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Sete


MARIA

Depois de deixar Angélica continuar escolhendo os louvores, acabei me lembrando de que não comi nada durante o dia inteiro e meu estômago já estava reclamando de fome, por isso resolvi sair um pouco da igreja.

Já estava indo até a praça comer alguma coisa, quando sinto meu celular vibrar loucamente no bolso. Pego o aparelho com um sorriso automático ao ler o nome da Isa na tela. Acabamos ficando amigas demais desde um pouco antes do seu casamento e agora que moro na capital, onde ela também mora com o Israel, costumamos nos ver sempre que podemos. Com certeza Isa é o tipo de pessoa que a gente tem na vida para sempre lembrar do quanto rir é bom.

— Oi, Isa — atendo com entusiasmo.

— Maria do céu! Estou te ligando desde cedo.

— Desculpe, estava em oração na igreja do pastor Pedro e deixei o celular em cima da mesa.

Tudo bem, me deixa falar logo porque você sabe que odeio esse troço. — Já começo a rir sem nem ao menos ouvir o que ela tem a dizer.

Isa é uma pessoa rara no século XXI que odeia tecnologia. Ela prefere muito mais escrever cartas, no entanto, Ben a convenceu que ela precisava de um celular quando ele se mudou e deu um a ela de presente. Ela aceitou depois de ele reclamar muito e dizer que demoraria muito tempo para receber uma carta dela com ele estando na Alemanha. Depois de ponderar, ela aceitou o presente, mas disse que continuaria com as cartas.

— Ben e Sofia me mandaram mensagem dizendo que eles vêm nas férias deles, você também recebeu, certo?

— Sim, Sofia me mandou mensagem ontem.

Ontem? E por que ela me mandou só hoje? Ah, aquela garota de cabelos normais vai ver só!

— Isa! Acalme-se, sabe como ela tem um monte de coisas na cabeça — falo achando graça da sua crise de ciúme.

Não venha defender sua amiguinha, Mel. — Isa me repreende. Mel é o apelido que ela me deu por causa da cor do meu cabelo e dos meus olhos, demorei a me acostumar com ela me chamando assim, mas agora até fica estranho se ela me chamar de um jeito diferente. — Enfim! O motivo da minha ligação é porque estou pensando em passar um final de semana por aí e, como sei que você foi visitar seus pais, pensei da gente combinar um reencontrão. O que você acha?

— Acho maravilhoso! Sofia inclusive disse na mensagem que queria mesmo encontrar com todo mundo.

Ótimo, então vou esperar para saber quando os ingratos chegam para que eu viaje. Você consegue falar com todos os amigos de vocês? Acho que só tenho o número do Gargamel.

Gargamel no caso é Eduardo, os dois também se tornaram amigos depois de toda a implicância um com outro, ela passou a chamá-lo assim e ele a chama de Smurfette. Houve uma época em que achei que os dois até ficariam juntos, mas no final, eles se mostraram apenas amigos com um melhor amigo em comum.

— Pode deixar que mandarei mensagem para todos, estou morrendo de saudade de qualquer forma, então, vai ser muito bom planejar tudo isso.

Ótimo, vou deixar isso em suas mãos, agora preciso ir. Israel está me esperando para almoçar, depois nos falamos, Mel. Beijos.

— Beijos, Isa. Até mais.

Ela desliga e meu estômago parece ter resolvido se manifestar depois de ouvir a palavra "almoçar".

Coloco o celular de volta no bolso e começo a atravessar a rua para procurar alguma coisa na praça. Na verdade, estou indo na esperança de que a barraquinha do seu Freitas esteja lá ainda, ele faz o melhor crepe de todo o mundo. Eu costumava ser viciada e sempre dava um jeito de vir aqui depois da igreja. Ele costumava ficar bem em frente daqui, talvez eu tenha alguma sorte e ele esteja em algum lugar ali.

Deus é Pai!, penso assim que atravesso a rua e vejo que o senhor Freitas está ali, com uma barraquinha nova, um pouco maior, mas reconheceria aquele bigode e o sorriso amistoso desse senhor rechonchudo em qualquer lugar.

— Seu Freitas! — chamo assim que me aproximo.

— Oi, mocinha, só um momento, por favor. — Ele diz enquanto coloca alguns crepes na embalagem para viagem. Acho que ele não me reconheceu.

— Seu Freitas, sou eu, Maria — digo, oferecendo-lhe um sorriso assim que ele me olha nos olhos de verdade.

— Maria? — Ele se sobressalta ao me olhar e me abraça apertado. — Menina, como você cresceu! Está tão linda! Já faz tanto tempo que não a vejo.

— Dois anos não é tanto tempo assim, seu Freitas — sorrio um pouco constrangida.

— Para mim é. Você sempre foi minha cliente número um. — Ele diz com seu sorriso largo que faz com que seus olhos se fechem. — Aposto que está querendo um de peito de peru daquele jeito que você gosta.

