Chapter 15
-- Será que eu posso entrar? -- Brunna perguntou com a voz suave, dando três batidas na porta, apesar de ela estar aberta.
-- Bu! -- Ludmilla disse animada. -- A mamãe disse que você não viria hoje e nem amanhã.
-- Eu não aguentaria ficar tanto tempo sem ver vocês. -- Ela disse sorrindo, entrando com um balão no quarto.
-- Bonita. -- Ludmilla disse de supetão, ao ver Brunna se aproximar lentamente.
-- Bonito. Balão é uma palavra masculina. -- Brunna corrigiu, se inclinando para dar um beijo no rosto de Ludmilla.
-- Eu estava falando de você. -- Ludmilla confessou. Brunna realmente estava mais linda do que o normal.
-- Oh. -- Brunna disse surpresa. -- Obrigada. -- Ela respondeu com um pequeno sorriso brincando em seus lábios.
-- Eu tomei banho. -- Ludmilla disse animada. -- Sente o meu cheirinho, óh! -- Disse, esticando o queixo para dar acesso ao seu pescoço para Brunna.
A menor se inclinou e inalou a fragrância de sabonete em sua pele, um cheiro suave acompanhava tal essência, provavelmente o cheiro natural do corpo de Ludmilla.
-- Muito cheirosa. -- Brunna disse, depositando um beijo na pele do pescoço de Ludmilla antes de se afastar. Um sorriso nasceu em seus lábios, inevitavelmente, ao ver que Ludmilla havia se arrepiado. Um pigarro fez Brunna cair em realidade. -- Desculpe, senhora Oliveira, sequer te cumprimentei.
A garota disse, dando a volta na cama e dando um beijo no rosto da mulher.
-- Não se preocupe. -- Silvana disse sorrindo.
-- Olha só, a Brunnaa quase esqueceu de nos apresentar. -- A voz de Rodrigo soou educada. -- Somos amigos dela da república onde ela vive.
-- Oh! -- Silvana disse, vendo Brunna corar. -- Por favor, entrem. -- E não precisou falar duas vezes para entrarem. Brunna amarrou o balão no ferro da cama antes de falar algo.
-- Lud, Silvana, estes são meus amigos. Rodrigo, Diego e Patrícia. -- Ela disse, apontando cada um. -- E estas são Silvana e Ludmilla.
-- Nossa, que moça bonita. -- Rodrigo disse galanteador. -- Parabéns, você é muito linda.
-- Obrigada. -- Ludmilla disse sorrindo, acenando um oi para todos.
-- Eu só vim ver como estavam, tenho um churrasco para hoje. -- Brunna se explicou. -- Como está, hm? -- Ela perguntou, prendendo a pontinha do nariz de Ludmilla entre seus dedos.
-- Hoje pedi para a mamãe trocar a florzinha de lugar porque o sol estava deixando ela fraquinha. -- Ludmilla disse, fazendo Brunna sorrir novamente.
-- Eu sabia que você cuidaria bem dela. -- Brunna disse.
-- Bru... -- Ludmilla disse entrelaçando seus dedos com os de Brunna. -- A mamãe disse que segunda eu vou ir para a casa. Você vai ir me visitar? -- Brunna ergueu a vista para Silvana, que sorriu animada.
-- Sim. Ela terá alta. -- Silvana confirmou, vendo o sorriso de Brunna rasgar seu rosto. -- Poderia nos fazer uma visita quando quiser. Leve seus amigos também.
-- Oh, eles adorariam, mas são muito ocupados. -- Brunna disse, agradecendo mentalmente ao ver eles concordarem.
-- E eu vou poder comer chocolate. -- Ludmilla disse animada. -- E caramelos.
-- Ah sim? -- Brunna perguntou e Ludmilla assentiu empolgada. -- Então prometo te levar chocolates e caramelos.
-- Jura? -- Os olhos de Ludmilla brilharam com a informação.
-- Sim. -- Brunna disse sorrindo.
-- De dedinho?
-- De dedinho, minha princesinha. -- Brunna disse, alheia aos olhares confusos de seus amigos sobre ela.
-- E quando eu andar eu vou poder visitar a sua casa também?
-- Ludmilla, é feio se auto convidar para os lugares. -- Silvana advertiu.
-- Não tem problema, dona Silvana. -- Brunna disse. -- Quando quiser vocês podem visitar a minha casa. Só vive louco nela, mas vocês são bem-vindas.
-- É bom você ter trazido eles. Ludmilla precisa se mesclar com pessoas desta idade. -- Silvana disse.
-- Eles são doidos. Não devemos contar como...
-- Bu, me conta uma história antes de ir? -- Ludmilla pediu, fazendo Brunna perder o rumo do que diria e olhar para Ludmilla.
-- Conto. -- Ela disse, vendo Ludmilla dar seu espaço na cama para ela.
-- Vocês podem ir se quiserem. Isso pode demorar um pouco. -- Brunna disse para seus amigos, que por alguma razão desconhecida por ela estavam comportados e quietos.
-- A gente espera. -- Diego disse, passando seu braço ao redor de Patrícia e Brunna assentiu, subindo na cama e sentindo Ludmilla se aconchegar em seu corpo.
-- Podemos virar? Meu ombro está doendo. -- Ludmilla pediu baixinho e Brunna assentiu.
-- Vire-se. -- Brunna pediu, vendo Ludmilla lhe obedecer, ainda que confusa. Ficaram na posição de conchinha na cama e, sem se importar com os demais, Brunna levou uma mão até o ombro da garota, iniciando uma massagem.
Suas mãos eram suaves e seu toque delicado fez Ludmilla fechar os olhos de satisfação. Sua dor estava aliviando, graças a Brunna.
-- Isso é bom, Bu. -- Ludmilla disse baixinho, começando a sentir sono. Sua mãe se sentou na cadeira e começou a tricotar. Ela já havia percebido que com Brunnaa por perto ela não precisava se preocupar com o bem-estar de sua filha.
-- É? Então fica quietinha e aproveita. -- Brunna disse, vendo Ludmilla assentir. Suas mãos escorregavam de seus ombros para seus braços, em um ritmo lento e constante. Brunna sequer precisou contar uma história para Ludmilla cair no sono.
A menor, ao ver que Ludmilla ressonava tranquilamente, abraçou seu corpo, deixando um beijo em seu rosto e respirando fundo. Sua vontade era apenas ficar ali sentindo o cheirinho e o calor de Ludmilla, mas tinha prometido aos seus amigos que iria a esse churrasco.
-- Acho que já vou. -- Brunna disse, ainda abraçando Ludmilla. -- A senhora precisa de algo?
-- Não. Obrigada por isso, ela estava reclamando desde que acordou sobre essa dor. -- Silvana disse.
-- É normal, ela fez muito esforço ontem e seus músculos não estão acostumados. -- Brunna explicou. -- Amanhã passo aqui de novo. Qualquer coisa me liga, tudo bem?
-- Obrigada. -- Silvana respondeu. -- Estou tricotando uma blusa de natal para ela e uma para você. -- Silvana disse. -- Afinal estamos quase lá.
-- Não precisava, mas muito obrigada, vou adorar, tenho certeza. -- Ela respondeu, ameaçando a sair da cama, mas Ludmilla virou seu corpo e afundou seu rosto na curva do pescoço de Brunna.
-- Parece que tem alguém que não quer te deixar ir. -- Silvana disse rindo, vendo Brunna acariciar os cabelos de Ludmilla e deixar um demorado beijo em sua testa, antes de se desvencilhar da garota.
-- Vá com Deus, criança. -- Silvana disse, sentindo um beijo no rosto, que veio de Brunna.
-- Amém. Fique com ele a senhora também. -- Ela disse, saindo do quarto e escutando seus amigos se despedirem antes de seguí-la.
-- Que porra foi aquela? -- Patrícia perguntou para Brunna.
-- O que quer dizer? -- Brunna perguntou. -- E qual milagre fez vocês ficarem tão comportados?
-- Ela é realmente especial para você, hm? -- Diego perguntou.
-- Claro que sim. Por que acha que eu viria aqui em pleno sábado?
-- Bru, ela é mais do que linda. -- Rodrigo disse.
-- Claro que é, mas tire os seus olhos dela, seu otário. Ela não é do tipo que você costuma pegar que você transa e descarta.
-- Uou, calma! -- Ele disse rindo. -- Eu não sou idiota. Eu conheço a minha melhor amiga. -- Ele afirmou. -- Não precisa colocar seu escudo, tudo bem? Ficou claro que você está afim dela.
-- O quê? -- Brunna disse perplexa. -- Você está louco.
-- Hey, não precisa tentar negar e a gente te apoia. -- Diego disse ternamente.
-- Não estou afim dela e não quero mais ouvir isso. -- Ela disse irritada. -- Ela não tem essa... mentalidade. Agora vamos beber porque já passei a semana inteira sóbria.
-- Assim que se fala. -- Rodrigo disse animado.
-- Sapatões e suas manias de negarem o óbvio. -- Patrícia disse em um suspiro, seguindo o trio que ia mais a frente.
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