Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 15 - Histórias pra contar - Parte I (Lara)

     Aquela noite foi uma das mais longas da minha vida, em todos os sentidos. Nos levaram para uma tenda onde disseram que Violet e outras duas meninas dormiam, mas que ficariam em outras essa noite pata que nós pudéssemos descansar. Era uma tenda comum, com algumas camas e alguns objetos que era mais pessoais.

     Brna não quis ir embora logo quando deixou a gente lá, quis ficar um pouco mais. Estava com uma saudade absurda dos gêmeos e, contra todas as minhas expectativas, de mim.

     — Faz tanto tempo, tanto tempo que não vejo você, muito tempo mesmo... Catarina costuma comentar as vezes, sobre você, mas fez quase 15 anos, que não olho no seu rosto.— Bruna me abraçou forte, durante bastante tempo, o rosto enfiado no meu ombro.— Você sempre foi mais alta que eu!— E riu, uma risada baixa e um pouco melancólica.

     — Faz muito tempo também, você mudou bastante, está muito bonita... Madura.— Mordi a língua por dentro, porque nunca imaginei falar algo assim na vida.

     — Quantos anos vocês fez Lara! Está falando igual uma adulta.— Ela riu, de novo uma risada baixa e melancólica.

     — Só.

     — E eu ainda tenho 35, não estamos velhas pra falar como adultas maduras.— E me encarou por uma última vez, antes de olhar para os gêmeos.— E vocês dois, faz mais de anos que não vejo, não ouço nada, sinceramente pensei que vocês não tinham sobrevivido à floresta...

     — Sobrevivemos a bem mais do que só uma floresta.— Daniel resmungou, um pouco amargurado.

     — Parece que vimos quem realmente envelheceu entre nós. Você parece um senhor de 83 anos falando, amargurado.— Bruna colocou a mão sobre o ombro dele, as sobrancelhas arqueadas.

     — Se tivesse passado por tudo o que passamos saberia Tia...

     — Pode acreditar, minha vida não deve ter sido muito menos agitada do que a de vocês.— Olhou para o chão, observando por um momento as botas de Louis, tão interessada que até eu achei estranho.

     — Se surpreenderia se soubesse.— Devon disse.

     Bruna olhou por um longo minuto pra Devon, encarando sem pudor nenhum, e com um olhar que não consegui identificar. Então, de novo encarou o chão com mistério e voltou a falar.

     — Vocês precisam dormir, podem acreditar, amanhã vai ser um longo dia.— E sorriu, Bruna parecia sorrir muitas vezes, bem diferente de como nós levávamos a vida todos esse anos.— Sempre tem massa de torta pronta e chantilly em um saquinho dentro do colchão da Wanessa. Ela só tem cara de durona, mas não se engane, ela mataria por chantilly, apesar de não se importar se vocês comerem. Vocês só vão poder comer de verdade de manhã, isso vai enrolar a fome.

     — Oba!— Devon riu, já levantando os colchões das camas pra procurar os doces.

     — Preciso ir.— Bruna anunciou.— Até amanhã!— E abraçou Nando e Daniel forte, mandando um beijo pra mim.

     Aquilo fez com que m clique aparecesse no meu cérebro, uma afirmação que há muito tempo não ouvia. Pela primeira vez em muito tempo, alguém sabia que nos veria pela manhã, parecia ter certeza disso...

     O que um até logo poderia significar.


     Era a primeira vez em alguns anos, que dormíamos até que alguém nos acordasse, todos de uma vez. O sol deixava a tenda bem iluminada, e se não tivesse amanhecido  frio, a tenda estaria como uma estufa. Bruna fez questão de ir nos acordar pessoalmente, e preciso concordar que foi muito engraçado ver Bruna bater palmas pra nós, como uma mãe faria.

     — Vocês acordaram com má sorte, está bem frio, e vocês vão ter que tomar banho com esse frio mesmo.— Ela derrubou Devon da cama, e o garoto caiu com um baque forte no chão.— A não ser que queiram que nós esquentemos água, mas vai demorar uma meia hora pra fazer duas banheiras pra vocês, então podem comer o café antes. Depois vocês tomam banho,  e juro que encontro um cara para chamar vocês no banho quando não pudermos mais esperar.— Direcionou a última parte para os meninos.— Mas levantem, temos um dia muito longo!

     Não consegui não sorrir quando levantei da cama, jogando o cobertor longe.


     Um café da manhã naquele acampamento era quase um evento cataclísmico. Era pequeno, mas as pessoas iam de um lado para o outro, a maioria sem armas nas mãos, mas pareciam tomar rumos parecidos.

     Uma grande tenda, de onde vinha um cheiro maravilhoso e um barulho extremamente alto, era o lugar pra onde todos eles estavam indo. E eu não podia julgar de jeito nenhum.

     Era um grande refeitório, cheio de mesas compridas, onde pessoas comiam com gosto, não pareciam mais de 50 pessoas sentadas ali. Foi onde comemos a primeira refeição real em bastante tempo, com pão, ovos e leite. Não conseguia me lembrar da última vez que vi um copo de leite na minha frente...

     Barb e Emily não estávamos em lugar nenhum, o que não parecia muito bom.