— O senhor, como sempre, é um gênio! — Ele ri e vai preparar o crepe. Minha boca já começa a salivar pela ânsia.

— Maria? — ouço uma voz me chamar atrás de mim. Uma voz que não me é estranha e, curiosamente, ouriça os pelos do meu corpo.

Que sensação é essa?

EDUARDO

Por que sempre travo nas missões?

Droga! Estava indo tão bem!

Antes que eu destruísse o teclado do meu notebook com raiva por não conseguir escrever mais, achei melhor fechá-lo e esperar um pouco para tentar de novo mais tarde.

Meu enredo já está quase completo e agora só falta concluir as missões e depois começar a desenhar os personagens, e sou péssimo criar personagens.

Passo as mãos pelo rosto, é frustrante demais quando tenho tudo na cabeça e não consigo passar para o papel. Frustrante demais!

Guardo o notebook na case e volto para o banco em que estava a fim de largar minhas costas e exalar a frustração com meu corpo também. Preciso trabalhar meu psicológico urgentemente sobre algo não dar certo. Isso pode acontecer com frequência e ficar com raiva de mim mesmo não vai adiantar de nada.

Pego o celular no bolso e fico rolando as redes sociais para ver se tem algo de bom. Sorrio ao ver uma foto da Rebeca segurando a Carolzinha para uma selfie, Carol claramente não quer estar ali, mas sei bem como Becky pode ser persuasiva.

Engraçado como sinto saudade delas, saudade de todos. Carol parece a mesma pessoa de sempre e continua com os óculos enormes, apesar de estar bonita como sempre foi, sua timidez que a torna fechada e muito introvertida. Eu mesmo só me tornei amigo dela por causa da Becky, essa sim não tem nada de tímida. Pela foto, também vejo que ela não mudou muita coisa, continua linda demais, como sempre foi. A cabeleira ruiva com os cachos jogados e os olhos verdes-escuros. Lembro-me de que cheguei a pensar que teríamos algo sério quando ficamos, mas ela sempre deixou claro que só queria se divertir. Eu, por outro lado, depois de pensar muito, deixei claro que não estava a fim de mais nada e que preferia seguir sendo bons amigos, até porque, descobri sobre os sentimentos do Thiago. Ela até insinuou algumas vezes que poderíamos tentar de novo, pelo menos até Ben chegar e ela se encantar por ele. No entanto, nenhum de nós estava interessado nela, mas Thiago estava. Uma pena que ela nunca percebeu. Ou pelo menos fingiu que não percebeu.

Continuo rolando a tela do celular pelas redes. Sinto saudade do Thiago também, até mesmo da Lorrayne, que muitas vezes era uma chata de galocha. Ela sempre se achou a mais madura do grupo e queria ensinar todo mundo sobre o certo. O seu certo. No entanto, sempre achei que a mais madura de todo o grupo sempre foi a Maria, mesmo com toda a sua timidez. Sofia sempre foi gentil, educada, encantadora, e todo mundo gostava dela. Todo mundo mesmo. Só que Maria era quem sempre estava conversando com cada um de nós para saber sobre nossos problemas, perdi a conta de quantas vezes ela se disponibilizou para que eu conversasse sobre qualquer coisa só por estar um pouco amuado. Na maioria das vezes estava apenas com fome mesmo e sempre a oferecia o melhor sorriso que conseguia. Engraçado como me aproximei mais da Sofia desde que ela chegou e, aproximar-me da Maria foi uma consequência, já que as duas viviam juntas, mas, não sei como explicar, Maria me deixava muito à vontade.

Engraçado também o sorriso que tenho no rosto por pensar nela agora. Não a vejo há muito tempo, acho que desde o casamento do Ben e Sofia, que por sinal estava linda com o cabelo novo, ficou um pouco mais loira no casamento da Isa e manteve. Ela é tão tímida, mas sei que sabe dar uma bronca como ninguém. Eu mesmo já levei muitas.

Lembrar-me disso só faz com que meu sorriso se alargue.

Largo o celular no meu colo e olho para o céu.

O dia está muito bonito hoje. O sol está tão claro e tão ameno ao mesmo tempo. Um dia ensolarado e não muito quente, gosto de dias assim. Minha avó adora. Pensar nela faz com que eu sorria e olhe de novo para a fachada da igreja, acho que vou mesmo dar uma passada na casa dela para irmos ao culto hoje.

No momento em que olho para a igreja, vejo uma garota linda atravessando a rua e vindo em minha direção, quer dizer, na direção em que estou. Ela parece estar procurando alguma coisa no parque, mas só consigo olhar pro seu cabelo voando com a brisa enquanto ela anda, o rosto parcialmente coberto pelos cabelos longos e meio dourados, mas o sorriso que ela dá quando parece encontrar o que procura é excepcional.

Acompanho-a com os olhos até que ela chega até a barraquinha escrito "Crepes do Freitas".

Nossa, eu amo crepes.

Lembro-me de que costumávamos vir aqui em grupo algumas vezes, apesar da barraquinha estar um pouco diferente, seu Freitas continua o mesmo.

A garota-maravilha está falando com ele e deve ter falado algo que chama muito sua atenção por causa do sorriso enorme que seu Freitas oferece a menina.

Eu também ofereceria um sorrisão para ela, penso com um sorrisinho rosto.

De repente o ouço chamá-la de Maria e a abraça com força.

Maria? Será a mesma Maria que estou pensando?

Não, não é possível. O cabelo da Maria é bem menor, apesar de me lembrar bem do loiro do cabelo dela e achar mesmo esse muito parecido. Maria usa aparelho, porém, e essa menina não pareceu ter nada naquele sorriso maravilhoso.

Mas já se passaram mais de 2 anos, ela pode ter tirado o aparelho...

Droga! Agora essa dúvida não vai sair da minha cabeça!

Em um impulso, levanto-me e sigo na direção da barraca do seu Freitas. Se não for a Maria, pelo menos vou ter uma desculpa para falar com uma garota bonita. Paro a alguns centímetros da garota-maravilha e espero que ela termine de falar com o dono da barraquinha.

— Maria? — tento a sorte.

A garota se vira com uma expressão curiosa no rosto e noto a semelhança da Maria de dois anos atrás. Realmente a reconheceria se o seu cabelo — que por acaso está enorme e mais bonito do que me lembrava — não tivesse escondido parte do seu rosto enquanto ela atravessava a rua.

Que gata!, meu cérebro quase externaliza.

— Eduardo? — Ela sorri ao me reconhecer. — Ah, meu Deus! Edu, quanto tempo! — Maria me dá um abraço apertado.

— Nossa, você está linda demais! — falo assim que nos afastamos. Suas bochechas ganham um tom rosado muito forte.

— Obrigada, mas, por favor, pare de ficar falando isso. Não aguento mais ouvir o quanto cresci ou sei lá o quê. — Ela faz uma careta. Os cantos da minha boca se erguem.

— Você sempre foi linda, Maria. Seu cabelo só está maior e você está sem o aparelho. Acho que nunca cheguei a tentar imaginar você sem ele. — Ela revira os olhos, mas ri junto comigo.

— Acredite, usei por tanto tempo que até cheguei a pensar que fazia parte de mim — nós rimos um pouco mais antes que Maria pegue o crepe que seu Freitas estende para ela. — Obrigada, seu Freitas. Acredita que esse seu crepe foi uma das coisas que mais senti falta? — Ela diz simpática, como sempre foi.

— Oh, minha querida, essa barraquinha não continuou a mesma sem minha cliente número um! — Ele sorri para ela.

— Esse assunto me deixou com fome — comento.

— Se bem me lembro, você sempre está com fome, Edu. — Maria se diverte enquanto segura seu crepe.

— É verdade, mas seria até um pecado ver você com esse crepe maravilhoso e ficar só olhando. Seu Freitas, faça dois de queijo e presunto, por favor.

— Claro, rapaz, sai em um minuto.

Ele vai fazer o crepe e volto meu olhar para Maria, que pensa na melhor forma de morder seu crepe, provavelmente.

— Quer se sentar um pouco? Podemos conversar enquanto comemos — ofereço.

— Claro. Pode ser nas mesas aqui ao lado mesmo?

— Pode. Se quiser pode ir se sentar que vou assim que pegar os meus.

— Tudo bem. — Maria já está indo para a mesa quando repara que seguro a case do notebook. Nem eu mesmo me lembrava. — Quer que eu leve e deixe lá?

— Por favor — entrego a ela e espero que seu Freitas me dê os crepes.

Observo enquanto Maria coloca a case de um lado e se senta do outro. Ela coloca o crepe em cima do prato e pega o celular. Se bem a conheço, com certeza deve esperar que eu chegue para que possamos começar a comer juntos. Eu só consigo pensar que, se fosse eu, provavelmente já estaria no segundo crepe quando ela fosse se sentar. Esse pensamento me faz rir.

— Ela está muito bonita, não é? — Seu Freitas me assusta falando de repente. — Sempre foi, mas parece que desabrochou.

— Realmente, ela é muito bonita — respondo sem desviar os olhos da mesa em que a garota em questão me aguarda.

Pego os crepes e sigo em direção a ela. Maria me oferece um sorriso espetacular assim que me aproximo. Eu me sento, coloco o notebook um pouco para o lado e deixo o prato com os crepes bem na minha frente.

— Você quer beber alguma coisa? — pergunto a Maria.

— Quero sim, por favor. Pode ser qualquer coisa.

Volto ao seu Freitas e peço dois sucos de laranja, lembro que a gente bebia bastante desse em grupo na época da escola. Gozado como sinto falta da época da escola, era uma época boa em que eu podia ser o Edu brincalhão e não me preocupava com quase nada. Principalmente não me preocupava com o idiota do Henrique.

Afasto esse pensamento que sempre me deixa com raiva e sigo de volta para a mesa em que Maria me espera. Vai ser bom ter contato com o Edu de antes um pouco.

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