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Chapter 22

Silvana não era boba, sabia que algo não estava certo; conhecia sua filha o suficiente para ver sua expressão triste e confusa. A mulher retirou seu casaco e o pendurou, caminhando até o sofá e se sentando ao lado da garota.

-- O que houve, querida? -- Perguntou com doçura, pois não queria de maneira nenhuma assustar sua filha. Ludmilla entortou o canto dos lábios e negou com a cabeça.

-- Eu não sei, mamãe. -- Ela disse, tentando discernir o que estava acontecendo.

-- Por que essa carinha triste?

-- Eu... -- Seus olhos castanhos encontraram o de sua mãe e por um momento ela corou, desviando o olhar para qualquer outro ponto. -- Eu não sei o que está havendo comigo.

-- Tente explicar para mim, hm? Quem sabe eu possa te ajudar. -- Silvana disse, vendo Ludmilla se virar de frente para ela e assentir com a cabeça.

-- Está bem. -- Disse, deixando seus ombros caírem. -- Desde que eu acordei no hospital eu gosto da presença da Brunna, mãe. -- Ela confessou. -- Mas não é igual antes, com as minhas amiguinhas da escolinha, ela é uma amiga diferente.

-- Diferente como? -- Silvana perguntou, já tendo uma leve noção do que se tratava, mas mesmo assim querendo ouvir de sua filha.

-- Eu não sei. -- Disse em um suspiro frustrado. -- Eu gosto de colorir, mas aí de repente não estou mais prestando atenção no desenho, estou lembrando de como ela sorri quando me conta uma estória. Eu estou confusa; eu... -- Sua voz se perdeu quando ela começou a chacoalhar a cabeça e seus olhos começaram a tremer, seus cílios piscarem e ela bufar irritada.

-- Calma, filha. -- Silvana pediu, pegando uma das mãos de Ludmilla e acariciando.

-- Não. Eu... Eu não gosto disso. A Bu ficou brava comigo por isso. -- Disse piscando ainda mais, seu rosto levemente corado pela fúria de si mesma.

-- Ela ficou brava? -- Silvana indagou.

-- Eu acho que sim. -- Ludmilla disse, suspirando pesadamente. -- Eu vi alguns filmes onde duas pessoas se beijavam. -- Explicou, começando a brincar com os dedos de sua mãe, que não se importou com aquilo. -- E eu entendi o que eu sentia quando estava perto dela. Era isso que eu queria fazer, mas eu não sabia antes.

-- E você disse isso a ela?

-- Não. Eu mostrei. -- Falou, olhando para sua mãe com a expressão repleta de culpa. -- Liga para ela e pede desculpas por mim? Eu prometo de dedinho que não vou fazer mais isso. -- Falou levemente afobada. -- Mamãe, eu juro que guardo a vontade na caixinha de segredos do coração e não faço mais, mas pede para a Bu não ficar brava comigo, por favor...

-- Querida, você a beijou? -- Silvana ainda estava presa naquela informação, boquiaberta e surpresa demais para dizer qualquer outra coisa.

-- Eu... Não sei o que está acontecendo comigo. -- Ela disse tristemente. -- Meu cérebro quebrou em alguma das cirurgias e não voltou mais ao normal, mamãe.

-- Querida, o que está acontecendo com você é absolutamente normal. -- Explicou brandamente. -- E aposto que Brunna não ficou brava, talvez surpresa.

-- Ela me disse no hospital que também sente as florzinhas. -- Confessou cabisbaixa. -- Eu pensei que ela... Eu pensei... -- Bufou. -- Eu não sei o que eu pensei. Eu não gosto de ter o cérebro quebrado. -- Silvana riu e acariciou os cabelos de Ludmilla.

-- Seu cérebro não está quebrado. Deixa a mamãe te contar algo. -- Silvana começou, pacientemente. -- Quando eu conheci o seu pai, eu me sentia exatamente igual a você: Confusa. Eu só pensava nele o dia todo e de como ela reagiria a algo que eu lhe contasse.

-- Você sentia as florzinhas com o papai?

-- Florzinhas? -- Silvana questionou.

-- É. Elas nascem por todos os lados. No coração, porque bate muito rápido. -- Explicou como toda paciência, fazendo sua mãe sorrir. -- No estômago porque ele fica remexendo feito louco. Ah! Elas também nascem no pulmão, porque mamãe, eu juro que fica difícil respirar normal quando a Bu está muito perto. Será que a Bu é uma semente? -- Divagou confusa. -- Ou uma jardineira? -- Silvana gargalhou.

-- Sim, querida. Eu também sentia as florzinhas com o seu pai. E deixa eu te contar um segredo... -- Sussurrou desta vez. -- Todo mundo tem alguém que faça as florzinhas nascerem.

-- Todo mundo? Até a Bu?

-- Sim, se ela mesma te disse que as florzinhas também nascem nela quando está com você...

-- Mãe, como faz para não sentir as florzinhas? A Bu ficou brava, eu tenho certeza. Ela foi embora depois de dizer que assistiria a Cinderela comigo.

-- Não tenho essa informação, querida, mas por que não esperamos amanhã para conversarmos com a Brunna e ver se ela ficou brava, hm?

-- Não vai ligar para ela? Só para ver se ela não caiu na neve. Ela me disse que sempre caía na neve. E se ela se machucar? -- Silvana sorriu diante da preocupação de sua filha.

-- Não se preocupe. Vamos esperar amanhã. Acredito que alguém precise de um tempo, tudo bem? -- Ludmilla assentiu, se deitando no colo de sua mãe.

[...]

Brunna passava suas mãos pelos braços, se livrando da neve em excesso que havia impregnado em seu corpo após ter escorregado. Ela sempre escorregava na frente de sua casa, era como uma maldição.

Ela se praguejou por não estar usando luvas, afinal seus dedos estavam doendo tamanho o frio que sentia. O barulho da porta se abrindo fez Brunna erguer o rosto, vendo Patrícia abrigada da cabeça aos pés.

-- Não me diga que caiu de novo, Chancho. -- Patrícia disse, vendo Brunna assentir. -- Céus, preciso te comprar um capacete como presente de natal, porque eu juro que a qualquer momento você vai cair, bater sua cabeça e morrer.

-- Não exagere. -- Brunna disse, caminhando até a entrada da casa e se sentando no primeiro e único degrau de frente para a porta.

-- Não vai entrar? -- Patrícia perguntou, arqueando uma sobrancelha.

-- Rodrigo e Diego estão em casa, já os conheço. Irão querer beber todas e eu só... quero ficar sozinha. -- Confessou, ajeitando o gorro da blusa em sua cabeca. -- Vai ver a lari, não é? Mande um beijo por mim. -- Patrícia suspirou e se sentou ao seu lado, ignorando o gelado da neve que alcançava sua bunda.

-- O que houve? -- Patrícia perguntou, reparando em como saía vapor de sua boca devido ao frio.

-- Só preciso pensar em algumas coisas. -- Ela respondeu com um meio sorriso.

-- Não iria cuidar de Ludmilla para Silvana? -- Brunna assentiu.

-- Ela já voltou. -- Explicou.

-- E o que houve para estar assim? -- Brunna não tentaria negar.

-- Ela me beijou. -- Patrícia arregalou os olhos surpresa.

-- Uau, ela foi mais rápido do que eu fui com Larissa. Gostei dessa garota. -- Disse rindo, porém a expressão de Brunna fez seu riso morrer. -- O que diabos você fez? -- Brunna deu de ombros.

-- A mãe dela chegou alguns segundos depois e eu vim embora.

-- E deixou a garota lá? Confusa...

-- Eu não sei o que fazer, Patrícia! -- Brunna afirmou olhando para a neve no chão. -- Ela tem a mente de uma criança. Isso é errado; eu sinto que estou me aproveitando dela.

-- Pelo que eu entendi, ela tem a experiência de uma criança, só sabe até onde viveu. -- Falou. -- Se ela te beijou, provavelmente, o corpo dela avisou a mente que queria isso, então a mente dela está totalmente nisso.

-- Ela é tão ingênua, tão incrível e inteligente. -- Brunna apontou. -- Tenho medo disso ser só curiosade, algo que ela viu na TV e quis saber como era. Talvez ela nem entenda o real signif...

-- Está sendo medrosa. -- Patrícia a cortou.

-- Bem, de fato, estou mesmo, mas o que posso fazer? -- Perguntou. -- Eu realmente me importo com aquela garota e por algum motivo eu não consigo tirar ela da minha cabeça. -- Confessou. -- Não quero colocar expectativas e depois quebrar a cara.

-- Bem, que sorte então que você é paciente, porque pelo jeito que ela te olhou no hospital, você também significa muito para ela.

-- Isso eu sei. -- Disse em um suspiro confuso. -- Eu só queria saber se isso vai além de uma amizade.

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