Chapter 30
-- Quando suas aulas voltam? -- Patrícia questionou Brunna quando a viu passando com a pipoca na mão.
-- Em duas semanas. -- Brunna replicou.
-- Começo de fevereiro? Essa faculdade te explora, você trabalhou até quase o natal. -- Diego disse.
-- Saí de férias poucos dias depois de conhecer Ludmilla, mas me voluntariei a ficar até o natal. -- Explicou. -- Além do mais, ainda vou lá para as sessões de Ludmlla. Ela se sente confortável comigo, não queria ter que trocar o fisioterapeuta dela.
-- Ludmilla Oh na na, half of my heart is on Ludmilla oh na na! -- Rodrigo cantarolou e Brunna corou.
-- Tenho certeza de que a música não é assim. -- Ela disse.
-- Para você é. -- O garoto respondeu rindo.
-- Chancho, você gostou do "meninas levadas 3"? -- Patrícia perguntou e Brunna arqueou uma sobrancelha.
-- O que é isso? -- Indagou, levando uma pipoca até sua boca.
-- O curta-metragem que te comprei para se auto foder. Pensei que precisava, não sabia que você e Ludmilla já estavam na fase dos amassos.
-- Onde você deixou isso? -- Brunna perguntou aterrorizada, provavelmente todo o sangue de seu corpo havia desaparecido, pois a garota estava pálida.
-- Lá em cima com nossos film... -- Sua voz se perdeu no ar ao ver Brunna correr escada acima quase na velocidade da luz.
-- O que deu nela? -- Diego perguntou confuso.
-- Só Deus entende a Chancho, cara. -- Ela disse rindo.
Brunna podia jurar que nunca correu tanto em toda a sua vida, mas quando alcançou a maçaneta da porta e a abriu percebeu que era tarde demais: Ludmilla estava em pé, escorada nas muletas, com os olhos vidrados na tela da TV, onde duas garotas nitidamente transavam.
Brunna correu até a TV e a desligou às pressas, parando na frente de Ludmlla e colocando a pipoca sobre a cômoda. Um suspiro longo se esvaiu de seus pulmões.
-- No começo eu pensei que uma estava machucando a outra. -- Ludmilla disse.
-- Por quê?
-- Porque ela gritava igual uma hiena. -- Ludmilla disse, fazendo Brunna rir ao imaginar o tipo de curta que Patrícia havia alugado.
-- Desculpe por isso, amor. -- Brunna disse sinceramente, levando uma mecha do cabelo de Ludmlla até atrás de sua orelha delicadamente. -- Eu não sabia que isso estava aí.
-- Bu, eu entendi que elas não estavam se machucando. -- Ludmilla avisou.
-- Eu trouxe pipoca, que tal um filme de romance? -- Brunna disse envergonhada.
-- E eu fiquei com vontade de fazer xixi. -- Brunna lhe fitou.
-- Acho que precisamos ter um conversa, hm? Eu e você sabemos que não foi isso que sentiu, mocinha. -- Brunna disse e Ludmilla puxou Brunna pela cintura, enterrando seu rosto em seu pescoço.
-- É um pouco estranho falar disso. -- Ludmilla sussurrou, fazendo Brunna rir.
-- Ludmilla Oliveira com vergonha de falar algo? Isso é novo para mim. -- Brunna disse rindo, segurando as duas muletas de Ludmlla e as encostando ali.
Ela levou suas duas mãos até a parte de trás das pernas da maior e a puxou para cima, fazendo-a envolver as pernas ao redor de seu corpo.
-- Vem, vamos nos acomodar. -- Disse, caminhando com Ludmilla em seu colo, a colocando com cuidado na cama ao chegarem nela e se deitando ao seu lado.
-- Como é o nome disso que senti? -- Ludmilla perguntou, olhando para Brunna.
-- Tesão, desejo, excitação... -- Brunna respondeu.
-- Você poderia me ajudar, não é? -- Brunna franziu o cenho.
-- No quê?
-- A ter um orgasmo, Bu. -- Brunna quase se engasgou na própria saliva ao ouvir aquilo.
-- Lud, sua sinceridade realmente me constrange às vezes. -- Ela disse completamente enrubescida. -- Naturalmente eu posso te ajudar, mas eu acho que ainda é cedo para fazermos isso.
-- Por quê? Ohanna disse que quando duas pessoas se gostam elas fazem isso e eu gosto de você e você de mim. -- Brunna mordeu seu lábio inferior.
-- Eu não sei o porquê, na verdade. -- Brunna confessou. -- Só sinto que ainda é cedo.
-- Você não sente as florzinhas? -- Ludmilla perguntou a Brunna que sorriu.
-- Sinto. -- Brunna disse, dando um selinho em Ludmilla.
-- Quando você me beija elas nascem lá embaixo também, mas você sempre foge de mim. -- Ludmilla confessou tristemente e Brunna se ajeitou na cama.
-- Quer saber por que eu fujo? -- Ludmilla assentiu. -- Porque eu fico muito excitada, mas não quero avançar as coisas apressadamente.
-- Então não quer ficar comigo assim?
-- Quero muito, mas acho que precisamos esperar mais um pouco. -- Foi sincera.
-- E o que eu faço com o que estou sentindo agora? -- Ludmilla perguntou. -- Porque incomoda bastante. -- Confessou, se remexendo inquieta.
Brunna fechou os olhos e respirou fundo. O que fazer quando sua namorada está te dizendo que está excitada na sua cama, ao seu lado? Bem, Brunna sabia exatamente o que fazer, mas não achava que era certo ainda.
-- Poderíamos assistir filme até sua mente se distrair. -- Brunna sugeriu.
-- Mas eu quero beijar você durante o filme. -- Céus, Ludmilla não facilitava para Brunna.
-- Você anda muito viciada em beijar, hm? -- Brunna brincou rindo.
-- Mas é só em você, Bu. -- Ludmilla disse, juntando mais os corpos e dando um beijo no rosto de Brunna.
-- Só em mim? -- Brunna perguntou sorrindo.
-- Sim. Eu gosto muito de você, sabia?
-- Eu também gosto muito de você. -- Brunna respondeu, sentindo Ludmilla tocar sua cintura.
-- Eu sonhei com você essa madrugada.
-- Ah é? E como foi o sonho?
-- Estávamos em uma fábrica de chocolate e dentro de uma piscina enorme de chocolate também. -- Falou com empolgação. -- E você me ensinava a nadar e estava de maiô. -- Brunna gargalhou.
-- Você realmente gosta de me ver com maiô, não é? -- Brunna perguntou entre o riso.
-- Eu gosto muito. Muito mesmo. -- Ludmilla disse e Brunna assentiu em meio a um sorriso.
-- Quando você estiver andando sem muletas eu te levo em uma praia, mas só no verão, está bem?
-- Sim. Você estará de maiô?
-- Não. Estarei de biquíni. -- Brunna disse e os olhos de Ludmlla cintilaram.
-- Siiiiiim. -- Ludmilla gritou empolgada, fazendo Brunna rir novamente. -- Me dá um beijinho para selar a promessa?
-- Ah, então agora não é mais de mindinho? -- Brunna perguntou arqueando uma sobrancelha.
-- Sim, mas eu quero um beijo. -- Ludmilla disse, depositando um beijo sem malícia no pescoço de Brunna, mas que foi o suficiente para fazê-la suspirar.
-- Certo. -- Brunna disse, se inclinando e dando um beijo em Ludmilla. Algo no beijo de Ludmlla lhe dizia que seria difícil passar o fim de semana sem explodir interiormente.
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