     — Esse lugar é um pouco estranho.— Daniel comentou.— Parece estranho um lugar assim no meio da floresta, pra onde fomos sequestrados...

    — Acho que parece muito...— Louis parou por um momento, os olhos em Bruna que estavam do outro lado da tenda, procurando a palavra.— Otimista. Otimista até demais, se for pensar...

     — Faz muito tempo que não vejo tanta gente junta sorrindo por metro quadrado.— Disse.— Muito tempo mesmo. É até um pouco assustador.

     — Vamos falar a verdade, faz tempo demais que não vemos uma civilização com pessoas civilizadas.— Nando sorriu, contrastando muito com o olhar preocupado do irmão gêmeo, sentado ao lado.— Isso parece realmente estranho, mas vamos ver qual é realmente a estranheza desse lugar hoje, antes de tomar providências.

     — Já é estranho que seja o Nando a única pessoa sensata aqui.— Devon resmungou. Nando riu.

     — Isso foi um elogio?


     De banho tomado, e novamente com roupas, Bruna levou a gente de volta para a tenda de onde Catarina tinha seu escritório particular. Por algum motivo meu coração bateu mais forte, apreensiva.

     Entramos na tenda, vendo Emily e Barb sentadas, em cadeiras arrumadas em um semicírculos, Emily na ponta, com uma tigela bem grande de tortinhas do lado, balançando as pernas como uma criança de 6 anos deveria fazer. Estava cheia de blusas para proteger do frio e nariz vermelho.

     Violet sorriu quando entramos, encostadas em uma mesinha lateral. Não para mim, mas não consegui decidir se foi para Daniel ou para Nando.

     Nos sentamos nas cadeiras em semicírculo vendo que Catarina estava sentada olhando papéis, e que Bruna tinha amarrado corda na entrada da tenda (o que seria o equivalente a trancar a porta).

     — Eu começaria a ficar, mas estou tão curiosa com a história de vocês!— Catarina disse, sorrindo.— Qual de vocês vai começar a falar?

     — Eu posso contar.— Nando se intrometeu.

     — Nem pensar, não precisamos de você recaptulando o passado amargamente Daniel.— Nando rebateu, calmo e até brincalhão.— Deixo que se intrometa no meio da história, mas eu vou contar tudo.

     Daniel fechou a cara, e roubou a torta da bandeja, que Em segurava. Nando sorriu de canto de boca, antes de começar a falar, direcionando a boa parte da história pra Bruna.

     Nando recaptulou desde quando saíram de um navio naufrago, passaram 4 anos rodando em círculos com um grupo grande de pessoas, e quando encontraram a vila e tudo o que tinha nela, decidiram ficar. A partir dai, a história ficou mais detalhada, o tom triste inconfundível em qualquer voz. Nando narrou cada uma das mortes, as vezes parando, as vezes Daniel comentava alguma coisa, e ele deixou o irmão narrar quando chegou a vez de Clara, e foi quando eu entrei na história. Narrou quando Veronika Page caiu, quando André foi assassinado, e então a fogueira que fizemos e a compaixão de todos na vila. Foi ai, quando falou de Emily e Barb, que Bruna pareceu perder a força das pernas e tropeçou parada.

     — Ela é filha dele...— Disse, olhando Emily.— Vocês passaram por centenas de cisas, e depois de tudo ainda descobriram isso..

    E Nando continuou, descrevendo cada uma das tediosas coisas que fizemos nesses dois anos, dando um pouco de enfase na cidade e no que passamos lá, mas não muito.

     Assim que terminou, Catarina abriu a boca varias vezes pra falar, mas fechava dois segundos depois, sem saber o que falar. Digerindo tudo aquilo.

     A primeira que conseguiu falar alguma coisa foi Violet, e fez isso com a voz mais confusa que já ouvi na minha vida inteira.

     — Tem várias lacunas nisso! Como se vocês contassem uma história principal com outras nos cantos...— Ela resmungou, olhando as mãos.— De onde você veio Barb, como chegou na vida deles! Onde você ficou todo o tempo antes de conhecer os meninos!?— E sem deixar que elas respondesse, virou pra mim.— E você Lara?! O que aconteceu antes de Daniel te salvar?!— Eu sabia o que viria a seguir, e mataria por não ter que ouvir aquela pergunta.— Como você chegou nas mãos do NEICOGOZ?!!

     Não consegui segurar a tremedeira que percorreu todo o meu corpo com aquela pergunta.

     — Violet, isso não pergunta que se faça. Com certeza se quisessem contar já teriam feito.— Catarina repreendeu a menina.

     — Certo, certo, desculpem!— Violet espalmou as mãos nos ombros, rendida.

     — Essa é a nossa história. É o que temos pra contar.— Nando anunciou bem alto, quase como um troféu.— Acho que agora é a vez de vocês.

     Catarina suspirou fundo, mexendo o corpo na cadeira enquanto eu aproveitava pra pegar uma tortinha. Então começou a falar.



     Oieee milhos pra pipoca!!! Tudo bom? Espero que sim!!

     Aqui está a primeira parte das histórias e reencontros entre nossos heróis. Coloquem suas opiniões e teorias nos comentários, e não se esqueçam da estrelinha linda que me ajuda demais!!

    Até amanhã e beijinhos!!!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro