Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

CAPÍTULO XVI

- E se eu tiver dado? – Provocou, um sorriso debochado enfeitando-lhe os lábios. – Você sabe que isso não é da sua conta, não é? Afinal não estou aqui perguntando a você com quantas mulheres dormiu desde que nos vimos pela última vez.

- Cuidado Manoela. – Avisou sério. – Não me provoque.

- Então não seja deselegante! – Exigiu severa. – Pare de achar que é meu dono, porque você não é!

Leon a fitou longamente, seu rosto tão sério, a expressão tão vazia que lhe causou calafrios, quando ele a olhava daquela forma temia pelo pior.

- Eu poderia mostrar facilmente que está enganada. – Declarou frio. – Só um gesto meu, uma palavra minha e essa sua vida que você tanto preza e para a qual diz que quer voltar seria apenas uma lembrança.

Manuela o fitou aparentemente tranquila, seu rosto em nada denunciando o pânico que começava a se instalar em seu coração, torcia para que ele não fosse capaz de ouvir as batidas aceleradas de sua pulsação, pois assim saberia que estava abalada diante de suas palavras e não queria dar a ele esse prazer.

- Aquele trabalho que você tanto estima, as pessoas que você chama de amigos, a casinha no interior, sua família...Tudo seria apenas poeira, assim. – Falou estalando os dedos. – Para o resto do mundo eles nunca teriam existido, para você seriam apenas bonitas lembranças que seriam apagadas com o tempo, sabe por quê? – Inquiriu ameaçador. – Porque tudo o que você tem e valoriza, só existe porque eu coloquei de volta na sua existência, inclusive sua própria vida, se não fosse a minha intervenção, você e a sua preciosa família não seriam mais do que alguns números preenchendo as estatísticas de acidentes de trânsito.... Ainda acha que pode dizer com toda essa empáfia que não é minha? – Incitou.

Manuela estremeceu e deu inconscientemente um passo atrás, atingida pela força de suas palavras, assim como a veracidade delas, podia vislumbrar no rosto bonito o perigoso homem que por vezes enxergava nele sob a camada de riqueza, sofisticação e que a fazia repudia-lo, qualquer desejo que sentia por ele se extinguia imediatamente diante de sua arrogância e suas ameaças e lhe dava a certeza de que Leon não era alguém em quem podia confiar, pelo menos não como uma figura justa e misericordiosa que saberia entender suas dúvidas e anseios, que respeitaria seu tempo, que tentaria conquista-la por meio de atitudes e gestos românticos, ali estava um homem preocupado única e exclusivamente com suas próprias vontades e que passaria por cima de qualquer um para consegui-las, naquele instante verdadeiramente o odiou.

- É assim que pretende me manter ao seu lado? Ameaçando aquilo que é importante para mim?!

- Se for necessário. – Respondeu tranquilo.

- A cada minuto que passa eu sinto mais nojo de você! – Atacou revoltada. – Você é a escória da humanidade!

- Não querida, eu sou uma escória superior à humanidade. – Rebateu puxando-a novamente para os seus braços. – E sabe por quê? – Sorriu sem humor. – Porque eu não sou humano.

Manuela arregalou os olhos em choque diante da revelação, por mais que soubesse que ele não era um homem normal e as evidencias desse fato foram muitas, tinha acreditado que talvez ele fosse algum tipo de mutação entre ser humano e algo místico ou diabólico, mas que não houvesse nenhuma parte humana nele, fora algo que não havia cogitado.

- E o que um eterno é? – Indagou Manuela com voz trêmula.

Essa era uma dúvida que a perseguira por todos esses anos, havia pesquisado incansavelmente em livros, na internet e nas mais variadas fontes, mas ninguém nunca lhe dera uma resposta precisa, havia quem dizia que era uma espécie de Deus mitológico antigo, outros afirmavam que era um extraterrestre vindo de uma galáxia distante e claro aqueles que como Antônia lhe garantiram que era o próprio Diabo e seus asseclas, não sabia em quem acreditar, mas em momentos como aquele, em que surgia aquela expressão destrutiva na face de Leon, acreditava que de fato era o demônio.

