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Prólogo

SOFIA

Três anos antes

Nunca pensei que me casaria aos 17 anos de idade, é verdade. Contudo, até uns meses atrás nem mesmo tinha certeza se viveria até os dezessete. Deus me deu a oportunidade de viver e também me apresentou o amor de uma forma magnânima e eu não poderia estar mais feliz.

Sei que passei por momentos em que minha fé ficou um pouco abalada e estive tentada a murmurar só porque já tinha aceitado o que Deus tinha reservado para mim, porém, por amor, minha vontade de viver acabou sendo maior do que esperava.

Deus arquitetou tudo de uma maneira que eu não poderia explicar. Não poderia entender. Mas pude sentir perfeitamente. Talvez nunca seja capaz de definir minha vida com palavras, entretanto, sei que sempre serei grata por viver intensamente as bênçãos que o Senhor proporciona para mim.

Depois do casamento da Isa, no dia em que Benjamin e eu ficamos noivos, não fazia ideia dos planos que ele já tinha para nós. Depois da festa, ele me levou para jantar junto com meus pais e Alice para comemorarmos nosso noivado e também nosso ingresso para a faculdade. Fui pega completamente de surpresa quando ele disse que a melhor universidade de Medicina da Alemanha tinha aceitado a nós dois como alunos. Acredito que é o sonho de qualquer pessoa que queira fazer Medicina especializada na área cirúrgica. Sonho que nós dois compartilhamos.

Meus pais já sabiam e Alice soube junto comigo da notícia. Quando ele contou todos os planos, contou também que já tinha procurado uma casa para nós dois e que meus pais o estavam ajudando na parte burocrática. Ele foi discorrendo sobre seus planos, mas minha cabeça ficou fixada no que ele disse sobre nos casarmos em Janeiro. Estávamos no dia 10 de Dezembro e eu faria 17 anos no dia 28. E ainda estava pensando na formatura que seria dia vinte.

Ben dizia que era melhor casarmos no civil primeiro enquanto nos organizávamos na faculdade e depois poderíamos nos casar no religioso. Meus pais pareciam gostar da ideia, já que iríamos para outro país e moraríamos juntos, então, casar era realmente a única opção se quiséssemos dessa forma e, ao que parecia, mesmo que o casamento fosse só no civil, minha mãe e Alice já estavam planejando algo bem pequeno para ser comemorado na igreja antes de partirmos para Alemanha, já no mês seguinte.

Naquela noite, tudo foi uma loucura. Muita coisa para absorver, muitas  coisas para planejar, uma nova realidade para administrar e, o mais importante, eu estava noiva!

Mediante a tudo, isso era o que mais me importava. Estava radiante em saber que estudaria na faculdade dos meus sonhos. Estava emocionada ao ver o cuidado dos meus pais ao ajudarem Ben com tudo, mesmo sabendo o quanto seria difícil para ambos me verem partir. E isso também incluía Alice, é claro. No entanto, em meio a tudo, meu coração estava fora do peito pela certeza de que ia me casar com o homem que Deus tinha colocado na minha vida. Com o meu amor.

Concordei com tudo. Aceitei cada sugestão que minha mãe e Alice deram sobre o casamento. Ouvi cada conselho do meu pai sobre tudo. Porém, minha atenção estava voltada exclusivamente para Benjamin Rodrigues. Meu futuro esposo.

E nem consigo acreditar o quão perto isso está de acontecer agora.

No momento estou terminando a maquiagem e esperando meu pai para irmos para a igreja. Quando Isabella soube que Ben e eu nos casaríamos apenas no civil, ela surtou — literalmente — e correu até nós dizendo que, enquanto ela fosse nossa madrinha, nós dois teríamos um casamento digno e com a bênção de Deus. Na igreja. Ela organizou tudo em tempo recorde e cá estou eu, vestida de noiva e ansiosa para chegar à igreja e dizer logo o meu sim.

— Isa, por favor, você já passou blush o suficiente! — reclamo pela décima vez.

— Pelo amor de Deus, Sofia. Ben não vai fugir do altar enquanto te espera. Vocês têm a vida toda pela frente, meu Pai do céu. — Isa responde mal-humorada.

Ela e eu estávamos numa briga constante desde que começou a me arrumar. Maria morria de rir das minhas falhas tentativas de fugas e das técnicas que Isa arrumava para demorar mais em cada processo só para me irritar.

Isa e Maria estão comigo enquanto todos os outros já esperam na igreja, inclusive minha mãe. Apenas meu pai está lá embaixo me esperando. Isa está linda com seu vestido azul-piscina, o tom mais diferente entre as meninas. Maria está com um vestido verde-água, que foi a cor que escolhi para a decoração, Isa, obviamente, recusou-se a vestir outra coisa que não fosse azul e, segundo ela, água e piscina conversavam muito bem, é claro.

Maria é minha madrinha junto com Eduardo, Ben e eu concordamos que eu o conhecia primeiro e ele deveria ser meu padrinho. Ele ficou com Isa e Israel como os seus padrinhos, na verdade, o marido da nossa amiga, mostrou-se um cara muito legal e divertido, acabamos fazendo amizade rápido demais. Eduardo e Maria serão nossas testemunhas também. Escolhemos não ter mais padrinhos ou madrinhas e nossos amigos entenderam muito bem, afinal, íamos apenas assinar um papel até uns 15 dias atrás.

