Parte 3
- Vamos colocar o véu princesa? - indagou Eloise tirando-me dos meus devaneios e trazendo-me para a realidade daquele dia horrendo.
- Sim pode – digo triste olhando mais uma vez para aquela mulher irreconhecível no espelho.
Sua voz e sorriso vem a minha mente, assim como o gosto de seu beijo. Framboesa. Sim aquele traste roubou-me um beijo ontem.
Mais uma vez Edward juntamente com minha mãe restringiram minha saída para cavalgar. Então com raiva decidi, caminhar pelo jardim real. Apreciar as flores, a natureza, era melhor do que ficar trancada naquele castelo.
As rosas eram as mais belas, cultivadas pelo jardineiro real, tinham de todos os tipos e cores, essas rosas são a felicidade da Rainha. O silencio do lugar, me deu uma paz, coisa que não tinha desde o surgimento dele em minha vida. Edward... Esse nome acelerava meu coração, minhas mãos suavam, eu não me reconhecia.
- Princesa! - ouço uma voz ao longe chamando-me, olhei ao meu redor buscando uma rota de fuga, mas a única via de saída ele vinha andando por ela me minha direção. Eu estava fugindo desse homem e ele vem me encontrar aqui?
- Mérida! - não respondi e fiquei apreciando à vista.
- Oi - ele diz sentando-se ao meu lado – Princesa, procurei-te em todo castelo – ignorei-o, assim quem sabe ele iria embora, mas o salafrário continuou ali.
- Mérida – suas mãos pegaram as minhas, levando-as a sua boca para beija-la, sua barba por fazer, marca registrada do Lord, fazia com que as borboletas no meu estomago aumentasse e os meu pelos, ficassem todos eriçados, por onde ela passava aquela barba macia como veludo.
- Você está sempre correndo de minha presença minha princesa!
- Claro né! Você não é meu marido ainda, e já quer controlar minha vida.
- Que conversa minha menina, eu quero apenas o seu bem estar e irei fazer tudo o necessário, para que você esteja em segurança.
- Eu sempre estive em segurança. Eu sempre soube cuidar de mim, antes de você chegar. - falo tirando minhas mãos das suas, a mesma estava formigando no local onde ele havia beijado. - E continuarei independente de você estar aqui ou não, agora DEIXE-ME EM PAZ. - gritei extravasando toda a raiva e amargura contida durante esse mês.
- Eu não quero minha esposa, feito uma camponesa correndo pelas florestas.
- VOCÊ NÃO MANDA EM MIM - voei para cima dele, lhe batendo descontroladamente.
- VOCÊ NÃO É MEU MARIDO. VOCÊ NÃO MANDA EM MIM.
- Olha aqui Princesa – suas mãos me contiveram as minhas que ainda continuavam esmurrando seu tórax super definido – posso não ser agora, mas, que sinto te informar que a partir de amanhã, serei sim, o seu marido.
E assim ele abruptamente colou sua boca na minha, seus lábios eram macios e carnudos, tinha gosto de framboesa. A princípio foi apenas seus lábios nos meus, mais ele pediu passagem com sua língua, e eu não resistir e permite o beijo. Suas mãos foram em direção a minha cintura, puxando-me contra seu corpo musculoso. Instintivamente minhas mãos foram em direção aos seus cabelos, sua língua explorava cada canto da minha boca, fazendo-me soltar um gemidos. Escutar meu gemido me fez acordar e perceber o que eu estava fazendo. Tirei minha mãos de seu cabelo e comecei a empurra-lo, parando o beijo e falei:
- Sai! Me salta seu idiota.
- O que foi princesa, pelo que percebi você estava gostando do beijo e partir de amanhã daremos muito mais que simples beijos.
Eu não suportei o que ouvi, lhe desferi uma tapa na face e sai correndo em direção ao meu quarto.
****
Minha filha você está linda – minha mãe caminhou até o meu lado - eu esperei a minha vida toda, o momento em que lhe casaria minha filha - não se contendo mamãe veio até mim e me abraçou-me bem forte - daqui a pouco seu pai irá vim lhe buscar, vou descer e lhe esperar para seu casamento. Aí minha filha, eu estou feliz - e desatou a chorar mais uma vez, abraçando-me bem forte. VAMOS SAINDO minha filha precisa ficar um pouco sozinha.
Depois desse momento todas as serviçais saíram, deixando-me sozinha.
Eu preciso tomar uma decisão apesar de ama-lo eu não sei se consigo viver trancada e enclausurada por um marido, eu sou Mérida e tenho uma alma livre, valente.
Por isso tenho que fugir, é isso. Eu tenho que fugir, não me submeterei aquele homem, mas tem que ser agora, mas como meu Deus.
Já sei vou fugir no Angus, com certeza Vincent me dará guarita, até as coisas se acalmarem no castelo e papai desista do casamento.
Pela porta é impossível fugir, há muitas pessoas no castelo e eu com esse vestido chamarei muita atenção então adeus fuga. Só me resta a janela, corro até a janela, no trajeto a droga do vestido me atrapalhou, com raiva pego aquele monte de babados e rasgo, nada naquele momento poderia me atrapalhar.
Olho o resultado e vejo que nada me restringe meu caminhar. Chego a janela e olho para baixo avaliando o quanto doeria a minha queda. A distância para o chão era grande mais tenho que tentar, respiro fundo, buscando a Mérida corajosa e que não tem medo de nada, abro a janela, sento-me, passo minhas perna e pulo.
-Aiiiiiiiiiiii.....
A dor que estou sentindo é inimaginável, dói muito, tento levantar-me, mas meu tornozelo dói demais fazendo com que eu caia novamente no chão. Eu não posso parar agora, eu já vim até aqui, tenho que ir até o final, respiro fundo, e com muita dificuldade levanto-me e lentamente caminho até a cavalariça, sempre olhando ao meu redor com medo de alguém notar que estou fugindo.
Oi, querido – Angus relincha de felicidade ao ver-me o coitado a vários dias está trancado aqui sem sair também. – vamos passear?
Subo na montaria e começamos a correr para a floresta, pois posso ama-lo, mas nunca mudarei minha essência.
999 palavras
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