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42. Muralha, a gigante

Oi, oi, upinhes!! Como vocês estão?? Fiquei com saudades!

Desculpa estar meio corrida das coisas 😭 fico toda tristinha de não dar a atenção devida ao grand finale de Empresário, mas tô tão cansadinha!

Boa leitura! Ah, e por favor, se gostar, comenta bastante porque amo saber o que estão achando da história 🥺!

Alerta de gatilho: crise de ansiedade

#JKNãoUsaGravata

»»💼««

Jungkook enviou "estou bem, indo trabalhar" acompanhado de um sticker fofo no primeiro chat pela frente. Encaminhou para todos os outros e guardou o celular no bolso; não queria ver as respostas. Pelo reflexo das janelas do ônibus, estranhou-se nas roupas de Hoseok. Não sabia mais se ficava feliz ou triste com a possibilidade do reencontro.

Precisou parar antes, em um ponto perto de sua casa, justamente para trocar de roupa. Não se encarou no espelho do armário; sem coragem de se enxergar com tantos detalhes. Depois, foi a pé até o prédio da UP2U. Só entendeu por que o ônibus, a rua e a portaria estavam tão vazios quando chegou no andar da empresa e não achou ninguém. Aí, caiu a ficha de que era domingo.

Bem, ninguém mandou ele se recusar a pensar.

Encarou o celular repleto de "vai trabalhar hoje?!" e similares no ecrã. Por que tinha tantos contatos? Suspirou e enterrou o aparelho de volta no bolso. Caminhou pela empresa vazia, sentindo aquela apreensão quase ignorada com sucesso expandir em seu peito. Quando seu lugar mais amado passara a representar tantos medos? Provavelmente, ele mesmo se jogara naquele buraco e maculara as memórias boas.

Rumou ao Coração e jogou o celular em cima da mesa outrora de Jimin, agora de Nayeon. Sentiu-se péssimo ao torcer o nariz quando viu a mesa decorada com organizadores em tons pastel cheios de adesivos fofos. O caderno colorido que ela levava a todos os cantos para anotar as pendências também estava lá, quieto, repousando como todos deveriam em um domingo. Jungkook estava ciente de que o incômodo existia por ser uma decoração oposta à do Jimin: inexistente. Jimin, de fato, vivia de um jeito que tornava fácil apagar as próprias pegadas, omitir sua existência.

Agora, que entendia o porquê, doía mais.

Agora, que tinham feito pazes e promessas naquele café, não tinha mais paranoias para alimentar.

Agora, não deveria olhar a mesa de Nayeon desejando ter Jimin lá, porque tal fato demonstrava não estar nem próximo de chegar ao seu objetivo compartilhado com Jimin.

Nayeon era tão legal. Ela não merecia ser tratada como substituta de algo que nunca seria. Ninguém era como Jimin. Não por Jimin ser especial em si, mas porque Jimin era especial para Jungkook, do jeito dele. Da mesma maneira que ninguém era como Namjoon, nem como Hoseok. Da mesma maneira que ninguém deveria ser como Nayeon. E, para ela ser especial, do jeito dela, Jungkook precisava parar de vê-la como uma representação da falta de Jimin.

Bufou, porque existir era confuso e assustador. Como já estava na UP2U, resolveu trabalhar. Algo bem operacional, que impedisse sua cabeça de mergulhar em pensamentos. Sentou à mesa e ligou o notebook, chateado. Estava cansado de se detestar por tudo: por não conseguir superar Jimin, por não enxergar Nayeon como deveria, por ter sucumbido ao seu desejo de se aliviar de forma rápida na noite anterior, mesmo sabendo que seria ainda pior. Não fora maldoso com ninguém, não tratara ninguém mal, não ofendera nem uma mosca. Claro, não era perfeito e sua cabeça mostrava-se traiçoeira, mas ninguém era perfeito. Por que era tão difícil abraçar os próprios problemas?

Queria que Jimin estivesse ali. Queria que Jimin o obrigasse a contar tudo de ruim. E queria ser abraçado depois de ser tudo de pior.

E se detestou por deixar seus pensamentos voltarem a Jimin.

Suspirou, aliviado, quando o computador ligou. Abriu sua caixa de e-mails. Nada como um trabalho insuportável para servir de remédio ao depósito de merda chamado "cabeça de Jungkook". Lá, viu várias notificações do seu aplicativo de organização de tarefas pessoais. Estranho.

Ao abri-lo, lembrou que Nayeon o obrigara a compartilhar com ela. Reparou a maior parte das coisas já em andamento. Tudo muito organizado: havia anotações minuciosas do que tinha sido feito em cada ponto; passos faltantes para conclusão, dependendo de agentes externos; arquivos em anexo com o resultado do trabalho.

Abriu alguns destes e deu de cara com fluxogramas minuciosos dos processos da empresa, com gargalos de cada etapa mapeados em quadradinhos seguindo um código de cores representando o tipo de problema, junto a uma estimativa de impacto financeiro.

Será que Jimin sugerira tal tarefa a Nayeon?

Não, não.

Nayeon era organizada como o cão.

Era isso que deveria pensar.