- Um eterno é um rejeitado. – Respondeu sombrio. – Uma criatura condenada a vagar pela terra porque nem o céu nem o inferno o querem, a escória sobrenatural mais poderosa que você ou qualquer um poderá encontrar. – Acariciou-lhe o rosto automaticamente, sua expressão ausente, o olhar de alguém com o pensamento longe. – Criado sem par, deixado a própria sorte, jogado aqui nesse mundo para assistir a humanidade crescer e definhar infinitamente até que nada mais reste além de uma terra ressequida, impedido de morrer, porque para criaturas como nós a morte seria um prêmio que somos indignos de receber. – A fitou com um olhar perdido por um longo instante. – Um eterno é um soldado sem exército, uma alma sem luz e sem paradeiro, prisioneira dessa casca em que habita porque não há para onde ir quando ela deixar esse corpo, um eterno... – Um sorriso enviesado distendeu-lhe os lábios ao sentenciar funesto. – É um maldito. – Então a soltou e se afastou em direção a sala de estar imerso em seus próprios pensamentos.

- Mas, você disse uma vez que uma criatura muito especial poderia matar um eterno. – Disse ela em voz baixa tentando descobrir se existia de fato alguém no mundo capaz desse feito.

Leon parou sua caminhada, permanecendo de costas para ela, mas seu riso sarcástico a alcançou.

- Interessada em saber quem pode fazer esse serviço para você?

- E se eu estiver? – Perguntou desafiadora, sem saber de onde estava tirando tanta coragem.

- Então eu terei que dizer que você terá muito trabalho para encontrar, porque eu não lhe darei pistas para chegar até essa criatura. – Virou-se de frente para ela sorrindo. – Acho muito interessante nossas conversas, adoro essa nossa estimulante disputa de vontades, mas ainda não estou disposto a morrer por elas.

- E também não se importa com o fato de que não estou feliz ao seu lado. – Ela completou ressentida.

- E você com certeza atribui esse fato unicamente a mim. – Constatou melancólico achegando-se a ela. – Você se esquece de que como todo e qualquer estado de espírito, a felicidade só acontece quando permitimos. – Lembrou enquanto afastava suavemente uma mexa de cabelo do rosto feminino. – Você está em minha presença tem menos de vinte e quatro horas, ainda assim joga sobre meus ombros a insatisfação que a persegue desde antes de me conhecer.

- Eu era imensamente feliz antes de você cruzar o meu caminho! – Contradisse furiosa. – Você nem me conhece! Não sabe nada sobre mim, como tem coragem de dizer que eu era infeliz antes de eu ter a falta de sorte de te encontrar?

- Eu a conheço melhor do que pode imaginar. – Sorriu sedutor segurando a mão dela e levando-a aos lábios para um beijo delicado que não a impediu de sentir uma grande vontade de esmurra-lo. – Agora, por exemplo, você adoraria me bater. – Disse como se estivesse lendo seus pensamentos, o que a fez congelar o movimento de puxar a mão que estava prestes a fazer. – Mas, teme uma retaliação da minha parte, por isso ainda não fincou suas unhas em mim.

- Está lendo a minha mente? – Questionou horrorizada.

Se ele fosse realmente capaz disso o que ele já teria descoberto sobre seus planos para se livrar do acordo? Perguntou-se mentalmente, sentindo o coração disparar, essa era uma possibilidade que não havia pensado. Leon riu seu rosto ganhando uma expressão leve e carinhosa ao responder divertido.

- Não é preciso ser um telepata para perceber suas intenções. – Puxou-a suavemente para seus braços prendendo-a em seu abraço. – Está tudo nesses bonitos e zangados olhos escuros, na maneira como aperta os lábios quando fica contrariada...

- E isso o diverte. – Resmungou tentando sair de seus braços.

- Me divirto muito mais quando sinto o calor do seu corpo, a maciez dos seus lábios...

- E voltamos ao sexo! – Reclamou afastando seu dorso para encara-lo aborrecida.

- Não posso evitar querê-la. – Justificou-se sorrindo desconcertado. – É mais forte que eu, mas não sinto apenas desejo por você.

- Não me parece que seja algo mais. – Contrapôs. – Tudo que dissemos nas poucas vezes que nos encontramos terminou invariavelmente em sexo ou em como você se acha no direito de governar a minha vida, é claro.

- Voltamos a isso. – Protestou soltando-a e colocando as mãos no bolso. – Sobre como eu sou monstruoso por ter tirado você da sua vida. – Falou aborrecido. – Convenientemente você esquece que fez um acordo comigo e que eu não estou pegando nada que você não tenha me oferecido.

