Prólogo
Galera, Venho desde já pedindo mil desculpas pelo meu sumiço, mas é que aconteceram tantas coisas na minha vida que me deixaram sem tempo e sem muita motivação para escrever de novo logo depois de zumbilândia, porém recuperei minha motivação e o tempo esse eu to dando um jeito kkkk Quero lhes desejar uma boa leitura com essa nova história que agora trás um roteiro diferente da ultima, que se passava em um futuro pós apocalíptico, que agora se passa em alto mar e em terras desconhecidas...
Divirtam-se, sintam-se a vontade para qualquer duvidas, esclarecimentos ou elogios, se quiserem podem me chamar no privado, e se precisarem de qualquer coisa podem falar comigo ...
Tenham uma maravilhosa leitura.... Abraços da autora...
...
A comida não estava boa como de costume. Jack fitava o prato e remexia os legumes com o garfo de um lado para o outro e escutava discussão de seus pais sobre fazer ou não mais um cartão de crédito.
Sua irmãzinha Jasmine não parava de chorar...
- Mas eu disse que queria comprar um sofá novo e mais coisas pro bebê! - sua mãe dizia, tentando enfiar uma colher cheia de papinha na boca pequena de Jasmine.
- Eu ainda acho que não precisamos! Se você controlar mais esse mês, tenho certeza de que sobrara mais dinheiro! - o pai respondeu em tom de insulto.
E então o telefone tocou. Com um Trimm estridente.
- Você está insinuando que eu estou administrando mal o dinheiro dessa casa? Jack! Vá atender o telefone!
Jack se levantou, depressa, grato por ter um motivo pra sair da mesa. O telefone tocou o segundo Trimm, e ele se apressou em atender.
Quase toda janta era assim.
O senhor e a Senhora Baker passavam o dia inteiro longe um do outro e quando se reuniam para jantar, discutiam sobre tudo. Às vezes sobre coisas boas e alegres, e eles riam durante todo o jantar, mas às vezes brigavam, e só voltavam ao normal no jantar do outro dia.
Jack atendeu no terceiro Trimm do telefone.
- Alô? - ele disse.
- Jack? É você? - a voz familiar perguntou do outro lado da linha.
- Sou eu sim! Quem fala?
- Sou eu Lessie! - a garota sussurrou - Está podendo falar agora?
Jack olhou seus pais ainda na mesa discutindo, pegou o telefone e levou para o mais longe que a extensão do fio permitisse.
- Posso sim! - ele sussurrou também - Você é louca de ligar pra cá e se fosse minha mãe que atendesse esse telefone?
- Ah Jack, não é isso que importa agora! Você sabe que hoje é meu ultimo dia aqui não é?
- Você não ia embora depois de amanhã?
- Sim! Mas amanhã é meu aniversário, e vão fazer festa pra comemorar e pra despedir, não terei tempo pra ficar a sós com meus amigos!
- Nós estaremos com você amanhã Lessie! - Jack falou olhando de novo para mesa de seus pais.
- Eu sei! Mas eu quero mais! Me encontre hoje, no cais, em dez minutos!
- Lessie! Não posso sair daqui! O que você está tramando?
Jack esperou a resposta do outro lado mas só escutou o barulho insistente do telefone insinuando que a ligação havia acabado.
- Lessie? Lessie?
Ela já havia desligado o telefone...
Jack suspirou e colocou o aparelho no lugar... Andou depressa para subir as escadas mas sua mãe o percebeu.
- Quem era no telefone querido?
Jack parou ao pé da escada.
- Ninguém importante mãe! - mentiu - Eu estou muito cansado! Vou dormi! Boa noite!
- Mas nem terminou sua comida querido!
- Deixa o menino! - o senhor Baker falou - Eu também acabei o jantar!
A senhora Baker semi serrou os olhos, e eles começaram mais uma discussão.
___
Jack se apressou, trancou a porta do quarto, e abriu a janela, ele teria de sair sem que seus pais ou vizinhos percebessem, mas aquela hora da noite, já não tinha mais ninguém na rua.
O toque de recolher da polícia local começa a partir das 20:00, pois uma onda de assassinatos estavam preocupando os moradores, e isto era uma forma de proteção. Mas nem uma alerta de perigo conseguia parar adolescentes em festa, onde a adrenalina de perigo faz parecer tudo mais interessante.
E de repente, pular a janela e descer pelo telhado de sua própria casa, parecia uma aventura e tanto.
Jack soltou uma risadinha quando caiu no chão. Se levantou, limpou as mãos na calça, e olhou para a casa onde a uma janela mostrava a sombra de pessoas em uma mesa! Provavelmente seus pais iam ficar ali por mais algumas horas e sairiam tão cansados que nem sentiriam sua falta.
Jack então se apressou a correr até o cais onde Lessie disse que estaria o esperando. Ele olhava de um lado para o outro pra ter certeza de que não estava sendo perseguido nem vigiado por ninguém.
Estava frio, e ele só percebera quando parou de correr e procurava indícios de onde ela poderia estar.
Ele esperou, mas ela não apareceu. Jack subiu no cais, e olhava para os barcos atracados ali, onde fora parar essa garota?
- Lessie? Cadê você? - ele sussurrou.
Mas não escutava nada mais além do barulho das pequenas ondas batendo nos barcos.
- Lessie?
Alguma coisa se mexeu. Ele olhou atentamente. O barulho veio de um dos barcos. Ele se aproximou, caminhando lentamente.
- Lessie? - ele sussurrou de novo.
Outro barulho o assustou. E vinha de uma direção contrária.
Por um instante ele pensou que podeira ser cilada, e que na verdade era só mais umas de suas brincadeiras. Um arrepio correu sobre sua espinha. Suas pernas bambearam para ir embora, de volta para casa, e essa não era uma ideia ruim.
Jack suou frio quando sentiu várias mãos agarrarem seu corpo e o puxar para dentro de um dos barcos.
- Jack! Jack! Jack!
Ele reconheceu as vozes antes mesmo de se virar e ver quem eram. Ele foi jogado ao chão e recebeu vários socos e pontapés, e levantou com raiva ajeitando a roupa.
- Mas que droga! - gritou.
- Shiiiih - Lessie pediu silêncio - Fale mais baixo! Quer que todos saibam que estamos aqui?
- Você é bem medroso Jack Baker! - uma garota ria dele, com a mão na boca pra tentar não rir alto.
- Você ia mesmo correr Jack! Devia ter visto sua cara! - um outro garoto continuava a dar lhe socos no braço.
- A me deixa! - ele se afastou - Lessie, Hanna e Tyler vocês são uns idiotas!
- A qual é! Você que se assusta atoa! Estávamos só brincando! - Hanna se aproximou e o abraçou.
Jack a abraçou de volta.
- Sua pervertida! Não quero que faça isso de novo! - ele disse a levantando e rodando a no alto.
Tyler se aproximou. E eles se cumprimentaram com um toque especial que somente os dois entendiam e sabiam fazer.
- Pronto pra zuar essa noite cara! - Tyler disse, apontando para Lessie.
- Nossa aniversariante! - Jack se aproximou devagar dela - O que vamos fazer Tyler?
- A se fosse a Hanna, nós faríamos um belo jantar! Mas como o aniversário é da Lessie, eu sugiro jogar ela nesse mar pra servir de comida aos tubarões! - Tyler sorriu se aproximando dela também.
- Seus idiotas! - Lessie falou andando para trás.
- Tyler meu amigo! - Jack sussurrou correndo para trás de Lessie e agarrando seus braços - Seu pedido é uma ordem!
Jack a agarrou, e a levava para a beira do cais, ameaçando-a jogar na água... Tyler ajudou, e Hanna não conseguia parar de rir.
- Me põe no chão! - Lessie falava entre os dentes - Seus idiotas!
Jack com muito custo a colocou de volta no chão.
- Imbecis! - ela ajeitou o cabelo.
- A qual é! - Jack resmungou - E então? Me chamaram aqui atoa ou nós vamos mesmo nos divertir?
- Eu estava esperando você perguntar isso! A casa do senhor e da Senhora Cooper está vazia! Todos sabem que a senhora Cooper é amante do meu pai! Eles voltam de viajem amanhã de manhã, portanto temos algumas horas de diversão e comida grátis! Quem topa??
Lessie sugeriu. Ela era uma boa menina! Morava com seu pai e sua mãe que já estavam em processo de divórcio, e ela odiava todas as namoradas que o pai arrumava. A Senhora Cooper era assistente da empresa em que ele trabalhava, mas um dia, Lessie os pegou juntos, e ela ainda quer se vingar pela mãe...
- Eu vou! - Tyler nem pensou! Levantou a mão e correu para o lado de Lessie.
- E se pegarem a gente? - Hanna foi mais cautelosa.
- Não vão! Não tem ninguém em casa! E os vizinhos não estão nem aí para o que acontece nessa cidade! - ela explicou.
- Estão sim Lessie! Vão pegar a gente! Mas eu vou assim mesmo!
Ela também foi para o lado de Lessie a abraçando.
Todos olharam para Jack agora.
- O que foi?
Eles se entreolharam.
- Você vem né? - Hanna perguntou.
- A eu não sei não! Tem tudo pra dar errado!
- Eu sei mas vai ser divertido! Se a polícia chegar a gente saí correndo! E se nos virem a gente mente! Ninguém me viu sair de casa mesmo!
- É meus pais também não!
- Vamos Jack! É meu aniversário! - Lessie pediu.
- Tá bom, tá bom! Eu vou! Mas se pegarem a gente eu corro e deixo vocês lá!
Eles se abraçaram. Os quatro. E foram correndo em direção a casa.
Quando chegaram fizeram o menor ruído possível para não serem vistos... Tyler foi na frente e quebrou o vidro da janela, passou o braço por dentro e demorou um pouco até conseguir alcançar o trinco. Quando abriu, ele entrou pela janela. A casa não tinha alarme nenhum de segurança, Lessie encarregou-se de saber disso, então foi fácil fácil para ele andar traquilo pela casa para procurar a chave.
Ele ligou para Lessie do lado de fora.
- Já estou aqui dentro!
- Vai até a cozinha! E abre a gaveta do armário grande.
Tyler foi caminhando. A casa era grande, e tudo estava bem arrumadinho.
- O armário no canto?
- Não, eu to falando do armário da pia.
Tyler ficou surpreso em como Lessie conhecia bem a casa.
- Tire as coisas daí! A gaveta tem um fundo falso.
- Tá bom, espere aí!
Tyler abriu gaveta por gaveta. E batia nelas para saber qual é.
Quando escutou o barulho oco, ele desligou o celular e o deixou em cima da pia. Arrancou a tábua da gaveta e lá estava uma envelope. Dentro do envelope tinha uma chave.
Tyler correu e abriu a porta da frente.
- Andem logo! - ele disse.
Eles correrem a entraram na casa.
- Poxa vida! Que demora!
- Está reclamando Lessie? Se conhece tão bem essa casa por quê não veio abrir a porta você mesma?
- Ei, ei, ei! Sem brigas! - Jack alertou - Mas como você sabia onde estava a chave?
Lessie andava reparando a casa. Ela se aproximou da mesinha de centro e pegou uma foto do casal.
- Meu pai me trazia pra cá e ela as vezes tomava conta de mim! Mas eu odeio ela! É por causa dela que meus pais estão se separando! - Lessie pegou a foto a jogou no chão quebrando o vidro do porta retrato - Então fiquem a vontade! Agora a casa também é suas!
Ela sorriu. Tyler começou a puxar o forro dos sofás, os derrubando no chão. Hanna correu até o banheiro e abria os potes de creme e shampoo e os jogava na parede e no chão fazendo uma tremenda meleca no local.
Lessie foi direto no quarto, abria o guarda roupa e rasgava peça por peça, e as lançava pelo chão a fora...
Jack os observou por um tempo.
- Você está perdendo a diversão!
- Não, eu to tranquilo.
