Ji-sung pediu, seus olhos brilhavam de esperança ── Por favor, hyung...

Kang Ji-sung era mal criado demais para usar honoríficos. Até mesmo com sua irmã ele os deixava de lado. Não, ele não era mal educado, mas aquele foi uma súplica para que Jun-ho o deixasse ajudar.

Mas, Jun-ho sabia o que aquilo significava. Ser chamado de hyung por Ji-sung não era nada além de uma manipulação dele para que fosse atrás dos que achava serem os culpados por aquilo, não eram.

── As pessoas que espancaram você...já estão na prisão ── Jun-ho falou ── Os prendi a três dias. Enquanto você estava desacordado.

── Então...onde está Ji-na? O quê fizeram com a minha irmã? ── Ji-sung não tinha noção que apertava o pulso de Jun-ho.

Jun-ho deu um suspiro, bateu levemente em sua mão e fez o soltar.

── Ji-na está em alguma ilha no meio do oceano participando de um jogo mortal por dinheiro ── Jun-ho explicou olhando para Ji-sung que tinha uma feição confusa ── Conheci um cara que participou desses jogos e venceu. Ele foi atrás dos culpados e eu já estive perto deles o suficiente para saber como são e como agem. Ji-na ligou para aquele número e está participando desses jogos agora.

── Mas que porra você está falando? ── Ji-sung praguejou.

── É a verdade, Ji-sung ── Jun-ho falou ── Aquele cartão que você recebeu era um convite que Ji-na aceitou.

Ji-sung pensou ter batido a cabeça com muita força, já que nada aquilo fazia sentido, mas conhecia Jun-ho o suficiente para saber que ele era péssimo para inventar histórias ou mentir.

── Então ela está desaparecida? ── Pela primeira vez naquela conversa, o tom de voz de Ji-sung era baixo ── Temos que encontrá-la. É perigoso, certo?

── Sim, muito perigoso ── Jun-ho remexeu os bolsos e tirou uma chave ── Os médicos disseram que assim que acordasse podia ir embora, mas por estar envolvido em jogos de apostas vai direto para a cadeia.

── Mas…

── Mas, ── Jun-ho o interrompeu ── Se colaborar comigo e fizer o que eu mandar, deixo você me ajudar a achar sua irmã e encontrar os desgraçados que a levaram.

── Tudo bem. Eu faço ── Ji-sung disse com pressa, Jun-ho não parecia convencido ── Me solta agora, por favor.

── Repete ── Jun-ho falou.

── O quê?

── O que acabei de dizer. Repete.

Ji-sung revirou os olhos impaciente.

── Eu, Kang Ji-sung, vou fazer tudo que o meu hyung mandar ── Ji-sung disse aquilo com mais deboche do que deveria, mas suas algemas saíram no mesmo instante ── Você foi atrás do Lee Myung-gi? Ele e Ji-na eram noivos.

── Sim. Foi o primeiro que procurei ── Jun-ho se virou ao notar que Ji-sung estava trocando de roupa ── Ele também sumiu.

── Bom, isso é uma coisa boa ── Jun-ho se virou. Ji-sung tinha um leve sorriso nos lábios ── Ele foi um babaca com a Ji-na, mas ele era louco por ela.

Jun-ho ainda não conseguia entender.

── Se for um jogo mortal, como você disse ── Ji-sung vestiu o casaco e piscou um de seus olhos em um tom de provocação ── Myung-gi não vai deixar nada acontecer com a Ji-na. Pelo menos ganharemos tempo.

── Como pode ter certeza disso? ── Jun-ho perguntou.

── Eu só tenho ── Ji-sung deu de ombros, um pouco aliviado em pensar que Myung-gi poderia estar lá ── Ele é literalmente doido pela minha irmã. Não vai deixar ninguém chegar perto dela.

AVISOS.

001.

Estava ansiosa para escrever
esse capítulo e mostrar a
dinâmica do Jun-ho e Ji-sung
e espero que vocês tenham gostado.
Podemos considerar eles como
um casal secundário? O quê
acham?

002.

Não esqueça de votar e
comentar suas teorias.
Até o próximo capítulo.
Bjos!

megvmisz¡saky