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Capítulo 24

- A parte de que não queria falar consigo não ficou explícita? - questionou Laurel, entrando no gabinete do Diretor.

      Dumbledore suspirou pesadamente, incapaz de responder. Faltavam poucas horas para os alunos embarcarem no Expresso de Hogwarts e aquela era a sua última oportunidade para falar com a neta. Se bem conhecia Laurel, era muito mais fácil para ela desaparecer e evitá-lo fora de Hogwarts do que dentro.

- O que quer? - perguntou a Ravenclaw, sentando-se na cadeira à sua frente sem o encarar.

- Como estás? - perguntou Albus, com suavidade.

- Como acha que estou? A raiva pela minha mãe aumentou consideravelmente nos últimos dias e o meu tio morreu.

- Por Cora? - Dumbledore fitou-a, sem entender - Porquê?

     Laurel revirou os olhos, os braços cruzados à frente do peito.

- Foi ela que ouviu a profecia, não foi? O senhor soube por ela, porque ela lhe contou. Foi por causa da profecia que ela fez o que fez comigo, não foi?

- Não sei, Laurel. - admitiu Dumbledore, sério - Ninguém nunca vai saber as razões porque a tua mãe fez o que fez mas sempre assumi que tivesse sido uma jogada estratégica da parte dela. Cora sabia que retirar a magia a Voldemort, pelo menos uma parte do seu poder, traria una vantagem a quem o defrontasse. Ela ia fazê-lo nela própria mas...

- Mas James Potter morrera. - interrompeu Laurel, entediada - A profecia fala no confronto final entre o Herdeiro de Grinffindor e o de Slytherin. Quando James morreu, o título passou para Harry e Voldemort desapareceu, fraco demais para confrontar quem quer que seja. Acha que já não pensei no assunto? Sou filha da minha mãe e sua neta, estratega até aos ossos. Ela pensou a longo prazo, tal como o senhor fez com Harry.

     Laurel recostou-se na cadeira, fitando o Diretor com seriedade. A expressão de Dumbledore era difícil de decifrar mas, se pudesse apostar, diria que o avô a subestimava constantemente.

- Laurel...

- Há apenas uma coisa que eu não entendo: porque é que ela não lutou? Cora era inteligente e, segundo Remus, uma exímia lutadora. Quando os Devoradores da Morte lhe foram bater à porta, ela não conseguiu combatê-los? Sequer tentou ou eram muitos? Como é que ela foi morrer?

     Dumbledore não respondeu de imediato. A pergunta era legítima e Laurel apenas não sabia a resposta porque era demasiado doloroso pensar no assunto.

     Quando o avô respondeu, as lágrimas subiram-lhe aos olhos, repletas de dor e perda.

- Magia roubada tem um preço, Laurel. A magia de um... Pela magia do outro. Uma vida por outra.

     Laurel assentiu. Cora não tivera oportunidade de desempenhar o seu papel na altura.

     Agora seria a vez de Laurel, quer quisesse, quer não.

**

- A minha maior alegria foi ver a Umbridge na cama da enfermaria depois de ter sido atacada por centauros. - comentou Meredith mais tarde, fechando a porta do compartimento atrás de si.

- Cá se fazem cá se pagam. - respondeu Laurel, com um pequeno sorriso.

     O Expresso de Hogwarts seguia a todo o vapor para Londres, dando início a mais umas férias de Verão. Das três, apenas uma estava particularmente entusiasmada, o rosto corado pela expectativa.

- O que estás a pensar? - perguntou Meredith a Ley, que corou mais ainda.

- N-Nada. De certeza que queres que fique na tua c-casa? Posso arranjar outro sítio, talvez os meus pais...

     Não continuou. Há muito que os Diggory não eram pais dela, apesar de continuarem a ser os seus tutores legais. Cecilia dera-lhe total liberdade e dissera-lhe que teria sempre uma casa junto deles mas a falta de cartas e de preocupação com ela deixavam claro que já não havia qualquer ligação afetiva.

     Tudo o que restava era um papel no Ministério a dizer que eles eram seus pais.

- Achas mesmo que não te quero lá? - perguntou a Lovelace, com um sorriso malicioso - Eu não quero é outra coisa!

     Laurel soltou uma risada, vendo o embaraço de Ley. Aquele era sem dúvida o casal mais bonito de Hogwarts, pensou enquanto se punha de pé.

- Não vou ficar aqui de vela, amigas. Vou procurar Harry, já volto.

     Assim que a ruiva saiu do compartimento, Meredith puxou Ashley para um beijo, que foi imediatamente correspondido.

- Não achas que somos muito novas para já estarmos a morar juntas? - questionou Ley, com o seu jeito embaraçado de ser.

- Passamos as férias de Verão juntas, qual é a diferença?

- Não... Namorávamos...

     Meredith soltou uma risada.

- Se o teu problema é aquela parte íntima podes ficar descansada que eu não te mordo... A menos que queiras, claro.

- Meredith!

     As duas riram em conjunto, o brilho nos seus olhos mostrando que estavam felizes. O relacionamento delas corria bem, embora existisse uma sombra que Meredith não falaria até o próximo ano letivo começar. Para bem de ambas, iria aproveitar as férias de Verão ao máximo e viver o que poderia não voltar a viver a partir do ano seguinte.

     O cerco começava a apertar e Meredith tinha consciência disso. Mesmo que não tivesse, a Marca Negra cada vez mais escura relembrava-a disso.

     O jogo estava prestes a começar.

- Provavelmente o meu pai vai lá estar quando chegarmos. - comentou a Lovelace, com alguma acidez - É bom que ele nem fale comigo ou sou capaz de lhe lançar um Bombarda em cima.