Jungkook levantou quais das tarefas dependiam de algum movimento seu para serem concluídas e começou a resolvê-las. Gostou. Gostava daquela sensação de estar resolvendo algo; sendo útil. Lembrou-se por que adorava tanto trabalhar. Deveria focar mais no trabalho naquele momento ruim. Adorava focar no trabalho em momentos ruins.

Refastelava-se com a sensação de produtividade quando foi interrompido pelo som do elevador; sinalizando estar no andar, arrastando suas portas metálicas. Estremeceu, como se o barulho o sentenciasse a uma pena cruel: ter de encarar a realidade.

Respirou fundo. Talvez fosse só algum uper que esquecera algo... Ficou quieto. Estático. Como se a imobilidade pudesse torná-lo invisível.

Logo viu, entre as baias de vidro que davam entrada ao Coração, Hoseok aparecer. Ele caminhava cuidadosamente, como que com medo de assustar um animal selvagem. Quando viu Jungkook, os olhos cheios de lágrimas terminaram de marejar.

Não conseguiu se conter. Todo o cuidado foi soterrado por urgência; correu em direção a Jungkook, que o encarava constrangido. Mal notou a expressão do amigo, feliz demais em ver sua presença. Vê-lo lá, inteiro.

Jungkook sentiu, aéreo, o impacto de quando Hoseok jogou-se em seu colo, fazendo a cadeira de rodinhas afastar bons centímetros. Seus ombros foram enlaçados pelo publicitário, que chorava cada vez mais alto. Teve os cabelos afagados nervosamente. Hoseok tremia de necessidade dele.

Após alguns segundos de apertos cada vez mais firmes, Hoseok enfim afastou o rosto do ombro de Jungkook para encará-lo diretamente. Espalmou as mãos na bochechas alheias enquanto o verificava de cima a baixo.

— Você tá se sentindo bem, Gookie? — perguntou Hoseok, afoito. Sua voz era lamurienta. — Algum lugar dói? Você tá bem?

— Eu... — Jungkook suspirou. Era difícil. Não estava bem. — ... eu tô inteiro.

— Posso fazer algo por você? — Hoseok implorou. Seus olhos refletiam tanta dor que Jungkook quase se perdeu nela. O amigo estava assim devido às suas atitudes.

— Não, acho que tá tudo certinho agora...

Hoseok engoliu em seco. Saiu do colo de Jungkook e secou as lágrimas com as costas da mão. Finalizou com um longo suspiro, que tentou conter, mas não conseguiu. Exalava decepção, mas não falou nada. Isso deixou Jungkook ainda mais desolado.

— Seok... — Jungkook chamou, tenso. — Você não vai brigar comigo? Por ter te preocupado?

Não conseguiu interpretar o olhar que recebeu.

— Quero, pra caralho — ele confessou. — Mas tenho muito medo de te afastar mais ainda. Eu não sei mais o que fazer, Jungkook...

Partiu o coração de Jungkook não ouvir seu apelido nos lábios dele. Era sério, quase distante, apesar de Hoseok ter deixado claro se importar. Machucava todos que amava naquela busca de tentar fugir do seu eu verdadeiro. Tudo estava tão confuso.

— Eu também não sei, Seok... Desculpa.

— Não precisa se desculpar. — Hoseok aproximou-se alguns passos e acariciou os cabelos longos de Jungkook para trás de sua orelha.

— Preciso. Com todo mundo. Desculpa, desculpa... — choramingou, com a voz embargada. O cafuné de Hoseok parecia capaz de fazê-lo derreter.

— A gente só queria... que você se abrisse... — Hoseok pediu.

Jungkook ficou quieto. Terrivelmente quieto. A quietude era uma maldição. A resposta parecia tão clara, tão fácil: abrir-se. Contar tudo. Todos o aconselhavam a fazer isso; só poderia ser essa a solução. E, com uma solução tão óbvia, que resolveria todas suas dores, por que não conseguia fazê-la? Por que não conseguia falar nada? Sua quietude soava irracional.

— Vou mandar mensagem pro pessoal pra falar que você tá por aqui mesmo. E ligar pra polícia, a gente te deu como desaparecido quando foi até a boate e não te encontrou lá — Hoseok avisou antes de sair do Coração, ao notar que Jungkook não falaria nada. Que tinha sido incapaz mais uma vez.

E Jungkook esperou, quieto, sentado em sua cadeira. Encarou o computador e suas atividades. Lembrou daquela sensação boa sentida ao se distrair com estas. E arrepiou-se dos pés à cabeça, tomado pelo medo. Porque quase caiu, de novo, na pior armadilha.

Sempre que estava mal fazia aquilo: focava em seu trabalho como forma de distração. E aí, atrelava sua estima pessoal ao sucesso das tarefas e da empresa. E, como tudo no mundo estava fadado a erros e a baixos, quando estes davam o ar de sua graça, Jungkook os usava de pretexto para se partir em mil pedacinhos.

Saía ainda mais quebrado do que entrara naquele alívio.

Era tudo tão claro, tão previsível. Sua insistência em entrar nas ratoeiras só mostrava que se detestava, simples assim.

Uma hora Hoseok voltou à sala, parecendo mais tranquilo. Alguém deve tê-lo acalmado, até porque Jungkook sabia não ser capaz disso. Convenceu o CEO a voltar para casa, acompanhou-o pelo trajeto e subiu até o apartamento também. Resolveu fazer um jantar legal para ambos, mas precisou pedir mercado por aplicativo porque Jungkook tinha tão pouca comida na geladeira e armários que o apartamento parecia inabitado. Na verdade, tudo nele, exceto as hortinhas, parecia. Sempre foi impessoal, mas agora... piorou.

Jungkook entrou no banheiro e vestiu as próprias roupas após a insistência do publicitário, que ainda não fazia a mínima ideia dos acontecimentos da noite anterior. Hoseok temia perguntar. Temia saber. Temia até mesmo continuar ao lado do amigo porque sentia, mais do que nunca, não conhecer Jeon Jungkook.

Ou, ao menos, aquele Jeon Jungkook.

Quando descera para buscar as compras do mercado, fizera-o com o sentimento amargo na boca de ter mandado Jungkook tomar banho apenas para se poupar da presença dele e da insegurança trazida por ela.

Uma bosta de amigo. Estava tão aflito que puxar um era quase questão de vida ou morte.

Mas não deveria ter se preocupado tanto. Ou, talvez, preocupado-se mais ainda: ninguém tinha nada a falar. Depois de vestido com as próprias roupas de moletom — e porra, como as amava —, Jungkook se resignou a ficar sentado no balcão, observando, distraído, Hoseok cozinhar.

O silêncio deles foi interrompido pelo barulho do interfone. Hoseok contou que devia ser Namjoon. Jungkook desceu para buscá-lo, porque seu prédio possuía uma escada detestável por pura estética. Já reclamara tantas vezes para colocarem uma rampa...

Pensou que se sentiria melancólico de novo ao encontrar Namjoon, assim como ocorreu quando Hoseok o achou escondido na UP2U. Mas vê-lo ali, encarando o pequeno lance de escadas com a costumeira expressão de tédio, deu certo conforto. Dava uma breve de ilusão que estava tudo normal. Enfim, aquele sentimento ruim começava a se assemelhar ao que sempre experimentava ao estar na companhia dos amigos: conforto.

Ajudou o amigo a subir o lance de escadas e a entrar no elevador; já estava acostumado com o processo. Porém, assim que as portas metálicas fecharam, acomodou-se no colo dele para enterrar o rosto em seus ombros, dando um abraço apertado. Namjoon surpreendeu-se, mas correspondeu. Correspondeu enquanto um suspiro enorme de alívio nascia das profundezas de seus pulmões e se derretia em liberdade ao ar.

— Fiquei preocupado com você, Gookie... Em demasia. — A voz de Namjoon fraquejava.

— Eu... — Jungkook engoliu em seco; detestava todas suas respostas automáticas. Não queria mais dizê-las. Respirou fundo, tentando tomar um pequeno passo corajoso em direção ao que queria ser: alguém capaz de reconhecer suas próprias amizades. — Eu sei, Nam. Obrigado por se preocupar... e me desculpa por isso.

— Está perdoado, meu cavalheiro. — Uma das mãos de Namjoon subiu até os cabelos de Jungkook, deixando um cafuné como se lidasse com uma criança. Depois, deixou um beijo neles. Outro suspiro aliviado. — Apazigua meu coração vê-lo inteiro.

Jungkook afastou o abraço para sorrir ao amigo. Deixou um beijo na bochecha dele antes de se levantar. Quando chegaram ao andar correto e atravessaram a porta, foram arrebatados pelo cheiro da comida de Hoseok. Ele tinha o talento de fazer a comida fitness e natureba mais gostosa do mundo.

Com uma cadência estranha e felizmente natural, lavaram as mãos, acomodaram-se em frente à TV, colocaram algo para rodar e começaram a comer Assim como Hoseok, Namjoon sentia-se inseguro demais para perguntar qualquer coisa a Jungkook. Por mais que o amasse, a barreira construída entre eles ficava cada vez maior, como se a Muralha da China fosse seu objetivo. O sumiço e a falta de explicações eram a última espátula de reboco.

Então, como não sabiam o que fazer além de observar aquela parede enorme agigantar-se perante eles, ofereceram presença, quieta. Não perguntavam, porque temiam. Não falavam, porque desconheciam. Não julgavam, pois não sabiam sequer tecer hipóteses do ocorrido, pois o Jungkook cujas ações reconheciam não estava ali. Era estranho.

O resto da tarde correu normalmente, com filmes. Hoseok até fez uma pizza, mas nada foi dito além de comentários esparsos sobre as coisas na TV. Quando chegou a hora da despedida, aquele gosto azedo de tristeza se intensificou. No batente da porta, Hoseok não aguentou mais segurar o choro.

— Não tem mais nada que a gente possa fazer, Gookie? — ele murmurou, com a voz fraca e quebrada. Ao assistir logo a maior representação de vivacidade e positividade deles sucumbir, lágrimas afloraram nos olhos dos outros dois. — Qualquer coisa. Você sabe que a gente tá aqui, né?

— Uhum... — Jungkook concordou. Sua voz estava tão embargada que era difícil falar. — Vocês sempre estiveram. Acho que é esse o problema: vocês já tentaram muitas coisas, de todos os jeitos possíveis. Então não tem muito o que vocês fazerem... Agora tá dependendo de mim.

— E não há nada o que fazer para ajudá-lo em sua parte? — foi a vez de Namjoon questionar, cheio de desespero. — Gookie... Você clamou por ajuda ontem, nas mensagens... Qual era essa ajuda?

— Era presença. E vocês me deram ela. — Jungkook deu um pequeno sorriso. — Vou tentar pedir mais vezes... E vou tentar contar as coisas para vocês, aos poucos. Eu juro. E aí, vocês vão poder me ajudar.

— Certo... — Hoseok meneou em concordância com a cabeça, mesmo que a contragosto. De fato, não era capaz de arrancar as palavras da boca de Jungkook.

Abraçaram-se e despediram-se. Jungkook só entrou no apartamento de novo, à sós, quando Hoseok e Namjoon foram escondidos pela porta do elevador. Todos ainda carregavam um quê desconfortável ao redor, como se uma nuvem de tempestade pessoal os acompanhasse. Jungkook por ter de encarar tudo de frente. Seus amigos, de medo. Porque viram aquela cena algumas vezes e, até então, Jungkook só dava um jeito de acobertar e seguir em frente. Agora, era insuportável.

Não sabiam se aguentariam assistir aquela reprise mais uma vez.

Hoseok apoiou as costas na parede gelada do elevador e cobriu o rosto. Não conseguia parar de chorar. Namjoon segurou seu ombro. Nem sabia que palavras oferecer ao amigo, pois não tinha nenhuma a oferecer nem a si. A sensação de impotência era assoladora.

— Nam, ele precisa conseguir dessa vez — soluçou Hoseok. — Será que ele vai conseguir?

— Eu não saberia dizer... Resta-nos aguardar...

O problema era que eles não aguentavam mais aguardar.

-📑-

Jungkook acordou se sentindo melhor. Não que fosse difícil, o dia anterior fora mesmo um festival de merda.

Pisou na UP2U, lotada, e foi fácil vestir um sorriso. Era um costume; sempre sorria quando estava lá, ainda mais rodeado de pessoas. Alguns olhares pareciam estranhos... mas provavelmente era coisa da sua cabeça. É, sua cabeça. Sua cabeça sempre amou aquele tipo de coisa, era paranoica demais. Precisava lutar contra os caminhos automáticos de sua mente.

Manteve-se firme. Nayeon o cumprimentou com um sorrisão quando chegou e ficou sem graça ao dar um sorriso amarelo de volta. Ela merecia mais de sua liderança. Teria de melhorar sua atitude ou poderia perder um talento de sua empresa.

Conversou sobre o trabalho com ela, estava atarefado e a ajuda dela seria um bálsamo. Conversou sobre o trabalho; rodou os Órgãos, como sempre fazia e...

Ouviu.

Foi tão breve. Fraco e lânguido, como um suspiro do cansaço mais profundo; de quando o ar nem chega aos pulmões. Como o breve agitar de uma cortina quando alguém passa com pressa por ela. Tão breve que... parecia inaceitável.

Era inaceitável a sensação profunda de desolamento que fez morada em seu peito. Aquela falta de ar. Aquele enjôo por sentir-se tão... tão... Nem saberia dizer. Só parecia tudo errado. A cabeça girava tanto que impedia-o de raciocinar.

Afastou-se do local em que... ouviu, cambaleando. Onde estava mesmo? Não lembrava, não saberia dizer. Reconheceu um dos corredores do banheiro. Atravessou-o. Trancou-se em uma cabine. Pensou ter ouvido alguém falar algo, mas não absorveu nada além da sensação vaga do som reverberando.

Alguns segundos ou minutos depois, uma batida na porta em sua frente. Parecia a voz de Jin. E de Yoonji, sussurrando algo ao lado. Jungkook sentiu o mundo girar de novo. Não conseguiu falar nada. Só pensava em respirar. Respirar. Respirar.

As batidas pararam. As vozes também. Ou se confundiram com os batimentos do próprio coração, que martelava na cabeça. Aquela sensação era tão confusa... Não entendia. Não se entendia. Não que não se entender fosse novidade.

Uma hora, a cabeça desacelerou um pouco. Talvez o suficiente para fingir normalidade. Respirou fundo, aliviado, e saiu da cabine. Jin e Yoonji estavam lá, no canto do banheiro, preocupados, mas dando certa distância. Seu peito doeu. De novo.

— Goo... — Jin chamou, baixo. — Posso te ajudar com algo?

Jungkook pestanejou devagar. Sim, o assunto assombrando-o era do tipo que Jin poderia ajudar, e muito. Mesmo assim, as palavras ficaram presas dentro da garganta. Aprisionadas.

Como sempre, quis acreditar que o problema era com ele. Era mais fácil, era costumeiro. Então, sorriu educadamente. Acalmou Jin e Yoonji com palavras que pouco convenceram e voltou à estaca zero. Seu lugar favorito.