- O que exatamente você quer dizer com isso? – Incitou com voz enganosamente suave sentindo a raiva borbulhar em suas veias.

- Que você pediu por isso, na verdade implorou. – Salientou encarando-a severamente. – Deixei claro que haveria um preço e você concordou...

- Eu estava desesperada! – Interrompeu-o exasperada. – E você se aproveitou disso para ter o que queria!

- E o que exatamente eu consegui? – Questionou duro. – Uma mulher que me rejeita? Que vê com maus olhos tudo que faço por ela? Mesmo quando faço aquilo que me pediu? – Impiedoso continuou. – Você não faz a menor ideia do que eu quero.

- Você não faz o menor esforço para esconder. – Sentenciou rude. – Seu único objetivo é me levar pra cama.

- Acha que movi meio mundo para trazê-la aqui por causa de uma transa? – Indagou incrédulo.

- É só nisso que você fala. – Replicou aborrecida. – O que quer que eu pense?

- Às vezes me pergunto se você realmente não percebe ou apenas finge não ver. – Resmungou balançando a cabeça, inconformado.

- O que você espera que eu perceba além da sua arrogância e presunção? – Exasperou-se. – Você me sequestrou, me trouxe para sua casa contra minha vontade, tem me perseguido...

-Eu não tenho perseguido você! – Bradou irritado. – Tenho te protegido!

- De quem? – Contestou - De si mesmo? – Provocou. – Eu fui perseguida e dopada pelos seus homens, levada sabe Deus pra onde e amarrada a uma cama, isso para contar os acontecimentos das ultimas quarenta e oito horas! – Vociferou enquanto batia com o indicador no peito forte.

- Meus homens resgataram você de quem te dopou! – Contradisse exaltado.

- Ora, faça-me o favor! – Reclamou jogando as mãos acima da cabeça em um gesto de aborrecimento. – Acha mesmo que vou acreditar nessa bobagem? Me considera tão idiota assim?

- Você pode me chamar de muitas coisas, mas mentiroso não é uma delas, fique certa disse. – Afirmou austero. – Se não percebeu, desde que nos conhecemos não tenho feito outra coisa além de ser sincero com você.

Apesar do sentimento ruim que ele por vezes ele lhe despertava, tinha que reconhecer que Leon sempre fora sincero em tudo que dissera, por vezes chegando a ser cruel em suas verdades, se de fato havia mais alguém em seu em calço precisava saber quem era.

- E segundo você, quem está me perseguindo? – Perguntou afrontosa. – Não tenho inimigos além de você!

- Acha mesmo que sou seu inimigo? – Indagou incrédulo.

- Que nome se dá a uma pessoa... – Se interrompeu ao lembrar que ele não era humano. – Ser, que tira de você tudo o que você mais ama, que te obriga a fugir e se esconder como uma criminosa e que destrói seus sonhos impiedosamente? – Interpelou revoltada.

Leon a fitou com aquela mesma expressão vazia que ela começava a odiar, apertou os lábios e lhe deu as costas continuando seu caminho pela sala de estar em direção ao hall de entrada como se não estivessem no meio de uma conversa.

-Leon! – Chamou furiosa. – Você não vai me deixar falando sozinha! – Decretou seguindo-o.

- Essa conversa acabou. – Sentenciou ele seco.

- Vai decidir isso também? – Exaltou-se. – Por que não escreve um roteiro? Assim você decide as minhas falas do mesmo modo que já decidiu todo o resto!

Ele interrompeu a caminhada que empreendia rumo ao elevador, parou diante das portas duplas permanecendo de costas para ela enquanto dizia com voz tensa.

- Não determinei o que está acontecendo, estou tão preso a essa bagunça quanto você... Até mais. – Virou-se para ela e declarou impassível. – Podemos fazer isso dar certo ou transformar tudo em uma batalha de vontades, fica a seu critério, me agrada mais a primeira opção, mas estou preparado para qualquer que seja a sua escolha.

- Eu escolho deixar você. – Declarou decidida.

- Essa opção não existe. – Falou entre dentes virando-se para o elevador e apertando o botão, sumindo em seu interior assim que as portas se abriram.

Oi de novo! rsrsrs

Como prometido entrego a vocês o segundo capítulo de hoje, prometo não demorar com a postagem dos próximos e espero sinceramente que gostem.

Não esqueçam de comentar e votar! Desde já agradeço pela interação e carinho!

Beijinhos!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro