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22. Minnie, o recém-chegado

Oi, meus upinhossssss!!! Que saudades de vocês hihihi!

Espero que estejam aproveitando bem o BTS festa e os 8 aninhos dos nossos bebês, e, como sempre STREAM EM BUTTER!

Como sempre, mto mto obrigada por lerem e por todo o carinho, amo vocês! E ah, não se esqueçam de votar!

Boa leitura!

#JKNãoUsaGravata

»»💼««

Jimin acordou sabendo que Taehyung já estava de pé, pois o cheiro de café permeava o apartamento até seu quarto. Sentou em seu colchão e notou que os lençóis estavam uma bagunça, que nem ele. Coçou a cabeça enquanto bocejava.

O toque incomum fez com que Jimin, em um susto, arregalasse os olhos. Levou a outra mão para afundar em seus fios, sentindo-os daquele jeito, estranhos, contra seus dedos. Era verdade... ele tinha cortado o cabelo. Deslizou a mão mais algumas vezes, tateando em busca do que faltava, mas obviamente não estava lá, e sim na lixeira do banheiro do apartamento. O final do dia anterior foi tão estranho, tão corrido em suas memórias confusas, mas tão calmo na vida real, que achou por um momento que fosse um sonho.

Rolou para fora da cama e abriu a porta de seu armário, dando de cara com o próprio reflexo assustado. Tocou o vidro em cima dos cabelos, buscando naquele outro ele aquilo que faltava em si. Mas faltava nos dois, ele realmente fez. Cortou. Deu o clique.

Com um certo senso de contemplação, deu um passo para trás, olhando seu reflexo com mais cuidado. Tudo dentro do lugar, dentro do esperado, exceto o cabelo cortado de forma irregular. Na verdade, aquilo era pouco para a necessidade de ser diferente que borbulhava dentro dele, mas teria que ser o suficiente por enquanto.

Abriu a porta do quarto e foi até a cozinha, encontrando Taehyung estudando tranquilamente na mesa. Ao contrário das últimas vezes que o encontrou realizando tal atividade, não parecia pesado. Não parecia carregar uma ansiedade crescente de sofrer as consequências das atribulações da própria vida, tivesse ele escolhido aquela responsabilidade a mais ou não.

Observou o enfermeiro sorrir enquanto tomava algumas notas e organizava as folhas que pareciam infinitas. Suspirava fraquinho de satisfação quando tomava um gole de café e mantinha um sorriso tranquilo no rosto, aproveitando a música tranquila que tocava nos fones que o impediram de ouvir a aproximação de Jimin.

Sem querer atrapalhar, Jimin manteve-se quieto e foi até a geladeira procurar algo para comer. Contentou-se com um achocolatado, matando o restinho de leite que sobrou da geladeira, e um misto quente.

— Bom dia, bro — Taehyung cumprimentou após finalizar a releitura de um de seus resumos e tirar os fones de ouvido.

— Bom dia... — Jimin respondeu. — Você deveria tá tomando cafeína?

— Um cadinho só de manhã não dá ruim, não! — Taehyung deu de ombros antes de levantar o olhar para o outro e ficar boquiaberto. — Bro, cê cortou o cabelo?

— Hm... — Jimin levou a mão de volta aos fios por impulso, sabia que estava cortado. — Cortei... só pra ver no que dava.

— De graça? — Taehyung insistiu, estranhando. Jimin era o tipo de garoto riquinho que ia a um salão de luxo cortar o cabelo, a aparência sempre o mais perfeita possível.

— Bem, acho que dá pra perceber que fui eu mesmo que cortei. — Jimin tinha plena noção do quão torto o corte estava. — Então sim, foi de graça.

— Cê sabe que não foi isso o que eu quis dizer! De graça tipo... sem nenhum motivo? Só por cortar?

— Acho que sim... — Jimin murmurou de volta e ocupou sua boca com o misto para que tivesse uma prerrogativa para não falar nada.

— Bro... O que tá rolando?

— Só... Hm... — Jimin parou para ponderar. Não sabia explicar todas suas ações impulsivas nem para ele mesmo, quem dirá para Taehyung? — Achei que precisava mudar...

Taehyung ficou quieto, observando Jimin pensativamente. Tomou mais um gole de café, querendo que aquilo fizesse sua cabeça funcionar melhor. Sabia que tinha algo a mais no comportamento de Jimin, nas palavras dele. Os últimos meses tinham sido claramente diferentes, mas agora... era algo diferente no que já era diferente, se é que fizesse algum tipo de sentido.

Era como se Jimin carregasse dentro dele alguma revelação, alguma conclusão dos últimos meses de confusão ambígua do que era e do que deveria ser. Taehyung mordeu os lábios, agoniado. Queria fazer algo sobre aquilo, ajudar de alguma forma.

— Quer pintar o cabelo também? — sugeriu, baixinho. — Cê sabe, eu manjo dos rolê porque pinto o meu... Tipo... dar uma repaginada no visu, que nem aquelas coisas que você assiste na TV.

Porém, ao contrário dos reality shows que transformavam o guarda-roupa e visual completo de, na maior parte das vezes, mulheres, a fim deixá-las supostamente apresentáveis a pessoas que nem deveriam se achar no direito de julgar a aparência delas, Jimin queria fazer aquilo por ele mesmo. Pela primeira vez, não quis agradar algum cara qualquer que poderia ser um candidato a comê-lo, e sim experimentar como era olhar algo novo no espelho.

— Pode ser...

— Ok! — Taehyung pulou da cadeira, empolgado. — Vou escovar meus dentes e vamos praquela loja de cosméticos, bota uma roupa.

— E suas provas? E tá aberto? É domingo.

— Preciso de um tempo pra respirar e vai ser ótimo respirar um fedorzão de pós descolorante. Se não tiver aberto a gente vai numa farmácia, cê só vai ter que escolher umas cores mais broxantes... loiro, vermelho de pediatra...

— Vermelho de pediatra?

— A única mulher na minha vida que eu já vi usando aqueles vermelhos cagados de farmácia foi a minha pediatra. Pra mim é vermelho de pediatra.

— Ah...

No final, Jimin quase comprou o vermelho de pediatra porque a loja de cosméticos que tinha mais variedade de tinturas realmente estava fechada. Não estava no clima pro loiro e, aparentemente, não teria outra opção. Mas foi salvo pelo gongo quando Taehyung, passeando sem objetivo entre as prateleiras de antissépticos só porque o lado enfermeiro dele estava acostumado, encontrou o azul de metileno.

E aí em vez de vermelho pediatra, Jimin encontrou-se comprando um frasco de antisséptico tão barato que parte dele tinha um pouco de medo do resultado que iria ter. Bem, antes isso do que Taehyung ficar tendo deja vù da sua médica de infância toda vez que olhasse para ele.

Não precisou comprar água oxigenada nem pó descolorante porque Taehyung tinha sobrando. E logo estava sentado na tampa da privada de seu banheiro, pensando que deveria parecer idiota com a cabeça enrolada em papel alumínio e refletindo sobre todos seus pecados com o couro cabeludo coçando e queimando. Pelo menos Taehyung nunca apareceu careca... aquela era sua única esperança.

Ficou assustado quando lavou o cabelo e sentiu este áspero contra seu toque. Olhou para o espelho, chocado com o emaranhado de mechas estranhamente amareladas em sua cabeça, preocupado. Mas não teve muito tempo de pensar, pois logo Taehyung cobriu tudo com uma mistura de creme e aquele antisséptico esquisito.

Relaxou um pouco ao ver os nós (que nem sabia que eram possíveis serem criados em fios tão curtos quanto o seu) desfazerem-se ao que Taehyung aplicava o creme. Passou mais um tempo achando que parecia ridículo, dessa vez com uma touquinha de banho presa à cabeça. Quis julgar também o jeito que o enfermeiro parecia estar adorando aquilo, mas acabou rindo junto e indo ajudar a preparar o almoço enquanto esperava dar o tempo de tirar a tintura do cabelo.

Foi um domingo tranquilo e leve, tão tranquilo que Jimin se perguntou mais uma vez se merecia viver aquela tranquilidade. Não que não estivesse sempre tranquilo antes de tudo... a palavra certa seria tranquilo mesmo? Ou anestesiado?