- Ora Jack! É meu aniversário! Aproveite!
Jack não resistiu e se juntou a eles. Eles quebraram tudo o que pôde e tudo o que viram pela frente, e bagunçaram tudo o que não podia quebrar e assim passaram a maior parte do tempo, destruindo a casa toda.
Com pequenos intervalos, a cada coisa quebrada, para não chamar atenção dos vizinhos, eles davam gargalhadas e estavam realmente felizes com aquilo. Principalmente Lessie.
- Pessoal? Vamos atacar a geladeira? - Hanna sugeriu.
Em seguida saiu depressa para a cozinha. E abriu a porta do congelador.
- Humm olha só o que temos aqui!
Ela pegou o pote de sorvete. Tyler abriu todos os armários derrubando as coisas no chão. Mas parou quando achou um pote de achocolatado.
- Olha só o que eu achei!
Ele pegou um copo e se serviu do sorvete.
- Você num vai misturar os dois né? - Hanna perguntou.
- A mas é claro que sim! - ele parou e a encarou, mas ficou surpreso com suas expressões faciais - O que é? Você nunca fez isso?
Ela balançou a cabeça de um lado para o outro.
- Sorvete com cobertura ainda vai! Mas com achocolatado? Que graça tem?
- Muita graça! Prove! - ele estendeu para ela pegar o pote.
- Não quero isso! - ela recusou.
- Deixe de ser chata Hanna! Quanto mais chocolate é melhor!
Tyler colocou mais colheres de achocolatado no copo de sorvete. E misturou, deixando cair o pó e fazendo uma bagunça!
- A Tyler! Só você mesmo! Se tivesse feito isso na minha casa, ja tinha sido expulso!
Eles riram.
- Achei coisas melhores que sorvete! - Lessie disse abrindo a parte debaixo da geladeira.
Ela tirou um garrafa de vinho e uma outra de vodka ainda lacradas.
Eles se entreolharam.
Lessie destampou a garrafa de vinho e a bebeu no bico!
Eles olharam fixamente para ela.
- Que que foi gente? Vão ficar ai me olhando?
- Tem certeza de que deveríamos... - Jack tentou falar mas Lessie não o deixou terminar.
- Que seja! Eu não estou nem aí! E além do mais hoje é meu aniversário!
Esse final de frase parecia mudar tudo. Eles eram muito amigos, e queriam que Lessie tivesse um bom aniversário, então tudo era válido para deixa-la feliz.
- Tecnicamente ainda não é seu aniversário! - Tyler olhou no seu relógio de pulso - Ainda são 22:45!
- É verdade! - Lessie concordou, e estendeu a garrafa em sua direção.
Tyler, pegou e bebeu um pouco, e então nenhum deles a deixou beber sozinha.
Na geladeira havia outras garrafas de mais bebidas.
Eles passaram muito tempo bebendo na cozinha.
Nem se deram conta de ver a hora passar, e perceber que já faltava alguns minutos para a meia noite. Nem se deram conta de ter certeza de que os donos da casa não voltariam. Então nem preocuparam em ir verificar o barulho de carro estacionando.
- É só ficarmos mais quietos! Não vão saber que tem gente aqui! - Hanna falou.
O carro estacionou. A mulher desceu primeiro do carro. E foi em direção a porta. O marido continuou no carro, e dirigiu em direção a garagem.
- A gente guarda as malas amanhã!
A mulher falou, e se aproximou da entrada da casa. De sua casa. Mas percebeu que a porta não estava trancada.
- Vocês ouviram isso? - Tyler se alarmou, andou até a janela e percebeu o movimento lá fora - Lessie você num disse que eles voltariam só amanhã?
Eles levantaram correndo. E foram olhar a janela também.
- Sim, só voltam amanhã de manhã.
- Então eles adiantaram! - Tyler disse saindo da janela e indo em direção a porta da cozinha, mas voltou correndo - Eles estão aqui!
- Que diabos aconteceu aqui? - A senhora Cooper gritou.
Eles ficaram escondidos na cozinha, se perguntando como iam sair dali, e escutando o desespero da mulher.
O senhor Cooper deixou o carro estacionado, e correu para a casa.
- Meu amor? Alguém entrou aqui! - ela correu até ele e pegou a bolsa de suas mãos, e pegou um telefone de lá de dentro - Eu vou chamar a polícia.
Eles não sabiam o que fazer, a cozinha não tinha saída, eles escutaram a senhora Cooper fazendo a denúncia pelo telefone, e ficaram torcendo para que não entrassem na cozinha.
Mas o Senhor Cooper estava indignado, vendo todas as suas coisas quebradas, pisoteadas e jogadas ao chão como se um furacão tivesse passado ali.
Ele então foi olhando de cômodo em cômodo da casa, até chegar a cozinha, e abrir a porta devagar.
- Corre! - Gritou Lessie.
O Senhor Cooper tentou impedir que eles passassem, mas eles correram e o tiraram da porta, ele tentou de novo impedindo que Tyler avançasse, mas ele não podia ficar para trás e então lhe deu um soco.
O Senhor Cooper caiu, e gritou a esposa:
- Eles estão aqui! - ele disse.
Ela se assustou mas repetiu a polícia no telefone.
E correu para um canto enquanto eles corriam para a porta! Hanna foi a primeira a sair, Jack veio logo atrás, Lessie parou para ver se a reação involuntária de Tyler, e a Senhora Cooper a reconheceu.
Tyler veio correndo a puxando.
- Lessie? - a Senhora Cooper chamou.
Ela parou, se virou para trás de novo, e se reverenciou, dobrando o joelho e estendendo os braços, como se reverencia um rei ou alguém da realeza. Mas Lessie estava debochando.
- Já chega vamos embora! - Tyler voltou e a puxou de volta até saírem da casa.
Eles correram bastante.
Correram para longe da casa.
E pararam um a um para recuperar o fôlego.
- Galera! - Lessie suspirou - Foi mal!
- Foi mal? - Tyler bufava de tanta raiva - Você ferrou com a gente Lessie! Você não tem juízo!
- Eu não sabia...
- Não sabia o que? Que iam voltar cedo ou não sabia que estava colocando seus amigos em risco?
- Tyler! Não era para eles voltarem a esse horário! Eu escutei ela dizendo ao meu pai que o avião só chegaria de manhã! Eu não sabia! Me desculpem!
- Você nos traiu! Vamos todos ser presos, a mulher reconheceu a gente! Satisfeita Lessie?
- Não! Eu não vou deixar que nada aconteça com vocês! Me perdoem! Eu só queria que ela aprendesse uma lição!
- Você não pensou nas consequências Lessie! - Hanna falou prendendo o cabelo molhado de suor - Vão esperar até que tenhamos idade o suficiente e vamos pra cadeia!
- Não, não tem nada que prove que vocês estavam lá! Eu vou limpar a barra de vocês!
- Como vai fazer isso? Amanhã você vai fazer 18! Você vai ser presa por isso também! Aliás, daqui a algumas horas! Quantas horas são?
Tyler passou a mão no bolso procurando o celular.
- Espere aí! Onde eu deixe meu telefone?
- Pode deixar Tyler! - Jack falou arregaçando as mangas da blusa, e olhando seu relógio de pulso - Faltam 7 minutos para meia noite!
- Meu aniversário! - Lessie suspirou - Pelo menos se eu for presa ou se eu morrer hoje ou amanhã eu morro feliz!
- Você não tem juízo mesmo viu! - Tyler falou, ainda procurando o celular - Não encontro meu telefone! Deve ter ficado na casa! A gente está fodido e você taí rindo a toa.
Jack virou as costas.
- Foi uma ótima noite! Mas eu vou pra casa! Você vacilou Lessie!
E seguiu adiante na rua.
Hanna deu de ombros, e também seguiu a mesma direção de Jack.
Lessie ficou parada ali. Tyler ainda estava se acalmando.
- Como você pôde?
- Tyler? Eu não sabia! Queria passar esse susto nela, e vingar dela, mas eu não queria ferrar vocês! Amanhã eu concerto essa bagunça!
