CAPÍTULO XXV
Manuela pegou no sono deitada em seu peito depois de se amarem mais uma vez, tê-la em seus braços, sentindo a fragrância de seus corpos se misturando e criando um novo perfume era delicioso, assim como era inebriante ter as curvas dela coladas em suas reentrâncias evidenciando o encaixe perfeito entre eles.
Acariciava os cabelos loiros com uma mão e deslizava a outra da curva de seus ombros pequenos até a coxa bem torneada que descansava sobre seus quadris em um abraço íntimo, mesmo dormindo ela suspirava com seu toque e quando sem poder se conter a acariciava mais intimamente ela gemia baixinho e se esfregava nele como uma gatinha dengosa. Seu corpo reagia a cada suspiro com o latejar de sua ereção, haviam se amado três vezes naquela noite e ainda estava faminto dela como se mal a houvesse tocado, desejava ardentemente se enterrar nela outra e outra vez, pois precisaria de muito mais do que tiveram para sentir-se saciado, mas sabia que o corpo dela ainda não estava pronto para tais arroubos, provavelmente ela estaria sensível quando acordasse e para manter o ritmo de seus interlúdios amorosos deveria conter-se mesmo sentindo cada célula gritar em protesto.
A mão dela deslizou de seu peito até seu abdômen parando poucos centímetros da prova de sua excitação, um suave suspiro saiu de seus lábios rosados enquanto ela resmungava incompreensivelmente em seu sono arrancando dele um sorriso, tê-la assim enroscada em seu corpo era como um sonho se tornando realidade, havia esperado muito por esse momento e aproveitava cada segundo como se fosse o último, afinal poderia mesmo não durar, havia uma infinidade de coisas que poderia separa-los entre elas a razão de sua queda, o fim que havia dado ao ex-marido dela e claro o Conselho dos Sete, esses eram apenas alguns dos entraves que poderiam surgir para ofuscar sua felicidade.
Precisava contar a ela esses acontecimentos, em especial como Silvio tivera seu trágico fim, sabia que ele merecera o que tivera, na verdade procurara por isso ao tentar machuca-la, só de lembrar em como a encontrara naquele casebre no meio do nada já o deixava enfurecido como no dia dos fatos.
Olhou para o teto por alguns segundos tentando acalmar a ira que as lembranças lhe causaram antes de voltar a encarar a face adormecida de sua mulher, pensar nela como sua trazia um calor gostoso ao seu interior e alimentava ardentemente o desejo de ser capaz de mantê-la feliz ao seu lado, queria que a eternidade juntos fosse tão incrível que mal pudesse ser percebida e prometeu a si mesmo silenciosamente que faria até o impossível para suprir todas as necessidades de seu Pedacinho de céu.
Acariciou-lhe o rosto suavemente, deslizando os dedos por sua bochecha, pelos lábios rosados, redesenhando seu contorno, amava aqueles lábios, seu gosto, seu calor, cada pequeno detalhe dela o fascinava de uma forma que o surpreendia e desconcertava, Manuela ativava seu instinto protetor e o fazia querer cuidar dela como de um tesouro a muito esperado. Seu olhar percorreu cada detalhe do lindo corpo agarrado ao seu, cerrou o cenho ao descansar o olhar sobre sua barriga plana lembrando-se naquele momento que não haviam jantado, forçou-se a si afastar dela, deslizou-a por seu corpo devagar para que não acordasse, foi até o closed retornando com uma coberta nova, livrou-se do lençol destruído e a cobriu, tele transportou-se para cozinha reunindo numa bandeja tudo que achou que ela gostaria de comer quando acordasse, fez alguns sanduíches enquanto sua mente procurava uma justificativa para aquela estranha marca no lençol descartado.
Ela garantiu que não a havia machucado o que pode comprovar quando se amaram nas vezes seguintes, se não fora sua essência o que causara aquela queimadura no tecido, o que poderia ter feito aquilo? Fez uma anotação mental de reservar um tempo para procurar no livro que o acompanhava desde que se tornou um eterno, a explicação para aquele fato.
Depositou o prato com os sanduíches na bandeja e voltou ao quarto em um piscar de olhos, colocou-a sobre uma mesa que ficava no canto do quarto e com passos silenciosos voltou até a cama, Manuela havia deitado de bruços e parte de suas costas estava exposta, debruçou-se sobre ela e pôs-se a beijar o vão formado pela coluna, alternava beijos com pequenas mordidas ouvindo-a suspirar e gemer baixinho.
- O senhor vai me devorar Senhor Roberts? – Perguntou ela com voz sonolenta, ainda de bruços.
- Essa é uma ideia magnífica Senhora Roberts. – Disse entusiasmado descendo o lençol e beijando-lhe a base da coluna e em seguida mordiscou-lhe a nádega carnuda sentindo-a estremecer. – Mas não se preocupe, não estou pensando em canibalismo, tenho em mente uma forma mais prazerosa de devorar você. – Deu uma mordidinha na outra nádega, fazendo-a gritar e se virar de frente para ele.
- Posso notar como quer fazer isso. – Murmurou de olhos arregalados. – Ele não deveria estar dormindo? – Perguntou encarando o membro excitado.
Leon riu divertido ao dizer.
- Ele não está com sono.
- Nem cansado? – Insistiu surpresa, sua voz saindo rouca de sono deixando-a ainda mais sexy.
- Também não. – Repousou seu rosto sobre a barriga dela beijando-lhe o umbigo.
Manuela franziu o cenho encarando-o confusa.
- Pelas minhas contas fizemos três vezes. – Falou, corando encantadoramente em seguida. – Estou errada?
- Está certa. – Beijou-lhe o ventre.
- Então como Ele ainda pode estar assim? – O assombro era perceptível em sua voz.
- Pela minha origem e pelo que eu ainda sou tenho resistência sobre humana. – Explicou distribuindo beijos por sua cintura. – Esse é o meu normal.
Ela ficou calada por alguns minutos considerando a informação.
- Quantas vezes você consegue fazer? – Questionou em voz baixa.
- Não sei. – Respondeu distraído beijando-a onde conseguia alcançar. – Seis... Oito... Nunca contei.
- Em uma noite? – Sua voz era uma mistura de espanto e insegurança.
- Sim, mas existem variáveis que influenciam diretamente nos números. – Leon respondia a tudo tranquilamente sem perceber o quanto suas explicações a afetavam.
- De que tipo de variáveis estamos falando? – Especulou com voz perigosamente suave.
- Do local, da parceira, se ela desperta meu interesse por tempo suficiente...
- Então posso concluir que eu estou acima da média. – Resmungou. – Já que Ele ainda está batendo continência para mim!
- Ele sempre bate continência para você. – Riu divertido sem notar a expressão tempestuosa de Manuela. – Você é incrível...
- Seu... Galinha! – Bradou ela interrompendo-o e empurrando-o de cima de seu corpo, sentando-se contrariada na cama.
- O que? – Grunhiu confuso.
- Com quantas mulheres você já dormiu em uma noite Leon? – Gritou encarando-o furiosa.
- Que tipo de pergunta é essa? – Esparramado de costas na cama Leon a encarava atônito.
- Você mesmo acabou de me dizer que consegue fazer oito vezes, fizemos três e essa... Coisa ainda continua de pé como se fosse uma rocha! - Falou com um misto de admiração e raiva apontando para abaixo de sua linha da cintura.
- Prefiro quando você o chama de Ele.
- Não brinque comigo! – Os olhos negros cintilavam pela fúria mal contida.
- Não estou brincando. – Disse enquanto tentava entender o que havia feito para despertar sua ira. – Só não entendo porque está zangada.
- Como quer que eu fique? – O rosto bonito estava contorcido pela revolta, apertava as mãos em uma clara tentativa de se conter. – Com certeza você precisa de várias mulheres para se satisfazer, uma só não dá conta, principalmente uma como eu. - Sentenciou com voz trêmula.
- Manuela...
- Não! – Vociferou interrompendo-o. – Eu não admito está me ouvindo?! Você mesmo disse que é meu marido!
- E eu sou...
- Então que fique bem claro que você nunca mais vai encostar em outra mulher que não seja eu, não me importa quantas vezes essa coisa...Ele, tenha que fazer para se satisfazer!
Leon a encarou por alguns instantes em choque com a ordem recebida e para surpresa e irritação dela caiu na risada, ria tanto que quase se contorcia na cama.
- Não tem graça seu Dom Juan celestial! – Berrou se pondo a estapear os braços e o peito dele, enquanto ouvia furiosa o riso masculino aumentar. – Eu arranco essa coisa fora se você ousar fazer isso comigo!
Leon riu ainda mais alto nenhum pouco impressionado com a ameaça, seu riso foi morrendo aos poucos ao ver as lágrimas se formando nos lindos olhos negros, puxou-a para seus braços facilmente apesar da resistência que ela oferecia abraçando-a enquanto declarava.
- Você é a única mulher que eu quero Manuela. – Assegurou abraçando-a ainda mais forte e beijando-lhe o topo da cabeça. – Nenhuma outra faz comigo o que você faz, eu sou seu meu Pedacinho de Céu. – Beijou-lhe os lábios delicadamente antes de completar. - Sou todo seu e somente seu.
Ouviu-a segurar a respiração, baixou o rosto e a fitou encontrando um olhar assombrado.
- E se eu não der conta de você? – Murmurou preocupada.
- Querida minha ereção não deveria ser um problema. – Sussurrou contrariado. – Geralmente a falta de ereção é que constitui um problema, pelo menos essa sempre foi uma dificuldade muito atual desde o início da humanidade.
- Eu sei. – Murmurou constrangida. – E não estou reclamando da potência dele. – Apressou-se em explicar. – Mas eu não consigo acompanhar o seu pique Leon, agora, por exemplo, eu não conseguiria fazer.
