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Oito


MARIA

Realmente fiquei surpresa ao ver Eduardo. De todas as pessoas do colégio, ele não é a pessoa que achei que fosse reencontrar primeiro. Apesar de fazer sentido vê-lo aqui, já que soube que ele está estudando na faculdade daqui e indo muito bem, por sinal.

— Quanto tempo! E então, veio passar as férias aqui? — Ele pergunta enquanto comemos.

— Sim, cheguei ontem.

— Legal. Imagino que tenha recebido uma mensagem da Sofia avisando que eles vêm para cá, imaginei certo? — Edu me oferece um sorriso torto que posso identificar como um dos seus carros-chefes como galanteador.

Conheço esses truques desde o colégio, graças a Deus ele não precisa deles comigo já que não tem nada para acontecer entre nós dois, somos apenas bons amigos. Ele já deve ter feito tanto isso que agora sai no automático.

— Sim, ela me mandou mensagem ontem. Inclusive falei com Isa ainda há pouco pelo telefone, ela disse que falaria com você sobre uma ideia que ela teve e pediu pra eu falar com todo o grupo.

— Que ideia? — Ele pergunta curioso e se inclina um pouco para escutar melhor.

— Eu não devia ter falado se é ela quem vai falar, né? — sorrio envergonhada.

— Não, não devia. Agora precisa me contar ou vou agonizar de curiosidade. Talvez até caia duro aqui e agora — fala do modo mais dramático que conheço, dou uma gargalhada baixa e abafo o som com minha mão.

— Para de ser dramático, Eduardo. Isso é com a Lolô. Nós dois sabemos que você é o comediante da turma. — Edu me olha de um jeito diferente por alguns segundos, mas logo seu habitual sorriso está de volta.

— Drama e comédia são parceiros antigos, assim como amor e ódio, posso passar pelos dois polos facilmente — brinca e dá uma piscadela.

— Não duvido disso nem um pouco — sorrio para ele.

Sei que tem alguma coisa de diferente em seu olhar, não sei precisar exatamente o que é, mas sei que aquele Edu adolescente, que brincava o tempo inteiro, não seja o mesmo que esse Edu adulto na minha frente. Sei que ainda há muito daquele menino, no entanto, parece que o homem a minha frente está enfrentando momentos difíceis e creio que não cabe a mim saber, a menos que ele deseje falar. Contudo, minha mente agora só pensa que preciso orar por ele e seja lá pelo que ele esteja passando.

— Maria, está tudo ótimo, mas preciso ir. Preciso trabalhar no meu jogo idiota. — Edu exala frustração. Sinto que isso é importante para ele.

— Está criando um jogo? Soube que você virou um verdadeiro nerd da computação — sorrio tentando incentivá-lo.

— Modéstia à parte, sou realmente muito bom com essas coisas. — Ele diz enquanto coloca o último pedaço do seu segundo crepe na boca, ainda estou terminando o meu único. — Finalmente encontrei o meu lugar — completa com orgulho. — Só que criar um jogo exige um pouco de habilidade com a escrita e também em desenho e estou tendo dificuldade com isso — suspira mais uma vez.

— Talvez eu possa te ajudar — ouço-me dizer. — Não sou profissional nesses assuntos, mas costumava escrever bastante no colégio, Raquel me deu bastante incentivo — sorrio ao me lembrar da nossa professora de redação, com certeza ela marcou minha vida. Tanto que Letras era minha segunda opção. — E também gosto muito de desenhar, mas só sei o básico.

— Nossa! Raquel! Nessas horas eu queria ter prestado mais atenção nas aulas dela. — Ele dá um sorriso nostálgico também. — Você faria isso? Seria muito bom ter uma ajudinha. Mais com a escrita, no desenho me viro, tive aula de ilustração digital. Meu problema é só dar uma cara aos personagens. — Ele faz uma careta.

— Claro, Edu. — Não consigo não rir. — Agora vai lá resolver o que tem que resolver, depois a gente pode marcar de se encontrar e você me diz no que eu posso lhe ser útil.

Edu levanta depressa do seu lugar e vem me dar um abraço. Ele beija minha bochecha e ostenta um sorriso grandioso. Sua alegria é tão contagiante que não consigo para de sorrir também.

— Você é maravilhosa, Má! Tão incrível quanto me lembrava. — Ele diz e tenho certeza de que estou corada. — Eu vou lá sim, mas te mando mensagem para combinarmos depois, tudo bem?

— Claro, tenho as férias inteiras para te ajudar.

— Ótimo, vou ter um grande tempo para perturbar você. — Me abraça mais uma vez. — Agora preciso mesmo ir. Tchau, até depois.

