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24. Sono, o compartilhado

OI, MEUS UPINHOS!!!! COMO VOCÊS ESTÃO AAAAAAAAAAAAA??

Boa leitura e não se esqueçam de votar!

#JKNãoUsaGravata

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 Ainda estava escuro quando Jimin acordou. Piscou os olhos no automático, como sempre fazia quando acordava, mas as pálpebras nem pesavam para justificar tal ato. Sentou-se, percebendo que estava em sua cama, mas não lembrava como chegou até ela. Apenas recordava que todos tinham dormido durante o filme e deduziu que fez o mesmo logo depois.

Saiu de seu quarto em silêncio, indo em direção às áreas comuns. Será que Taehyung estaria lá, sentado e comendo biscoito, no final de semana também?

Não o encontrou na cozinha, o que fez com que tomasse ainda mais cuidado em ser silencioso, porque ele estaria dormindo. E, da cozinha, assustou-se ao ver uma silhueta no sofá.

Deu a volta apenas para confirmar o que já sabia só de ver o topo da cabeça de fios negros e macios: era Jungkook. Por algum motivo, em vez de deitado no sofá, ele estava sentado, com a posição torta mas o rosto relaxado. Vê-lo daquele jeito arrepiou Jimin e preencheu-lhe de uma nostalgia deturpada, severa e pungente, porque Jungkook estava idêntico a cinco meses atrás. Quando Jimin percebeu que era um assediador. O pior dia da sua vida.

E tal lembrança fez com que mergulhasse novamente no temor que o perseguia. Cinco meses realmente foram suficientes? Jimin sentia que precisava carregar aquilo por toda sua vida. Não apenas carregar nas lembranças para impedi-lo de repetir o erro, mas também usar como uma tatuagem que o lembrasse que não poderia mais ser feliz depois do que fez. Nunca.

Era maquiavelicamente irônico estar encontrando felicidade justo na pessoa que foi sua vítima. Até mesmo satírico. Talvez sua vida fosse, de fato, uma história mal contada por um escritor sádico e cruel, pois nada fazia sentido. Por mais que Jungkook desse abertura, Jimin não confiava no julgamento dele. Quanto mais o conhecia, mais a incerteza crescia.

Porém, independentemente da culpa que Jimin carregava, Jungkook estava desconfortável e acordaria muito mal se continuasse daquele jeito. Jimin sentou ao seu lado com cuidado e pousou uma das mãos no ombro dele, que acordou sobressaltado.

— Minnie? — a voz rouca de sono chamou ao que ele relaxava do susto. Os olhos redondos e bonitos ainda estavam pesados. O coração do Jimin doeu.

Doeu, porque Jimin queria tanto ser o Minnie, que aquela vontade parecia revirar suas entranhas. Porém, percebeu que para ser o Minnie, precisava ir muito além de um simples corte e tintura de cabelo. Não deveria aproveitar aquelas coisas boas que o Minnie estava recebendo, porque no fundo ainda era o Jimin. Aquele Jimin. O assediador, o nojento; um monstro que tentava inutilmente viver em pele de cordeiro.

— Vem, você tem que se deitar ou vai acordar todo fodido... — Jimin murmurou, puxando a mão do CEO enquanto levantava-se.

Jungkook, sonolento, simplesmente o seguiu para onde quer que estivesse sendo levado, como uma criancinha. Jimin ficou desolado ao perceber a confiança que transbordava naquele ato, refletindo que Jungkook era ou muito inocente, ou muito burro. Jimin nunca deixaria alguém que o assediou levá-lo até um quarto... mas também não faria uma proposta de sexo, chamaria de amigo ou compartilharia carinho com ele.