Passou o dia enterrado debaixo de uma máscara de alegria. Alheio. Era tão hipócrita achar-se uma pessoa feliz e sem problemas. Mas gostava muito daquela imagem. Daquela posição.

Jin observou-o durante todo o expediente. E, junto a Yoonji, começou a investigar. O problema, na verdade, era óbvio; crescia como erva daninha na empresa há muito tempo, mas fora difícil apontar as raízes a fim de arrancá-la de vez. As pequenas podas feitas pouco resolviam, de fato. Jin descobrira a origem, enfim, mas agora precisava de seu C.E.O. conivente com as medidas para executá-las. Da forma que estava, só pioraria. E, do jeito que se afastaram, não sabia o que fazer.

Não era mais próximo de Jungkook. Yoonji também não se sentia mais no direito. Uma breve conversa com Hyejin também revelou que ninguém mais conseguia tirar nada de seu âmago. Enquanto o dia findava e a empresa esvaziava, ele continuava lá

Jungkook, mesmo repleto de pessoas, estava só.

Então, a contragosto, Jin tomou sua última medida desesperada.

Poderia ser um erro. Provavelmente era um erro, mas não sabia mais o que tentar.

Só não aguentava mais ver Jungkook sozinho.

-📑-

A ligação fora o suficiente. Ou, talvez, o máximo capaz de aguentar; a resposta genérica que recebera para suas centenas de mensagens desesperadas já tinha cara, cheiro e gosto de mentira.

Terminou de preparar o jantar rápido, deixando uma porção separada para si e para Taehyung. Talvez comesse ao voltar; o apetite minguara. Rumou ao quarto, vestindo-se apropriadamente para sair de casa e, com o tempo de um suspiro e muitas preocupações, encontrou-se enfiado em um Uber.

Parou em frente à portaria moderna do prédio envidraçado. Fora poucas vezes lá e estas vezes já se classificavam como passado. Mesmo assim, Jimin lembrava-se da fachada com familiaridade, exibindo todos detalhes possíveis. Afinal, representara um portal mágico para a vida que desejava viver. Talvez ainda representasse, em certos aspectos.

Tocou o interfone, e o portão se abriu. Entrou no elevador que já carregara vários Jimins, cada um inundado de um sentimento novo. Daquela vez não era diferente.

Quando a porta metálica correu para o lado, exibindo o andar cativo, o olhar de Jimin automaticamente correu até um apartamento específico, esperando ver Jungkook no umbral da porta.

E ele estava lá.

Talvez ambos fossem muito previsíveis em suas atitudes, porque a maioria dos passos dados por Jimin agora já tinham sido trilhados por ele. Porque o corpo de Jungkook repousava da mesma maneira.

As expressões, ao menos, mudaram. A dúvida, porém, era se para melhor. Jimin fez todo o percurso carregando uma esperança tímida calcada nas saudades sentidas, porém, ver suas orbes reluzirem o mais profundo medo foi o suficiente para matar aquele sentimento.

Ficaram de frente um para o outro. Sem jeito.

— Oi, Jungkook. Desculpa não ter avisado que passaria aqui antes.

— Tudo bem, eu não estava fazendo nada mesmo.

Em um combinado silencioso, Jungkook entrou no apartamento e Jimin o fez em seguida, trancando a porta atrás de si. Tirou os sapatos e sentou-se no sofá dolorosamente familiar, como tudo que rodeava Jungkook, enquanto este fazia um chá ou algo do tipo. Para evitar a conversa, acalmar-se ou os dois? Era um grande mistério.

Logo Jimin sentiu o estofado afundar ao seu lado e um leve cheiro de melancia ser subjugado pelo de maçã da caneca estendida por Jungkook. Como sempre, aceitou e acomodou a porcelana entre as mãos, tentando receber algum conforto dela. Os dois suspiraram fracamente e deram um gole cuidadoso.

— Por que você tá aqui? — Foi Jungkook quem começou a conversa, surpreendendo Jimin de forma ruim. Mais uma camada de preocupação empilhou-se em seu âmago.

— Me disseram que você precisa de ajuda.

— Então pode ir embora.

Silêncio. Jimin perscrutou Jungkook, tentando investigá-lo.

— Mas pode terminar seu cházinho primeiro... — Jungkook completou depois de uma pausa desconfortável. Jimin quis rir e chorar ao mesmo tempo. Realmente, amava muito Jungkook. E estava muito preocupado. Onde ele estava escondido?

— Por que você quer que eu vá?

— Quer a resposta que vai ser melhor para nós dois ou a verdade?

— A verdade vai ser melhor para nós dois. Confia em mim, Jungkook. Você sabe que podemos ter uma conversinha, lembra?

Silêncio. Suspiro. Gole de chá e mãos trêmulas.

— Minnie... Se você ficar, a gente não vai poder nem ser amigo. — Sua voz falhou no meio da frase. Jimin encarava Jungkook, mas Jungkook encarava fixamente a caneca entre suas mãos. — Foi o nosso combinado. Eu não tô conseguindo cumprir com ele, mas juro que ainda tô tentando. Juro que quero. Eu tô cansado de ser um problema pra todo mundo. Eu quero te ajudar e te apoiar. Queria poder perguntar como foi a conversa com seu irmão.