— Tchau, vai com Deus — falo enquanto o vejo partir.

Ele joga na lixeira o pratinho de isopor, devolve o copo para seu Freitas e segue para o caminho da sua casa. Antes de sair da praça completamente, ele olha para trás e sorri acenando para mim, aceno de volta e coloco o último pedaço de crepe na boca.

Sei que tem alguma coisa de diferente com Eduardo, mas se ele não quer contar, então que seja, espero ajudá-lo, pelo menos com seu jogo.

Só assim vou ter alguma coisa para me distrair dos problemas, penso.

Felizmente não vou ficar só pensando no problema que minha família está vivendo. Deus sempre sabe o que faz.

🌻🌻🌻

Volto para a igreja e pretendo ficar para o ensaio do coral, mas meu celular começa a tocar e fico tensa ao ver que se trata do número do meu pai. Ele não está usando o celular, provavelmente é minha mãe tentando falar comigo.

— Mãe, estou na igreja. Depois li...

— Maria, sou eu. — É mesmo meu pai. — Posso falar com você?

— Claro, pai — respondo enquanto vou me afastando do pessoal. — Está tudo bem?

— Não — gelo na mesma hora no lugar que estou. — Não está tudo bem. Estou péssimo pelo jeito que você me encontrou, estou péssimo por essa situação e estou péssimo que minha filha esteja de férias em casa e ainda assim tenha que fugir para ficar menos tempo aqui.

— Pai, não é bem assi...

— Maria, pare. Você nunca foi de mentir e não vai começar agora por minha causa — Ele me interrompe. Realmente estou procurando jeitos de ficar menos tempo em casa, mas só até que os ânimos se acalmem. — Será que você pode vir para casa? Quero conversar olhando nos seus olhos cor de mel, minha abelhinha. — Ele pede com carinho, sando o apelido que me deu na infância, também pela cor dos meus cabelos e olhos também, mas por minha preferência pelo amarelo.

— Claro, pai. Eu vou para casa já, já.

— Está bem, minha menina. Vou esperar por você — encerra a ligação.

A única coisa que posso fazer agora é voltar para casa. Despeço-me da tia Angélica rapidamente e prometo-lhe que estarei no próximo ensaio. Ela entende perfeitamente e, então, começo a caminhar para fora da igreja.

🌻🌻🌻

— Pai? — Chamo assim que cheguei.

— Filha, estamos aqui — ouço sua voz vindo da cozinha?

Sigo correndo para lá e meu sorriso quase rasga minha face assim que o vejo sentado na mesa da cozinha, de banho tomado e barba feita. Corro para os seus braços e lhe dou o abraço mais apertado que consigo.

— Ah, papai. Estou tão feliz!

Mamãe chora baixinho, mas o sorriso está estampado em seu rosto. Eu sei que ainda temos muito caminho pela frente, mas se os primeiros passos foram dados, então agora é só questão de não deixar de seguir o fluxo.

— Onde você estava, minha filha? — Meu pai pergunta depois que o solta. — Você passou a manhã inteira fora...

— Estava na igreja. Fui visitar o templo e aproveitei para conversar um pouco com o pastor e a tia Angélica.

— Ah, que bom, minha filha — minha mãe diz secando as lágrimas. — Gosto muito dos dois.

— E eles de nós. — Falo com alegria. — Tia Angélica me disse que tem orado muito por nós.

— Todos sabem mesmo que eu sou um derrotado, não é? — Meu pai fala voltando com a postura de antes.

Ah, não! Um retrocesso.

— O senhor não é um derrotado, pai. Só estamos passando por uma fase ruim, ela vai passar.

— Uma fase ruim? — Ele ri com amargura. — Maria eu nem sei onde vou morar com sua mãe daqui a um mês. Você define isso só de uma fase ruim?

Acho que se meu pai tivesse me acertado com um soco no estômago teria doído menos. Não é como se isso abale minha fé, mas com certeza abala minha estrutura humana.

— Querido, acha mesmo necessário falar disso agora? — Minha mãe tenta apaziguar a situação.

— Não, não acho. Acho que Maria realmente está vivendo no mundo da fantasia se acha que ter fé, orar e pedir a Deus uma casa nova vai resolver tudo. Eu preciso de um novo emprego e rápido!

Meu pai se levanta com brusquidão e vai para o quarto. O estrondo da porta batendo faz a xícara que está sobre a mesa vibrar. Minha mãe me olha com súplica e seguro suas mãos.

— Vai dar tudo certo, mãe. Eu sei que vai. — Falo com convicção.

— Que Deus te ouça, minha filha. Que Ele te ouça.

🌻🌻🌻

Eu não posso deixar que o retrocesso do meu pai abale minha fé. Não mesmo. Tento convencer pelo menos a minha mãe ir ao culto comigo, mas ela não quer deixar meu pai sozinho, o que não deixa de ser compreensível.

Vou para o meu quarto e deixei os dois sozinhos por um tempo. Sei que esse processo com o meu pai será um pouco demorado e exige muita paciência e amor da minha parte. Graças a Deus eu não estou sozinha nessa porque sempre que eu quero jogar tudo para o alto Deus faz questão de me lembrar de que Ele está comigo a todo momento e eu realmente posso senti-Lo.

Aproveitando que tenho um tempo antes de começar a me arrumar para o culto, pego meu celular a fim de criar um grupo com meus amigos do colégio. Ainda temos o Friendship que criamos para o aniversário da Alice há 4 anos, mas como quero fazer uma surpresa para o Ben e a Sofia, acho melhor criar outro e incluir a Isa. Eu sei que ela odeia grupos, mas tenho certeza de que ela vai topar ficar nesse até a chegada deles.

Depois de criar o grupo chamado "Surpresa" e adicionar todos, já recebo algumas mensagens que me fazem rir esquecendo um pouco do ocorrido de 5 minutos atrás.

Isa @Surpresa: Espero que esse grupo tenha alguma utilidade muito necessária.

Lolo @Surpresa: É a Maria, claro que tem alguma finalidade.

Maria Rocha:
Ei, o que você quis
dizer com isso?

Isa @Surpresa: KKKKKKK
Isso é muito verdade.

Thiago @Surpresa: Maria, você pode, por favor, ignorar essas duas e contar o motivo do grupo?

Finalmente alguém sensato. Quem diria que o Thiago um dia seria mais racional que a própria irmã. Lorrayne sempre fez questão de ter razão.

Maria Rocha 🌻 @Surpresa: Obrigada Thi. Pessoal eu fiz esse grupo porque Sofia e Ben estão de férias e vindo para cá. Sofia me mandou uma mensagem e me pediu para tentar reunir todos nós durante essas férias. Sei que agora temos vidas corridas e todos são muito ocupados, mas será que não podíamos marcar um final de semana em que todos possam estar na nossa cidade natal? Eu estou com os meus pais nessas férias. Eles vêm na próxima semana, de acordo com a tia Angélica.

O pedido foi feito. Agora eu só preciso esperar que todos respondam.

Isa @Surpresa: Você sabe que pode contar comigo. Estou morrendo de saudade do meu casal.

Lolo @Surpresa: Até que eu estou com saudade deles também.

Thiago @Surpresa: Ah, fala sério! Você tava toda chorosa outro dia dizendo que estava com saudade até da escola.

Isa @Surpresa: HAHAHAHAH altas revelações.

Lolo @Surpresa: CALA A BOCA THIAGO! Ninguém perguntou nada a você e você está completamente bêbado se me viu chorosa!

Eu não consigo controlar o riso, o que esses dois têm de unidos, têm de forças para brigar também.

Edu @Surpresa: Interessante esse seu lado, Lorrayne. Muito interessante.

Isa @Supresa: Lá vem o Gargamel...

Edu @Supresa: Shiu, Smurfette! E sabe que já estou por aqui, loirinha. Conta comigo.

Carol @Supresa: Gente, estou morrendo de saudade de todos vocês, mas estou com tanta coisa para estudar...

Becky @Surpresa: OMG! Claro que vamos! Carolzinha nem pense em uma desculpa, você já estuda demais. Contem com a gente!

Maria Rocha 🌻 @Surpresa: Ótimo, pessoal. Estou ansiosa para nos reunirmos outra vez.

Edu @Surpresa: Pois é, loirinha. Já estava achando que teria que rolar outro casamento pra gente se encontrar.

Isa @Surpresa: Talvez você faça rolar um em breve, Gargamel.

Lolo @Surpresa: HAHAHAHAHA

Thiago @Supresa: Evento do século.

Becky @Surpresa: Huumm, até eu mal posso esperar para conhecer a dita cuja, Eduzinho.

Edu @Surpresa: Aff!! Dessa doença não morrerei. Mas fácil a Carol virar uma perua igual a nossa amiguinha.

Carol @Surpresa: Me tira dessa!

Becky @Surpresa: Ei!

Lolo @Surpresa: HAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Isa @Surpresa: HAHAHAHAHAHA! Cuidado com a sua língua, pode pagar com ela.

Meus amigos doidos continuam com a conversa sobre o casamento do Edu. Ao que parece, somente Carol, Thiago e eu não nos metemos nisso. Sei que Carol é tímida demais para brincar com algo assim. Não sei se Thiago já superou a paixão que tinha por Rebeca, mas sei que ele sempre foi do tipo de cara que espera encontrar o amor da sua vida e se casar. E eu, bem, tenho respeito demais pelo amor. Nunca tive um namorado, é verdade, mas eu sei que Deus reserva sempre o melhor para os Seus filhos e comigo não é diferente.

Não estou interessada em romance agora, talvez não esteja durante um tempo. Só que isso não apaga o desejo que carrego dentro de mim de ter uma família um dia para chamar de minha. Ter um esposo, filhos e tudo que acarreta isso.

Minha melhor amiga se casou com 17 anos porque acreditava ter encontrado o amor da sua vida. Eu tenho 20 e ainda nem sei como chegar a essa conclusão. Talvez eu tenha um par perfeito que esteja em algum lugar por aí, ou talvez esse cara não exista e eu apenas vá encontrar uma pessoa imperfeita que possa mudar toda a visão que eu tenha da vida. Eu sinceramente não sei se quero pensar em nada nisso agora, só quero me preocupar com o hoje e deixar o futuro nas mãos de Deus.

Ouço batidas na minha porta, bloqueio o celular e deixo o grupo definitivamente de lado por hora. Eu tenho certeza de que é a minha mãe me chamando, já que meu pai se recusa a sair do quarto dele outra vez. Digo-lhe para que entre e seu rosto com uma expressão preocupada adentra meu quarto antes que ela entre de verdade.

— Posso conversar com você, meu amor? — Ela pergunta um pouco receosa. Essa situação está acabando comigo.

— Claro, mãe. Sente aqui, por favor. — Peço indicando minha cama.

Ela passa totalmente pela porta e a fecha atrás de si. Caminha lentamente antes de se sentar ao meu lado na cama. Vejo que ela tenta me oferecer um sorriso amarelo, mas sei que ele não é autêntico.

— Filha, eu sinto muito que toda essa situação esteja afetando tanto à nossa família. Eu estou cansada e não sei mais o que posso fazer. — O cansaço da minha mãe é quase palpável. É completamente visível e isso é o que mais está me machucando agora.

— Mãe, a senhora não tem que carregar todo o peso nas costas. Não é sua responsabilidade manter tudo sempre bem. Às vezes é normal que nada esteja bem, só precisamos ter fé. — O sorriso que vejo em seus lábios é diferente de todos os que eu já vira.

— Maria, do que adianta manter a fé numa situação como esta? Daqui pouco tempo nem mesmo uma casa nós teremos para morar. — Ouvir esse tipo de coisa com certeza parte o meu coração.

— Mãe, pelo amor de Deus, não perca a fé. A situação pode ser ruim, mas eu creio que Deus sempre tem o controle de tudo e Ele vai dar um jeito nisso.

— Eu não perdi a fé, perdi as forças. — Minha mãe confessa. — Eu já não sei mais o que fazer para sairmos dessa.

— A senhora já fez demais. Agora eu estou aqui para aliviar um pouco dessa carga. Por favor, deixa-me ajudar.

— Filha, você vai embora daqui a algumas semanas. Você tem outra vida agora...

Eu sei que meus pais nunca aceitaram a minha partida, mas já estou começando a ficar seriamente irritada com essa insistência sobre eu ter saído de casa e isso ser tratado como um abandono com eles. Não é assim. Preciso me controlar muito para não começar uma discussão. Sei que tenho muitas coisas para pensar e a última coisa de que preciso agora é brigar com a minha mãe também.

— Mamãe, nós vamos resolver isso e sair dessa. Vai ver como Deus vai agir lindamente sobre essa causa. — Digo com o máximo de entusiasmo que consigo e ignoro o assunto anterior.

— Amém, minha filha. Espero que isso não demore para acontecer. — Mamãe se levanta e começa a caminhar em direção da porta.

— Mãe? — Chamo-lhe antes que ela chegue ao seu destino e saia do meu quarto. — Não quer ir mesmo à igreja comigo?

É claro que já sei a sua resposta, mas não poderia deixar de tentar mais uma vez. Afinal, eu creio que essa situação vai melhorar e creio que o relacionamento dos meus pais com Deus vai ser reestruturado.

— Eu adoraria, meu amor, mas não posso mesmo deixar seu pai sozinho. — Ela me dá um sorriso e continua a ir para fora do quarto.

Fico triste com sua recusa, é claro. Mas não vou desistir dessa luta só porque os obstáculos começaram a aparecer. Um dia eu pude dizer em firmeza que eu e minha servíamos ao Senhor e eu creio que poderei bradar isso novamente como um grito de vitória!

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