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Capítulo 16


A mesa da sala de jantar estava posta para dois. O Sr. White na cabeceira, como manda o protocolo, e do seu lado esquerdo, utensílios montados para a sua acompanhante fixa. Desfrutariam de um almoço preparado com esmero pela governanta.

Agnes era muito mais do que isso para Henry. Estava nas folhas de pagamentos há mais tempo do que ele como diretor-geral da White Health Corporation. Praticamente o viu se tornando esse homem importante após a morte do seu primeiro patrão, Edward White. Gostava mais de Henry. Todos gostavam mais do herdeiro daquele império de remédios.

Henry dificilmente levantava o seu tom de voz. Nunca, em hipótese alguma, fazia uso de palavrões – com exceção aos seus momentos na mais completa intimidade entre os lençóis –, abominava quem os usava para diminuir ou mesmo classificar pessoas, mas nem por isso não era tido como um homem sério, digno de respeito. Henry acreditava que não era através de gritos e palavras chulas que ganharia essa confiança, diferente do seu pai. Edward foi um homem temperamental e complicado. O seu infarto acabou sendo totalmente justificável perante as suas atitudes.

O almoço seguia agradável, até que o celular acomodado dentro do bolso de sua calça começou a vibrar insistentemente. Normalmente, Henry não atenderia. A refeição é um momento sagrado em sua vida, porém, naquele dia atendeu. O que causou interesse em Carmim. Ela estava totalmente alheia ao que vinha acontecendo no mundo dos negócios em que ele estava inserido, se soubesse, não teria se espantado.

Com o celular entre as suas mãos, olhando para o número que aparecia no visor, não teve como declinar, precisaria atender. Educadamente pediu licença a sua acompanhante, e atendeu a ligação, deixando a sala de jantar com a sua comida mal tocada. Carmim sentia pelo tom de voz dele, agora vinda do escritório, que não era um assunto corriqueiro qualquer. Algo de errado estava acontecendo. Olhou para Agnes com preocupação.

— O que está acontecendo? Nunca vi Henry alterar o seu tom de voz como agora.

— Não leu os jornais por esses dias, Srta. Carmim?

— Não tenho esse hábito, Agnes.

— Aparentemente, um lote inteiro de um dos medicamentos que a empresa dele fabrica veio com defeito, e estimam muitas indenizações a serem pagas.

— É tão grave assim?

— Muito, querida.

— Ele pode perder tudo que tem?

— Acredito que não. Mas será um rombo grande, e tem também o motivo principal, credibilidade. Isso é o que ele está mais preocupado, o dinheiro pode ser recuperado, agora, a credibilidade...

— Entendo.

Quando o Sr. White retornou a sala de jantar, a sua coloração demonstrava o quão grave era à situação. O vermelho do seu rosto subia até pelo seu couro cabeludo, respirava também com dificuldade. Tomou toda a água que estava em seu copo e olhou direto para uma Carmim imóvel, quase não desejando respirar naquele momento, tudo para evitar deixá-lo mais irritado.

— Desculpas, mas terei de deixá-la. — disse olhando para Carmim e depois se voltou para a governanta — Agnes, peça para Ivan ficar com tudo pronto o mais rápido possível, tem um vôo saindo daqui duas hora para Inglaterra e pretendo estar nele.

— Henry, ao menos termine a sua refeição... — Carmim se pronunciaria pela primeira vez. 

— Não posso terminar uma refeição sabendo que pessoas estão morrendo por causa de incompetência. —  a voz dele ecoou alta demais — Que tipo de homem acha que eu sou? —  a encarou com indignação — Pelo visto, nesses dois anos ao meu lado não aprendeu absolutamente nada sobre mim!

Depois daquela vez no avião, esse seria o segundo momento em que o Sr. White a respondia de forma ríspida.

Carmim arregalou os seus olhos e ele a deixou, subindo para o seu aposento ainda mais irritado. Não gostava de maneira alguma falar daquela forma com ela, entretanto, tinha momentos que aquela ignorância que ela cultivava sobre algumas coisas o irritava profundamente. Não entendia como uma pessoa tão inteligente podia viver alheia a situações que estavam estampadas nas capas dos principais jornais. Ela vivia em uma bolha, só podia. E aquilo o incomodava profundamente. Total desperdício, era o que pensava.

Ivan, que já havia se juntado ao circo que se formou, sorria satisfeito. Adorou ver o patrão a colocando no seu devido lugar. Carmim não deixou escapar o sarcasmo no rosto do outro funcionário, que como ela, estava ali para servir o Sr. White.

— Perdeu alguma coisa? — Carmim o encarou com as sobrancelhas arqueadas. 

— Absolutamente nada, Madame. —  o outro respondeu com indiferença —O Sr. White dessa vez não nos poupou. E olha que geralmente ele faz isso as portas fechadas, sem que ninguém veja.

— Como você é idiota.

— Se partirá para ofensas, terei de usar as palavras corretas.

— Vai, use! Está louco para fazer isso.

— Parando os dois! Agora! – Agnes colocou os dois dedos indicadores em riste para ambos — Ivan, vai fazer o que o Sr. White pediu, não seria nada bom ele ter de te esperar. E você mocinha, seja mais adulta e madura.

Como uma criança que foi contrariada, Carmim terminou o seu almoço saboreando cada pedaço daquela carne suculenta em seu prato. Terminando, caminhou com os pés descalços até o escritório, que dessa vez, estava com a porta escancarada. Repousando sobre o sofá de dois lugares, que ficava debaixo da janela daquele cômodo, avistou o jornal daquele dia.

A manchete principal dava destaque ao que estava acontecendo nas indústrias farmacêuticas do Sr. White. Sentiu-se uma completa idiota quando terminou de ler tudo que ali estava escrito. A situação estava muito grave. E novamente, passou por sua mente limitada que ele poderia perder tudo que tinha, devido aos valores que constava sobre as indenizações que seriam pagas às pessoas que foram afetadas por aquele lote de medicamentos alterados. Um arrombo estrondoso aos cofres da White Health Corporation.

Não era bem com isso que Henry estava preocupado naquele momento, e sim sobre os efeitos colaterais que aquela remessa poderia gerar nos seus usuários. Um homem de princípios como ele, jamais se perdoaria.

Carmim, após ler e absorver aquelas informações, subiu a escadaria correndo. Conseguiu ver as sombras dele se movimentando no final do corredor, seguiu sorrateira de encontro a elas e lá estava o homem com um semblante mais pesado do que usual, agitado, arrumando a sua bagagem para partir sem ter data para voltar.

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