Chapter 13
-- Pronto? -- Silvana perguntou, vendo Ludmilla assentir com uma expressão confusa em seu rosto.
-- Sim, mas... Eu acho que eu estou com defeito. -- Ludmilla disse, olhando para sua própria intimidade.
-- Como? -- Silvana indagou.
-- Eu ainda quero fazer xixi. -- Ela disse, vendo Silvana arquear uma sobrancelha.
-- Então faz.
-- Não dá! -- Ludmilla negou.
-- Mas você não quer? -- Silvana perguntou e Ludmilla assentiu.
-- Mas está preso, eu acho. -- Ela disse bufando em completa frustração.
-- Meu amor, como assim preso? Acho que vou conversar com seu médico. -- Silvana disse, cogitando possíveis infecções.
-- Acho que a Bu pode ajudar. -- Ludmilla disse, vendo sua mãe ficar ainda mais confusa.
-- E como ela pode ajudar?
-- A massagem dela me fez querer fazer xixi. Deve funcionar de novo. -- Se Silvana pudesse ficar mais vermelha do que já estava, ficaria. Seus olhos se fecharam, caindo em percepção do que havia realmente acontecido.
-- Diz uma coisa, filha, você sentiu calor? -- Silvana perguntou com objetividade.
-- Como sabe? Você também? -- Ludmilla indagou.
-- Seu coração acelerou?
-- Você é vidente? -- Ludmilla perguntou confusa.
-- Eu sou nova demais para ouvir isso. -- Silvana disse para si mesma, rindo.
-- Acho que não vai sair, mamãe. -- Ludmilla dizia, alheia aos pensamentos de sua mãe.
-- Querida, o que sentiu não foi vontade de fazer xixi, foi uma coisa mais adulta. -- Silvana explicou.
-- Então o que foi?
"Vontade de gozar." Pensou, mas não poderia explicar com essas palavras para sua filha.
-- Lembra que a mamãe explicou sobre seu cérebro brigar com a outra parte dele, às vezes? -- Indagou.
-- Mas você disse que demoraria para acontecer. -- Ludmilla falou ainda confusa.
-- Acontece que aparentemente tem algo próximo de nós que seu cérebro adulto parece gostar. -- Silvana disse. Como explicaria isso para sua filha?
-- A massagem da Bu? -- Perguntou, lembrando do toque da garota em sua pele, sentindo seu corpo voltar a incendiar.
-- A "Bu", no geral. -- Silvana disse. -- Não dá. -- Ela disse se levantando, negando com a cabeça. -- Não sirvo para isso, você deveria ter seis anos, céus. -- Falou bufando, constrangida. -- Vou ver se Brunna te explica isso melhor, se não, vou ver com a Ohanna.
-- Por quê?
-- Porque se a mamãe piscasse os olhos igual você, provavelmente este seria um momento onde aconteceria tal episódio.
-- Não entendi. -- Ludmilla disse.
-- A mamãe é ruim em explicações. -- Silvana disse rindo.
-- Oh! -- Ludmilla disse.
-- Vem, vamos voltar!
[...]
A porta do salão se abriu e se fechou bruscamente e um Mateus irritado e transbordando raiva entrara por ela, com um saquinho de lanches naturais e um porta copos com sucos naturais de laranja.
-- Aqui está! -- Ele disse a Brunna, colocando tudo sobre a bancada dali e então caminhou até a beira da piscina, submergindo seus pés nas águas azuis claras.
Brunna entortou o canto da boca, vendo Mateus bufar aparentemente chateado. Ela sabia o que era ter um mau dia. Na verdade, era difícil encontrar um "bom" dia para ela, ainda mais sendo tão desastrada. Ela caminhou sorrateiramente até a beira da piscina e se atreveu a sentar-se ao lado do homem.
-- Veio rir da minha cara? -- Ele perguntou e ela negou.
-- Histórias. -- Brunna disse, vendo Mateus franzir o cenho.
-- O quê? -- Perguntou alheio ao que ela dizia.
-- Converse com ela sobre histórias. Ela adora! -- Brunna respondeu. -- Assim ganhará mais sua confiança. -- Mateus assentiu e ficou em silêncio por segundos quase intermináveis antes de falar algo.
-- Por que está me dizendo isso? -- Ele perguntou, verdadeiramente curioso. Brunna olhou para a água parada e sacudiu os ombros.
-- Acho que é porque sei como é ter um péssimo dia e eu gostaria de ter alguém que pudesse iluminar meus passos quando me sinto perdida. -- Ela disse sem fitá-lo. -- Se posso te ajudar a não passar por algo semelhante me sinto feliz.
-- Brunna, podemos conversar? -- Silvana chamou, surgindo pela outra porta do lugar.
-- Claro. -- Ela disse, se aproximando. -- Mateus trouxe os lanches. Está com fome, princesa? -- Ela perguntou, se agachando em frente à cadeira de rodas.
-- Eu gostei da massagem. -- Ludmilla sussurrou, fazendo Brunna sorrir.
-- Que bom, porque eu ainda não acabei. Tenho que fazer na outra perna e nos braços. -- Brunna respondeu.
-- Você vai soltar o xixi? -- Ludmilla perguntou e Brunna franziu o cenho. -- Agora a vontade passou, mas se voltar você vai soltar ele?
-- Brunna, será que você poderia, hm, explicar à Ludmilla a definição de... -- Silvana se inclinou e sussurrou em seu ouvido a palavra "tesão", fazendo Silvanaa corar. -- Aparentemente suas mãos, você sabe...
Certo, Silvana estava embaraçada; ela não conseguiria explicar aquilo para sua filha. Era tudo muito novo para ela; ter uma filha de vinte anos e ao mesmo tempo de seis chegava a ser bastante confuso e assustador, ainda mais depois de tudo o que havia passado. Exatamente por esta razão Ohanna recomendou que ela também passasse por atendimento psicológico; um acompanhamento aliviaria a pressão e confusão interior da mulher.
-- Mateus, podia nos dar licença um minuto? Preciso tratar um assunto feminino com Ludmilla. -- Brunna pediu e o homem assentiu quieto, se levantando.
-- Estarei do lado de fora quando precisarem de mim. -- Disse um pouco molesto com algo e saiu.
-- Ludmilla, que tal se Mateus te fizer as massagens na perna? -- Brunna Sugeriu. Saber que Ludmilla se excitava com seu toque não deixaria ela deixar de pensar nisso, mesmo que não deixasse o lado pessoal atrapalhar o profissional. Brunna acreditava que não deveria ser ela a realizar as massagens.
-- Mas eu gosto da sua massagem.
-- Eu faço nos braços, eu prometo. -- Brunna disse, vendo Ludmilla assentir contrariada.
-- Por que não quer fazer massagem em mim? -- Ludmilla perguntou confusa.
-- Porque eu acho que a massagem de Mateus não vai te deixar com "vontade de fazer xixi". -- Ela foi sincera.
-- E por quê? -- Brunna olhou para Silvana, como se pedisse uma permissão de algo implícito e a mulher assentiu.
-- Quando o nosso corpo se desenvolve, igual o seu já se desenvolveu...
-- E igual o seu. -- Ludmilla disse e Brunna assentiu.
-- Isso. Então, quando isso acontece ele se sente atraído por algumas pessoas e o toque dessas pessoas pode aquecer seu corpo.
-- Eu fiquei assim. -- Ludmilla disse sorrindo animada. -- Dá vontade de fazer xixi também?
-- Bem, você não ia... fazer xixi. -- Brunna disse, corando. -- Você ficou excitada. -- Foi direta. Ludmilla precisava saber daquilo, então disse. -- Seu corpo respondeu ao meu toque.
-- Acho que preciso morrer depois disso. -- Silvana murmurou para si.
-- Mas eu pensei que... -- Ludmilla entortou a boca.
-- Quando ficamos excitados, nossas intimidades reagem igual a sua reagiu.
-- O que isso significa, mamãe?
-- Que não é só seu cérebro que gosta da Camila, filha. Seu corpo também. -- Respondeu.
-- E como passa a vontade sem fazer xixi ou sem esperar um tempo?
-- Ohanna não poderia explicar isso a ela? -- Brunna perguntou, sentindo o ar faltar em seus pulmões.
-- Tem razão. -- Silvana disse, completamente corada. -- Isso foi estranho.
-- É. -- Brunna disse, visivelmente constrangida.
-- Vocês estão vermelhas de novo. -- Ludmilla disse.
-- Se com a Ohanna não funcionar o que acha de aulas de biologia? -- Brunna sugeriu e Silvana riu.
-- Vou manter isso em mente.
-- Vamos comer, vamos? A senhorita a ainda tem muito o que fazer hoje. -- Brunna disse para Ludmilla. -- Vou chamar o Mateus, já venho.
-- Mamãe? -- Ludmilla chamou assim que Brunna se afastou. -- Por que a Bu não anda sempre de maiô? É bonito.
-- Filha, podemos fazer um trato? -- Silvana perguntou e Ludmilla assentiu. -- Não vamos falar sobre como você se sente a respeito da beleza da Brunna quando ela estiver de maiô, tudo bem?
-- Por quê?
-- A mamãe não tem o coração preparado para seus argumentos ainda.
-- E do coração dela eu posso falar? -- Ludmilla perguntou e Silvana assentiu. -- Que bom, porque ela tem um coração bom.
-- Por que diz isso, filha?
-- Porque ela parece se importar com aquele homem mesmo depois de ele ser ruim para ela.
-- Cada um oferece aquilo que tem no coração. -- Silvana disse, sorrindo ao ver Brunna se reaproximar. -- E ela realmente tem muita bondade.
-- Eu sei. -- Ludmilla disse, suspirando. -- Eu sinto.
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