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3. Os sentimentos

* * ATLAS CEBOLA COM TORRESMO * *

O abraço dos dois se aprofundou. O cheiro da morena já vinha lhe perseguindo à um bom tempo, sentia-o até mesmo no seu quarto, trancado, no escuro, ou enquanto ensaiava sozinho suas artes marciais para os próximos trabalhos de dublê.

Quer andasse pelas ruas, ou estivesse no estúdio em cenas perigosas, o cheiro de Melina lá estava.

A figura, a forma, os feromônios dela, perturbavam-lhe o espírito. Atlas, envolvido neste beijo, repetiu à si mesmo o quão errado parecia tocar em sua melhor amiga, sem terem antes tido uma conversa sobre seus sentimentos.

Se perguntou então se confessaria o quanto se mordia à cada vez que Melina sorria para uma notificação no celular, que não era a sua; ou como aqueles inúmeros convites, de alfas diferentes, incomodavam-no, principalmente quando os mesmos alfas cercavam-na com seus cheiros impróprios, querendo fazer desta ômega um objeto de seus estúpidos prazeres.

O quanto Atlas não enterrou, cavando com pá e enxada, o fato de um simples "oi" de Melina mexer tanto com a sua estrutura de andaime. Ah, se não usasse seus comprimidos supressores de cheiro, há tempos já teria sido descoberto, pego no flagra do seu crime, por conta dos odores que emitia: o seu teimoso fascínio secreto pela amiga.

Melina tinha pago por ele hoje, mas o que significava isto? Instinto caridoso? Vontade de ajudar os mais necessitados? Caridade, doações e filantropia, será que balançavam com as emoções de Melina, à ponto dela amolecer? Ou ela só não queria Atlas com outra?

O aroma feminino dos cabelos da morena macetou as suas narinas aguçadas, causando um desmoronamento de imagens dos dois em sua mente. Nelas Melina andou de noiva pelo corredor, de tapete vermelho, da Igreja, chegando ao altar, enquanto ele a esperava. A ômega segurou o buquê de muitas rosas, dizendo "sim" ao padre, de mãos dadas com ele.

"Já pode beijar a noiva" Atlas ouviu, atravessando estrelas e galáxias com a sensação.

"NÃO! PERA!"

Atlas arregalou os olhos, terminando o contato do beijo o mais depressa possível, suas pupilas agora dilatadas, seu coração, acelerado, ele, branco e assombrado, como se o capeta de lingerie tivesse visitado-o. Onde já se viu até casamento passar pela sua cabeça tão cedo assim?!

— Você está bem? O que foi? — Melina franziu as sobrancelhas, em genuína preoucupação, puxando o rosto dele para ela.

Que suave.

Que intensa.

Atlas segurou naquelas duas delicadas mãos, como o fez na antiga noite no hospital, em que Melina, debilitada, fraca, na cama, recuperava-se, sob a sua supervisão.

Naquela ocasião, suas palmas suaram, seus dedos se cansaram, mas Atlas não ousou desentrelaçar aquelas lindas mãos dadas, seguindo assim por horas, enquanto velava o sono da sua... amiga.

Lembrou-se também de quando seu peito quebrou, feito garrafa de vidro que choca-se na parede com violência, após ter resgatado-a de um atentado que sofrera, do palco que explodira com Melina em cima.

Se não fosse pela sua super velocidade, pernas tão rápidas quanto o bater das asas de um mosquito, cerca de novecentos passos por segundo, a ômega teria virado ensopado de carne humana. Que desastre.

Todo o bem que Atlas fez à ela, no entanto, carregava consigo um drama: Melina não sabia que aquele alfa encapuzado, o Vigilante Limão, que rondava a cidade, salvando inocentes, lutando contra bandidos, esmurrando fedelhos pelos becos, era ele, o seu amigo, o mesmo que a salvou da explosão no palco.

Uma máscara, um uniforme preto com verde e um símbolo de herói o separavam da mulher que ele amav...

Atlas sentiu o ambiente rodar com tamanhos feromônios voando ao seu redor. Mal acreditou que Melina, e justo ela, a ômega acostumada à colocar no bolso os alfas mais fortes e cobiçados deste país, agora unia suas bocas com tanta receptividade. Ela beijava-o novamente. O segundo beijo deles na vida, uau!

