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Chapter 38

-- Você pode subir, querida. -- Silvana disse sorrindo e Brunna se aproximou dela, dando um forte abraço.

-- Que saudade da senhora. -- Brunna disse sorrindo assim que encerrou o abraço. -- Não tive tempo de vir aqui esta semana, sinto muito.

-- Não se preocupe. -- Silvana disse. -- Oh, estou te preparando uns biscoitos incríveis, mais tarde pedirei para Ludmilla ir te levar na sua casa.

-- Se não é a melhor sogra do mundo, provavelmente a disputa será acirrada com a número um. -- Brunna disse rindo. -- Muito obrigada.

-- Não há de quê. -- Disse acariciando a mão de Brunna. -- Agora suba, pois Ludmilla fala de irem comprar esse carro desde a semana passada.

-- Sim, eu iria com ela na semana passada, mas tive que trocar meu turno naquela semana. -- Brunna explicou. -- Vou lá, com licença.

-- Fique à vontade. -- Brunna ouviu Silvana dizer antes de subir as escadas. Caminhou até o quarto de Ludmilla e deu três batidas na porta.

-- Entre! -- Ouviu a voz de sua namorada proferir e sorriu, fazia dois dias que não a via.

-- É aqui que mandaram entregar uma namorada cheia de saudade? -- Brunna perguntou sorrindo e Ludmilla a olhou com os olhos brilhando.

-- Bu... -- Ludmilla disse animada e se levantou, correndo até sua namorada e dando um abraço forte antes de colar os lábios em um selinho demorado.

-- Heey, está fazendo mudanças, hm? -- Brunna disse ao reparar algumas coisas sendo tiradas das paredes do quarto de Ludmilla.

-- Sim, meu quarto não condiz com minha idade, mas não sei o que tirar, eu gosto de tudo. -- Brunna assentiu e puxou Ludmilla pela mão, a fazendo se sentar em seu colo antes de envolver as mãos ao redor de seu corpo.

-- Olha, você não precisa tirar as fadas por essa besteira de idade. -- Brunna alegou. -- Eu mesma sou apaixonada por seres místicos e se pudesse teria um quarto igual ao seu.

-- Sério? -- Ludmilla perguntou e Brunna assentiu.

-- Muito sério. Então se você quiser mudar o estilo do seu quarto porque enjoou eu até te ajudo, porém se for para se encaixar nos padrões da sociedade esqueça isso.

-- Me ajudaria mesmo?

-- Claro. -- Brunna disse e Ludmilla sorriu. -- Só não quero que aceite nenhum dos pôsteres da Patrícia, vai ter mulher pelada neles, tenho certeza, e vou ficar com ciúmes. -- Brunna disse rindo e Ludmilla abriu a boca surpresa.

-- Bu! -- Ludmilla disse antes de afundar a cabeça no pescoço de Brunna.

-- Só disse verdades. -- Brunna disse rindo.

-- Já que entramos nesse assunto... -- Ludmilla começou, acariciando a clavícula de Brunna um pouco sem jeito. -- Eu consegui fazer sozinha. -- Brunna piscou lentamente até entender do que Ludmilla se referia.

-- Você não... não precisa me dizer isso. -- Brunna disse mordendo seu lábio inferior.

-- Achei justo dizer, afinal eu pensei em você. -- Ludmilla disse e Brunna podia jurar que havia um pouco de malícia na voz que geralmente saía inocente.

-- Sua mãe pode aparecer, a porta está... -- Brunna começou, arfando e fechando os olhos lentamente ao sentir beijos suaves de Ludmilla em seu pescoço. -- Aberta.

-- Você já fez isso pensando em mim? -- Ludmilla perguntou, lhe olhando antes de morder o lábio inferior de Brunna.

-- Já. -- Brunna confessou. -- Mas nunca consegui terminar, você sabe... sempre alguém atrapalhava. -- Revelou sentindo os braços de Ludmilla se enroscaram em seu pescoço.

-- Eu poderia te ajudar com isso, Bu. -- Ludmilla sussurrou e Brunna sentiu seu corpo esquentar de repente, fazendo sua respiração ficar descompassada.

-- Você está se tornando uma provocadorazinha experiente. -- Brunna disse franzindo os olhos e Ludmilla sorriu, assentindo.

-- Estou, não estou? -- Perguntou rindo, antes de acariciar a nuca de Brunna e se inclinar, capturando seus lábios em um beijo manso.

Brunna gemeu baixinho diante da saudade que havia sentido daquele contato; jamais se cansaria daquele beijo. Brunna apertou as mãos na cintura de Ludmilla ao sentir uma mão da garota descer e adentrar sua blusa, acariciando sua barriga.

-- Senti saudade... -- Ludmilla sussurrou antes de voltar a aprofundar o beijo, fazendo o coração de Brunna acelerar ainda mais quando uma mão da garota subiu por dentro de sua blusa. -- Posso te tocar?

-- A porta, amor... -- Brunna sussurrou quase sem ar e Ludmilla se levantou, indo fechar a porta às pressas.

-- Problema resolvido. -- Ludmilla disse antes de voltar para o colo de Brunna. -- E agora? -- Perguntou enchendo de beijos lentos na clavícula de sua namorada.

-- Pode... -- Brunna soltou em um fio de voz, sentindo a mão quente de Ludmilla rodear seu seio no instante seguinte por debaixo da blusa e apertá-lo sem usar muita força.

A menor gemeu baixinho e sentiu seus seios entumescerem diante do toque.

-- Eu adoro o fato de você quase nunca usar sutiã. -- Ludmilla disse baixinho. -- Quase sempre consigo ver o formato deles. -- Ela disse, voltando a beijar Brunna de uma forma intensa.

Brunna mordeu o lábio inferior de Ludmilla e apertou mais sua cintura, porém seus olhos focaram no relógio no meio da parede atrás de Ludmilla.

-- Isso tudo está muito, muito gostoso, amor, mas precisamos ir comprar logo esse carro. Preciso ir trabalhar. -- Brunna disse com dificuldade, fazendo Ludmilla retirar a mão de seu seio antes de lhe dar um selinho.

-- Está bem. -- Ela concordou, se levantando do colo de Brunna e a puxando pela mão.

[...]

Brunna ouvia atentamente o que o vendedor dizia sobre um dos carros enquanto tinha os braços passados pelo ombro de Ludmilla, tendo uma de suas mãos entrelaçada com a de Ludmilla.

-- Como disse que se chamava mesmo? -- Ludmilla perguntou e o homem sorriu gentilmente para ela.

-- Juan. -- Ele informou e Ludmilla assentiu.

-- Então, Juan. Eu realmente não estou nada feliz de que você tenha dito que este é o modelo mais econômico e o último modelo lançado, sendo que você e eu sabemos muito bem que este modelo não chega a ser sequer econômico e ele tem um modelo que foi lançado depois dele. -- Ludmilla disse tranquilamente. -- Então eu peço encarecidamente que não minta, porque minha namorada está disposta a comprar um carro para ela, praticamente de aniversário, e não ficarei nada contente se por ventura ela vir a odiar o bem que comprar. -- O homem lhe olhou desconcertado e Brunna a fitou boquiaberta.

-- Eu... Eu sinto muito, senhorita. -- Ele disse.

-- Não sinta. Olha só, parece que temos outra vendedora logo ali, obrigada, não precisamos mais dos seus serviços. -- Ludmilla disse, puxando Brunna em direção a outra vendedora.

-- Como sabe tudo aquilo? -- Brunna perguntou baixo e Ludmilla sorriu, lhe dando um beijo no rosto.

-- No hospital só tinha revista de moda e de carro. -- Ludmilla disse rindo. -- E eu odeio moda.

-- Você absorve muito fácil o que lê, sabia? Não sei se tenho orgulho ou inveja. -- Brunna disse rindo, dando um selinho em Ludmilla antes de se aproximar da vendedora.

-- Pode ter os dois. Eu deixo. -- E, diante do riso gracioso de Brunna, Ludmilla inevitavelmente sorriu junto.

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