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CAPÍTULO XXVII

Manuela se recostou em seu peito ficando meio de lado para encara-lo, a expressão atenta enquanto aguardava que começasse sua explicação, passou a mão pelo rosto dela em um carinho suave e começou a discorrer sobre o assunto, pois havia muito a ser dito.

- A marca significa coisas diferentes para eternos e humanos, tem funções diferentes também...

Ela permaneceu calada apenas encarando-o deixando claro que deveria continuar com sua explanação.

- Para um celestial caído é a marca de sua desonra, mostra que ele perdeu tudo que sua condição celeste lhe oferecia e que não tem mais lugar no céu, deixou de ser um anjo ou no meu caso um arcanjo, para um humano garante saúde e longevidade e mostra a outros eternos que esse humano foi escolhido.

- Escolhido para que? - Indagou curiosa.

- Para ser um companheiro.

- Por companheiro você quer dizer um casal, como a gente?

- Nós somos um caso a parte. - Beijou-lhe o topo da cabeça.

- Como assim? - Estranhou. - Você disse que somos casados.

- E somos, mas o ritual nos casou não a marca. - Explicou pacientemente. - Eternos não tem par, não em nosso meio pelo menos, mas temos necessidade de contato físico...

- Sexo você quer dizer! - Resmungou revirando os olhos.

- Não apenas isso. - Contradisse sorrindo suavemente ao ver sua expressão. - Ao sermos exilados na Terra nos demos conta da imensidão de nossa solidão. - Deslizou sua mão pela coxa desnuda dela, deliciando-se com o toque de sua pele acetinada. - Ao convivermos com os humanos vendo a interação entre vocês percebemos o quanto somos solitários e nos demos conta de que mesmo com todos os nossos poderes sobrenaturais não tínhamos algo de suma importância.

- O que?

Leon beijou-lhe a testa com carinho e a abraçou mais forte ao falar:

- Carinho, afeto, essa sintonia que os casais humanos experimentam quando estão apaixonados, o sentimento de pertencer ao algum lugar, a alguém ainda que por alguns instantes é muito importante para quem perdeu tudo. - Confidenciou. - É claro que alguns são movidos unicamente pelo desejo sexual, mas para isso não é necessário usar a marca, afinal dificilmente o interlúdio dura mais que uma noite.

Manuela deitou-se de lado na espreguiçadeira, passando uma perna sobre as dele e descansando a mão sobre o peito despido, acariciou-o da clavícula ate o umbigo enquanto comentava.

- Então a marca é um tipo de compromisso com o escolhido?

- Isso, é o equivalente a um noivado. - Esclareceu. - Descobrimos com o tempo que um eterno poderia marcar um humano de seu interesse, ao marca-lo deixava claro para outros como ele e para os demais seres sobrenaturais que aquele humano era seu companheiro e que não deveria ser tocado, quando um companheiro é escolhido o eterno está assumindo uma relação monogâmica, regido pelos princípios de lealdade e fidelidade para ambos os lados.

- Por que marcar? - Indagou em dúvida. - Não seria mais fácil, prático e bem menos doloroso simplesmente assumir o relacionamento e se portar de acordo?

- Seria se não tivéssemos inimigos, se não houvesse desavenças entre os eternos e se pudéssemos parar o tempo sem o uso da marca. - Relatou com um sorriso discreto. - Ao marcar um humano o eterno dá a ele uma saúde perfeita, um corpo mais resistente ainda que não seja indestrutível e longevidade.

- Longevidade? Quer dizer que mesmo com a marcação o escolhido não vive para sempre?

- De certa forma sim, afinal ele ou ela envelhecem o equivalente há um ano a cada cem anos de existência, o que lhes permite viverem alguns milênios, mas em algum momento o peso da passagem do tempo irá se abater sobre ele.

- E ele morre? - Sussurrou consternada.

- Sim. - Confirmou pesaroso. - Ao longo dos milênios aprendemos a burlar as regras, afinal fomos punidos entre outras coisas pela nossa desobediência, descobrimos que podemos marcar um humano do nosso agrado, cada eterno tem uma marca única que o identifica, assim como ao seu escolhido, a marca além de garantir que outro eterno não invada seu território, assegura um maior tempo de vida ao escolhido, mas não garante a eternidade, essa é uma condição que a marca não confere .

- Isso quer dizer que daqui há sei lá... Dois mil anos vou parecer a sua avó? - Questionou horrorizada. - E vou morrer deixando você jovem, lindo e viúvo?

Leon a fitou de olhos arregalados por alguns instantes surpreso antes de irromper em uma estrondosa gargalhada, seu corpo forte sendo sacudido pelas risadas ininterruptas que chegaram a lhe arrancar duas pequenas lágrimas que escorreram pelas laterais dos olhos, Manuela o fitou sem entender esperando que o acesso de riso cessasse para pedir uma explicação.

Antes que falasse qualquer coisa ele lhe deu um suave beijo nos lábios e declarou:

- Só você para me fazer rir ao ponto das lágrimas. - Um sorriso feliz ainda lhe distendia dos lábios ao perguntar. - De tudo que foi dito, sua única preocupação é ficar com a aparência envelhecida e me deixar viúvo?

- Você há de concordar que é injusto eu ficar parecendo um maracujá de gaveta enquanto você fica aí todo... - Apontou para o corpo dele ao completar. - Todo você! - Mordeu os lábios pensativa ao sussurrar mais para si mesma. - Você não vai me querer.

- Eu sempre vou querer você. - Assegurou sério.

- Ah Leon, por favor! - Resmungou se erguendo da espreguiçadeira. - Também não quero morrer.

- Isso não vai acontecer. - Disse abraçando-a por trás e beijando-lhe o ombro por sobre a camisa que ela vestia. - Enquanto eu viver você vive e o mesmo se aplica a aparência, eu não envelheço consequentemente você também não.

- Mas você acabou de dizer...

- Isso se aplica entre eternos e escolhidos marcados. - Interrompeu suavemente virando-a de frente para ele. - O nosso vinculo se faz por muito mais do que a marca.

- Então por estarmos casados eu herdei a sua eternidade e a juventude? - O olhou com suspeita.

- Pode-se dizer que sim.

- Isso é muito confuso. - Murmurou. - Se o casamento garante eternidade e juventude por que os outros eternos não se casam ao invés de só marcar o escolhido?

- Não é tão simples assim. - Ele respirou fundo chamando a atenção dela para seu belíssimo peitoral fazendo-a quase perder a continuação da explicação ao focar os músculos bem constituídos. - É proibido para anjos, arcanjos e demais celestiais terem uma companheira, seja da mesma espécie ou de qualquer outra, fomos feitos únicos, sem par, com o único objetivo de servimos ao pai e aos seus propósitos, paixões humanas, mundanas não deveriam nos atingir.

- E os eternos? - Sussurrou temendo as possíveis implicações para eles.

Leon a encarou diretamente, sua expressão séria lhe dando calafrios, por um instante desejou não ter feito aquela pergunta, que nova revelação bombástica ele lhe faria agora?

- Os eternos muito menos, estamos na Terra porque fomos exilados aqui, não conseguimos ascender por mais que tentemos, quando um celestial cai independente da hierarquia a qual pertença, ele é banido dos céus para sempre e se ao estar nas graças do pai não nos é concedido uma esposa, ao sermos expulsos muito menos.

- Se é assim, a marcação também é proibida já que dá a um eterno um companheiro. - Constatou sentindo a preocupação duplicar.

- Há lógica no seu raciocínio. - Elogiou tocando-a na ponta do nariz com o indicador. - Mas não é assim que funciona, a marcação não é considerada uma quebra das regras porque constitui um vínculo provisório, como um namoro ou um noivado longo que não vai levar a nada, já que cedo ou tarde, seja pela remoção da marca ou pela partida do escolhido a relação será desfeita, creio que por isso nos foi concedido essa pequena indulgência já que de certa forma o humano em questão está sendo preservado dos danos naturais e tem mais tempo para evoluir espiritualmente.

- Como assim? - Questionou em um murmúrio. - Está me dizendo que um eterno marcar um humano tudo bem, mas que o casamento entre os dois não pode?

- Isso. - Respondeu com uma simplicidade que lhe deu nos nervos.

- Não entendo...

- O casamento entre um eterno e um humano é mais do que um simples enlace matrimonial é uma união de almas. - A encarou com um misto de paixão e receio ao continuar. - Por isso não é permitido.

- Então como nos casamos? - Estava a cada minuto mais confusa e receosa.

- Já deve ter percebido que não sou muito bom com regras. - Sorriu constrangido. - Existe um ritual muito antigo, que surgiu no livro dos anjos logo que o primeiro eterno foi criado, é chamado ritual de enlace, através dele é possível fazer essa união, mas é proibido.

- Por quê?

- Pelo mal que pode trazer, pois liga o humano ao eterno pelo sangue, pela carne, ou seja, o corpo e pelo espírito dando ao humano a eternidade. - Ele usava um tom leve, desinteressado como se falasse do tempo ou do trânsito, obviamente tentando não assusta-la, mas podia perceber a gravidade em meio às palavras ditas e ainda mais através daquelas não ditas. - Geralmente o castigo para os transgressores é maior do que um eterno está disposto a arriscar.

- Que tipo de castigo? - Perguntou sentindo um calafrio de apreensão percorrer-lhe a coluna.

- Não sei. - Admitiu. - O ritual nunca havia sido feito, então nunca houve a necessidade de punição.

- Corre o risco de seja algo como... A pena de morte? - Indagou com voz trêmula, tentando engolir o nó que se formara em sua garganta.

Só de pensar nessa possibilidade sentiu um nó no estômago, depois de sobreviver a tantas coisas acabaria sendo morta por ter casado sem saber com um eterno infringindo uma lei que nem fazia ideia que existia? Perguntou-se internamente enquanto aguardava a resposta dele.

- Nenhum mal vai te acontecer. - Assegurou ele como se tivesse ouvido sua dúvida interna. - Eles não podem tocar em você, qualquer represália será dirigida a mim.

Aquelas palavras deveriam lhe dar algum alívio, mas em nada abrandaram sua angustia, pensar que ele seria castigado por ter se casado com ela deixava seu coração pesado, e lhe dava uma vontade imensa de chorar, não queria ser a causa de sofrimento para ele.

- Quem são eles? - Leon era tão poderoso que a surpreendia que houvesse alguém capaz de controla-lo ou de castiga-lo por seus atos, certamente eram criaturas com poderes inimagináveis e autoridade inquestionável, uma vez que até ele se submetia.

- O Conselho dos Sete. - Levou-a até a cadeira onde estavam antes, se sentou e a fez sentar em seu colo. - Ele foi criado quando o primeiro eterno foi mandado para Terra para coexistir com os humanos.

- Achei que vocês não deviam satisfação a ninguém.

- Somos desgarrados Manuela. - Falou com escárnio - Mesmo não pertencendo mais ao exército celeste ainda temos poder o bastante para arrasarmos o planeta, acha mesmo que Deus nos deixaria junto de sua criação mais preciosa sem que houvesse monitoramento e controle de nossos atos?

- Se vocês são tão terríveis, por que os mandaram para cá? - Quanto mais ele explicava menos fazia sentido.

- Não havia mais para onde nos mandar, no fim nos enviaram para cá para viver entre os homens com a expressa condição de não intervir na vida humana.

- Mas você interveio na minha.

- E paguei o preço. - Apesar da calma em sua voz o peso de suas palavras lhe enregelou os ossos.

Sem aviso a imagem de um círculo de seis pessoas apareceu diante de seus olhos, piscou várias vezes confusa enquanto dava uma volta de trezentos e sessenta graus tentando entender onde estava, era como se tivesse sido levada para outro lugar, aquela não era a área da grande piscina coberta, já não estava nos braços de seu amante, na sua frente havia uma imensa sala em tons de marrom e marfim que lembrava um tribunal, em uma parte elevada havia seis cadeiras de madeira escura entalhada que mais lembravam tronos onde três homens e três mulheres de expressão fria olhavam com relativo interesse para o centro da sala, em um pequeno fosso em forma de circulo havia um homem, ele podia ser visto de onde estava apenas da cintura para cima, seus dois braços estavam presos por pesadas correntes que se ligavam a largos grilhões em brasa incandescente circundando seus pulsos.

