Chapter 43
-- Não seja teimosa. -- Brunna insistiu, vendo Ludmilla rir e cobrir a cabeça.
-- Amanhã a gente faz isso, Bu. Estou com sono. -- Ludmilla disse, sentindo Brunna retirar a coberta de cima dela e deitar sobre suas costas.
-- Ninguém mandou você querer demorar no banheiro ontem. -- Brunna disse, deixando um beijo suave na nuca de Ludmilla.
-- Quem iria preferir dormir cedo para ter aula de direção? -- Ludmilla perguntou e Brunna riu.
-- Eu te trouxe nosso café da manhã na cama, não faça desfeita, senão vou ficar triste. -- Brunna disse e Ludmilla ficou muda, se virando com cuidado por Brunna estar sobre suas costas.
-- Não, amor, não fica triste não. Eu já me virei, óh. -- Ludmilla disse preocupada e Brunna sorriu.
-- Agora sim, bom dia, amor. -- Brunna disse, vendo Ludmilla puxá-la para um selinho demorado.
-- Sem beijinho antes de escovar os dentes, não é? -- Ludmilla perguntou e Brunna sorriu.
-- Exatamente. -- Brunna disse rindo, vendo Ludmilla se levantar e ir correndo para o banheiro.
-- Pronto, Brunna. -- Ludmilla disse animada assim que saiu do banheiro e Brunna sorriu.
-- Vem cá comer, vem? -- Brunna chamou e Ludmilla correu na ponta dos pés para a cama, afinal estava frio e o chão estava gelado.
-- Mas e o beijinho? -- Ludmilla perguntou, engatinhando na cama até ficar bem perto de Brunna.
-- Bem aqui. -- Brunna disse, colocando um biquinho nos lábios. Ludmilla se inclinou e tocou os lábios nos de Brunna, sentindo a língua de Brunna pedir passagem. A maior tremeu ligeiramente pelo frio que sentiu e Brunna finalizou o beijo, virando Lauren de frente para a bandeja e encaixando seu corpo atrás do dela, enlaçando seus braços pela camisa de algodão que Ludmilla usava. -- Quer uma blusa?
-- Não precisa, você me abraçou agora. Vai esquentar. -- Ludmilla disse sinceramente. -- Isso tudo me deu muita fome. -- Ludmilla disse ao colocar os olhos na bandeja a sua frente. -- Estou com um sério problema, Brunna.
-- Problema? -- Brunna perguntou sentindo-se de repente preocupada.
-- Não sei o que comer primeiro. -- Brunna suspirou aliviada e riu, deixando um beijo no ombro de Ludmilla antes de apoiar a cabeça em seu ombro.
-- Você está muito cheirosa. -- Brunna falou mansamente, pincelando o nariz pelo pescoço de Ludmilla. -- Dormi o tempo inteiro inalando seu cheirinho.
-- Bu... -- Ludmilla disse baixinho. -- Estou me arrepiando.
-- É o frio. -- Camila brincou.
-- Você disse que Paty está de folga hoje e que chegaria bem cedinho. -- Ludmilla disse em um suspiro. -- Então não pode fazer isso, amor.
-- Mas não fiz nada. -- Brunna disse rindo, pegando uma torrada e mergulhando no requeijão antes de levar à sua boca.
-- Heey, você não usou faca. -- Ludmilla reclamou. -- Você quer que eu te ensine? Porque outros irão comer, não é certo fazer isso.
-- Desculpe, mamãe. -- Brunna brincou, mas ao ver Ludmilla virar o rosto e lhe fitar seriamente ela se encolheu. -- Não vou mais fazer isso, perdão.
-- Bom. -- Ludmilla disse, começando a comer.
-- Chata. -- Brunna disse sorrindo.
-- Correta, é diferente. -- Brunna assentiu, sentindo-se orgulhosa por ter ouvido um sermão de Ludmilla, afinal não perdia sua mania de fazer aquilo.
[...]