Era o maior impasse de sua vida, sempre repleta de decisões dos outros, e não das suas. Não sabia o que fazer com elas. Porque Jimin queria aceitar tudo que vinha do Jungkook, principalmente a confiança dele. Gostava da mudança de ritmo dos seus dias, amava cada um dos detalhes calorosos que transbordavam nos minutos antes tão insossos. Queria ceder, queria ser a nova pessoa que jurou ter nascido no banheiro aquele dia em que cortou seu cabelo sozinho, mas aquele amargor de saber que não deveria experienciar a doçura permanecia ali, como uma pequena amostra da penitência de todos os crimes que cometeu e pelos quais não arcou com as consequências.

Levou Jungkook até seu quarto, fazendo com que ele deitasse na cama e cobrindo o corpo forte com seu lençol preferido. Realmente gostava da visão de ter Jungkook deitado tão tranquilamente em seu colchão, os olhos cedendo ao sono. Seus dedos formigavam de vontade de tocar o cabelo dele. Porém, não tinha o direito de olhar demais, apreciar demais, e afastou-se em direção à porta. Ou ao menos tentou.

— Pra onde você vai, Minnie? — Jungkook perguntou, segurando o pulso de Jimin sem força, só para indicar que não queria que ele fosse.

— Vou dormir no sofá, eu caibo nele deitado — explicou. Ao contrário de Jungkook, ele conseguia tirar conforto no sofá.

— Não... não pode — Jungkook murmurou um pouco perdido no próprio sono. Tentou esfregar os olhos, mas estava tão cansado. — Essa caminha é sua, não quero tirar ela de você.

— Tá tranquilo, Jungkook, é só uma noite — Jimin argumentou de volta, suas palavras eram as mais firmes.

Como explicar tudo em palavras parecia muito difícil para a mente ensonada de Jungkook, apenas puxou Jimin para mais perto até que ele sentasse na cama. Depois, tentou puxar para um abraço.

— Minha cama é de solteiro, Jungkook... — Jimin corou ao perceber as intenções dele e desvencilhou-se do toque. Não que eles já não tivessem dormido juntos na casa do Jungkook, mas... daquele jeito era diferente. — Você é grande, não vai te dar espaço.

— Dá sim, é só a gente ficar bem juntinho... — Puxou novamente e daquela vez Jimin não resistiu, mesmo que fosse claro que Jungkook ficou um pouco para fora da cama quando abriu espaço.

Não se moveu, tenso, enquanto Jungkook os cobria com o lençol, tão lento por causa do sono que parecia tortura. Mal respirava quando Jungkook abraçou seu corpo para garantir que não caísse, muito menos quando tomou coragem de olhar para frente e viu o rosto dele tão perto do seu, dividindo o mesmo travesseiro. Ele já dormia, tranquilo, enquanto Jimin simplesmente não sabia o que sentir, mais acordado do que nunca, com o coração martelando desesperado no peito.

Aquele abraço era quente. Era quente, era confortável, era carinhoso e, principalmente, era tudo que Jimin queria poder aproveitar. Naquela confusão de sentimentos, vazio de existência e busca de ser algo novo, simplesmente não havia percebido o quanto desejava poder viver tudo aquilo que era oferecido no momento. Mas ali, nos braços de Jungkook, a necessidade o atingiu com força e, obviamente, a culpa que sentia também. As duas que permeavam seu dia a dia discretamente, comendo uma parcela dele por vez, e que, naquele momento, terminaram de devorá-lo, atestando de vez sua presença.

E Jimin chorou baixinho, porque estava exatamente onde queria estar. Porque era tudo muito bom. E, sobretudo, porque era repulsivo demais para merecer. Segurou os soluços para não acordar Jungkook.

Quase se arrependeu de ter desenjaulado seus sentimentos. Porque o fez querendo sentir as coisas boas, mas só as ruins vinham. Queria anestesiar-se e ficar protegido daquele sofrimento. Não, não podia.

Aflito como estava, foi vencido apenas pelo cansaço assomado à cerveja que tinha tomado mais cedo, ambos pesando seu corpo. Contudo, continuou tenso e terrivelmente triste até o último segundo consciente, mesmo que quisesse derreter entre os braços fortes de Jungkook.

-📑-

Quem acordou primeiro no dia seguinte foi Jungkook. Não se moveu, pois Jimin ainda dormia entre seus braços e não queria incomodar. Tentou voltar a dormir algumas vezes, mas falhou, acostumado a acordar antes do sol.

Tinha certeza que já era mais tarde do que costumava levantar da cama... Não que soubesse que horas eram, mas pensar naquilo só o deixava ainda mais ansioso. Respirou fundo, porque aquilo era ridículo. No mínimo aos finais de semana podia se dar ao luxo de não acordar de primeira e ocupar seu dia com a precisão da produtividade. Apesar de agora conseguir considerar produtivo passar tempo com os amigos, ficar parado lhe preenchia com intensa agonia.

Sem mais o que fazer, observou o rosto de Jimin, tão próximo ao seu. Os olhos pareciam um pouco inchados e olheiras marcavam presença, mesmo que claras. Ficou preocupado de ter atrapalhado o sono do Jimin. Devia ter insistido em ficar no sofá, mas a mente sonolenta realmente não o ajudou naquele momento.

Resolveu aproveitar o silêncio e o fato de não poder se mover tão cedo para meditar. Respirou fundo, prestando atenção em seu corpo, nos sons tímidos que chegavam ao quarto e, finalmente, em sua respiração. Era irônico como mesmo depois de tanto tempo exercitando aquela paz mental, a considerava frágil. Era certo que desmoronaria na primeira dificuldade que aparecesse, como sempre fez.

Não que os avanços fossem inexistentes, nem que não acreditasse em mindfulness. Acreditava a ponto de fingir que aquela superficialidade era suficiente, e normalmente ficava radiante de sentar para meditar. Entretanto, agora lembrava-se de como não adiantou de nada no passado.

Mas não era culpa da meditação, era culpa dele. Sabia que permitia que sentimentos negativos o atingissem como o mais forte tsunami. Além de abrir os braços para a recepção das ondas de negatividade, adotava tudo de ruim, até mesmo o que não merecia, no automático. Jungkook, talvez, amasse desmoronar e regozijasse perante ao próprio fracasso, em uma deturpada festa particular.

Como Jimin expôs perfeitamente: era um colecionador de culpas. Por mais que reconhecesse racionalmente aquela característica que tanto machucava a todos, quando percebia, já estava lá: jogando-se em uma estrada de problemas, esperando que um caminhão de culpa o atropelasse. O que esperava? Aplausos? Libertação moral? Detestava a necessidade tão intrínseca que tinha de se colocar naquelas situações.

Inspirou, reconhecendo sua insegurança e deixando ela ir, voltando sua mente ao ritmo da respiração. A cabeça seguiu insistindo na fragilidade de todas suas ações desnecessárias, mas ficou lá, afastando o pessimismo pacientemente, junto ao aperto leve de agonia em seu peito causado ao pensar naquelas coisas.

Jimin acordou alguns minutos depois e ficou olhando para Jungkook. Com os olhos fechados e respiração profunda, achou que ele estava dormindo e, assim como o outro, manteve-se estático para não atrapalhar seu sono. Apreciou (mais do que devia, para variar) o peso do braço dele em sua cintura e a forma que alguns pontos das pernas encostavam-se.

A pele do rosto de Jungkook parecia tão macia... queria tocar, assim como os cabelos longos e com cheiro de melancia espalhados pela fronha. Observava, tão imerso, que tomou um susto quando Jungkook abriu os olhos também.

— Bom dia. — Jungkook sorriu. Em vez de afastar os corpos, levou a mão que repousava na cintura de Jimin até suas bochechas, acariciando embaixo dos olhos com o polegar. — Dormiu bem? Você parece cansadinho.

— Bom dia... — Jimin respondeu simplesmente, desviando o olhar, completamente atento ao quanto gostava da carícia. Não tinha como responder que estava cansado porque percebeu que vivia coisas boas demais sendo uma pessoa ruim, tinha?