- Você está sensível?
O rosto corado e a mordida no canto dos lábios foram as respostas a questão levantada.
- Manuela eu sei das suas limitações, jamais te forçaria a manter relações comigo, sexo não é uma obrigação. – Esclareceu beijando-lhe a ponta do nariz. – O fato de eu ainda estar excitado apenas confirma o quanto você me afeta, o quanto eu te desejo, mas não constitui uma tarefa a ser cumprida a risca, nem quer dizer que fiquei insatisfeito.
- É complicado... – Disse baixinho evitando encara-lo.
- Não vejo onde, na verdade é bem simples. – Contradisse.
- Se homens que conseguem fazer apenas uma vez por noite traem as esposas, companheiras, o que eu posso esperar de alguém com o seu desempenho? – Expôs por fim seu maior receio, seus lábios tremendo enquanto tentava conter o choro diante da dor causada pelo pensamento de que ele pudesse tocar outra mulher como a havia tocado.
- Querida eu não posso responder pelos outros homens, apenas por mim e meu pênis nunca determinou meu caráter, tenho que reconhecer que você me tira o juízo, mas a resposta dele a você é uma consequência de todo o resto. – Proferiu suavemente, suas mãos entretidas no prazeroso trabalho de lhe afagar as costas. – Pode tirar da sua cabeça essa ideia de traição e eliminar do seu peito esse medo, quando digo que você é a única que eu quero isso não é um eufemismo, é um fato concreto.
Ela respirou fundo, a tensão abandonando seu corpo enquanto se aconchegava a ele e sussurrava envergonhada.
- Desculpe...
- Jamais imaginei que teria esse tipo de conversa. – Confidenciou risonho. – Mas não te acordei para isso.
- Para que então? – Olhou desconfiada para o membro dele que já não estava tão rígido e ainda assim era impressionante.
- Para isso também não mocinha. – Rebateu sério acompanhando a direção de seu olhar. – Que mente fértil! Só pensa em sexo garota? – Brincou fingindo-se de ofendido. – Começo a desconfiar que você só queira o meu corpo.
- Isso também. – Concordou rindo.
- Humm... – Mordiscou-lhe os lábios antes de comentar divertido. – Então já sei como barganhar sua atenção. – Deu-lhe um selinho. – Falando sério, acordei você para que se alimente, perdemos o jantar e nossas atividades foram bem intensas.
- A Jane entrou no quarto? – Perguntou mortificada que a mulher mais velha os tivesse visto na cama.
- Não, eu fui buscar a comida.
- Você saiu do quarto assim, nu? – Franziu a testa aborrecida.
- Ninguém me viu.
- É uma sorte, porque você poderia ter dado um show para ela!
- Está com ciúmes senhora Roberts? – Perguntou satisfeito.
- Foi você quem disse que era meu. – Sentou-se sobre os quadris dele deslizando as mãos pelo peito forte enquanto dizia. – Meu corpo, minhas regras. – Mordiscou-lhe o queixo.
- Possessiva. – Murmurou risonho.
- Não me culpe, estou aprendendo com o mestre. – Afirmou beijando-lhe o pomo de Adão.
- Se continuar nessa posição vou esquecer que está sensível, mandarei para o espaço minhas boas intenções e vamos descobrir o número exato de vezes que sou capaz de fazer. – Avisou com voz rouca.
Manuela se ergueu rapidamente de seu colo tomando o cuidado de descer da cama fazendo-o rir divertido, colocou os braços atrás da cabeça permanecendo deitado enquanto ela recolhia sua camisa do chão e a vestia, a peça de roupa chegando até o meio de suas coxas torneadas, estava tão sexy com os cabelos desgrenhados, os lábios inchados de seus beijos e vestindo nada mais que sua camisa que cerrou os punhos para se impedir de puxa-la novamente para os seus braços.
Ela o encarou com um ar petulante enquanto terminava de abotoar a roupa, percorrendo seu corpo nu esparramado na cama com um olhar apreciativo, passou a língua sugestivamente pelos lábios rosados provocando-o, porém o olhar malicioso deixou seu rosto sendo substituído pela surpresa ao focar na marca que ele trazia no baixo ventre.
Boa tarde meus queridos (as)!
Como prometido no aviso de ainda pouco temos um capítulo fresquinho de Em suas mãos!
Peço que me desculpem pela demora nas postagens e por não estar postando dois capítulos no mesmo dia como costumava fazer anteriormente, mas nesse momento meu tempo anda um pouco escasso e não tenho conseguido produzir muitos capítulos, tentarei postar pelo menos um capítulo por semana para que a relação entre vocês e os personagens continue firme.
Aproveito esse momento para pedir que continuem comentando e votando, isso me anima a escrever e fortalece o laço que criamos através desse obra.
Tenham um ótimo final de semana e uma ótima leitura!
Beijitos!
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