- E seres expulsa de Hogwarts por usares magia fora da escola?

     Meredith pensou por instantes, enrolando uma mecha de cabelo na ponta dos dedos.

- Com certeza vai valer a pena para ele aprender a não me mentir.

     Ashley sorriu, puxando a namorada para si e abraçando-a de lado, a cabeça dela pousando no seu ombro.

     Tudo estava bem.

     Por enquanto.

**

     Ao caminhar pelo Expresso de Hogwarts, Laurel observava a alegria natural dos alunos nos diferentes compartimentos. Era interessante ver a forma como conversavam entre si, alheios ao que acontecia no exterior, indiferentes ao que estava por vir.

     Talvez fosse esse o defeito de Laurel: ela pensava demais. Pensava no significado da profecia, pensava no destino de Harry, pensava na próxima jogada de Voldemort...

     Havia um jogo a ser jogado e Laurel estava ciente disso, tal como Cora estivera, tal como Dumbledore estava.

     Se a batalha entre a Luz e as Trevas fosse um jogo de xadrez, Laurel sabia qual seria o seu papel.

     Cora fora a Rainha Branca, sacrificando-se pelo seu rei.

     Dumbledore o Rei Branco, puxando os cordelinhos e deixando-se ficar à retaguarda, protegido.

     Voldemort o Rei Negro. A ameaça.

     Harry Potter o Cavalo Branco, o herói que o mundo bruxo precisava.

     E Laurel.

     A Rainha Negra.

     A arma de Voldemort.

      Uma figura loira e alta saiu do seu compartimento no momento em que Laurel iria passar por ele, quase como se soubesse que ela estava próxima. Quando se fitaram, Laurel corou instantaneamente, recordada das palavras duras que lhe dissera e do ataque de choro que tivera nos braços dele.

- Olá. - cumprimentou Draco Malfoy, erguendo o queixo com arrogância.

- Olá. - saudou a ruiva, constrangida.

     Nenhum dos dois sabia como agir perto do outro. Draco endireitou os ombros, deixando claro a diferença de altura entre eles, na sua forma orgulhosa de dizer que não iria ser ele a começar. Laurel revirou os olhos, cruzando os braços em frente ao peito e enfrentando-o.

- Desculpa o que disse. - pediu, os dentes meio cerrados - Eu não quis dizer...

- Vais matar a minha tia?

     A Ravenclaw prensou os lábios, pensando na resposta.

- Talvez.

     Draco sorriu, deixando os ombros relaxarem e encostando-se à parede numa atitude mais descontraída.

- É isso que mais gosto em ti: és honesta e escolhes sempre a gentileza e a bondade. Não importa o que digam sobre ti, Laurel Ravenclaw, eu sei que tu sempre vais fazer o que está certo.

- Não sou assim tão bondosa...

- Toda a gente tem a capacidade para agir mal, não és exceção. Apenas há aqueles que precisam se esforçar para ser bons... - Draco fez uma pausa, referindo-se a si mesmo - E há quem o seja naturalmente.

     Os olhos cinzentos de Draco fitaram os safira de Laurel, tempestuosos. Com Lucious na prisão, os Malfoy iriam pagar pelo seu falhanço e Draco sabia disso. Voldemort viria atrás dele e Draco cederia pela segurança da sua família...

     E por Laurel.

     A ruiva esboçou um sorriso gentil, fazendo menção de passar por ele e seguir o seu caminho. Antes que o pudesse fazer, as mãos de Draco puxaram-na para si, segurando-a firmemente pela cintura.

     Quando Draco se curvou para a beijar, Laurel já fechara os olhos, totalmente receptiva.

     Os lábios de Laurel eram suaves e gentis, colando-se aos dele com carinho, algo que Draco nunca experienciara. Os dele eram frios e ansiosos, explorando a boca dela como se aquele fosse o seu desejo há muito tempo.

     Os braços dela envolveram-lhe o pescoço, unindo mais os seus corpos. Os dedos dele entrelaçaram-se nos cabelos dela, pressionando-lhe a nuca. Apenas quando o ar se tornou escassez é que se soltaram, olhando em volta ao perceber que estavam em pleno corredor onde qualquer um poderia passar e vê-los.

- O que foi isto? - perguntou Laurel, ofegante.

     Um sorriso de lado invadiu os lábios de Draco, levemente inchados pelo beijo.

- Algo que iremos perceber melhor em Setembro.

     Laurel engasgou-se, chocada.

- Desculpa?!

     O Malfoy soltou uma gargalhada, depositando um beijo suave na testa de Laurel, que se derreteu internamente.

- Boas férias, Laurel.

     E afastou-se, deixando a Ravenclaw mais do que frustrada.

**

     Remus Lupin esperava-a.

     No meio da multidão que enchia a estação de King's Cross, o rosto de Remus foi o primeiro que Laurel encontrou. Sabia que não tinha sido justa com o pai ao se recusar a falar com ele, sabia que Remus estaria lá para ela sempre que precisasse e sabia que ambos partilhavam o luto. Ambos sofriam com a perda, talvez Remus mais do que Laurel, que conhecera Sirius por tantos anos.

     Para Remus, nada disse importava naquele momento.

     Tudo o que importava era abraçar a filha e aconchegá-la o mais que conseguia.

     Quando Laurel se aproximou dele, foi exatamente isso que fez.

- Podemos ir para casa, pai? - pediu Laurel, sentindo-se estranhamente cansada.

- Claro, querida.
    
     Laurel deu-lhe a mão e caminharam juntos para longe dali, um apoiando-se no outro, como sempre tinha sido.

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