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Capítulo 37 - Passado é passado (Lara)

     As lagrimas que escorriam pelo meu rosto ardiam, e minhas mãos tremeram quando tentei limpa-las. O sorriso dele foi como um soco na cara, um soco que me desestabilizou de uma maneira profunda. Tão profunda quanto minhas cicatrizes.

     A lembrança de Louis e do avião era distante agora, um eco no fundo da minha mente. Lance de um passo na minha direção, e como um reflexo, dei dois passos pra trás, fugindo dele. Alguém esbarrou em mim no corredor, fazendo eu tropeçar, caindo de joelhos no chão, recostada na parede. Minhas pernas perderam completamente a força, e um arrepio novamente subiu pela minha espinha, com o sorriso dele.

     — Não, não, não Lara...— Ele resmungou, o sorriso se dissolvendo quando me encarou. Faz tempo que não nos vemos eu sei, mas você já esqueceu tudo o que eu disse? Isso está muito fácil... E eu não gosto de coisas fáceis...

     Me obriguei a tentar me levantar. Eu já tinha sobrevivido a ele, já tinha conseguido escapar uma vez se ficasse congelada assim, nunca voltaria viva pra casa. Não posso correr o risco de não sair daqui de novo... Não vou correr o risco! Minhas pernas fraquejaram, mas consegui ficar em pé, controlando minha tremedeira, as mãos na parede. Com um suspiro, criei coragem e o encarei. As lagrimas já tinham secado, e me prendi a essa demonstração de força.

     Mas ele destruiu o frágil pilar de força, quando segurou meus braços foram presos na parede e seu hálito chegou na minha bochecha. Estremeci dos pés a cabeça, cada uma das cicatrizes pulsando arrepiadas.

     — Você não conseguiu ficar longe disso não foi?— Sussurrou, e a força que tentei colocar nas mãos desapareceu.

      Chorei. De medo. De vergonha por estar com medo. E acima de tudo, chorei por não conseguir resistir a ele...

     A força que ele fazia nos meus pulsos desapareceu. Lance foi jogado alguns metros à frente, um rabo de cavalo escarlate sendo responsável por isso. O suspiro de alívio que dei foi resultado de um coração mais leve. Louis e Lance rolavam como dois animais no chão, ele parando em cima dela, as armas rolando pelo chão.

     — Garota desgraçada!— Ele gritou.— Vou ficar feliz em te fazer sofrer bastante quando te jogar em uma cela escura e te fazer implorar pela morte!

     — Ah, mas nem por cima do meu cadáver!— Trinquei os dentes, um novo tipo de adrenalina correndo dentro das minhas veias. Uma que veio por Louis. A arma de Lance estava no chão, e não exitei em pega-la, nem de puxar o gatilho.

     Não exitaria em proteger Louis.

     O eco do tiro não chamou nenhum atenção na correria que estava aquela base.

     Lance caiu, inerte em cima de Louis, que jogou o corpo dele pro lado rápido, limpando o sangue espirrado no rosto.

     Louis saltou do chão diretamente pra e dar um abraço muito apertado, o rosto escondido no seu cabelo. O tom de vermelho foi uma das melhores coisas que eu já vi na minha vida.

     — O avião já foi, mas eu não deixaria você aqui nunca.— Louis anunciou, sem nenhum pudor.— Por Eliza, mas poe mim também!— Sorri, sem forças pra agradecer no momento.— Vamos, precisamos achar um carro qualquer pra ir até o ponto de encontro!

     Concordei, e nós duas saímos correndo. Louis conduzindo. Saímos pro hangar de aviões, os olhos procurando entre os corpos. Não podíamos nos dar ao luxo de ficar paradas, e por isso, seguimos nos dar ao luco de ficar paradas, e por isso, seguimos o fluxo de pessoas na correria, a melhor decisão a ser tomada. As pessoas corriam até vans e carros, e ao ver isso, um sorriso se abriu no me rosto.

     Misturada entre todos, entramos em uma van, a chave pendurada na ignição. Louis sentou no motorista, uma deixa para que eu fosse passageira. Fazia muito tempo que eu não pegava no volante, e não seria agora 

     Ela ligou a van, saindo cantando pneu pelas ruas demarcadas pela terra, quase atropelando algumas pessoas confusas.

     Já estávamos bem longe da base quando percebi que meu coração batia acelerado.


     Decidi dormir um pouco. Quando a adrenalina baixou o suficiente, meu corpo pesou e o cansaço me atingiu como um soco. Mesmo com o sol do novo dia na cara, estava tão cansada que só queria dormir.

     Acordada, depois de um pouco mais de sono, observava as árvores e os campos pela janela, suspirando profundamente. O bom, era que eu tinha conseguido sair de lá viva. Por causa de Louis, por causa da força de vontade dela. Porque se fosse só por mim, teria virado prisioneira novamente, de Lance do NEICOGOZ.

      De mim mesma.

     Estava dando pouca importância pra morte de Lance, por que não deixaria que ele se tornasse um martírio depois da morte, deixaria ele no passado. Acho que pode parecer muito mórbido que não me importe com ele. É muito mórbido.

     Mas ultimamente o mundo é mórbido...

     Senti alguma coisa na minha mão, e percebi que Louis segurava minha mão, apertando um pouco, dando a força que eu precisava enquanto ela dirigia, os olhos colados na estrada. Encarei a menina de cabelos vermelhos. Louis tinha me ajudado, salvado a minha vida... Ela merecia uma explicação.

     — Sabe...— Comecei.— Você não conheceu a Hanna, mas ela me conheceu aos 14 anos. Agora, parece outra vida, outro universo. Eramos órfãs, buscando força uma na outra dentro de um orfanato, ela com os pais mortos, eu com eles desaparecidos. Abandonadas. Fugidas, nos primeiros anos, depois com a Catarina, depois no apocalipse, eu, Hanna e a Cata também, nos demos forças.— Louis voltou seus olhos pra mim por um instante, concordando e pedindo em silêncio para eu continuar.— Então, a Hanna se foi. A Catarina seguiu seu rumo. E eu fiquei sozinha de novo, como não me via à muito tempo. Era uma idealista nos anos entre os apocalipses, fui conhecer o mundo, trabalhei no exercito, eu tinha dinheiro. Conheci lados do planeta, da sociedades, e com o meu idealismo, quando o apocalipse voltou. Usei ele pra me alojar com pessoas ruins. Eu conheci o NEICOGOZ, e me identifiquei com eles, isso foi antes de começarem a usar Zeloides e a transformarem pessoas em Zeloides, e eu fiz parte daquilo. Quando eu tentei sair, Lance me apoiou e disse que me ajudaria, ele era um grande amigo naquela época. Mas ele vendeu meu plano, a Veronika o colocou em um nível acima, e me jogou na lama. Lance é... Era, general do NEICOGOZ. Claro, ele não tinha 1% da inteligencia dela, do sadismo dela. Veronika era um gênio. Ele era só um psicopata.— Louis apertou minha mão de novo, e sorri, triste.— Lance me usava pra saciar seus desejos psicopatas. Nunca me estuprou, ele era assexuado, não era esse o foco dele. Lance me cortava e infringia dor de formas diferentes a cada semana, durante cada ano... Sobrevivi as inúmeras infecções por causa do pouco treinamento militar, que eu tive por que servia pra ler e mapear lugares. Fui treinada pra ser co-pilota, mas nunca realmente terminei o treinamento. Mas o meu tempo de exército foi o que me manteve viva, e a vontade de ver um céu estrelado de novo, foi como um mantra pra mim...— Ri, porque aquilo parecia idiota de se dizer.— André me visitava as vezes, falava de Barb, Emily e de seus problemas. Nunca moveu um dedo pra ajudar, mas eu também não fazia questão de entender o lado dele. Minha raiva de tudo era maior. Ele me trazia informações do mundo esporádicas, e chegou uma hora que eu agradecia a Veronika por isso. Lance me queria por perto, Veronika queria Lance e André por perto. Era uma teia de conexões que me mantinha viva. Isso, até Daniel me achar.— Limpei uma lágrima furtiva de canto e olho.— Lance mexe muito comigo... Ele trás memórias e coisas muito complicadas pra mim, de tempos que eu odeio não conseguir esquecer e levar comigo. Coisas que eu preciso, que eu vou, deixar no passado.

     — Lara... Você é a mulher mais incrível que eu já conheci.— Louis anunciou.— Eu tive treinamento militar completo, e por isso achava que tinha uma longa vivência. Mas não. Você teve 5 vidas em uma, teve mais do que com certeza muitos suportariam. Se eu tivesse me sacrificado e você, sobrevivido, eu iria de bom grado, porque teria a consciência que uma pessoa incrível ficou. Não me arrependeria de nada. Você merece viver de verdade Lara.

     Ela segurou minha mão mais forte, e dessa vez apertei de volta. Precisava concordar com Louis.

     Estava na hora de viver.


     Louis estacionou a van junto ao avião no ponto de encontro. Wanessa correu pra me abraçar, um sorriso de orelha à orelha no rosto. Estavam arrumando tudo dentro do avião, e Wanessa disse que por conta de imprevistos, perderam os animais. Sinceramente, preferia assim.

     Meus olhos buscaram no povo os cabelos escuros de Eliza. Mas ela me achou primeiro.

     — Achei que você não ia voltar pra mim!!!— Me abraçou, muito forte, o abraço sendo recíproco e um sorriso acompanhado de lagrimas no rosto.

     — Agradeça a Louis por isso... Desculpa Liz, eu quase não tive forças pra estar aqui...

     — Não importa agora, não importa mesmo.— Ela me cortou, me encarando com os olhos puxados.— Você está aqui. É o que importa.— E me beijou, um beijo cheio de saudade.

     Ela tinha razão, não importava realmente.

     Subimos no avião, as mãos dadas, sorrisos no rosto, ouvindo o ronco dos motores começando a funcionar. E uma nova paz dentro do coração. Uma paz que representava a nova vida que teríamos. Juntas, eu e Eliza.


     OIIIEE MILHOS PRA PIPOCA!!! TUTU POM?!!! Comigo sim, porque eu tive um surto incrível de criatividade e inspiração e preciso dizer... Esse é o último capítulo do livro. Temos o Epílogo, e então, essa linda saga vaia acabar. Mas vou deixar as considerações finais pros agradecimentos. Não deixem suas teorias, porque não temos mais o que teorizar, mas deixem a estrelinha que continua me ajudando... Beijinhos.

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