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Chapter 27

-- A sua casa é legal. -- Ludmilla disse, analisando cada canto do lugar que adentrava com Brunna. A garota insistia que queria conhecer a casa da "Fada Bu" e Brunna não pôde negar.

-- Bem, não é minha, mas é aqui onde vivo. -- Brunna explicou, ajudando Ludmilla, que caminhava com muletas já fazia alguns dias.

Silvana havia se recusado a ir, alegando que Ludmilla precisava se entrosar com pessoas de sua idade e precisava de um pouco de liberdade para crescer; alegou também confiar sua vida em Brunna, já que estava lhe entregando sua joia mais preciosa por um fim de semana inteiro.

-- Rodrigo? -- Brunna gritou e em poucos segundos o rapaz já estava ali, acompanhado de Diego.

-- Oi, moça. -- Ele disse sorrindo para Ludmilla.

-- Olá. -- Ludmilla disse gentilmente.

-- Pode subir as coisas de Ludmilla para mim? Vou precisar levá-la e...

-- De jeito nenhum. Eu a levo, Brunna. Aquela academia tem que servir para alguma coisa além de me deixar gostoso. -- Ele brincou, vendo uma expressão cética se formar no rosto de Brunna. ( Na/ Que mancada eu não ter colocado o Renatinho como esse personagem. Kkk é a cara dele)

-- Tem certeza? -- Perguntou. -- Ro, não a deixe cair ou algo assim.

-- Deixa comigo. -- Ele disse e Brunna só deixou porque ele a carregava sempre escada acima quando estavam brincando entre eles.

-- Vou na cozinha preparar algo para comermos. Ela não come já tem umas quatro horas. -- Disse, vendo Diego erguer as coisas de Ludmilla e as muletas e Rodrigo levantar a garota. -- Me espera lá em cima que eu já vou, Lud.

-- Você é amigo da Bu desde muito tempo? -- Ludmilla questionou enquanto o rapaz a carregava nos braços.

-- Desde que ela se mudou para esta cidade. -- Ele explicou.

-- Oh. -- Ludmilla disse. -- E isso é quanto?

-- Não sei. Uns quatro ou cinco anos.

-- Oh! Obrigada. -- Ela agradeceu assim que ele a colocou no chão, pegando suas muletas de Diego, que havia lhes seguido.

-- Não precisa agradecer, você é minha futura cunhadinha. Se faz a Bru feliz já está bom para mim. -- Ludmilla franziu o cenho.

-- Cunhadinha? -- Perguntou confusa.

-- Sim. Eu sou melhor o amigo da Brunna, bem, eu e o Diego somos. -- Explicou. -- Mas apesar de ser meio bobão eu sou gente boa. Não sou, Digo? -- Perguntou.

-- É, Cara. -- Diego assentiu, tocando em sua mão.

-- Rá, moleque. -- Ele disse rindo. -- Então, eu considero Brunna como uma irmã. Então se você não é só amiga da Brunna, tenho certeza que no futuro você será minha cunhada. -- Ludmilla voltou a entortar a expressão em seu rosto.

-- A Bu não é só a minha amiga? -- Perguntou e Rodrigo suspirou.

-- Diz uma coisa, vocês dão umas bitoquinhas? -- Ludmilla franziu o cenho novamente. -- beijinho na boca? -- A menina assentiu sorrindo logo em seguida e Rodrigo riu.

-- Rá, moleque. -- Ele disse, tocando novamente não mão de Diego, que também riu ao descobrir aquilo. -- Estou me sentindo muito professor, fala aí? -- Riu mais um pouco, retomando o fôlego instantes depois. -- Desculpe, me empolguei. -- Disse. -- Então como eu dizia, quando duas pessoas que se gostam elas agem assim, com beijinhos e tchuneves, mas Brunna é certinha demais para ter feito tchuneves com você, então tenho certeza de que não chegaram lá ainda.

-- O que é isso? -- Ludmilla perguntou, mal podendo pronunciar a palavra.

-- É uma gíria que eu e Diego inventamos para... ouch! -- A cotovelada de Diego fez o garoto calar a boca.

-- Se Brunna descobrir que você está ensinando isso a ela você irá ficar sem seu amigão. -- Disse, apontando para as partes baixar do rapaz.

-- Tem razão. Ludmilla, esqueça isso, vou mostrar o quarto de Brunna e de Patrícia. Me siga. -- E assim a garota fez.

[...]

-- A Patrícia pode dormir com você sempre que tiver medo? -- Ludmilla perguntou encarando a cama vazia ao lado da de Brunna. As duas estavam abraçadas, Ludmilla sobre o peito de Brunna, apenas para tirar uma soneca após a refeição, a pedido de Ludmilla.

-- Bem, sim, mas ela não costuma ter medos e geralmente quando tem, a Larissa os afasta.

-- O que elas são? -- Ludmilla perguntou.

-- Namoradas. -- Ludmilla piscou lentamente, se lembrando do assunto que teve com Rodrigo um pouco mais cedo.

-- Bu, nós não somos só amigas? -- Brunna ficou sem reação. Não esperava por aquilo naquele momento.

-- Bem, definitivamente não nos sentimentos apenas como duas amigas.

-- E por quê? -- Ludmilla indagou.

-- Porque, hm, sentimos atração uma pela outra e... -- Brunna estava a ponto de explodir de constrangimento. -- Esta cama é muito pequena, não acha? -- Ludmilla franziu o cenho devido à brusca mudança de assunto.

-- Não, por quê?

-- Estou pensando em comprar uma cama maior, para sempre que vir aqui nos sentirmos mais confortáveis. -- Disse alegre por Ludmilla não ter voltado no assunto anterior.

-- Não, Bu.

-- Por que não? -- Brunna perguntou confusa.

-- Porque se não a gente vai ter espaço. -- Ludmilla disse, abraçando mais o corpo de Brunna que estava sob o seu.

-- Isso é o que queremos. -- Ela disse rindo.

-- Não. -- Ludmilla insistiu.

-- Ludmilla, vai ser melhor para nós. É mais confortável. -- Brunna explicou, não entendendo a rejeição de Ludmilla quanto a uma cama de casal.

-- A gente ainda vai poder dormir juntinhas? -- Oh, então era isso, pensou Brunna, tendo um amplo sorriso dominando seu rosto.

-- É claro que sim. -- Disse sutilmente, vendo Ludmilla erguer o seu rosto e lhe fitar intensamente.

-- Você jura? -- Perguntou, sentindo o carinho de Brunna em suas costas.

-- Eu juro. -- Brunna disse docemente.

-- Bu, quando duas pessoas se gostam elas agem dando beijinhos, não é? -- Perguntou, tentando comprovar a teoria de Rodrigo.

-- Sim. -- Brunn respondeu.

-- E você e eu nos gostamos, não é?

-- Eu gosto muito, muito, muito de você e acredito que você também goste de mim.

-- Eu gosto, Bu. Muitão.

-- Muitão? -- Perguntou sorrindo e Ludmilla assentiu.

-- Então a gente vai fazer tu... tchuve... tchuneves? -- Sorriu quando acertou a palavra, fazendo toda a cor do rosto de Brunna sumir.

-- Onde ouviu isso? -- Perguntou bruscamente.

-- Desculpe. -- Ludmilla disse, se encolhendo devido ao tom de voz de Brunna.

-- Hey, perdão, não quis te assustar. -- Brunna disse suavemente, depositando um beijo na testa da garota. -- Rodrigo ou Diego que te disse sobre isso? -- Perguntou, contendo a vontade de esbofetear a pessoa no rosto.

-- O Rodrigo.

-- Ele te explicou o que é isso? -- Perguntou temerosa.

-- O Diego não deixou, mas o que é, Bu? -- Brunna fechou os olhos irritada. Nem metade de um dia na república já havia sido má influência para a garota.

-- Não acho que seja apropriado te dizer ainda. Um dia eu te conto. -- Brunna disse e isso só fez a curiosidade de Ludmilla aumentar ainda mais, porém aceitou aquilo.

-- Posso te dar um beijinho? -- Ludmilla perguntou e Brunna assentiu.

-- Não precisa pedir, Lud. -- A maior franziu o cenho.

-- Posso te beijar sempre que eu quiser sem pedir? -- Perguntou surpresa e animada.

-- Sim, sempre que quiser. -- Disse, vendo Ludmilla sorrir alegremente e se inclinar, tocando seus lábios delicadamente. Enquanto Brunna desfrutava do beijo desengonçado, porém delicioso e que estava se moldando ao seu perfeitamente, ela pensava em que forma poderia desmembrar o Rodrigo por ter tocado naquele assunto com Ludmilla.

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