Chapter 39
A língua de Brunna se enroscava com a de Ludmilla em um beijo lento e intenso, fazendo Ludmilla soltar seu cinto e se sentar no colo de Brunna, sem jamais separar o beijo. Brunna arfou na boca dela e sorriu.
-- Eu preciso ir, Lud. -- Brunna disse, sabendo que precisava ir para o hospital em alguns minutos.
-- Eu sei, só estou te beijando direito. -- Ludmilla sussurrou contra sua boca.
-- Você sempre me beija direito. -- Brunna replicou, voltando a beijar Ludmilla e a envolver seus braços ao redor dela. De repente o ar atmosférico ficou escasso e ambas respiravam com dificuldade.
-- Você vai me ensinar a dirigir amanhã cedo? -- Ludmilla perguntou, enchendo de beijos o maxilar de Brunna, que sem perceber já tinha suas mãos passeando pela coxa e cintura de Ludmilla.
-- Amanhã bem cedinho. -- Brunna respondeu, olhando-a com os olhos quase enegrecidos pelo desejo que, de tão intenso, transbordava. Ludmilla assentiu e voltou a beijá-la, arfando na boca de Brunna quando uma mão da menor apertou sua coxa e a outra a puxou mais para seu corpo.
Ludmilla, no intuito de aliviar um pouco o que sentia, pressionou seu corpo contra o de Camila e deu uma leve rebolada, fazendo as duas gemerem.
-- Lud? -- Brunna chamou contra a sua boca, sentindo Ludmilla repetir o movimento que, em seu pessoal, estava achando delicioso demais.
-- Hm? -- Ludmilla murmurou, mordiscando o lábio inferior de Brunna. A menor pensou um pouco se diria o que pensava, mas acabou decidindo que sim.
-- Dorme em casa hoje? -- Perguntou, ajudando com as duas mãos Ludmilla a friccionar seu centro contra o colo de Brunna.
-- Durmo... -- Ludmilla respondeu de prontidão, gemendo baixinho ao sentir a unha de Brunna arranhar suas costas por dentro da blusa.
-- Amor... -- Brunna chamou, inebriada com as sensações que seu corpo estava lhe proporcionando. -- Você precisa me ajudar a parar agora, porque sozinha eu não tenho forças. -- Brunna disse, pendendo o pescoço para trás e fechando os olhos quando sentiu a boca de Ludmilla fazer uma trilha de beijos de sua mandíbula até sua clavícula.
-- Eu não quero parar... -- Ludmilla sussurrou, arrastando os dentes levemente pelo pescoço de Brunna.
-- Mas se sua mãe sair na janela de sua casa ela nos verá, porque o vidro da frente não é fumê. -- Ludmilla bufou e a olhou. -- Além do mais eu preciso ir.
-- Hm. Tem razão. -- Ludmilla disse, saindo do colo de Brunna rapidamente. -- Estou cansada hoje, Bu. Acho que não vou dormir com você, não. -- Brunna murchou na hora. Planejava dar mais um passo na relação, mas se Ludmilla não estava bem, não forçaria nada.
-- Está bem. -- Brunna disse, se inclinando para dar um selinho em Ludmilla, mas percebeu que algo não estava bem. -- Hey, o que foi? -- Ludmilla respirou fundo e negou com a cabeça.
-- Desculpe, só foi estresse momentâneo. -- Confessou, fazendo Brunna entortar a boca. -- Vou dormir com você sim, não vou descontar frustrações em você, Bu.
-- O que te frustrou? -- Brunna perguntou.
-- É que você sempre me afasta, mas já passou. Podemos levar o Leo hoje? -- Ludmilla perguntou mudando de assunto e Brunna assentiu.
-- Podemos. -- Brunna respondeu olhando em seu relógio de pulso no momento seguinte. -- E eu só te afastei agora porque Silvana pode nos ver e porque eu tenho que ir. -- Brunna disse, se debruçando sobre o banco do passageiro. -- Que tal se formos jantar fora hoje?
-- Eu vou poder ficar abraçadinha com você? -- Ludmilla perguntou. -- Porque nos filmes os casais sentam um em cada lado da mesa e eu não quero ficar longe. -- Brunna sorriu ao ouvir aquilo.
-- Podemos nos sentar uma do lado da outra, apesar de não ser o tradicional. -- Brunna disse rindo.
-- Então está bem. -- Ludmilla disse e Brunna assentiu. -- Eu amo dormir abraçadinha com você. Fico feliz de dormir lá hoje. -- Comentou, passando os dois braços ao redor de Brunna e colando os lábios nos dela.
-- Eu tinha outra coisa em mente para essa noite, além de dormir. -- Brunna disse, mordendo o próprio lábio inferior para conter o sorriso ao ver os olhos de Ludmilla brilharem.
-- Você... está falando sobre o que estou pensando? -- Ludmilla perguntou e Beunna deu de ombros.
-- Depende, está pensando em assistir filmes até amanhecer?
-- Huh... -- Lauren disse um pouco desanimada. A risada de Brunna ecoou dentro do carro e ela se inclinou e deu um beijo no rosto de Ludmilla.
-- Estou brincando. -- Brunna disse. -- Eu estava me referindo a fazermos amor... -- Brunna disse em um sussurro, analisando cada expressão de Ludmilla, a forma como seus olhos brilharam e seu sorriso se alargou. -- Se você se sentir preparada para isso.
-- Siiim. -- Ludmilla disse animada. -- Deus ouviu minhas orações. -- Brunna voltou a rir.
-- Pediu isso a Deus? -- Brunna perguntou surpresa.
-- Para você não adiantava mais, você sempre me negava. -- Ludmilla falou e Brumna riu novamente.
-- Sabe que não era por falta de vontade, não é? -- Perguntou, uma de suas mãos estava no volante e a outra apoiada no banco do passageiro.
-- Sim. -- Ludmilla replicou, levando uma mecha dos cabelos de Brunna até atrás de sua orelha. -- Estou nervosa. -- Ludmilla confessou rindo.
-- Não precisa. Se você mudar de ideia, mesmo que seja mais tarde, mesmo que seja durante... Você sabe... -- Brunna disse. -- Me deixe saber, por favor.
-- Eu não vou mudar de ideia. -- Ludmilla disse. -- Agora me dá um último beijo e vai, porque eu tenho aula já já e você vai se atrasar. -- Ela disse, vendo Brunna assentir e se inclinar, roçando seus lábios nos dela antes de aprofundar o beijo.
Ludmilla arfou, amava a sensação de ter os lábios de sua namorada contra os seus.
-- Eu te amo. -- Brunna sussurrou, dando um último selinho em Ludmilla. -- As nove e meia passo aqui.
-- Também te amo. -- Ludmilla respondeu. -- Nove horas já estarei pronta. -- Ludmilla disse rindo e Brunna assentiu, vendo Ludmilla abrir a porta de seu carro e sair.
A menor soltou o ar que nem sabia que prendia. Iriam mesmo fazer aquilo? Ah, se dependesse dela iriam. Ela prendeu seu cinto e ligou o carro, depois a rádio, cantando junto com a música enquanto manobrava o carro. Se ela estava feliz? Com certeza.
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