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Coragem, querido coração


Aires arruma suas coisas, apenas o básico para a viagem enquanto suas irmãs e primas apontam o que achavam que ele deveria levar. Quando termina, o príncipe fecha a bolsa e olha para as cinco mulheres da sua vida paradas olhando pra ele com sorrisos encorajadores, até mesmo a mal humorada Aelyn.

— Boa viagem, filho. — Diz sua mãe o abraçando, o príncipe se permite relaxar nos braços dela.
— Obrigado, mamãe.

Uma por uma, as trigêmeas e Olívia o abraçaram e desejando boa viagem a ele, a prima até mesmo pediu especificamente que mandasse lembranças a Edmundo. Pobre Olie.  As cinco o acompanharam até o pátio do castelo, onde seu cavalo já o esperava. Mas não era apenas o cavalo que estava à sua espera.

— Tio.

O homem ergueu o queixo com toda a sua arrogância.

— Você irá mesmo retornar a Nárnia e me desobedecer!?
— Eu preciso e vou, Peter precisa de mim.
— Aires, pense bem no que irá fazer.
— Já pensei, estou retornando a Nárnia.

O príncipe passa pelo homem e coloca suas coisas em seu velho e fiel amigo. Sua mãe, prima e irmãs mais atrás apenas observando a cena.

— Se você for...

Viena deu um passo à frente.

— Escolha bem suas palavras irmão, pois elas serão lançadas ao vento e não terá retorno.

Otton ignorou o conselho da irmã.

— Você o mimou demais.
— Não ouse usar sua boca para questionar a criação de meu filho, Otton. Eu jamais lhe dei esse direito, eu crei meus filhos param serem honrados e espero ter conseguido fazer algo semelhante a Olívia.

A garota citada se escolheu, segurando o braço de Aelyn.

— Então prove, chame esse garoto as falas. Ele está cometendo uma loucura.
— Você está sendo retrógrado e mente fechada. As coisas não são mais como nos tempos de nossos pais e avós, Otton.

— HONRA AINDA É UMA PRIORIDADE DE UM MEMBRO DA FAMÍLIA REAL, NÃO IMPORTA A ÉPOCA.

Aires fez menção de se aproximar, como ele ousava gritar com sua mãe? Mas a mulher ergueu a mão pedindo ao filho que ficasse onde estava, o queixo fino se levantou com a graça e a soberania de seu cargo. Ao falar, sua voz  não se alterou, o que pareceu irritar ainda mais o rei.

— Não irmão, seu povo e família são. Achei que nossa mãe e sua esposa tivessem cuidado de ensiná-lo isso.
— NÃO FALE DE IRINA.
— Sabe bem que tenho enorme apresso por Irina, como se fosse minha própria irmã. Não faça-se de louco e por favor não á necessidade de gritarias, ouço muito bem irmão.

Aires não escondeu o sorriso de orgulho. Aquela era sua mãe, uma mulher que não abaixava a cabeça nem mesmo para o rei. 

— Sua petulancia é...
— Fere seu ego? Eu sei, agora deixe Aires partir. Ele tem um longo caminho a percorrer.
— Seu filho está cometendo um erro.

O príncipe se cansou daquele vai e vem, aquela conversa era sobre ele e era seu direito intervir.

— Poupe suas palavras, meu tio. Estou de partida.

Otton se aproximou do sobrinho, ambos olharam fundo nos olhos um do outro.

— Se você for...
— Otton.

Viena deu passos largos à frente.

— Deixe minha mãe, deixe ele falar.

Aires ergueu o queixo, olhando desafiadoramente para o tio.

— Se você partir, seu garoto insolente, eu estarei deserdando você.  — Ofegares de puro choque e horror foram ouvidos atrás do rei. Aires travou o maxilar e cerrou os punhos, lágrimas ameaçam descer, mas ele se recusou a deixá-las cair. Não desmontaria fraqueza perante aquele homem que julgava ter seu destino nas mãos. Ele não tinha.  — É seu último aviso.

O príncipe sorriu e deu as costas ao rei, montando no cavalo.

— Boa sorte se inteirando de seus negócios então, meu rei. Mãe, meninas, eu volto logo que possível.

Sua fala pareceu despertar às cinco do choque, embora Otton ainda o olhasse como se ele tivesse nascido um terceiro olho.

— Boa viagem meu filho.

Sobe as vozes das mulheres da sua vida e os gritos do rei, Aires deu as costas ao palácio e partiu.

— VOCÊ SE ARREPENDERÁ DISSO.

Foi a última coisa que ouviu, descendo a rampa para a estrada. Ele tinha certeza que jamais se arrependeria. Como se arrepender se a cada vez que fechava os olhos e se lembrava daqueles olhos azuis, parecia que estava em casa? Como se arrepender se a caminho para ver aquele de beleza tão pura e etérea, parecia que estava voltando para casa depois de uma longa viagem, quando na realidade estava deixando seu lar? Como Aires poderia se arrepender se parecia tão certo em seu coração? Ele jamais poderia.

* * *

Edmundo não era uma pessoa

— Edmundo.

O rei justo virou a cabeça para ver Susana parada na porta do escritório, um pequeno sorriso aliviado no rosto bonito.

— Ele chegou.

Sua irmã riu desacreditada do alívio compartilhado que certamente viu em seus olhos.

— Sim, vamos.

Edmundo se levantou com pressa, Caspian o seguindo lado a lado. A rainha e os dois reis saíram do escritório, Susana os levou até um grande corredor que Lúcia chamava carinhosamente de "corredor de memórias" pois havia vários quadros de momentos da vida dos irmãos, eles o haviam encontrado guardados nos espólios de guerra no castelo de Telmar. De frente a um quadro grande com moldura dourada, com rosas entalhadas estava Aires, olhando a bela e bem feita pintura dos quatro irmãos. Se puxasse bem na memória, o rei justo conseguia se lembrar quando e por quem havia sido pintado. Berthold, nunca ouve um pintor tão bom quanto ele.

— Aires.

O príncipe se virou para eles e embora estivesse sorrindo seus olhos estavam sombrios.

— Olá majestades. — Ele fez uma pequena reverência. — Quadros bonitos, nunca vi algo tão realista e de traços tão perfeitos.

Susana sorriu com orgulho, fora ela quem havia descoberto Berthold em um baile em Tundra, hoje infelizmente extinta. Os Tundranos eram um povo conhecido por incentivar a arte a cultura, eram responsáveis por criar os mais inestimáveis artistas. Su havia feito amizade com ele e mais tarde.  Edmundo, muito desconfiava que o pintor tinha sido um dos amantes da rainha.

— Berthold... — Diz Susana com carinho e saudades. Um grande artista e de um coração muito nobre.

Edmundo notou o príncipe olhando para um quadro de um jovem na extremidade esquerda do corredor, abaixo do quadro havia um vaso com flores prateadas plantadas.

— Theon. — Explicou o rei justo, Aires franziu a testa em confusão.
— Rei de Sophiria. — Quando o Pevensie assentiu, o príncipe arregalou os olhos. — Meu pai era de Sophiria, um conde.

Caspian e os irmãos olharam em puro choque para o moreno.

— Por Aslan, que coincidência fantástica. — Diz Susana, também olhando para o quadro.
— Quem era ele pra vocês?

Edmundo e a irmã trocaram um olhar.

— Talvez você já deva ter escutado em muitas histórias e lido em livros sobre nós, mas Susana era considerada por muitos a mulher mais bonita do mapa deste vasto mundo mágico. Seus cabelos eram longos descendo pelos quadris, os olhos como jóias azuis. Elogiada, desejada e invejada por muitos. Mas se Su era prata como a lua de Selene, Pedro era dourado como Hélio. A contraparte masculina da beleza de Susana. Meu irmão foi  muito cortejado por príncipes, reis, dríades, náiades, nereidas e nereides, sátiros e até  mesmo divindades menores. Varios nobres fossem homens ou mulheres suspiravam por ele e o queriam.

Aires conseguia facilmente imaginar. Caspian que encostado na parede já tinha ouvido essa história e ainda sim, adorava escutar várias e várias vezes. Apesar de preferir a beleza onix de seu amado Edmundo, não poderia deixar de concordar que seu cunhado era vista graciosa e deveria ser ainda mais, nos anos dourados de Narnia.

— Consigo ver o porquê.

Edmundo assentiu e continuou.

— E um desses nobres foi o rei de Sophiria. Quando Pedro tinha 15 anos, em um baile aqui em Cair Paravel, vários nobres de todos os cantos estavam presentes e entre eles Theon. Coroado três anos antes de nós graças a morte de seu pai em uma batalha. Na época ele tinha vinte e dois anos e se apaixonou perdidamente pelo meu irmão, fez diversas juras de amor. Dizia que daria tudo o reino e inclusive a própria vida por ele. Fez até mesmo propostas de casamento, várias.

Os olhos de Aires se arregalavam a cada palavra dita por Edmundo. Caspian estava se divertindo, ele entendia bem o sentimento. Susana também riu e continuou contando a história iniciada pelo irmão mais novo.

— Pedro obviamente não queria se casar tão cedo, disse a Theon que se considerava muito jovem para isso e que precisava cuidar de nós e de Nárnia. Ele foi tão compressivo, disse que esperaria e que só precisava de uma oportunidade, uma chance.
— Essas flores prateadas...
— O símbolo de Sophiria. — Aires diz,  interrompendo a rainha.
— Sim, o símbolo de Sophiria. As flores sobrevivem até o mais rigoroso inverno e mesmo fora da terra ela dura por meses a fio, a noite elas brilham como os próprios raios lunares. Pedro as tinha plantadas debaixo de sua janela. O rei de onde veio seu pai, príncipe Aires, foi o maior aliado de Nárnia enquanto Theon viveu. Era o maior apoiador de nossas ideias políticas, os melhores e mais fáceis negócios eram feitos com eles. E sempre que haviam bailes em cair Paravel, ele estava presente  mesmo se o céu desabasse.

O príncipe engoliu em seco.

— Parece ter realmente sido alguém de muita importância para vocês e...e para Pedro. Alguém muito dedicado e romântico também.

Edmundo concordou com a cabeça, ele olhou para o quadro. Theon também era um ótimo amigo, suas conversas eram gratificantes.

— Sim, e um ótimo amigo. Su e Luci gostavam muito dele também.
— Eu me lembro das cartas e poemas que ele escrevia para Pedro, os muitos presentes que mandava. Aquele homem amou meu irmão profundamente, nunca cobrando mais do que Pedro poderia oferecer. Dizia que não se importava que não fosse amado da mesma maneira e que faria tudo por ele e iria ama-lo  todas as vidas, pela eternidade. Sempre fui cética em relação ao amor, mas nunca sobre aquele amor.

Aires não sabia explicar o porquê, mas não sentia ciúmes, não sentia medo ou insegurança. Ele faria o mesmo e muito mais que aquele rei fez, se Pedro lhe desse a chance.

— Eles...eles, tiveram alguma coisa?

Susana assentiu.

— Sim, Pedro nutria um grande carinho por ele mas não o amava, não da mesma maneira que era amado. Oa dois iriam se casar sob a benção de Aslan, mas infelizmente Theon faleceu cedo, aos trinta e dois anos da febre Tifón. Pedro fechou seus olhos, o rosto dele, a última coisa que aquele homem viu deste mundo. Ele nunca se casou e nem teve filhos. Esperou por meu irmão até seu último suspiro. Quem assumiu o trono foi seu sobrinho. Quando ele partiu, Aslan garantiu a Pedro que não era a primeira e não seria a última vez que se encontrariam e que aquela não era a hora certa para eles viverem aquele amor, pois meu irmão ainda não estava pronto ainda. Mas em breve estaria. Bom, talvez o nosso breve e o breve de Aslan não seja o mesmo.

Aires olhou novamente para aquele quadro que nunca tinha visto antes, mas foi a primeira coisa que lhe chamou atenção no grande corredor. Por mais que tivesse parado para apreciar cada um dos belos quadros, a pintura daquele homem sempre atraí seus olhos.
Quando era criança amava escutar histórias de reis e rainhas, mas sempre foi o grande rei Pedro e aquele homem naquele quadro, que sempre o intrigou. As histórias não contavam sobre esse amor. Apenas dizia que ambos os reinos eram muito próximos e aliados, e que o rei de Shopiria era um grande amigo e admirador do rei Supremo de Nárnia. Algo nele sempre lhe pareceu errado sobre isso, agora ele sabia o porquê. O que lhe agitou foi saber que Pedro e Theon iriam se reencontrar. Nesta vida, ou no tão famoso país de Aslan? Aires o conheceria? O mais importante...perderia seu sol de verão para o antigo rei da terra de seu pai?
Talvez sua expressão pensativa tenha passado uma impressão errada aos Pevensie, pois Susana se aproximou e tocou seu ombro.