O homem estava sem camisa, em suas costas era possível ver largas faixas de músculos sem pele, de onde estava não conseguia ver o rosto do prisioneiro, mas era possível ver bem a face entediada do homem alto e loiro que com uma expressão de enfado esfolava vivo o homem preso as correntes, sentiu o corpo tremer ao ver a pele sendo arrancada enquanto o sangue escorria como se fosse suor lavando o corpo castigado, o sétimo na sala fazia uso de adagas parecidas com a que Antônia lhe deu, com uma maestria profissional, arrancava tiras e tiras de pele aleatoriamente enquanto circundava o preso como se estivesse avaliando qual o próximo lugar no qual usaria sua faca, em seu olhar a mais completa indiferença.

Ele sussurrou algo para o homem dentro do fosso, silenciou aguardando a resposta que não veio, falou novamente com sua vítima, mas de onde estava Manuela não conseguiu ouvir o que ele dizia, seja lá o que tenha dito fez o prisioneiro levantar a cabeça e soltar uma risada insolente, recebendo como resposta um soco no rosto que o levou a cambalear para trás.

- Faça o seu melhor. - Disse o homem preso aos grilhões incandescentes cuspindo sangue no chão do fosso.

A sensação de calafrio tornou-se mais intensa à medida que as palavras reverberavam em seus ouvidos, aquela voz... Sabia de quem era aquela voz, seu coração disparou ao ver o homem loiro passara a faca do ombro até o pulso do prisioneiro fazendo um talho imenso que vertia sangue profusamente, o carrasco voltou a falar com o homem no fosso, parecia estar perguntando algo insistentemente, mas apesar da terrível tortura a qual estava sendo submetido o homem se negou a falar, apertando os olhos em uma expressão assassina o algoz se dedicou a esfolar completamente as costas musculosas com uma lentidão angustiante, os grunhidos contidos do pobre torturado chegando até ela cada vez que uma faixa pele era arrancada friamente pelo carrasco que sorria suavemente ao ver a dor que causava ao outro.

De repente a base do fosso começo a se erguer deixando a mostra o corpo castigado da cintura para baixo revelando que ali já não havia pele, ajoelhado em uma posição que poderia ser considerada submissa cercado por um pequeno lago formado pelo próprio sangue o preso mantinha a cabeça erguida, sempre olhando para frente em uma postura altiva ignorando seu algoz, os únicos lugares em que restava pele em seu corpo era de seu peito até a virilha, seus braços, costas e coxas estavam completamente esfolados, o homem loiro terminou de arrancar-lhe a pele que revestia o peitoral com um movimento preciso fazendo o pobre homem se curvar momentaneamente pela dor.

Um sorriso maquiavélico distendeu os lábios finos do carrasco ao posicionar a faca sobre a pele do abdômen de sua vítima deslizando-a cruelmente até pouco acima de suas partes intimas arrancando-lhe um grito de cortar a alma, Manuela levou as mãos aos lábios tentando impedir que seu próprio grito se misturasse ao do homem no fosso quando este ergueu o rosto banhado de suor e contorcido em pura agonia quando o executor retirou a pele que lhe restava no abdômen e na virilha revelando a face torturada de Leon.

Boa tarde, meus queridos (as)!

Prometi dois capítulos novos de Em suas mãos para ontem, peço que me desculpem por não ter cumprido com o cronograma, mas tive problemas para postar e acabei deixando para hoje. Garanto que a espera valeu a pena, já que um pouco sobre os eternos e a marca foi explicado nesse capítulo.

Não esqueçam de deixar seus comentários e fazer aquela bonita estrela brilhar tanto nesse capítulo como nos outros, adoro essa interação entre nós, me faz muito feliz saber o que estão achando dessa estória.

Se estão gostando dessa obra a adicionem as suas bibliotecas e fiquem por dentro sempre que um novo capítulo for publicado.

Tenham uma ótima leitura e aproveitem também o capítulo seguinte.

Beijitos!!!


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