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Chapter 45

Ludmilla escutou a bozina e sorriu, sabendo que era Brunna. Ela olhou pela janela apenas para ver o carro azul escuro e confirmar suas suspeitas.

-- Mãe... -- Ludmilla gritou.

-- Leve algumas barras de cereal para ela. -- Silvana gritou da cozinha. -- Ela sai da casa dela para vir atender suas vontades e nem come, a pobre garota.

-- Certo. -- Ludmilla gritou, pegando algumas barras de cereal do pote de cima da mesinha da sala e correu para fora.

-- Bom dia, meu amor. -- Brunna disse sorrindo assim que Ludmilla abriu a porta e se sentou no banco.

-- Hm... -- Ludmilla disse ao sentir o selinho de Brunna. -- Bom dia! -- Ludmilla disse em um sorriso. -- A dona Silvana pediu para te trazer barras de cereal.

-- Que delícia! -- Brunna disse sorrindo, vendo Ludmilla guardá-los no porta-luvas. -- Agradeça ela por mim.

-- Hey! -- Ludmilla exclamou. -- E o meu trabalho de trazer para você? -- Ludmilla perguntou e Brunna riu.

-- Obrigada, amor. -- Brunna disse e Ludmilla suspirou.

-- De nada. -- Ludmilla disse sorrindo. -- Mereço um beijinho? -- Ela perguntou e Brunna assentiu.

-- Merece todos... -- Brunna disse, se inclinando e tomando os lábios de Ludmilla em um beijo manso e afetuoso.

-- Fiquei preocupada com você ontem. -- Brunna disse ao encerrar o beijo e Ludmilla acariciou o rosto de sua namorada.

-- Eu me distraí, desculpe. -- Ludmilla pediu e Brunna negou.

-- Não se preocupe com isso. -- Brunna disse. -- Tenho uma super novidade.

-- Diz, diz! -- Ludmilla disse animada e Brunna riu de seu entusiasmo.

-- Consegui a folga que você pediu uns dias atrás e poderei passar o dia todo te ensinando a dirigir ou sei lá, com você. -- Brunna disse sorrindo e Ludmilla sorriu abertamente, porém seu sorriso começou a morrer aos poucos.

-- Droga, hoje eu marquei com a Sandy, desculpe. -- Ludmilla disse.184

-- Oh. -- Brunna disse, tendo seu sorriso vacilando.

-- Eu posso desmarcar. Esqueça! -- Ludmilla disse ao ver que Brunna havia ficado triste. -- Era só uns livros bobos, outro dia eu...

-- Não. -- Brunna a cortou. -- Vem cá. -- Ela disse, saindo do carro e se sentando no banco de trás do mesmo. Ludmilla imitou o ato e fechou a porta. -- Aqui posso ficar abraçadinha com você mais confortavelmente. -- Disse puxando Ludmilla para seus braços. -- Então, não precisa desmarcar, você merece se divertir, já passou por tanta coisa.

-- Tem certeza? -- Ludmilla perguntou, aplicando um beijo casto no pescoço de Brunna antes de inalar seu perfume.

-- Sim, você quer ir, não quer?

-- Sim, mas você...

-- É bom você se envolver com pessoas de nossa idade. -- Brunna disse.

-- Então por que eu vejo no seu olhar que está tristinha? -- Ludmilla perguntou e Brunna suspirou, lhe fitando.

-- Eu sou meio boba, às vezes.

-- Não, Brunna. Não é. -- Ludmilla disse.

-- Eu não vou mentir para você que fiquei com um pouquinho de ciúmes dela. -- Brunna confessou.

-- Bu, ela é só a minha amiga. -- Brunna sorriu e assentiu.

-- Eu sei, amor. Confio de olhos fechados em você. -- Brunna disse, depositando um beijo nos lábios de Ludmilla. -- É só que não sou acostumada a dividir sua atenção e ela te olha diferente.

-- Diferente como? -- Ludmilla perguntou.

-- Com desejo. -- Brunna disse. -- Mas pode ser coisa da minha cabeça. Eu só... preciso que saiba que confio em você.

-- E eu em você. -- Ludmilla disse e Brunna sorriu. -- Te amo.

-- Também te amo.

-- Muitão? -- Ludmilla perguntou e Brunna riu.

-- Muitão. -- Brunna disse sorrindo.

-- Bu, sabia que a Sandy tem uma coleção de livros? Ela os usava quando me dava aulas e, nossa, ela disse que me empresta se eu quiser.

-- Você adora mesmo livros, não é? -- Brunna perguntou rindo e Ludmilla assentiu.

-- Estava pensando em começar a escrever. -- Ludmilla disse e Brunna abriu a boca surpresa.

-- Uma namorada escritora? Argh, sou muito sortuda. -- Brunna disse sorrindo e Ludmilla riu.

-- Ninguém vai me conhecer, mas eu gosto muito desse universo. -- Ludmilla disse e Brunna assentiu.

-- Eu vou te conhecer e vou fazer pôsteres sobre seus livros e colá-los em cada canto daquele hospital, se for necessário. -- Brunna disse e Ludmilla deitou sua cabeça no ombro de sua namorada.

-- Você me apoia tanto desde sempre. -- Ludmilla disse baixinho. -- Obrigada por sempre acreditar em mim.

-- Eu que agradeço por você acreditar em você mesma. Nunca deixe de crer que você pode realizar seus sonhos. -- Brunna disse e Ludmilla assentiu, ficando quieta. -- Quer suas aulas no tempo que ainda temos?

-- Não. -- Ludmilla disse, erguendo a cabeça e lhe fitando. -- Pensei que não viria mais pela hora e marquei com ela em trinta minutos. -- Ludmilla disse. -- Prefiro aproveitar o tempo que temos e namorar um pouquinho.

-- Bem, então a gente namora um pouquinho e eu te levo lá. -- Brunna disse e Ludmilla assentiu, fechando os olhos ao sentir os lábios de Brunna tocarem os seus.

-- Saudades desse beijo. -- Ludmilla murmurou e Brunna mordiscou o lábio inferior da garota, aprofundando o beijo no momento seguinte.

Ludmilla fez o que adorava fazer e subiu no colo de Brunna com uma perna para cada lado do corpo da garota, colando ainda mais os corpos. Sentiu as mãos de Brunna em sua lombar e abraçou os pescoço da menor, sentindo seu peito explodir de emoção. Amava aquela garota com tudo de si.

-- Bu... -- Ludmilla chamou com a boca ainda sobre a de Brunna. -- Eu quero fazer amorzinho com você de novo... -- Sussurrou, sentindo Brunna mordiscar o lóbulo de sua orelha e arfar contra ela.

-- Você tem compromisso. -- Brunna disse e Ludmilla segurou uma mão de Brunna e a desceu até o meio de suas pernas.

-- Podemos fazer aqui? -- Ludmilla perguntou e Brunna gemeu baixinho, esfregando a intimidade de Ludmilla e consequentemente a sua própria.

-- Tem certeza? -- Brunna perguntou, acariciando a virilha de Ludmilla pelo canto do short.

-- Sim... -- Ludmilla disse, rebolando sobre a mão de Brunna lentamente.

O timbre de seu celular tocou e Ludmilla bufou, ignorando, mas o barulho estava alto e insistente, por isso Ludmilla silenciou a chamada.

-- Pode ser importante... -- Brunna disse sem jamais deixar de acariciar a intimidade de Ludmilla, quando o celular voltou a tocar novamente.

-- Então eu atendo rapidíssimo e a gente continua? -- Ludmilla perguntou e Brunna assentiu. -- Alô? -- Ludmilla disse ao atender o celular. -- Já estou a caminho, não vi a hora passar... Até, beijos.

-- Sandy? -- Brunna perguntou e Ludmilla assentiu.

-- Nos beijamos mais tempo do que imaginei. -- Ludmilla disse rindo e Brunna assentiu, passando para o banco da frente após dar um selinho em Ludmilla.

-- Quer que eu te busque? -- Brunna perguntou assim que chegaram na frente da casa de Alecsandra.

-- Não precisa. -- Ludmilla disse, se inclinando e dando um demorado beijo em Brunna. -- Vai ficar bem mesmo?

-- Sim, vou beber com o Rodrigo e Diego. -- Ludmilla assentiu, se perguntando se Chloe estaria lá.

-- Está bem. Eu te amo.

-- Também te amo. Divirta-se. -- Beunna disse antes de Ludmilla sair do carro.

Ela suspirou e olhou pelo retrovisor a garota aplicar um demorado beijo no rosto de Ludmilla. Ela não gostava daquela garota, não confiaria nela nem em um milhão de anos, mas confiava em Ludmilla e se supõe que isso deveria bastar.

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