- Acho meio tarde!
Tyler falou.
- Não! Não se preocupe, eu vou dar um jeito e...
- Não Lessie! Eu to falando sério olha lá! - ele apontou para frente.
Hanna e Jack vinham correndo e gritavam.
- Corram! É a polícia!
O carro virava a esquina lá no começo da rua. Se eles corressem dali, talvez tivessem alguma vantagem, então foi isso que eles fizeram. Correram e correram desesperadamente como se suas vidas dependessem, e claro, naquele momentos a vida deles dependiam disso.
A viatura da polícia não estava em alta velocidade, pois eles entravam em ruas e viravam outras e o carro tinha que acompanhar para não perde-los de vista.
A perseguição durou pouco tempo. Eles chegaram novamente ao cais que se encontraram mais cedo.
Havia um Navio, enorme, atracado na beira do porto. Havia algumas pessoas embarcando, uma fila pequena, e uma buzina insistente avisando que o navio já ia zarpar.
Eles corriam e conseguiam vantagem sob a viatura, quando chegaram perto do porto o carro ainda não tinha os acompanhados mas dava pra escutar as sirenes ligadas na maior altura agora competindo com o barulho do navio.
- Vamos embarcar! - Lessie deu ideia, e já foi correndo para a beira do navio.
- A gente nem sabe pra onde eles estão indo! - Tyler falou.
- Mas é melhor do que ser presa em pleno aniversário!
- Talvez não seje uma boa ideia Lessie! - Jack tentou.
- Mas essa é a unica opção!
Eles sabiam que a ideia não era tão ruim! Eles seriam perseguidos pelo carro até serem presos, e passariam os piores dias de suas vidas, eles não estavam preparados para isso.
Deve ter sido por isso que eles correram em direção ao navio para embarcarem, sem saber pra onde iam, com quem iriam e quando iam voltar.
Um tripulante, estava na porta pegando um papel dos passageiros, parecia algum tipo de passaporte. E na vez deles o tripulante com trajes próximos a de um pirata, e um chapéu que tampava metade rosto, os impediu de entrar e pediu o tal passaporte.
- Nós esquecemos! Não sabíamos que tinha que ter trago passaporte! - Lessie mentiu, desesperada mas tentando não transparecer, pois a viatura só se aproximava - Deixa a gente ir?
- É por favor! Queremos muito embarcar nessa viajem! - Hanna tentou convencê-lo.
Mas o tripulante bloqueou a passagem deles.
- Vocês não são almas do mar! Não podem zarpar! - disse o tripulante que dava gargalhadas.
A buzina do navio dava mais sinais de que já estariam saindo. Alguém lá dentro dava os comandos.
- Levantar âncora! Recolham as cordas, e icem as velas!
O tripulante ainda dava gargalhadas e o navio preparava para seguir viajem. Eles iam se afastando lentamente ainda com esperanças de o tripulante deixassem eles entrarem.
Uma mulher também vinha depressa pra tentar embarcar. Passou por eles e leu a expressão de cada um.
Entregou ao tripulante o tal passaporte. E ele deixou que ela passasse. Ela olhou para trás e pediu por eles.
- Deixe que embarquem! São apadrinhados! - falou a moça.
- Apadrinhados de quem? - perguntou o tripulante.
Ela olhou mais uma vez para eles.
- Meus! Deixe que embarquem.
Eles se entreolharam. E antes de pensar se embarcariam ou não, o carro da polícia estava se aproximando agora do cais.
Eles entraram um a um depressa. Agradecendo a moça, que entrou logo depois deles.
O tripulante também entrou e o Navio começou a dar partida.
A viatura parou de frente ao cais, e um dos policiais desceu, procurando eles com os olhos, mas ele não parecia tê-los visto entrar no navio.
E então o Navio zarpou em direção a auto mar.
Eles observaram o policial meio atordoado, e observaram o navio se afastando lentamente, e por um momento respiravam aliviados por terem fugido da polícia.
Mas agora, eles estavam a bordo de um navio estranho, indo para um lugar desconhecido...
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