Mas de fato foi um dia bom. Percebeu, sentado na mesa do almoço com a touca ainda na cabeça, que foi agradável cozinhar com Taehyung, engraçado e extrovertido. Assim como era agradável estar ali, comendo com ele, trocando conversas despreocupadas. Assim como era aquele almoço perto da casa de Woohyun depois das consultas, só que na própria casa. Não sabia que poderia ter aquela sensação boa em um ambiente tão familiar também.

Depois foi enxaguar os cabelos, com Taehyung sentado na tampa da privada ansioso pelo resultado mesmo que Jimin tivesse resmungado por privacidade. Taehyung simplesmente argumentou que não ia olhar e que já tinha visto coisa pior, tanto no hospital quanto na própria casa, quando plugs anais pareciam fazer parte do corpo de Jimin. Inclusive, plugs anais eram o mundo dos sonhos para Taehyung, já que no hospital sempre apareciam coisas que não deveriam ser enfiadas em um ânus entaladas no rabo de alguém.

Jimin foi recebido do lado de fora do box com Taehyung já com o secador de cabelo em mãos, animado, e simplesmente deixou que a mesma animação o preenchesse junto. Não era algo muito expressivo, apenas um pequeno traço de sentimento dentro dele, que nem ao menos chegava à expressão. Mas estava lá.

Mesmo molhados, os fios já exibiam uma tonalidade azul, só que quase beirava o preto com o qual já estava acostumado, e Jimin temeu continuar o mesmo. Porém, ao que Taehyung secava os fios, rindo e bagunçando os cabelos de Jimin fingindo ser um cabeleireiro profissional, o coração foi acalmando.

Era como se o profundo e brilhoso azul revelado aos poucos o sugasse para um oceano de emoções. Poderia ser uma calmaria intensa, mas também ondas revoltas maiores do que ele mesmo, que simplesmente engoliam tudo ao redor. Tocou os fios, maravilhado. Taehyung foi guardar o secador em silêncio, dando um momento a Jimin ao notá-lo encarando-se tão firmemente, a boca aberta.

— Ficou lindão, bro. — Taehyung passou os dedos entre os fios, ajeitando-os com dificuldade porque o corte realmente estava péssimo. Mas não poderia ajudá-lo naquele aspecto, suas habilidades com cabelo não fugiam muito de descolorir, pintar e cortar a pontinha da franja.

— Acho que sim... — Jimin respondeu, ainda imerso na diferença em si. Taehyung riu, surpreso, porque achava que a resposta seria algo mais como "é óbvio que eu tô! Sou lindo." — Valeu pela ajuda.

— Que isso, bro, sempre às ordens! — Taehyung riu novamente, um pouco envergonhado por não esperar tal agradecimento. Respirou fundo e arriscou abraçar Jimin por trás mais uma vez, apoiando o queixo no ombro dele e fazendo parte do reflexo. Jimin piscou mais algumas vezes. Também era completamente diferente encarar-se com alguém ao seu lado.

— Agora... vai estudar! — Jimin pareceu despertar de seu pequeno transe contemplativo e cruzou os braços olhando para Taehyung, severo. — Mas não exagere, te chamo para o café da tarde.

— Vai rolar café da tarde? — O enfermeiro sorriu, satisfeito.

— Vai, vou passar na padaria depois, quer algo especial?

— Eles vendem um diploma de medicina? — Brincou.

— Não. — Jimin encontrou-se dando uma breve risada. — Mas tenho certeza que tem lugar que vende, se você realmente estiver interessado.

— Vai repreendendo todo mal, bro! Credo! — Taehyung arrepiou-se só de pensar. — Nossa, se um maluco desses de diploma comprado passa na minha frente, eu caio no soco sem nem pensar duas vezes. Vão conhecer da fúria do Tio Tetê Voadora Relâmpago.

— Só porque não sofreu que nem você? — Jimin gargalhou mais uma vez, porque Taehyung era muito mais engraçado do que havia notado. Taehyung admirou aquela espontaneidade. Era rara, mas esperava poder encontrá-la mais vezes.

— Claro que não, Jimin — Taehyung respondeu, o tom mais sério, mas um sorriso gentil no rosto. — Estamos falando de vidas de pessoas... Imagina a bosta colossal que um médico ou enfermeiro sem real conhecimento sobre o assunto pode fazer.

— Verdade... — Jimin ficou em silêncio por um tempo. Que tipo de bosta colossal ele faria se comprasse um diploma em vez de formar? Um diploma significava alguma coisa pra ele? Sinceramente, não achava que merecia ter passado em nenhuma das matérias que fez, porque não se lembrava de nada.

— Aposto que esse tanto de ponte que cai é engenheiro com diploma de papel higiênico, né possível que você se forme sem aprender que pode matar alguém fazendo uma ponte esculhambada...

— Foda... — Jimin concordou, mas imerso em pensamentos. Que ponte ele poderia deixar cair? Não via algo tão óbvio em Administração como os exemplos de Medicina e Engenharia Civil que Taehyung tinha dado, mas... agora estava com um pressentimento ruim. Por que estava fazendo seu curso?

Porque os pais enfiaram ele lá, claro. Para trabalhar na administração da cervejaria depois, talvez. Na verdade, sabia que os pais nem esperavam que trabalhasse, só que ficasse lá sentado, como uma planta decorando o ambiente. O diploma apenas servia para que houvesse alguma justificativa para estar lá. Só para não deixar o nepotismo tão óbvio.

— Vou lá entortar minhas costas, bro. — Taehyung aproximou-se para dar um mais um abraço forte em Jimin e apoiou o queixo no ombro dele mais uma vez, porque tinha gostado. Talvez fosse o seu carinho especial com Jimin. Encarou o reflexo dos dois no espelho, um sorrisinho no rosto ao se enxergar junto dele. — Aproveite o cabelo novo.

— Pintado especialmente pra eu ir à padaria — Jimin comentou, sem expressão.

Após dois segundos, ambos caíram na risada com a piada, gargalhando alto demais para algo tão bobo, as vozes ecoando nas paredes de azulejo. Leves, pois estavam em casa.

-📑-

A primeira pessoa que Jimin encontrou da Up na segunda-feira foi a Hani, de trancinhas tortas e tomando pacientemente um picolé do lado de fora do prédio luxuoso para não levar um sermão dos seguranças. A mulher estava sentada em um dos banquinhos de madeira que ficavam na frente da fachada e suas roupas curtas combinavam com o clima quente e ensolarado do lado de fora, mesmo que nem sempre o fizessem com a empresa, na qual o ar condicionado estava sempre ligado.

Jimin ficou sem saber o que fazer naquela situação, mas todas as escolhas que rodeavam sua mente convergiram em apenas uma ao que Hani percebeu sua presença, e o chamou animadamente ao bater com a mão no espaço vazio do banco ao seu lado. O estagiário observou a situação, sentindo aquele incômodo que surgia ao ter que dividir o mesmo espaço com mulheres despontar em seu peito. Daquela vez, estranhou. Por que ele tinha aquele incômodo?

Achando seus sentimentos irracionais demais, Jimin baixou a guarda e caminhou até a Hani, acomodando-se ao lado dela. A mulher o cumprimentou com um sorriso largo, recebendo um meio tímido de volta.

— Boa tarde, Minnie! — ela disse, estendendo o picolé em direção a ele. Jimin recusou.

— Minnie? — O estagiário estranhou.

— É, Minnie — Hani confirmou. — Tava te vendo caminhando e do nada eu percebi que você tem cara de "Minnie". Vou te chamar assim agora.

— E eu não tenho escolha sobre isso? — Jimin retrucou, com um bico revoltado formando-se no rosto.

— Claro que não, na Up a gente simplesmente é agraciado por algum apelido aleatório e ele vai te perseguir pelo resto da sua vida. É como o sistema funciona. — A mulher deu de ombros, fingindo estar conformada com aquele terrível destino dos Upers, mas o sorriso que não conseguia disfarçar denunciava a graça que ela via. — Nem reclama, Minnie, você conseguiu se manter invicto por muito tempo já.

— Como assim?

— Faz um tempo já que você tá na Up, né? — Jimin confirmou com a cabeça, mais de seis meses era certeza, mas ele não ligava muito para datas para poder dar a data certa. — Passar tanto tempo sem apelido foi uma grande vitória, principalmente trabalhando com o Goo. Então aceite o Minnie, é muito melhor do que qualquer apelido que o Goo te daria.

— É? Por quê? — Quis saber, estranhamente curioso.

— Porque ele é péssimo com apelidos! Nossa, o menino é ruim demais, acha que colocar um "zinho", "zinha" ou "zinhe" no final é suficiente. Yoonzinha, Joozinha, Hanizinha... E Hani já é apelido, sabe? Meu nome é Heeyeon. Saco de moleque. Fala sério, Minnie, diz pra mim: Minnie ou Jiminzinho, os dois a oitenta quilômetros?

— Minnie — confirmou de imediato. Ficou surpreso com a própria naturalidade ao responder, mas Jiminzinho era feio de doer mesmo, puta merda. — Droga!

Hani gargalhou ao lado, divertindo-se com a revolta dele. Jimin parecia mais... relaxado. Sempre que trabalhava com o estagiário este mostrava-se muito sério, nunca esperou que fosse ter aquele tipo de conversa boba com ele. Com a mão que não segurava o picolé, melada, passou a mão pelos fios desigualmente cortados de Jimin.

— Foi você que cortou? — perguntou.

— Se tá tão óbvio assim deve estar feio pra caralho... — Jimin resmungou ao ligar os pontos, fazendo Hani rir ainda mais.

— Não, tá bonito, principalmente o azul. Ficou lindo em você, Minnie. — Sorriu. Queria elogiar o cabelo desde que viu o homem passar, por isso que o tinha chamado de forma tão enfática, aliás.

— É porque o azul foi meu amigo que fez, tá bonito mesmo. Mas quem cortou fui eu, por isso que tá uma merda.

— Falei que você tá lindo com o azul, doido, não que a pintura tá bem feita. Apesar de estar, parabéns pro seu amigo. — Hani riu, revirando os olhos com a resposta dele ao seu elogio. Jimin por acaso era do tipo tímido? — Mas se o corte estiver te incomodando muito, eu posso ajustar pra você.

— Você sabe cortar cabelo? — Jimin perguntou, um pouco corado com a colocação da outra. Sempre achou que era bonito mesmo, mas não esperava o elogio dela, então não soube como agir. Repentinamente, algo que estava adormecido em seu cérebro despertou e sentiu-se mais receoso ainda com o elogio... ela não teria algum tipo de atração por ele, né?

Saber é uma palavra muito forte... mas eu tenho muitos irmãos mais novos... e eu sempre tive uma tesoura ao meu lado... — Ergueu as sobrancelhas, sugestiva. — Vamos dizer que sei como não estragar um cabelo.

Apesar da falta de firmeza da argumentação de Hani — o que era cômico, porque logo a líder da Boca deveria saber vender seu peixe —, Jimin assentiu com a proposta. Não era possível ficar mais feio do que já estava.

Animada, Hani terminou seu picolé antes de puxar Jimin insistentemente para dentro do prédio. Subiram até o primeiro andar da Up e passaram na Boca para que a mulher descolasse uma tesoura. Jimin ponderou se o resultado de uma tesoura de escritório seria menos desastroso do que uma de cozinha. Bem, as duas pareciam igualmente brutas.

Depois, a mulher puxou Jimin até o banheiro masculino do segundo andar, porque era o mais vazio. Chutou a porta gritando para que quem quer que estivesse ali escondesse a "piroca suntuosa" e, de fato, quando foi arrastado para dentro do banheiro, Jimin viu dois caras na frente do mictório tentando esconder suas... coisas desesperadamente dentro das calças.

— A placa do banheiro diz "masculino", e não "sapatão", caralho! — o primeiro homem, que Jimin reconheceu como sendo aquela passivona dos Pulmões chamado Minhyuk, esbravejou.

Jimin teve dois choques de uma vez. O primeiro foi perceber que só sabia qualificar o homem pela posição sexual de uma sexualidade que não sabia. O segundo foi que Hani obviamente não estava dando em cima dele quando o elogiava, porque era lésbica. Jungkook já tinha lhe contado aquilo. Jimin sentiu-se incrivelmente estúpido e desconfortável. E, agora, não sabia muito bem lidar com a informação de que a Hani estava sendo agradável com ele simplesmente por ser.

Atrás do Minhyuk apareceu Changkyun, a expressão mais séria do que o normal indicando o quão chateado estava com a situação. Hani, sem noção do perigo, apenas ria alto dos dois, ainda mais ridículos com o cabelo lambido porque era segunda-feira do penteado doido.

— Você poderia dar um tempinho a mais pra gente esconder da próxima vez... — falou o homem dos Pés. — Não consegui balançar e agora tem umas gotas de mijo na minha cueca.

— Informação demais, garotão, ninguém quer saber que você se mijou — devolveu Minhyuk, igualmente mijado, porém muito mais disposto a fingir que nada tinha acontecido. Changkyun estava atrapalhando seus planos.

— Foi um feedback sincero — Changkyun pontuou antes de voltar o olhar para Jimin e Hani, caminhando para lavar as mãos. — Então, ao que devemos essa dramática interrupção?

— Vou cortar o cabelo do Minnie. — Hani mostrou a tesoura em mãos. — Assunto de máxima urgência.

— Nossa, o Jimin! — Minhyuk exclamou espantado ao finalmente perceber o estagiário e, consequentemente, seus cabelos azuis. Avançou na direção dele com as mãos estendidas, claramente querendo tocar os fios diferentes, porém, para o alívio de Jimin, ele lembrou que não tinha lavado as mãos e juntou-se ao colega na pia. — Seu cabelo tá um arraso, homem!

— Ele tá torto — Jimin respondeu, sem graça.

— Isso a gente vai resolver já, já — Hani falou confiante, empinando o nariz já arrebitado.

— Depois passa lá nos Pulmões pra gente fazer um desfile, Jimin — Minhyuk sugeriu. Jimin teve vontade de morrer só com a sugestão. Apenas pensar em interagir com tantas pessoas o cansava.

— Pra você, é Minnie. — Hani arregalou os olhos, a fim tentar parecer ameaçadora. Tinha que aproveitar para disseminar o apelido. E sempre a melhor forma de fazer isso era convencer alguém dos Pulmões a usá-lo, de resto, o trabalho se fazia sozinho. A influência era real.

— Você não manda em mim, sapatão! — reclamou e a mulher revirou os olhos, cruzando os braços. — Mas amei Minnie, vou chamar, mas porque eu quis.

— Se isso satisfaz seu orgulho, viadão... — A mulher deu de ombros e os dois encararam-se com falsa birra antes de começarem a rir. Hani ficou com saudades de quando seu acompanhamento individual pelos Pulmões era feito por Minhyuk, mas pelo menos eles continuavam próximos.

— Ficou muito legal mesmo, Minnie — Changkyun, quieto em meio ao caos até então, comentou sobre o cabelo de Jimin, que ficou sem graça novamente. Depois do banho de realidade que tinha tomado mais cedo, percebeu que provavelmente nenhum daqueles elogios tinha algum interesse envolvido, só simpatia e gentileza. E definitivamente não sabia lidar com aquele tipo de detalhe.

— Obrigado... — respondeu, um tanto sem jeito. Os outros três encararam o estagiário estupefatos. Não eram tão próximos assim dele, mas Jimin costumava passar em todos os Órgãos por causa do caráter do seu trabalho e, definitivamente, nunca o viram tão sem graça assim. Como os três eram emocionados (o que parecia ser uma característica coletiva dos funcionários da UP2U), ficaram lá, achando fofa a reação.

Changkyun, ao perceber depois de um tempo que encaravam demais, puxou Minhyuk pelo ombro para saírem do banheiro, despedindo-se, estranhamente calmos mesmo com as cuecas meio mijadas. Aquela empresa era, definitivamente, estranha.

Sem grandes cerimônias, Hani subiu na bancada longa e maciça dos conjuntos de pia do banheiro, chamando Jimin para fazer o mesmo. O estagiário subiu desconfiado e refletindo que, se fosse morrer ali, entre os escombros do granito branco, desejava que Taehyung tirasse o pimentão que esqueceu na geladeira e provavelmente estava apodrecendo.

Ficou sentado, e Hani postou-se de joelhos ao seu lado. Penteou o cabelo como dava utilizando os dedos e, com a falta de prendedores, pediu que Jimin segurasse suas mechas. Jimin não demorou ao ouvir o barulho da tesoura cortando seus cabelos.

Apesar de tudo ser meio improvisado, Hani realmente parecia saber o que estava fazendo, o que deu um pouco de alívio em Jimin, ainda que mantivesse as expectativas baixas. Tinha fodido demais o próprio cabelo para esperar que consertassem tudo.

Alguns Upers apareciam pela porta, mas, ao encarar a cena estranha da líder Comercial da empresa cortando o cabelo do estagiário do CEO em cima da pia, davam meia volta e iam buscar outro banheiro. Hani se acabava de rir toda vez, sem o mínimo de remorso. Não é como se tivessem outras opções, as outras áreas da UP eram de carpete, horríveis para varrer cabelo, e o banheiro feminino e a cabine sem gênero eram sagrados.

O espanto maior ocorreu quando quem entrou, apressado, foi Jungkook. O CEO olhou-os rapidamente e ignorou a cena, marchando até o mictório. Hani e Jimin ficaram confusos tanto com a velocidade que não permitiu que pensassem direito sobre o assunto, quanto com o fato de terem sido ignorados.

— Goo, eu não quero te olhar mijando! — Hani foi a primeira a reclamar ao observar o CEO abaixar o zíper das calças jeans. Jimin ponderou que se ele estava de calça jeans, provavelmente teria alguma reunião externa. Para quem usava bermudas de moletom o dia inteiro, calça jeans era considerado "formal" o suficiente. Além disso, em vez de em um penteado estranho digno de segunda-feira, os fios do CEO eram domados por um rabo de cavalo ordeiro. A reunião realmente era importante e séria. Jimin apostava que o resto dos participantes estaria até usando terno, ou algo assim.

— É só não olhar — retrucou antes de realmente começar a urinar para o espanto de Hani e Jimin, que acharam que era uma pegadinha. Jungkook suspirou alto e aliviado. — Eu tô há umas duas horas prendendo o mijo, não aguentava mais nem um segundinho, ou eu ia explodir.

Jimin e Hani afastaram o olhar, sem nenhum interesse em ver o próprio CEO mijar ao vivo. Não que Jimin já não tivesse usado o mictório do lado para dar uma checada na época que queria seduzi-lo, mas... Droga, ele realmente era um merda. A lembrança o preencheu de nojo.

Hani e Jimin encararam-se, desconfortáveis. O barulho do xixi do Jungkook contra a porcelana não ajudava muito a aliviar aquela estranheza e por um momento quiseram morrer. Pelo menos logo a estranheza foi substituída por um suspiro aliviado quando pararam de ouvir e a descarga veio logo depois.

— O que vocês tão aprontando? — Jungkook, não mais tomado pelo desespero de acabar mijando nas calças, perguntou enquanto ia lavar as mãos. — Jimin, você pintou o cabelinho?

— Pra você é Minnie! — Hani falou novamente e Jimin ficou impressionado com o empenho dela em fazer o apelido vingar.

Jungkook apenas riu, secando as mãos rapidamente antes de aproximar-se. Apoiou uma das mãos no joelho de Jimin e levou a outra até os fios, inspecionando-os com uma carícia.

— Minnie, é? — Testou o apelido, satisfeito em saber que Jimin tinha recebido um e um levemente chateado ao perceber que, mesmo depois de todo aquele tempo, não tinha dado nenhum a ele. — A cor ficou perfeitinha em você, Minnie.

Jimin corou com os toques carinhosos e naturais, seu olhar preso de forma quase idiota no sorriso de Jungkook, mesmo que nada daquilo fosse fora do normal. Eles transaram, não era para aquilo deixá-lo tão sem graça. Mas mesmo assim, o peito de Jimin agitou-se ao perceber que o avanço que fizeram no final de semana era real, e que Jungkook ainda era o mesmo no ambiente de trabalho.

— Tá torto — respondeu no automático, assim como em todas as outras vezes.

— Eu já tô arrumando! — Hani reclamou, assim como em todas as outras vezes.

— Você tinha cortado sozinho? — Jungkook perguntou, um pouquinho mais sério. Não parecia algo que Jimin faria, e pensou se deveria ficar preocupado. Mas era difícil afirmar, não conhecia o estagiário tão bem quanto gostaria.

— Sim... Taehyung que pintou.

— Mas tá quase arrumado já! — Hani, passado o susto com o CEO, espantou a mão dele que estava entre os fios de Jimin e voltou a cortá-lo. — Aí você vai ter que parar de responder que "tá torto" aos elogios, Minnie.

— E o que eu respondo? — Jimin perguntou, confuso.

— Obrigado? — Hani sugeriu.

— Sou lindo mesmo? — foi a vez de Jungkook propor, com uma gargalhada.

— Dez dinheiros para continuar olhando essa obra de arte que eu sou.

— Recebo em dinheiro e cartão.

— Te passo o contato da cabelereira, ela é um mulherão da porra.

— Te passo o contato do hospital que o cara da tintura trabalha.

— Quê? Minnie foi pro hospital pintar o cabelo? — A chuva de ideias de resposta entre Hani e Jungkook encerrou-se quando a mulher ficou confusa.

— Não, é que o carinha que divide apartamento com ele, o Tae, é enfermeiro — Jungkook explicou, rindo, antes de, alarmado, checar o horário em seu celular.

— Já tem outra reunião? — Jimin, já acostumado com o que aquele olhar do CEO significava, perguntou.

— Sim... Hoje tá um inferninho pessoal, não aguento mais — Jungkook bufou enquanto Hani ria da cara dele e Jimin, timidamente, acompanhou o riso. — Divirtam-se com o cortezinho, crianças. Tá lindo mesmo, Minnie.

E, simples daquele jeito, tirou a mão do joelho de Jimin e saiu do banheiro. E o estagiário ficou absurdamente irritado com aquilo. Como que Jungkook conseguia sair com tanta tranquilidade e naturalidade?

Ou melhor, por que ele estava tão abalado? Por que o impacto de uma ação tão pequena de Jungkook era tão grande nele? Por que estava gostando tanto do próprio cabelo? No automático, buscou os fios, buscando encontrar uma resposta e levando um sermão de Hani.

— Quer perder seus dedos, Minnie?

Perder os dedos... não era o plano ideal. Mas talvez estivesse gostando muito de ser o Minnie, muito mais do que achava ser possível. Quis encarar o próprio reflexo, mas Hani ainda estava cortando seu cabelo, então sobrou esperar em silêncio.

Esperar para conhecer o Minnie melhor.

»»💼««

ENTÃO, O JIMIN AGORA É MINNIE AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! O que acharam? E qual foi a cena favorita de vocês no capítulo? Confesso que fico entre a dos vmin, da hanixjimin e dos jikook (basicamente falei tudo, né kakakaka então hani x jimin pq era improvável e o ji quebra a cara de novo)

GENTE, AGORA EU TENHO UM INSTA, E SOU @callmeikus lá também aaaaaaaa. Me sigam lá que vou tentar trazer conteúdos legais (acho, não sei usar a rede social ainda, mas nozes aprende)

Muito obrigada a todos que lêem, dão votinhos, comentam, surtam comigo na #JKNãoUsaGravata e tudo mais VCS SÃO TUDO PRA MIM AAAAAAAA

ALIÁS, NOTÍCIA BOA! Lancei uma meta de stream em butter em troca de att semanal em junho e adivinhem? BATEMOS A META E TEREMOS ATT SEMANAL EM JUNHO, IRRAAAAAAAAAA!! Mas não deixem de ouvir butter e aproveita que agora tem playlist de Empresário junto! (vou deixar na minha bio)

Beijinhos de luz e até dia 19/06 às 19:00!

Amo vocês!

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