Quantas vezes Atlas não assistiu aos presentes extravagantes dos outros homens chegarem no escritório de Melina, implorando com ela um jantar, o qual ele tinha acesso sempre que a convidasse. Ela largava tudo e corria para dar-lhe atenção. Enquanto ele, embora apreciasse muito sua companhia, tentava parecer indiferente para não se sentir um trouxa, babão, aos pés de uma mulher.

Jóias, diamantes, chocolates milionários, bebidas chiques e favoritas, ou até mesmo oferta de metade de seu império multinacional nas mãos da poderosa Melina Lewis, caso ela aceitasse sair com o pretendente. Só que não, ela rejeitava à todos. A mulher poderia de ter qualquer alfa aos seus pés, era uma ômega de tirar o fôlego, cheia de qualidades, que faziam Atlas suspirar quando ele se punha à contemplar: desde os contornos de seu meigo rosto, até a ousadia com à qual Melina enfrentava qualquer pitbull bravo que a quisesse diminuir nos negócios por ser uma ômega, etc.

— Me poupem, aqui não é casa da mãe joana, arrumem um motel e tenham classe!

A pessoa disse ao fundo, bufando, batendo os sapatos no chão, e Atlas não precisou se virar para saber que se tratava do seu chefe, trapaceiro e mal-humorado, Heitor Gonzales, que exalava hormônios hostis pelo ar, em desafio com os seus, querendo ser superior.

Na natureza, as fêmeas preferiam o alfa mais apto e forte do bando. Alfas quando brigavam por domínio, brigavam também pela parceira em potencial que queriam para si.

A íris dos olhos dos dois machos expeliu faíscas, e só faltava mostrarem os caninos um para o outro, enquanto que os olhos da morena, Lewis, estavam empolgados, ansiando pela reação de Atlas.

— Não está me ouvindo? Ou será que não consegue domar seu desespero pela única que te dá bola, Cebola com Torresmo, a única que faz o imenso sacríficio de gostar de você?! — Heitor provocou.

Atlas incorporou então seu poder, colocando suas mãos na cintura, encarando o bastardo do seu chefe. Atlas exalou a típica postura altiva que tinha quando estava com seu traje de Vigilante, intimidando oponentes:

— Eu, desesperado? — Lançou ele para Heitor — como você, que sai inventando por aí um namoro de mentira para fazer de conta que a Melina ainda te quer? Nunca superou a bota, não é?! Ta dodói por que ela tá comigo agora, tá?!

Heitor emitiu uma ira no odor, a qual podia ser inalada à metros de distância, ignorando o comentário e dizendo:

— Melina, venha comigo, meu amor mais lindo, para assinar os papéis e fazer o nosso cheque — Heitor ajeitou os cabelos espetados, querendo ser confiante, como se nada o atingisse e abalasse, querendo parecer que ele e a ômega ainda fossem íntimos. Íntimos? Aquilo espetou, como agulha, na goela de Atlas, trazendo à tona a tortura que viveu esta semana inteira desde que recebeu a notícia de namoro falso; as malditas cenas e imagens de sua ômega e Heitor juntos, das formas mais apaixonadas possíveis. E que agora, estes flashs falsos, das aventuras falsas dos dois, voltavam à sua mente e lhe irritavam — roubarei ela de você alguns segundos, meu caro Cebola com Torresmo.

Melina encarou os dois alfas, arqueando sua sobrancelha, exalando feromônios pacíficos neles, procurando levantar a bandeira branca da paz. Assim que Atlas inalou-os, junto do cheiro de álcool da morena, ele amansou, principalmente com o toque suave dela em sua face.

— Eu já venho, está tudo bem — o doce som da voz da mulher o elevou até um divã nas nuvens, onde poderia deitar-se em delícias, mas não, ele não baixaria a guarda para o chefe.

— Você não está sóbria; eu jamais te deixaria sozinha com ele — Atlas afirmou, em um cheiro protetor que escorreu de seus poros, enquanto escutava os batimentos de Heitor se descontrolarem.

Atlas bem podia ouvir um fio de cabelo caindo no teto do vigésimo andar, ainda que ele estivesse no térreo. A vitamina C de seu corpo corria veloz, ampliando o alcance de seus ouvidos. Os seus poderes estavam atentos e ligados neste momento. Ele guardaria Melina de tudo e todos, pois Heitor poderia entorpecê-la na marra, com esse cheiro de alfa azedo que acabou de sair do esgoto. Estes imbecis hormônios potentes de seu chefe poderiam submeter a ômega, mesmo contra a sua vontade, à seus torpes caprichos egoístas. Atlas não correria este risco, ele a acompanharia, porém:

— Vigilante Limão, temos um alien na avenida principal — não, não, não. Seu irmão, Kléber, falou no mini comunicador escondido em sua orelha.

Uma mão invisível torceu então as costelas de Atlas e apertou-as por conta do seu drama interno; o alfa se desligou da cena de Heitor trazendo o contrato do leilão, de Melina assinando na mesa, dos dois trocando algumas palavras, conversando brevemente, para só se concentrar na infeliz realidade de sua vida, da qual se esquecera por breves minutos: ele era o herói da cidade de Evelyn Tor, seu lar, e Melina não sabia.

Que mancada.

Melina mandou Heitor ir caçar chupa cabra no mato. Ele se foi, rejeitado, então a ômega passou os braços em torno do pescoço de Atlas, num sorriso bobo, de quem queria uma segunda rodada de... carinhos? Mas Atlas, torcendo seus poros para que se fechassem, quis neutralizar sua angústia.

— Você está arrependido? Do que? — Melina perguntou.

— Não é isso.

— O seu cheiro não mente. O que há? É comigo? — Melina se afastou subitamente de seu aconchego, esfriando, e virou de costas, respirando extremamente fundo, como se analisasse melhor os sentimentos do alfa, os quais escapavam dele por mais que se esforçasse para retê-los.

— Vigilante Limão, onde você está? O estrago aqui ficou feio, precisamos de você! — Seu irmão, Kléber, insistiu na chamada, e Atlas desejou tanto, de repente, que ele e este herói não fossem mais a mesma pessoa.

— Eu amei o que tá rolando entre a gente, entre nós dois, Melina, é só que...

Atlas expeliu aromas consoladores, os quais rodearam-na, pois sempre funcionava com sua amiga, ômega; ele acarinhou-a com seu cheiro de cuidado.

— Eu gosto de você, Melina, você sabe. Não fique arisca comigo — ele observou como o seu comando fez os pelos da ômega se eriçarem... coisas que poderiam acontecer se alfa e ômega estivessem perto de serem o par um do outro.

O... par?

Seria ela...

O seu...

Par?

Atlas deu um passo, tentando dissipar o cheiro de insatisfação que rondava-a, e abraçando-a, frente à frente, disse:

— Apenas tem uma coisa me incomodando, e que eu preciso te contar mais tarde.

A mulher se interressou, cheia de um brilho de expectativa no olhar. Lá estava toda sua fome de ser amada, da mesma maneira que amava. Fome de receber confiança da parte dele, da mesma forma que dava à ele.

— Eu posso te apanhar em uma hora? Kléber precisa de mim — Atlas completou, olhando no seu relógio, como se realmente tivesse marcado um compromisso importante com o irmão — Você vai saber de tudo, eu prometo — garantiu, apertando ainda mais a ômega nele, ela, com quem sentia esta enorme conexão.

Abriria o jogo sobre sua identidade secreta, sobre o personagem duplo que interpretara nestes três anos de amizade, escondendo de Melina sua verdadeira natureza, super poderosa e alien.

Por fim, perdendo-se no raio claro do olhar dela, mata aberta que Atlas resolveu explorar, ele beijou-a uma terceira vez, em sinal de despedida. Melina voltou à cheirar morangos e frutas vermelhas frescas, do jeito que ele adorava.

Não, não tinha tempo para em nada pensar. Nem para se iludir com romances agora.

— Me espere — pediu, indo-se embora para o seu dever, aquele que o uniforme preto exigia, mas, no entanto, todavia, foi-se com a cabeça ainda aqui, plantada nas atenções especiais que ganhara dela, deixando seu estômago em um giro feliz, em torno de fantasias agradáveis e carrocéis coloridos.

Ele e sua amiga juntos? Seu plano de se declarar deu certo. Ela poderia de ser a mãe de seus filhotes, não?

"Quê?" Sua cabeça reprovou-o.

— Conversaremos já já, minha doce Melina — foram suas palavras enquanto saltava de prédio em prédio, sumindo nas sombras da cidade de Evelyn Tor, indo para sua missão.

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