Os olhos de Jimin lacrimejaram. Repousaram nas mãos de Jungkook. Queria segurá-las, mas manteve a vontade para si. Interrompeu um suspiro enquanto ponderava as palavras alheias.

— Jungkook... Entendo que você queira compartilhar dessas coisas comigo. Também quero saber dos seus dias, sabe? Mas parece que você ainda tá pensando nisso como se fosse só pra mim... "Me ajudar, me apoiar" é legal, mas qual é o seu objetivo pessoal no nosso combinado? — Fez uma pausa, Jungkook continuou quieto. Mais uma vez, Jimin quis buscar as mãos dele. Oferecer um sorriso gentil. Como não era possível, apenas adoçou a voz: — Pense com carinho na resposta. Tô sem pressa.

Jungkook assentiu com a cabeça e apoiou as costas no sofá, bebericando o chá. Não se atrevia a encarar Jimin e, sendo sincero, não se atrevia nem a pensar na pergunta dele. E aquele era o problema.

O mesmo problema de sempre.

Percebeu o escapismo e forçou sua mente a perseguir a resposta da qual fugia. Se queria continuar fugindo? Sim. Era como uma necessidade intrínseca, instintiva, mas ter Jimin ao lado lembrando seus porquês forçava-o a enfrentar o impulso. Sem fugir, a resposta veio inesperadamente fácil.

— Parar de ter uma dependência emocional tão absurda em você — respondeu, sem ar e de olhos arregalados. A verdade parecia ter escalado para fora da sua garganta. Virou o rosto para fitar Jimin pela primeira vez e foi recebido por um sorriso orgulhoso que escondia a vontade de chorar de saudades.

— É um bom objetivo — falou manso, sorridente. Quis pegar a mão dele de novo, por outros motivos.

Jungkook sorriu pequeno de volta e continuou a tomar seu chá em silêncio, pensativo. Quando terminou o último gole e apoiou a caneca na mesa, foi como se não estar mais segurando o objeto, agarrando-se a algo, lançasse-o à deriva dos próprios sentimentos. Um soluço deu partida às lágrimas.

E chorou, copiosamente, porque lembrou-se que, mesmo com a mudança do seu objetivo no combinado, os passos para atingi-lo ainda eram os mesmos. E era um completo fracasso. Se não conseguia ligar e pedir ajuda aos amigos nem pelo Jimin, como que faria por ele mesmo? Não daria certo, de jeito nenhum.

Entrou em uma espiral de dor e choro. Por ser fracassado e incapaz, por medo de perder de vez a presença de Jimin, dependente do jeito que era; medo de ninguém mais saber de todas as coisas desprezíveis guardadas dentro de si. Desejava muito a libertação, mas o temor por ela era maior do que seu ímpeto em buscá-la.

Era frágil e patético, e o choro apenas alimentou aquela opinião, deixando-o ainda mais desesperado. Encolheu-se ao sentir a mão de Jimin repousar em suas costas.

— Fala pra mim o que tá sentindo. Eu vou encarar esses sentimentos com você, um por um.

— Você não pode! — Jungkook choramingou com pesar, enterrando o rosto nas mãos de novo. — Desse jeito, vou ficar mais dependente ainda de você. Eu enfiei a gente em um buraco que não sei como fugir, Minnie.

— Tudo bem. A gente dá um jeito de sair, juntos.

A resposta soou tão estranha que, confuso, Jungkook desenterrou o rosto das mãos. Piscou os olhos, lentamente. Depois, uma indignação nebulosa fez-se presente.

— Não foi você que disse pra gente dar um tempo? — grunhiu. Se a voz não estivesse tão pastosa pelo choro, talvez soasse como um grito. — Que eu tenho que parar de ser dependente? Eu não estou te entendendo mais!

— E como está indo sua parte no combinado? — Jimin quase sussurrava. A mão acariciava as costas alheias com cuidado e zelo.

— Uma merda! Eu sou um lixo, não consigo! — gritou dessa vez, frustrado. Tão, tão, tão frustrado. — Queria ser que nem você, Minnie. Você é tão objetivo, você sempre resolve as coisas tão rápido! Por que não posso ser assim?

— Acho que ninguém pode ser assim, Jungkook. As coisas levam tempo. Faz quase um ano desde que... tudo aquilo aconteceu, sabe? Tô melhor, mas não tô bem. Tenho que melhorar muita coisa ainda, e faz parte.

— Você me parece ótimo! Você consegue tudo! — acusou. Não por ser um problema, mas por querer melhorar também. E não conseguir.

— Não, Jungkook... Não consigo. — Pausou para suspirar. — Você viu todos meus vacilos e esteve lá pra me ajudar. A diferença é que você aceitou e apoiou meus erros, e não tá conseguindo fazer isso com você mesmo. Mas eu choro que nem você, me sinto um pedaço de bosta que nem você. Isso é tudo normal.

"A gente tá melhorando, mas não é uma melhora linear, sabe? O Woohyun sempre me lembra disso, porque fico impaciente e triste que nem você agora. Não é linear porque tem altos e baixos, mas, no final, olhando o todo, a gente tá melhorando.

"Você tem que parar de se exigir conseguir fazer tudo num piscar de olhos, e sozinho. Tô nisso há nove meses já e eu tô conseguindo, aos poucos, porque você me ajudou, Jungkook. Você, Jin, Woohyun, Taehyung, Yoonji, Hani... olha o tanto de gente que me trouxe até aqui. Nem fodendo que eu sou essa pessoa forte e vencedora que você tá projetando em mim. Sou um perdedor, que nem você, e faz parte. Tudo isso faz parte. Não se sinta mal por sentir assim."

Fez uma pausa, precisando de coragem para continuar. Encontrou-a no toque quente, mas trêmulo, dos músculos das costas de Jungkook contra seus dedos. Sua respiração pesada, seu sofrimento cíclico, seu rosto novamente enterrado nas mãos, sem coragem de expressar qualquer sentimento. Precisava continuar. Então, lambeu os lábios antes de dizer:

— E eu... Eu mudei de ideia, Jungkook. Acho que errei em tentar melhorar nossa dependência um do outro só cortando nossa relação. Nossas pernas são fracas. Você me ajudou a apoiar em outras pessoas, então consegui continuar andando depois que a gente se afastou. Mas você... você tava se apoiando só em mim. É compreensível que você tenha caído e não consiga mais se levantar.

Sua voz falhou. Doía para caralho, mas conteve as lágrimas. Arrependia-se da decisão que fizera, mas, na época, achou ser a melhor possível. A melhor para Jungkook também.

E, agora, também tomava a que achava ser a melhor. Não se prendeu demais às inseguranças porque a vida era daquela forma; uma aposta. Nunca seria capaz de tomar a decisão perfeita. Mesmo se fosse, nunca saberia que era a melhor, pois as outras nunca seriam feitas e nunca teriam suas consequências observadas para comparar. Era injusto. Queria uma fórmula mágica para que ele e Jungkook ficassem bem, mas ela não existia.

Observou Jungkook assentir com a cabeça devagar, o rosto choroso ainda enterrado nas mãos. Jimin não suportava mais; deixou a tristeza tomar seu coração e seus braços tomarem ombros alheios. Não conseguiu controlar sua voz enquanto completava:

— Me desculpa, Jungkook... de verdade. Eu vou te ajudar. Vou te levantar e vou te ajudar a passar o braço pelos ombros dos seus amigos. E aí... quando eu te soltar, você não vai cair de novo. Assim parece bom, não parece?

Jungkook virou o corpo e agarrou-se ao corpo de Jimin necessitado, frágil. Mesmo seu corpo sendo maior, parecia uma criança.

— Uhum — soltou, engasgado. Jungkook agora chorava nos ombros de Jimin.

Jimin deixou o silêncio firmar a promessa entre eles. Afagou com cuidado os fios longos de Jungkook enquanto o sentia encharcar sua blusa. Respirou fundo e, aos poucos, pôde notar o ritmo entrecortado de Jungkook acalmar-se também.

Teria de ser forte, pois ter a presença calorosa dele tão perto fazia-o querer, mais do que tudo, ser parte da vida dele de novo. Mesmo frágil, confuso, indignado e espinhoso, Jungkook era a pessoa que Jimin mais amava. Afagou os fios mais uma vez antes de sussurrar:

— Você pode pegar o celular e mandar uma mensagem pra sua psicóloga, por favor? Vamos juntos pra próxima consulta.

— Eu... — Jungkook voltou a se encolher em seu ombro, nervoso. Jimin mordeu os próprios lábios e acarinhou as costas largas.

— Jungkook, eu sei. Eu sei como você se sente. Eu sei que dói e conheço a vontade de fugir de cada uma dessas sensações ruins. Eu te entendo. Sei que não é fácil.

— Jimin... — Jungkook foi interrompido ao que Jimin afastou o abraço e encarou-o firmemente. Teve as lágrimas enxugadas pelas mãos pequenas e delicadas, mas acabou chorando mais. Sentia tanta falta dos toques dele. Da presença dele.

— Me ouça, Jungkook... Você não me deixou escapar. Agora, eu que vou impedir você de fugir.

— Você jura? — Tentou se conter, mas seu tom implorava. Os olhos marejados brilhavam com uma esperança frágil e necessitada. Jimin quase sucumbiu àquele olhar. Seu peito doía demais.

— Nem que eu tenha que te pôr na coleira — falou, resoluto. Deveria parecer forte por ele.

— É um fetiche novo, Minnie? — tentou brincar entre as lágrimas, mas a voz morreu ao receber um revirar de olhos de Jimin.

— Contrato a porra de um reboque, se for necessário — corrigiu-se para Jungkook não conseguir distorcer mais suas palavras. — Mas não me obrigue a fazer isso. Vai, vamos mandar uma mensagem para sua psicóloga.

— Agora? — Jungkook insistiu uma última vez, mas baixou o olhar quando encarou os olhos ferinos de Jimin. Ele notara ser mais uma de suas tentativas de fugir.

— Agora. Nesse exato segundo. — Jimin assentiu ao assisti-lo puxar o celular do bolso. — Você não vai escapar de um escapista. Conheço todos os truques.

— Você me odeia... — Jungkook resmungou. Jimin cruzou os braços. — Tá, eu sei que não...

— Ótimo. E a mensagem, tá enviada? Deixa eu ver... — Jimin verificou por cima dos ombros do Jungkook. A psicóloga já respondia a mensagem. — Marca pra amanhã de manhã, se der. E avisa que eu vou com você.

— Mas isso não atrapalha seus planos?

— Nem tenho aula. Marca aí — ordenou.

Jungkook obedeceu. E, quando estava feito, sentiu um alívio estranho. Se era tão bom, por que não conseguia fazer sozinho? Estava tão leve. Feliz. Nas nuvens. Tão repentinamente. Nem parecia que passara o dia inteiro tão pesado.

— E aí? — Jimin, sem notar, sorria. Arrumou o cabelo de Jungkook para trás da orelha, mas logo baixou a mão, constrangido. — Como você se sente?

— Mais leve. Mas com medo.

— Tudo bem. O problema não é ter medo. O problema é nunca encarar ele.

— Me descreveu. — Jungkook deu uma risada triste. — Já pode abrir uma conta de horóscopo no twitter.

Jimin fitou Jungkook, irritado. Jungkook encarou de volta, sem saber como se sentir. Sem esperar, ambos caíram na gargalhada.

— Será que algum dia eu vou me sentir com os outros do jeito que me sinto quando tô com você? — Jungkook perguntou com dificuldade entre as risadas, repousando a mão na barriga.

— Não sei. — Jimin meneou a cabeça, o pulso disparado. — O que você sente quando tá comigo?

— Difícil dizer. — Jungkook olhou para o teto. — Só sinto como se você já soubesse de tudo, então não preciso esconder nada. É bom.

— Ah... — O olhar de Jimin arregalou-se em compreensão. Ficou feliz, mas melancólico também. Pela paradoxal grandiosidade e pequeneza do sentimento. Para si, era abundante como o Sol, mas Jungkook precisava compartilhar muito mais, com mais pessoas. Deixou Jungkook deitar em seu colo. Permitiu-se acarinhar os fios macios. — Se é bom e se você quer mais, vamos correr juntos atrás desse sentimento, lembra? Você vai mostrar aos outros quem você é e como você se sente. Assim, vai ter mais daquele sentimento de que não precisa esconder nada.

— Não me sinto pronto pra isso.

— Acho que ninguém nunca tá.

— Você também se sentiu assim? Quando tudo aconteceu?

— Não sei se exatamente, né? Porque somos muito diferentes. Mas me enxergo bastante em você.

— Você também sentiu medo?

— Claro. Por isso que tentei fugir.

— Você não fugiu.

— Não ter fugido não quer dizer que eu não tenha tentado. Mas, hoje, fico feliz de não ter fugido.

— Hm... Acho que quero chegar até aí.

Jimin ofereceu um sorriso gentil e ajeitou os cabelos de Jungkook mais uma vez. Porque sua tentativa de fuga já parecia distante, apesar de enfrentar pequenas parcelas dela diariamente. Porém, o motivo de sua não-fuga estava lá, em seu colo. E, agora, faria o seu melhor para não deixá-lo fugir também.

— Vamos chegar, Jungkook. Vamos chegar.

 »»💼««

Sim, esse capítulo é de foder de chorar, mas para quem me acusou que não tem caminho para a melhora, estou só olhando 👀 

E aí, qual foi a cena mais marcante para vocês? Para mim são os namhope desesperados porque não sabem como ajudar o JK porque já fizeram tudo que poderiam e nem sabem direito quem mais é o Kook 😭 o hobi falando que queria brigar com ele, mas tinha medo da reação acaba comigoooo!

Aliás, como faz tempo que eu não escrevo um textão sobre Empresário, tem uma coisa muito curiosa entre os jikook que não foi exatamente planejada mais aconteceu: Jimin é o único em quem Jungkook consegue mostrar seu pior lado. Justo por Jimin já ter visto o pior dele (e vice versa) no processo de forçar tanto a aproximação deles para compensar o sentimento de culpa bizarro dele pelo assédio. Foi uma consequência muito maluca e distorcida da história deles que eu nunca conseguiria planejar (cês sabem que perdi controle de muita coisa sobre Empresário). Enfim, só refletindo reflexões mesmo. Como já terminei de escrever e revisar Empresário faz um tempo, fico meio pensativa. Os jikook se complementam bem nesse momento, mas é estranho pensar que é por todos os piores motivos (?).

Muito obrigada, sempre, por acompanharem e por todo amor sempre! Amo demais saber cada reação de vocês, seja aqui pelos comentários, no insta ou na #JKNãoUsaGravata💼 lá no twitter, sério!!! Postar Empresário tá sendo mto mto melhor do que eu sequer imaginava e é graças a vocês!

Amo muito vocês e até 30/04 às 19:00 para encerrar bem o mês!

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