— Não estamos dizendo isso para te intimidar ou algo do tipo. Seria ingratidão de nossa parte, você veio aqui a nosso pedido para ajudar nosso irmão.

O príncipe deu um pequeno sorriso à rainha.

— Eu sei. Eu perguntei, não foi!?

Ela assentiu e com a mão ainda em seu ombro o guiou.

— Vamos, meu irmão vai adorar a surpresa.
— Ele não sabe ainda!?

Caspian riu, Susana revirou os olhos e Edmundo lançou ao príncipe sua melhor expressão sarcástica.

— É uma surpresa, não é!?

Aires mordeu o quanto da bochecha. Não era tão legal quando era ele do outro lado da lâmina afiada do sarcasmo.

.....

Pedro estava organizando seus livros em sua estante quando alguém bate na porta. Lúcia que estava sentada no tapete tagarelando, levantou-se correndo para abrir a porta.

— Eu abro. — Os olhos da Pevensie caçula se arregalaram e um grande sorriso surgiu no rosto jovem ao ver quem estava lá fora. Mas Susana fez sinal para que a irmã ficasse em silêncio.

— Lu, quem...

As palavras de Pedro morreram na boca ao ver quem estava na porta sorrindo pra ele.

— Olá, raio de sol.

O rei loiro riu desacreditado, lágrimas já escorriam pelo rosto bonito.

— Aires. — Pedro correu em direção ao moreno que o esperava de braços abertos logo os fechando em torno do loiro, Aires o girou enquanto ambos riam. — Você voltou, você voltou.
— Eu disse que ia voltar, coração  — O príncipe colocou o garoto menor no chão, segurando seus rosto e olhando naqueles lindos olhos azuis. — Um passarinho me contou, que alguém sentiu minha falta.

Pedro olhou para Lúcia, Edmundo e Susana. A caçula sorriu sem culpa alguma, Su o olhou desafiadoramente e Ed fingiu que não era com ele.

— Edmundo escreveu pra você, não foi?

O citado que já estava circulando pelo quarto como se fosse seu, pegou um livro e começou a foliar, depois ergueu os olhos para o mais velho e disse:

— Edmundo não sente nenhum remorso por ter feito o que fez. Foi pensando na saúde do irmão dele, deixando bem claro.

Pedro sorriu e se aproximou do irmão, o envolvendo em um abraço apertado que assustou o mais novo que soltou o livro.

— Obrigado, irmãozinho.

Edmundo não demorou muito para superar o momento de choque e retribuiu o abraço, apertando Pedro contra si. Como ele sentiu falta disso, sentir o cheiro dele pertinho, abraça-lo. Por Aslan, ele havia se esquecido do quão bom eram os abraços do irmão.

— De nada. Agora saia desse quarto, vá passear, vá...fazer qualquer que não leve eu ou Su a jogá-lo no mar com uma pedra presa ao pé.

O mais velho riu e beijou a bochecha do irmão. Depois abraçou as irmãs e até mesmo Caspian, agarrou o a mão de Aires e o puxou para fora do quarto.

— Estou vendo meu arrependimento voando em um dragão dourado, vindo até mim.

Edmundo colocou as mãos no quadril, os lábios comprimidos.

— Eu também Su, eu também.

Lúcia abanou a mão em desdém.

— Bobagem, o que eles podem fazer de errado?

Caspian colocou uma mão no ombro da cunhada.

— Em três ou quatro anos eu te conto.

Edmundo e Susana fuzilaram o Telmarino com o olhar, a pequena rainha riu.

— Tenho mil duzentos e vinte oito anos, Caspian. Eu sei muito bem o que eles podem fazer de errado.
— Ahn.

Ele sempre esquecia desse detalhe.

* * *

Pedro e Aires não poderiam estar mais felizes, ambos passaram por Cair Paravel com o loiro contando histórias da época de ouro de Nárnia. De como ele e os irmãos corriam e brincavam por este lugar, quando não estava cumprindo suas responsabilidades. Aires descobriu que antes de retornarem ao mundo deles, Susana era casada com um duque por conveniência, mas preferia a companhia dos homens em segredo e sua irmã era uma mulher de muitos amantes. Lúcia estava sendo cortejada por uma princesa de um reino vizinho, que hoje fica Palatina. E Edmundo era o irmão solteiro mas que ocasionalmente possuía um ou outro namorado. Ele gostaria de entrar num assunto, mas estava um pouco apreensivo em chatear o loiro.

— Susana e Edmundo falaram sobre você e...

— Theon.

Aires assentiu. A expressão de Pedro continuou tranquila e serena.

— Fui muito intrusivo?
—  Não, eu não tenho problemas em falar sobre Theon. Doeu muito na época? Sim, bastante. Mas tenho esperanças de um dia revê-lo no país de Aslan. Ele foi um amigo que nunca Imaginei ter, e um parceiro incrível. Mas infelizmente não tive condições de retribuir os sentimentos dele por mim na mesma intensidade.

O príncipe deu um pequeno sorriso. Pelo que os irmãos de Pedro falaram, aquele homem não se importou nem por um momento, ele próprio também não se importaria.

— Tenho certeza de que ele nunca se importou, amou por vocês dois.

Pedro sorriu.

— Espero que sim. — O loiro fez uma pausa, antes de perguntar algo delicado.  — E como está em casa.

Aires desviou o olhar.

— Podemos não falar disso...pelo menos não agora!?

O Pevensie mais velho apertou a mão do moreno, sorrindo da maneira mais reconfortante possível e o puxou em direção ao rio. Aires estava muito agradecido por não ter que falar sobre sua situação em Zypherion.

— Tire as botas.  — O príncipe obedeceu, seguindo o exemplo do rei loiro. Quando colocaram os pés na água, ela trêmulou mais a frente, rostos de diversas cores surgiram na água. — Olá, como vão?

A voz do loiro era doce e gentil, as criaturas riram e sussurrando entre si  "O rei Pedro está aqui". Logo mais e mais apareceram na superfície. Uma delas se aproximou, um sorriso brincalhão e seu rosto esverdeado, ela era linda. A ninfa da água, náiades Aires se recordou, se aproximou dele com cuidado. Ela ergueu o pé do loiro da água e o examinou, Pedro riu.

— Melhor.

O loiro sorriu gentilmente, ainda entre risadinhas. Só então Aires percebeu o por que, as mãos dela eram um pouco escamadas e deveriam fazer cócegas no pé dele.

— Sim, estou melhor. Obrigado, Halfiriam.
— Não agradeça, majestade. É um prazer cuidar de nosso soberano.

Aires franziu a testa.

— Você se machucou?

Sua voz alarmou a Halfiriam e a outras ninfas, que pareceram só então notar ou quem sabe se lembrar de sua presença. Elas sussurravam e apontavam para ele, com admiração. Pedro olhou para elas tão confuso quanto.

— Sim, eu cortei o pé na pedra da última vez que vim. As dríades possuem o dom da cura e algumas até mesmo da profecia. Halfiriam curou meu pé.

Oh. Isso explica ela ter examinado o pé dele. Mas Aires ainda queria saber porque os espíritos da água ainda o olhavam. Elas sussurravam coisas desconexas como:

"É ele."
"Está de volta."
"Mas já?"
"Eu disse que ele voltaria."

O príncipe não entendia o que elas queriam dizer.

— Majestade, é bom vê-lo novamente. — A ninfa a frente deles, que parecia ser a líder se curvou, os olhos verdes floresta de algum modo olhando para os dois ao mesmo tempo o fazendo por um breve segundo se questionar com qual dos dois ela estava falando, até se lembrar que só um deles ali era rei. E não era ele.

Pedro sorriu e corvou a cabeça para ela. Aos poucos, cada uma das ninfas emergiu na água, deixando apenas os dois. Ou não.

— Elas são lindas. — Comenta o príncipe.

— São sim.

Um silêncio confortável se instala entre os dois. Eles ficaram ali aproveitando a tranquilidade e a paz daquele lugar lindo. Quando se levantaram depois de um longo tempo, Pedro entrelaçou suas mãos novamente e os guiou para outro lugar.

— Para aonde agora?

Pedro sorriu conspiratório.

— As fadas das flores.

Aires não poderia estar mais animado. Era o que ele mais queria ver, depois de seu raio de sol.

* * *

Esse é o Theon. E ai, o que acharam dele? Dêem suas opiniões.


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