Depois do que pareceram ser horas, Isa finalmente diz que terminou sua "missão". Ela não me deixou olhar no espelho até então, estou extremamente ansiosa para ver o resultado. Na verdade, nem mesmo o vestido de noiva vi direito, só sei que ele é volumoso, no estilo princesa, e que tem bordados e renda por todo ele. Maria que o escolheu, ela disse que é a minha cara e confio nela, por isso sei que vou gostar bastante.

Levanto-me da cadeira e sigo em direção para o espelho de corpo inteiro que tenho no quarto. O vestido é simplesmente maravilhoso e eu realmente não teria escolhido melhor. Ele é todo delicado, bordado e com renda exatamente do jeito que gosto. A manga é longa e de tela com bordados do mesmo estilo do vestido, tem um decote em formato de coração no busto, com o seguimento da tela igual a das mangas até o pescoço. É acinturado e com a saia bem volumosa, mas não de um jeito exagerado, apenas uma boa colocação de tule, renda e cetim. Meu cabelo está solto em sua maioria, assim como Ben gosta, apenas com pequenas partes presas na lateral por presilhas prateadas muito elegantes e com pedras de esmeraldas exatamente da cor do meu anel de noivado e, aposto que esse cuidado nos detalhes tem o dedo da Isa. A grinalda está presa às presilhas de modo delicado, ela é bem grande, mas não tanto a ponto de ir muito além de mim, Maria sabe que não gosto da ideia de ter algo sendo arrastado pelo chão com a possibilidade de que eu cause algum acidente. Minha maquiagem está leve, do jeitinho que gosto e sinto que estou a ponto de borrá-la agora mesmo.

— Meninas... — Eu quero tanto agradecer, mas as palavras me faltam.

— Não fala nada! — Isa se apressa em dizer, noto que ela está segurando as lágrimas tanto quanto eu. — Vou lá avisar ao Pedrão que você está pronta. Maria, ajude-a a descer a escada, ok?

Isa sai tão rápido que só confirmo a teoria de que ela estava a ponto de chorar e não deixaria que isso acontecesse na nossa frente. Maria, por outro lado, chora livremente em meio aos sorrisos que dá olhando para mim.

— Você está tão linda, Sofie. Tão linda que nem consigo te elogiar. — Minha melhor amiga me dá um abraço apertado enquanto tenta controlar as lágrimas para não borrar tanto a maquiagem. —Vou sentir tanto a sua falta.

Pensar que vou me mudar amanhã para a Alemanha só faz meu coração ficar do tamanho de uma noz. Eu nem saí do país ainda e já estou transbordando de saudade.

— Eu também, Girassol. Eu também. — Aperto-a um pouco mais antes de soltá-la. Se eu estragar a "obra de arte" da Isa é bem capaz de não me casar por estar morta! — Por favor, não chore ou vou chorar também e você sabe como a Isa é. — Ela dá uma risada e limpa o rosto, também controlando as lágrimas.

— Eu sei bem. Tenho certeza de que ela já vai querer me matar por ter chorado. Apesar de que sabemos bem o que ela foi fazer quando saiu daqui correndo. — Nós duas rimos um pouco, até que pego as mãos da minha amiga e a olho de modo bem sério.

— Maria, quero que você me prometa uma coisa.

— Claro, Sofie. O que foi?

— Prometa para mim que você vai viver intensamente e se permitir amar de forma plena. Prometa que não vai abandonar o seu sonho de cursar Pedagogia só porque é em outra cidade. — Ela ia argumentar, mas a interrompo. Sei bem que ela não quer deixar seus pais e ir para a faculdade, mas também sei o quanto esse sonho é importante para ela. Maria é altruísta demais e acaba esquecendo de si mesma. — Por favor, prometa para mim. Seus pais vão ficar bem, você não vai embora para sempre, só vai estudar. Eles vão entender isso. Olhe para mim, estou indo para a Alemanha, mas vou voltar. Meu lugar é aqui, sei disso, mas preciso sair da minha zona de conforto para conquistar alguns sonhos. Faça o mesmo. Promete?

Maria pensa por alguns segundos. Sei o quanto ela é dedicada aos pais e o quanto essa mudança vai mexer com ela, no entanto, sei que ela nunca vai se perdoar no futuro se perder essa oportunidade de uma bolsa integral na melhor faculdade da capital.

— Eu prometo, Sofia. Prometo.

Abraço-a mais uma vez e instalo no meu peito a certeza de que ela realmente vai tentar. Vou orar todos os dias para que ela mantenha viva a chama de realizar seus sonhos. Vou orar incessantemente para que Deus esteja com ela em cada passo que ela der. Maria é a irmã que o útero da minha mãe não me deu, mas veio diretamente das mãos de Deus para o meu coração. Eu a amo com todas as minhas forças.

Agora vou para a igreja, vou me casar com o amor da minha vida. Depois vou começar uma jornada em outro país, mas sei que, independentemente de qualquer distância geográfica, o amor que existe entre nós duas, essa amizade que foi moldada pelo Arquiteto de tudo, jamais acabará.

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