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A história que você quis - ou não - me contar...

Nem sei há quanto tempo estou encarando essa folha com apenas três linhas escritas.

"Marina. Mari para os mais chegados. Idade suficiente para entrar na faculdade, mas não demais para que já tenha pelancas. Inteligente, bonita e autosuficiente. Não gosta muito de terror. Personalidade... Huh... Só conhecendo mesmo para saber."

Não conseguia sair das características, e o pior de tudo que não conseguia nem mesmo largar da história. Que nem um princípio de enredo tinha. Zero. Nada. Inexistente. Nem mesmo um gênero literário eu tinha conseguido escolher. Se bem que a minha indecisão tem uma boa parte de culpe nisso, mas pelo menos isso eu já deveria ter escolhido.

Chutar o balde e partir para outros personagens era uma opção, mas era uma que eu não escolheria. Deve ser pelo fato que eu já tinha a imagem tão clara da Mari na minha cabeça que não tinha como deixar ela para lá...

"Realmente, eu já sou bem mais real do que aqueles seus outros personagens... Como se chamam mesmo...? Ah, lembrei: Megan e o namoradinho sem graça dela, o Adam." Uma voz calma e feminina ecoa alto dentro do meu quarto.

Mas hein? De onde veio essa voz? Tenho certeza que não tem mais ninguém aqui dentro do meu quarto, eu prefiro a solidão de um computador pra escrever.

"De onde você acha Sherlock? Pode parar com o suspense clichêzinho igual aquele teu livro da menina que desenha e saiba logo que eu estou dentro da sua mente... E pode cortar também a frase de sempre da impossibilidade de isso estar acontecendo, apenas aceita querida. Sim, você está escutando a minha voz..."

- E quem é você? - pergunto para as paredes do meu quarto, deixando o meu computador de lado. Acho que eu estava precisando descansar um pouco.

"Pergunta imbecil... Deveria dar uma resposta escrota, mas eu estou de bom humor agora. Você tem todas as informações que precisa. Sou eu, a Marina."

- Minha personagem, Marina?

"Não me faça perder o bom humor. Sim, sou eu. Mas como você me criou, pode me chamar de Mari, mas não me faça me arrepender de deixar você me chamar assim"

- O que você quer Mari?

"Eu quero te tirar desse maldito bloqueio criativo que você se encontra. Eu quero um pouco de cor ao meu redor... Isso de apenas existir não é divertido."

- E como você pode me ajudar?

"Simples cara escritora que parece fazer as perguntas mais óbvias de todo o mundo, obviamente para explicar para os leitores o que cargas d'água está acontecendo aqui. Eu existo, tenho vontade própria, então eu vou te dizer o que eu quero fazer e você tem que apenas escrever..."

- Mas assim não vai ser uma história que eu criei, vai ser apenas uma que eu escutei e transcrevi.

"Nos poupe desse papinho de quase plágio e pode ir escrevendo o que eu disser. Você já disse uma vez que suas histórias são tão reais pra você que praticamente o que tem que fazer é escrever o que acontece. Então comece a colocar em prática essa frase de pseudoescritora."

- Isso é só um modo de falar... Não é uma coisa literal... - fico em pé e começo a andar pelo quarto.

"Blá Blá Blá, que diferença faz? Ninguém mais me escuta além de você, quero que mais pessoas me conheçam e quem sabe eu exista na mente de outras pessoas, assim eu posso sair da sua mente chata..."

- Ei! Também não precisa ofender.

"Querida, não é ofensa... Não me leve a mal, mas a sua mente é praticamente duas coisas: seu TCC da faculdade e animes/mangás. Eu gosto muito de animes, mas como só tem isso que eu me interesso por aqui, acabei cansando... E o seu TCC parece interessante, mas não entendo bulhufas desse assunto."

- Certo, desculpa pela minha mente ser um lugar tão monótono pra você...

"Ah, mas isso é que eu quero melhorar... Te ajudar a pensar em outras coisas além desses dois temas... Dar uma agitadas nas coisas, deixar isso daqui mais divertido..."

- E tipo pensar em quê, posso saber?

"Mas é claro! Tipo, cadê meus amigos, o lugar onde cresci, e quem sabe alguém pra dar uns beijos bons...? Uma boa história normalmente tem isso... As pessoas precisam me conhecer para conseguir se identificar ou pelo menos simpatizar comigo. Até para as pessoas me odiarem elas tem que saber um mínimo sobre a minha pessoa."

- Hmmm. Tudo bem. Vamos começar com uma coisa boa então, amigos. Nem sempre quantidade é qualidade, então prefiro poucos amigos, mas bons amigos, do que uma penca de amigos mais ou menos... Depois a gente vê se você vai ser odiada ou não...

"Você começou bem... Mas esquece essa história de ser odiada, quer dizer, você pode manter em mente se eu for tipo um marco de vilã, sei lá, no patamar de Paola Bracho ou Carminha..."

- Esquece, quem nasceu Maria do Carmo nunca vai ser Nazaré Tedesco... Gosto de escrever vilões, mas meus momentos mais inspirados são com a galera do bem - ou pelo menos eu acho. Mas voltando a sua origem, de onde você veio?

"Eu não quero ter vindo de um lugar normal, que tal uma ilha deserta ou então uma cidade isolada do resto do mundo?"

- Certo, então vou começar a história falando que você está numa floresta e...

"Floresta? Quer me transformar numa Robin Hood ou algo do tipo? Não precisa de tudo isso. Essa coisa de floresta é muito geral, gosto das coisas mais específicas..."

- Você quer ser de um lugar exótico e não quer começar a sua história num lugar parecido?

"O Tarzan precisa ficar batendo no peito a todo segundo e gritando feito um gorila pras pessoas entenderam que ele é diferente? Vamos lá Camila, sei que juntas podemos pensar em algo legal."

- Mas você não disse que ia me dizer a sua história e eu apenas ia transcrevê-la?

"Agora é você que está sendo literal. Eu existo, mas só isso. Não sei de onde eu vim, mas tenho urgência de ir a algum lugar... Quero minha história, mas não posso fazer isso sozinha, agora sim literalmente."

- Certo... Então vamos fazer isso juntas!

"Obrigada... Mas voltando a minha origem... Que tal uma ilha vulcânica?"

- Boa ideia. Você nasceu, cresceu e formou sua personalidade numa ilha vulcânica, mas teve que vir para a cidade grande. Vai ver e sentir todas as diferenças dos dois locais... Vai ser bem engraçado...

"Ah é, esqueci que você está despertando uma veia cômica... Aquele seu livro de situações vergonhosas que você passou... Não sei se eu fico confortável em ser alvo de comédia... Acho que prefiro algo mais voltado para o romance..."

- Romance huh? É, realmente quem vê essa personalidade não assimila logo de cara um romance, mas acho que isso pode ser uma coisa boa para o livro...

"Ei! O que você quer dizer com isso? Que eu não sou uma pessoa que merece amor na minha vida?"

- Não foi isso que eu disse. Eu só pensei que você fosse mais parecida com a protagonista de algum livro de ação, ou algo parecido...

"Hm... Sei. Mas eu estou aceitando sim essa ação, acho que coisas explodindo e uma rede de mentiras, poder e segredos agrega muita coisa a um enredo, que nem aquele teu livro lá do suspeito..."

- Bom saber que o livro te agrada.

"É, tem uns pontos soltos no meio da história, algumas coisas que poderiam melhorar, mas num todo é uma coisa bem positiva, mas se bem que..."

- Se bem que o quê?

"Com certeza eu não estou de acordo em você escrever e expor minha relações mais... Íntimas no livro. Isso está vetado, okay? Por mais que um momento mais íntimo seja comum entre pessoas que se gostem, isso deve ser uma coisa compartilhada apenas pelas pessoas em questão."

- Por mim tudo bem...

"Se bem que eu sei que tem gente que goste de se expor, que adora esse tipo de atenção, mas a minha intimidade vai ser só minha, você desligue sua mente caso isso ocorra..."

- Claro Mari. Você tem a minha palavra. Não sei ao certo como posso fazer essa coisa de desligar a mente, mas vou tentar o meu melhor...

"Obrigada. Mas acho que devemos nos preocupar mais com isso quando chegar a hora, agora, temos que dar um jeito de começar a minha história."

- Certo.

"Ah! E nada dessa coisa de acordar e fazer higienes matinais! Prefiro ser a porca que não escova os dentes e passa fome pela manhã do que essa coisinha de escovar os dentes, tomar banho e ir tomar café da manhã! Vamos começar de modo eletrizante, tipo eu com uma pá na mão, o rosto sujo de terra e alguma suposição de um cadáver..."

- Cadáver? Pensei que você não gostasse de terror...

"Depende do tipo de terror... Acho que uma pá na mão e um mistério ao redor de um corpo se parece mais com um suspense do que terror em si. Eu só não gosto daquelas coisas mais pesadas, que já exigem mais sangue e entranhas..."

- Certo. Então que tal começarmos assim: A pá cheia de terra pesava na mão de Marina enquanto ela remexia o chão tentando escondê-lo. A noite estava fria, mas o esforço a mantinha aquecida.

"Porque sempre é de noite? Esconder um corpo à noite é fácil, quero ser diferente, quero isso de dia... Acho que traz um quê de macabro na luz do dia..."

- Me dá um segundinho então, vou mudar, vê se está do seu agrado: A pá cheia de terra pesava na mão de Marina enquanto ela remexia o chão tentando escondê-lo. O Sol brilhava intenso no céu, assim como o suor no rosto dela por conta do esforço que fazia.

"Hmmm, bem melhor. Que tal agora adicionar uma ameaça evidente à minha pessoa? Acho que ameaças prendem a atenção do leitor..."

- Continuando então... Marina finca a parte metálica da pá na grama que não tinha remexido e enxuga o suor da testa, manchando-a com seus longos dedos sujos de terra e sangue.

"Belo toque em colocar sangue nas minhas mãos... Mas ainda não vi a ameaça..."

- Você nem me deixou terminar de escrever o parágrafo... Já foi falando e atrapalhando a minha mente...

"Atrapalhando não, eu estava te elogiando, credo. Mas continue então, quero ver como você vai fazer a minha ameaça..."

- Veja se gosta: O cheiro de terra virada mascarou completamente o cheiro almiscarado da pessoa que se aproximou dela. Seus passos eram leves e a sua intenção estava clara, ele não estava aqui para ajudar.

"Não me pergunte como, mas me arrepiei aqui. Gostei, gostei muito."

- Agora fiquei na dúvida...

"Que dúvida?"

- Se eu machuco muito ou pouco você antes de começar a desvendar alguns mistérios sobre a sua ameaça...

"Você acha mesmo que uma ameaça assim de araque vai conseguir pelo menos assanhar o meu cabelo hidratado? Está redondamente enganada... Pode escrever assim: Marina vê uma pequena sombra tremer de leve, e não perde em retirar a pá do chão e girar com toda velocidade na direção da coisa que nem sabia que se aproximava dela."

- Hm, acho que podemos trabalhar com isso... E se continuarmos dessa maneira: Dois passos para trás e parou o metal pouco antes de acertar seu rosto. Suas mãos com diversos calos e veias denunciaram o esforço que fez para parar o golpe. Enlaçando os dedos com firmeza no cabo de madeira da pá, puxou o objeto da mão de Marina e o jogou próximo de onde os dois estavam em pé.

"Camila, você está determinada mesmo a me ver numa situação complicada, não é mesmo? Acho que agora é mais do que o meu cabelo que está em perigo..."

- Relaxa, não é nada que você não consiga escapar...

"Tá falando assim, porque não é você que está de frente com uma pessoa ameaçadora e acabei de perder uma boa arma para me defender..."

- Não precisa fazer drama. As vezes as aparências enganam...

"Isso eu sei, às vezes as ameaças vem de onde menos esperamos, que nem aquele teu primeiro livro, ele ainda surpreende muita gente."

- Exato. Mesmo eu achando que as dicas estavam á para quem quisesse ver... Gosto de surpreender. Então vê se gosta do que vem a seguir: O coração de Marina pulava descompassado enquanto ela olhava fundo daqueles olhos negros e brilhantes, a boca abriu e fechou diversas vezes, mas não conseguiu formular frase alguma. Se aproximando de Marina, enlaçando os dedos nos fios de cabelo dela, os belos olhos passearam pelo rosto dela, examinando cada traço e mesmo encontrando o medo nos olhos dela, ainda sim, não mudou de ideia ao aproximar seus lábios dos dela.

"Deixa ele me beijar... Ou ela. Agora que percebi, você não definiu o gênero dessa ameaça..."

- E vai fazer alguma diferença?

"Acho que não, só quero mesmo é olhar um pouco para esses olhos negros... Gosto da profundidade de um olhar 'comum'..."

- Então lá vem o seu beijo... Os lábios carnudos e macios contrastavam com o corte superficial nos lábios de Marina, mas mesmo assim não foi menos intenso. Mãos serpenteavam pelos cabelos, pele e alma enquanto os dois se fundiam naquele beijo que retratava bem o sentimento que era compartilhado ali. As respirações eram difíceis, vinham profundas e sofridas enquanto gemidos escapavam de suas gargantas. Línguas se acariciavam num gesto terno de amantes antigos e traziam paz para seus corações. Quand

"Acho melhor a gente parar por aqui Camila..." ela me interrompeu.

- Mas por que?

"Simples, se esse beijo continuar desse modo, eu não respondo pelas minhas ações e voltaremos para aquele ponto que eu não quero ninguém por aí sabendo das minhas intimidades..."

- Ah, entendi...

"Fiquei até sem jeito aqui... Mas de um jeito bom, se existe isso."

- Existe... Mas espera aí um pouco, agora eu tenho que pensar para onde eu vou com a história.

"Eu até que tive uma ideia aqui, mas nem sei se você vai gostar..."

- Fala! Mesmo se for algo que eu não esteja completamente de acordo, ainda podemos dar uma modificada pra ficar bom.

"Você queria uma história comigo correto?"

- Claro que sim, mas você também quer a sua história, não se esqueça disso...

"Sim, eu quero a minha história. Mas por isso mesmo eu acho que você deve apagar tudo isso que já escreveu..."

- Apagar tudo? Você está maluca? Jogar fora tudo isso que eu já tá aqui?!

"Não estou maluca. Mas acho que já contamos uma história..."

- História?! Mas que história?

"Essa daqui que acabamos de escrever. Isso já é uma história."

- História não, acho que tá mais pra um conto, não vai chegar nem nas três mil palavras...

"Certo, conto, que seja. Mas o importante é o conteúdo, não o tamanho dele. Tem muito livro por aí que se pegar na cabeça de um mata e não tem o menor conteúdo ou grau de envolvimento; enquanto sei que tem textos de duas linhas que mexem com o nosso psicológico e nos deixam sem chão."

- Você tem certeza que isso daqui tem algum tipo de atrativo para leitores?

"Deixa de ser insegura... Claro que tem. Deve ter alguém que vai passar por aqui e vai achar ótimo tudo isso que estamos fazendo. Esse conto pode ser um pouco diferente do que as pessoas estão acostumadas, mas tem sim seus atrativos."

- Não acredito que os leitores vão gostar de uma coisa dessas. Afinal, nem teve nenhum plot twist bom, nenhum personagem morreu ou se revelou o vilão da história...

"Mas nem precisamos disso para falar um pouco mais de nós e para que os leitores nos conhecessem um pouco mais e o enredo ser divertido... E somente os leitores podem dizer o que acharam, você pode controlar muita coisa, mas o modo como os leitores vão se identificar com a sua história, não."

- É, você tem razão...

"Mas se você quiser eu posso perguntar..."

- Perguntar o quê?

"Nossa, você é lenta assim mesmo ou é somente hoje que você está de parabéns?... Perguntar pros seus leitores se eles gostaram dessa história."

- A paciência mandou lembranças tá Mari? ... Acho que pode, pelo o que me parece você pode fazer qualquer coisa... Só não te garanto que vão responder. Fico imensamente feliz quando isso acontece, mas não é sempre que eles fazem isso.

"Não subestime o poder de comunicação entre um personagem e os leitores, sei que posso tocar muito mais gente do que você imagina!"

- Isso soou totalmente errado.

"Nossa Camila! Desnecessário você expor assim pra todo mundo que tem essa mente poluída! Sei que o pessoal que está lendo aqui entendeu o que eu quis dizer."

- Se você está dizendo...

"Estou. E tenho dito. Mas agora deixa eu perguntar pro pessoal aqui... Vocês, sim, vocês mesmo que estão do lado daí, gostaram dessa história? Se divertiram nem que seja um pouquinho com ela?"

- Espero que eles respondam, senão o vácuo aqui vai ser vergonhoso...

"Se eu passar vergonha, você pode aproveitar e colocar no seu livro de micos, mas eu tenho fé que vão responder sim..."

- Okay então. Mas assim, acho que a história está terminando, o que a gente faz agora?

"Se despede do pessoal, agradece por eles terem nos acompanhado na leitura, reservado esse tempo pra gente, e não machuca ninguém lembrar a eles que se gostaram, deixar o voto aqui, tipo votar logo agora. Agora galera."

- É... Isso aqui o que ela falou pessoal.

"Sério que você ficou com preguiça de escrever uma despedida?"

- Não é preguiça, é apenas que eu não quero soar repetitiva... Eles sabem que eu os amo demais e que amo quem sempre está por aqui acompanhando os livros que eu posto.

"Mesmo você demorando quarenta vidas pra postar mais um capítulo do livro final da trilogia de domínios, impressionante mesmo que eles ainda estão aqui... Não sei se esse teu modo de demonstrar amor tá certo..."

- EI! Não precisava jogar na cara assim...

"Desculpa, eu sei o quanto você está culpada pela demora. Mas enfim, é melhor a gente ir dando as falas finais e terminando mesmo, ninguém gosta de livros enrolados."

- Certo, vou deixar a palavra final com você então.

"A honra é minha! Beijos pessoal! Espero que alguns de vocês pensem em mim também, pra eu possa sair desse universo de sorrisos masculinos em 2D e biodiesel de óleo de fritura - por favor, me salvem! - Foi um prazer estar aqui com vocês, e vai saber se um dia eu volto com uma nova história! Até qualquer dia!"

- Não podia pensar num melhor modo de encerrar esse livro, agora só falta uma coisa...

FIM

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