— Desculpa... — Jungkook interpretou de outro jeito. O famoso piloto automático. — Devia ter ficado quietinho no sofá mesmo.

— Não, Jungkook... — negou, mas interrompeu-se, sem palavras a dizer. Não poderia falar o quanto gostou de repousar entre seus braços. Não merecia. — Não é assim...

— É como então? — Estava claro que Jimin falava meias sentenças e queria entender de fato o que estava acontecendo. O silêncio reinou, Jimin não sabia como mentir na cara dele, ou melhor, desaprendeu. Contudo, não sabia como aplacar tudo o que sentia. Estava encurralado. — Vamos conversar, Minnie... Vamos conversar, e eu tento dar uma ajudinha. Eu te incomodei dormindo juntinho? Pensei que não tivesse problema porque a gente já tinha feito isso lá em casa.

— Você não incomodou — Jimin respondeu, ainda pela metade. Jungkook permaneceu quieto, o fitando seriamente, esperando o resto. Jimin cedeu. — Só não acho que você deveria ser tão gentil comigo.

— Gentil? — Jungkook franziu um pouco o nariz, confuso. Jimin achou aquilo mais adorável ainda e repreendeu-se em pensamentos. — Eu te trato normal, Minnie.

— Você é gentil com as pessoas, Jungkook. Mas não deveria ser comigo.

— Você tá colocando areia demais no meu caminhãozinho. — Jungkook riu baixo, disfarçando a melancolia que tomava seu peito. Queria ser tão gentil quanto a imagem que Jimin projetava dele, mas estava tão longe dela... — Mas o mais importante é: por que você acha que eu não deveria ser gentil com você?

— Eu... Jungkook, eu fiz tantas coisas ruins com você. — A voz de Jimin não passava de um sussurro, mas Jungkook ouviu, seus olhos arregalavam-se aos poucos de compreensão. — Eu não mereço nada de bom.

— Ah, Minnie, pensei que você já estivesse melhorzinho com isso, desculpa aparecer em todo lugar que você tá e...

— Não, Jungkook... Eu... — Respirou fundo, sem nem acreditar no que ia falar. — Eu gosto de estar com você... gostei muito de ter ido ao bar com os outros também, eu só... só parece mais errado ainda aproveitar.

— Eu te dei o meu perdão, você lembra, né?

— Sim...

— É... às vezes ser perdoado pelos outros não acalma o coraçãozinho mesmo... — Jungkook suspirou, imerso em lembranças. Soou tão melancólico que Jimin quis abraçá-lo. — Não quando a gente mesmo não se perdoou.

— Como se eu pudesse me perdoar pelo que fiz... — Jimin afastou a mão que ainda estava em sua bochecha para enterrar o rosto no travesseiro. — Não acho nem que você deveria ter me perdoado. Eu literalmente cometi um crime, mas não recebi nenhum tipo de punição.

— Não sabia que punição também era um fetiche seu. Tem muito nos yaoizinhos? — Jungkook tentou brincar para descontrair. Jimin encolheu ainda mais os ombros. É, tinha mandado muito mal.

— Tem, mas... eu tô falando sério, Jungkook. Eu fui nojento e mesmo assim você, a principal vítima, me trata bem. Continuo com meu trabalho, e o pessoal na UP2U também é legal comigo. Vivo de boa com o Taehyung aqui... Isso é injusto, eu não posso ser feliz desse jeito.

— Você não tá feliz, Minnie... Faz sei lá... cinco meses que tudo aconteceu? Acho que sim. Faz cinco meses que você tá agoniado por causa disso, sem conseguir superar. Isso não parece punição o suficiente pra você? Isso parece felicidade?

Jimin manteve-se quieto, pensativo. Fazia sentido, mas ao mesmo tempo não aparentava ser suficiente. Uma punição mental que ele se infligia... era capaz de trazer justiça? Era bastante?

— Acho que meu pedido egoísta pra que você continuasse na Up também deve ter piorado tudo. Era uma punição que você esperava, né? A demissão.

— Sim, esperava.

— Desculpa por não ter te dado essa punição, Minnie... — Sua voz era preenchida de agonia.

— Jungkook, às vezes me pergunto se você ouve as coisas que fala — Jimin retrucou, um pouco mais alto de tanta revolta. — Você tá se desculpando por ter sido legal comigo e não ter me punido!

— Mas... às vezes ser legalzinho não é o que as pessoas precisam. Talvez se eu tivesse te demitido, você ficaria mais tranquilo...

— É impossível saber isso, Jungkook. Eu poderia estar me sentindo ainda pior, e não cabe a nós ficar imaginando essas possibilidades. Você fez o que achou que seria melhor para mim.

— Eu fiz o que era melhor para mim, Minnie... — Jungkook riu nervosamente. Apertou os lábios, desviando o olhar momentaneamente antes de encarar Jimin. As orbes redondas refletiam uma seriedade incomum. — Posso te contar um segredinho?

— Uhum... — Jimin estava incrivelmente ansioso, mais do que deveria.

— Eu sou uma pessoa horrível, Minnie... Sempre tento fazer coisas boas pra tentar encher esse vazio enorme que sinto dentro de mim. Tento ser bonzinho, tento ser tudo que esperam de melhor... mas é tudo falso, Minnie. É tudo falso porque o que me motiva a ser assim é conseguir me encher. Sentir paz, sei lá. E isso é egoísmo, então nunca vou ser gentil de verdade, porque gentileza vem de buscar o bem do outro, e eu só fico tentando tapar buracos dentro de mim.

Deu uma risadinha nervosa depois de falar, afastando o olhar novamente, perguntando-se por que confessou aquilo. Se bem que Jimin já sabia que ele era hediondo. Provavelmente o único. Nunca contou a ninguém, nem mesmo ao Namjoon, sempre tão próximo e preocupado... Não queria dar trabalho para o amigo, muito menos que ele visse sua verdadeira face e se decepcionasse. O simples pensamento de perder Namjoon e, consequentemente, Hoseok, Hyejin e Wheein lhe dava calafrios. Porém, quando notava sua covardia, apenas atestava ainda mais o quanto era egoísta.

Egoísta e desprezível.

— Jungkook, não sei se isso é realmente importante — Jimin respondeu. Apesar das palavras parecerem duras, amaciou o tom de voz, preocupado com a reação dele. — Acho que só pra você mesmo.

Jungkook permaneceu em silêncio. Apenas voltou seu olhar para Jimin, com um reflexo que transitava entre o sério e o amedrontado. Engoliu em seco, e Jimin entendeu que ele queria a explicação.

— Duvido que se você chegar pra qualquer pessoa que participou da UP4U e que tá agradecida pela oportunidade de ser ajudada a alavancar o negócio dela falando "ah, mas eu organizei porque sou egoísta, me desculpa", ela vai deixar de ficar agradecida. Foi bom para ela, suas atitudes fazem o bem, independente da sua motivação para isso. Com todo o respeito, ela tá cagando pra isso.

— Ah, mas a UP4U é um evento construído por todos os Upinhos, e os Upinhos são incríveis, sempre estão dispostos a ajudar. Com certeza a pessoa que participou pôde aproveitar felizinha, é feito de coração.

— Por que você acha que os outros Upers podem ser reconhecidos pela gentileza deles e você não? — Jimin manteve o tom firme, determinado em não deixar Jungkook escapar.

— Porque eu não sou gentil, sou egoísta.

— E você sabe a motivação de cada um da Up em fazer o que faz? Sabe se eles realmente são gentis ou se na verdade são egoístas?

— Não... — Jungkook replicou relutantemente, a voz minguando.

— E isso importa pra você? Ou você continua achando todo mundo incrível pelos atos? — continuou, com uma urgência estranha. Precisava chegar a algum lugar com aquilo, precisava fazer Jungkook ver...

— Acho todo mundo incrível...

— Então, Jungkook. Outras pessoas aplicam isso pra você, e mesmo que você ache que não é gentileza, sua gentileza atinge elas de forma genuína.

— Mas eu sou uma farsa...

— Jungkook... Você é o único que se reconhece como uma farsa, o resto todo te quer por perto. — Suspirou, estranhamente melancólico. No final, todos os problemas de ambos caíam na mesma questão: a própria opinião de si. Jimin não conseguia se perdoar mesmo que a maior vítima o tivesse perdoado, Jungkook não conseguia reconhecer a própria gentileza, mesmo que todos os outros o considerassem gentil. A consciência agora soava mais como uma armadilha do que como um guia de atitudes. — E eu tô falando porque eu te quero por perto também, eu entendo o sentimento dos outros agora. Sempre que eu tô com você tudo parece tão... certo. Eu me sinto tão bem que acho que não mereço me sentir assim.

— Ah, não... Eu fiz essa conversa ser sobre mim. Me desculpa, Minnie... — A voz de Jungkook estremeceu e Jimin notou que os olhos lacrimejaram de aflição. Ele era tão sensível... não poderia imaginar isso, mas também não odiava. — Eu sou egoísta demais, que merda.

— Jungkook... — Jimin chamou baixinho, mas não sabia o que falar. Só sentia que precisava. Levou a mão até os cabelos macios e longos dele, acarinhando sem jeito, enquanto ruminava quais seriam as palavras certas a se falar. Existiam palavras certas? — Essa conversa não é sobre mim, nem sobre você... é sobre nós, então tá tudo bem. Que nem... que nem quando a gente falou sobre transar ser a dois... Conversar também é e... Você já entendeu, né?

— Entendi. — Jungkook deu uma risadinha baixa entre os olhos marejados e puxou Jimin para seu peito, enlaçando-o em um abraço mesmo que ainda se sentisse cheio de culpa por ter falado demais. — Apesar de ser uma comparação... engraçadinha, deu para entender exatamente o ponto. Eu... eu me sinto melhor agora, Minnie, obrigado.

Jimin não respondeu, apenas ficou lá, aproveitando aquele abraço tão gostoso que não lhe pertencia. Reparou, surpreso, que Jungkook tinha lhe perdoado de verdade. Não que já não desse para imaginar com toda a paciência que demonstrava e até mesmo com a proposta da transa, mas... ainda era estranho pensar naquilo, no perdão do Jungkook.

— Eu... fico feliz com as coisinhas que você disse de mim, Minnie... — Jungkook sussurrou após alguns minutos. — Eu fico mais calminho em saber que, apesar de todo o egoísmo, consigo fazer com que você se sinta bem. Pra mim, você merece ficar bem.

— Não mereço, Jungkook... — Jimin enterrou o rosto no peito dele, percebendo naquele abraço que não queria viver sem aquele novo fator em sua vida. Não queria, então teria que lutar por aquilo. — Mas eu quero virar alguém que merece, de verdade.

— Eu acredito em você... — Jungkook murmurou. — E tô aqui pra dar uma ajudinha no que precisar, lembra do nosso combinado?

— Lembro. — Jimin sentia-se mais leve. Jungkook era o mesmo de sempre, ele nunca mudava, então por que parecia tão diferente? — Mas não esquece da sua parte do combinado também, Jungkook... Você é bom demais pra se afogar nesse vazio estranho.

— Já estou me afogando, você foi refutado. — Riu, mesmo que fosse melancólico. — Pela lógica, também não sou bom demais.

— Cala a boca, Jungkook! — Jimin resmungou. — Eu vou colaborar, mas você tem que colaborar também, ou vai ficar mais difícil ainda!

— Ah, desculpa.... — ele murmurou, e Jimin afastou-se apenas para observar que Jungkook parecia imerso em pensamentos e remorso mais uma vez. Ele não queria dar trabalho para ninguém, e estava dando trabalho para o Jimin... Tudo isso porque ele não conseguiu ficar quieto e guardar direitinho todos aqueles problemas e resolver sozinho. Droga, era egoísta, egoísta, egoísta demais. — Desculpa, Minnie, eu...

Parte impaciente e parte angustiado em ver o homem em sua frente desculpar-se por coisas tão sem sentido, tão sensível e frágil por trás da casca de positividade, Jimin só queria que ele calasse a boca. Uniu aquele querer com outra vontade que tomava seu peito e manteve quieta até então, e que deveria ter deixado quieta.

Colou seus lábios aos de Jungkook, calando a enxurrada de desculpa e autodepreciação. Entrou em pânico quando viu, ainda com os olhos abertos, Jungkook arregalar os próprios. Ficou com ódio de si, porque obviamente não tinha direito de beijar Jungkook, apesar de tê-lo feito várias vezes. Não estavam no contexto certo, mas foi tão automático... Ia estragar tudo. De novo.

Mas passado o susto, Jungkook simplesmente enlaçou cintura alheia e correspondeu, os lábios habilidosos enchendo Jimin de um tímido prazer, mesmo que notasse o gosto ruim das bocas e os hálitos terríveis. Ambos afastaram-se por aquele motivo, envergonhados com a própria impulsividade.

— Gosto da ideia de sexo de consolação. — Jungkook riu. — Mas o bafinho tá real, vamos escovar os dentes antes.

Jimin concordou, meio no automático, sentindo uma chateação sem igual tomar conta de seu peito. Aquilo... ele não queria sexo, não naquele instante, não era uma vontade que motivava o beijo. Mas depois de alguns minutos indo até o banheiro e achando uma escova de dentes extra para o Jungkook, que vinha logo atrás, percebeu que aquela conclusão foi a melhor. Ele não podia dar beijos em Jungkook fora do sexo, então a interpretação era ideal.

Mesmo assim, logo ele, não queria sexo. E perceber que as motivações de seus atos, depois de tanto tempo, não eram mais puramente carnais, fez com que encarasse os fios azuis e curtos de seu cabelo pelo espelho enquanto escovava os dentes com certo encantamento e esperança.

A figura de Jungkook refletida ao seu lado, de cabelos bagunçados da noite de sono e olhos semicerrados, escovando os dentes preguiçosamente também lhe agradava... tanto. Gostava muito de se ver com ele.

E não pensava em sexo. Finalmente sentia que era mais do que aquilo.

Jimin estava um pouco feliz com a epifania, mas definitivamente enrascado.

»»💼««

O QUE ACHARAM DA SEGUNDA DORMIDA EM CONJUNTO DOS JIKOOK?

Não vou perguntar qual é a cena fav pq foram literalmente são só duas kkkkkkkkk então... qual é o traço de personalidade dos jikook que vocês mais estão gostando de acompanhar? Gosto da insegurança egoísta do JK, pq eu sou bem parecida com ele e quando eu vejo ele interagindo com os outros personagens, muita coisa fica mto clara pra mim

Como sempre, mto mto obrigada a quem lê, comenta, vota, surta lá no #JKNãoUsaGravata no twitter e é um amor comigo!! 

GENTE, EU AGORA TENHO UM LIVRINHO À VENDA, OLHEM QUE COISA LINDA COISA FORMOSA!!!!

É meu primeiro livro publicado de uma história muito preciosa pra mim e eu amaria mto mto se vocês pudessem apoiar! (Mas se não puderem vou continuar feliz pra porra tbm, não se preocupem!) O link para a compra tá na minha bio aqui do wattpad!

Hj infelizmente é a última att das semanas em junho! Voltamos à programação normal de atts quinzenais, ok? Quase morri nessa enxurrada de att help hfjashfkals

STREAM EM BUTTER!

Beijinhos de luz e até dia 10/07 às 19:00!

Amo vocês!

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