-- Eu estou mesmo conseguindo. -- Ludmilla disse animada, estacionando o carro da forma que Brunna havia lhe ensinado.
-- Vai demorar mais um pouco, mas você está indo muito bem. -- Brunna disse e Ludmilla sorriu, soltando o cinto. Ela iria se inclinar para selar os lábios de Brunna, porém parou no meio do caminho, pois a figura no parque, fora do carro, chamou sua atenção.
-- A Sandy... -- Ludmilla disse animada, abrindo a porta do carro e correndo em direção a uma garota. Brunna virou o pescoço e soltou seu cinto, vendo Ludmilla abraçar uma morena estupidamente linda.
-- Quem? -- Brunn sussurrou para si mesmo, tentando achar em sua memória se Ludmilla já havia citado ela antes, porém não achou nada.
Ludmilla naquele momento estava dando uma voltinha enquanto a garota analisava seu corpo sem pudor algum antes de se abraçarem novamente.
Brunna nem percebeu quando começou a balançar os pés, a única coisa que focava era que a garota ainda não havia soltado a mão de Ludmilla e engataram uma conversa mais do que animada, a julgar pela empolgação de Ludmilla.
Brunna tentaria ser sensata, porém o olhar de desejo estampado na cara da tal Sandy não ajudava em nada. A menor olhou no relógio e viu que teria que ir para o hospital e ela sabia que Ludmilla sabia, então relaxou no banco, tentando pensar em outra coisa além das minhocas que seu cérebro estava gerando.
Afinal era Ludmilla, ela jamais faria algo para machucar ninguém, muito menos Brunna. Não de propósito.
Passaram-se dez minutos e Ludmilla ainda estava lá, de mãos dadas com a garota enquanto Brunna ainda estava no carro. Estava em seu horário, mas esperaria mais um pouco.
Quando mais dez minutos se passaram ela retirou o cinto e saiu do carro, caminhando até Ludmilla calmamente. Não criaria caso por algo assim, Ludmilla só perdeu a noção do tempo ao reencontrar uma amiga.
-- Lauren... com licença. -- Brunna chamou cordialmente.
-- Bu, olha quem encontrei aqui. -- Ludmilla disse sorrindo abertamente. -- A Alessandra, uma de minhas professoras. -- O cenário de Ludmilla estudando com aquela mulher, onde claramente tinham intimidade demais invadiu a mente de Brunna.
-- Muito prazer, sou Brunna, a namorada de Ludmilla. -- Brunna se apresentou, estendendo a mão para a garota.
-- Perdão, disse namorada? -- A garota perguntou parecendo estar surpresa. -- Pensei que ela fosse sua fisioterapeuta. -- A garota disse olhando para Ludmilla.
-- Ela foi, mas agora namoramos. -- Ludmilla disse normalmente. -- Tem muita coisa que não deu tempo de te contar.
-- Huh, amor... -- Brunna interrompeu. -- Eu sei que o assunto deve estar bom, mas preciso te levar. Estou na minha hora.
-- Fique para conversarmos. Eu te levo até a sua casa. -- A garota se propôs e Ludmilla abriu o maior dos sorrisos.
-- Está bem. -- Ludmilla respondeu. -- Bu, vou ficar. Tenha um bom serviço. -- Ludmilla disse, se inclinando e dando um selinho em Brunna.
-- Huh, quer que eu passe na sua casa após o turno? -- Brunna perguntou.
-- Sim. -- Ludmilla disse sorrindo, fazendo Brunna assentir e depositar mais um beijo nos lábios de Ludmilla.
-- Eu te amo. Qualquer coisa me liga. -- Brunna disse. -- Foi bom te conhecer. -- Disse para a outra garota, cuja Ludmilla apelidava Sandy.
-- Eu também te amo. -- Ludmilla respondeu e Brunna sentiu seu coração se acalmar um pouco.
Ludmilla a amava, ela amava Ludmilla. Tudo estava bem.
Não estava?
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro