° Capítulo 20 (Revisado) °
Havia chegado o dia, eles iriam atrás de seu amigo que estava a tanto tempo em cativeiro.
Leedo havia marcado uma entrevista com uma das maiores impressas do jornalismo local. Era ele quem daria a partida para o plano entrar ação.
O Hyung estava sentado em uma poltrona rústica com uma mulher e um homem, ambos jornalistas ou quase, em sua frente sentados em uma poltrona semelhante a de Leedo.
Diversas câmeras estavam espalhadas atrás do cenário para captar bem todos os aspectos visuais da entrevista, além dos equipamentos de som. Embora fosse algo regional, havia muito profissionalismo envolvido. Leedo não sabia exatamente como haviam aceitado aquela entrevista, talvez fosse a escassez de matéria, não importava. Era o suficiente para colocar o plano em jogo.
Quando eles entraram ao vivo, os jornalistas apresentaram o que estaria sendo abordado daquela vez. Demora uns poucos minutos até fazerem uma chamada para Leedo e a câmera focar no tal.
- Então, Kim Leedo. Você veio até nós com a especulação de algo muito importante que iria por um fim a toda essa "confusão" que foi o seu relacionamento com a jovem Jeon Minna, estou certa? - A mulher começou.
- Perfeitamente. Eu estava guardando isso para mim, mas... Acho que seria melhor falar logo. - Leedo respondeu. - Bem, como muitos estão familiarizados. Meu rosto é conhecido por alguns realitys, publicidades e artigos musicais... Minna era minha namorada, eu mantive ela em segredo durante muito tempo. Entretanto, acho que hoje em dia estamos mais públicos do que nunca graças as suas façanhas. Mas depois de sofrer tanto nas mãos dela, acho que está na hora de revelar um pouco sobre ela também.
- E o que você teria para nos revelar? - O jovem jornalista perguntou.
- Enquanto Minna fazia questão de dizer que eu era um péssimo namorado, um gay encubado e seja lá mais o que, que eu usei o corpo dela para garantir status... Eu venho dizer que isso é uma completa mentira. Quero dizer, isso muita gente já sabia. Mas o fato é que eu conheci Minna em uma Casa de Prostituição. - Um silêncio se instala no salão. Minna que estava assistindo da tela de uma lanchonete sente seu peito parar com aquela mentira. - Isso mesmo. Eu paguei ela para transar comigo uma noite e nos divertir, ela fez o trabalho dela muito bem. Mas, diferente do que costuma acontecer, ela ficou obcecada por mim. Ela ficou correndo atrás mim, ela mesma se jogou em meus braços por conta própria. Se ela se sentiu infeliz em nosso relacionamento, não posso levar toda culpa já que fui mais do que pressionado a aceitar ficar com ela. Por que acham que demorei tanto para revelar ela até aos meus próprio amigos? Mais do que isso, eu não contei a ela. Mas quando eu a paguei para transar, eu estava testando minha orientação sexual. E bem, sabe, não importa o quão boa você seja... Quando não é, apenas não é. - Ele riu de forma debochada. Todos ficaram perplexos com as palavras de Leedo, não houve muitos comentários a respeito daquilo e os dois amadores apenas chamaram o intervalo da transmissão. Quiseram saber mais, porém Leedo apenas deixou aquele local sem dizer muitas palavras mais.
( . . . )
Não demorou para Leedo ser abordado por repórteres e fofoqueiros que faziam perguntas óbvias e até mesmo sem certo cabimento, eles apenas queriam que Leedo prestasse-lhes alguma atenção. O Hyung se afasta de todos, ignorando suas perguntas.
- Senhores... Se tiverem algum dúvida, eu recomendo que vão tira-las com a própria Minna. Tenho certeza que ela vai ajudar muito vocês. - Ele dizia em alto e bom som para todos. Logo, ele vê Minna do outro lado da rua. A jovem teria ido atrás do rapaz para prestar satisfação com ele. Estava ofegante, por ter corrido quadras para chegar até ali. - Aliás... Olhem ela lá. - Ele acena sorrindo cinicamente fazendo todos olharem para jovem que recua alguns passos. Ela se amedronta ao ver tantas câmeras e celulares focarem nela e logo sai correndo, os curiosos vão atrás da mesma. Um sorriso debochado surge no rosto de Leedo, ele estava mais que satisfeito em ver aquela cena. Era exatamente que ela merecia.
( . . . )
Mais tarde, quando todos estavam ocupados com o caso de Minna - que aliás havia até agora se escondido muito bem - Os garotos decidiram iniciar seu plano.
Dongju tinha um machado em mãos, este seria usado para quebrar a corrente que estava prendendo Hwanwoong. Sim, seria detalhes demais perguntar onde eles haviam conseguido um machado. Mas uma dica: Clube de Jardinagem. Os outros estavam atentos olhando envolta para ter certeza de que ninguém veria aquilo.
Leedo pega o machado de Dongju e, com seus braços fortes, ele quebra a tranca da porta com um único golpe. Seoho empurra a porta em seguida, e todos entram rapidamente atrás de Youngjo.
Eles esperavam ter um campo de guerra logo de cara, mas não foi isso que aconteceu. Foi bem diferente do que eles haviam imaginado.
Não tinha ninguém na casa, eles checaram cada cômodo, cada dobra da parede. Não havia ninguém, a coleira de metal que prendia Hwanwoong agora estava quebrada sobre a cama e até as roupas do armário haviam sumido.
- Ele sabia que estávamos vindo... - Keonhee murmurou. Todos suspiram decepcionados já pensando que estava tudo perdido.
- ... - Leedo olha envolta e seus olhos se enchem de raiva. Ele dá um soco na parede criando uma pequena fenda na mesma, em compensação os dedos do Hyung começam a sangrar. - Miserável!! - Grita.
- Há quanto tempo será que ele saiu? - Seoho tentava achar uma ponta de esperança.
- Quem se importa?! A essa altura ele já deve estar fora da cidade, Youngjo não seria bobo de permanecer por perto. - Leedo se senta no sofá tentando se conformar de que já era tarde demais.
- ... - Todos ficam em silêncio. Uns bons segundos assim, logo o celular de Keonhee apita. Ele pega o mesmo, vendo ser uma mensagem de Youngjo:
"Keonhee, preciso falar com você. É importante. Me encontre no corredor em frente a cantina da Universidade. Venha sozinho."
Aquela mensagem foi o suficiente para eles. Rapidamente eles se dirigiram até a faculdade, sem esperar mais nenhum segundo. Seoho, Leedo e Dongju se esconderam nos corredores próximos observando a situação. Youngjo já estava recostado a uma parede quando Keonhee chegou ao local após todos já terem entrado em formação.
- Youngjo, queria falar comigo? - A voz de Keonhee ecoava pelos corredores. Era final de semana e ninguém mais estava dentro daquele lugar, especialmente naquela área. Era como um prédio abandonado, assombrado por um fantasma que atendia pelo nome de "Youngjo".
- Sim. Eu queria. - A voz do moreno era fria e ele se aproxima devagar do Lee com as mãos nas costas. - Sabe, eu venho percebendo o quanto tenho sido injusto com você. Não apenas com você mas com todos os outros, na verdade... Pensei em todas as coisas que já me disseram, e acho que estão certos. Eu venho tratando muito mal o Hwanwoong... Ele não merece isso. Acho que agora entendo porquê ele me traiu com você. Você fez tudo que eu não fiz para ele... Você é o mocinho e eu sou o vilão. Não entendo como demorei tanto para entender algo tão simples. - Ele dizia com uma boa desenvoltura, era estranho. Porque embora suas palavras fossem sinceras, elas não pareciam expressar arrependimento.
- ... - Keonhee permanecia em silêncio, ouvindo o discurso dramático do Hyung. Ele mantinha uma postura firme mesmo claramente com medo do que poderia acontecer. Afinal, Youngjo era imprevisível.
- Então, eu cheguei a conclusão de que só existe uma forma de fazer Hwanwoong perceber que eu sou a melhor pessoa para ele... - Ele ergue sua mão empunhando uma faca afiada. O Kim segura o pescoço de Keonhee que se assusta com o ato, tentando se soltar mas é inútil. - É eliminando todos os outros... - O mais velho avança o objeto afiado na direção da cabeça de Keonhee. Com a força que ele tinha em mãos, provavelmente a faca perfuraria sua cabeça e o mataria devido a uma hemorragia. O fim de Keonhee era certo, se Seoho e Leedo não tivessem chegado e imobilizado o Hyung no momento em que a faca acertaria Keonhee.
Youngjo olha os garotos confuso, demorando um pouco até raciocionar. Ma, logo ele começa a se debater tentando se soltar dos dois e até ataca-los com a faca. Felizmente a força de ambos era maior, principalmente a de Leedo. Mesmo Youngjo sendo mais velho, ele perdia consideravelmente em questões de força bruta.
- Keonhee e Dongju, rápido! Vão atrás do Hwanwoong. - Seoho grita para os Dongsaengs que seguem rapidamente a ordem.
Eles entram na cantina, a principio não havia nada de suspeito no refeitório. Ele podiam ouvir as pancadas dos Hyungs vindo do corredor, os gritos de Youngjo eram altos e cheios de ódio. O Kim tentava de todas as formas impedir que Dongju e Keonhee chegassem em Hwanwoong. Contudo, Seoho e Leedo não permitiam que ele se aproximasse da porta. Os mais novos torciam para que eles ficassem bem.
Os dongsaengs entram na cozinha e aos fundos, encontram o Yeo. Ele estava fortemente amarrado por cordas que deixavam marcas em sua pele. O pescoço do mesmo estava queimado e ferido pela coleira de metal que usou durante dias e noites. Além de outros ferimentos mais feios em seu rosto e corpo, junto de visíveis hematomas.
Dongju rapidamente usa seu pequeno machado para cortas as cordas e libertar o loiro que até então estava inconsciente, seu tronco estava completamente nu deixando visível todas as suas marcas. Keonhee pega os braços fracos do pequeno envolvendo-os no pescoço do mesmo enquanto ele usava seus próprios braços para apoiar o corpo do tal no colo. Hwanwoong abre os olhos devagar observando o rosto de Keonhee, ficando um pouco confuso inicialmente.
- Keonhee... - Ele sorriu fracamente.- Veio me buscar...
- Eu iria até o fim do mundo por você... - O Lee beija a cabeça do mais novo e rapidamente eles saem de lá.
No momento em que saem, Leedo os recebe ainda com a adrenalina em seu sangue. Ele estava com um rosto ferido e cortes em seus braços. Ele olha o estado de Hwanwoong por uns segundos, porém não deixa isso abala-lo. Precisavam correr contra o tempo.
- Rápido, não temos muito tempo... - Eles olham Youngjo, o mesmo se debatia sem querer facilitar o trabalho de Seoho, que estava terminando de amarra-lo com cordas. Assim que consegue, ele vai atrás dos outros.
- A corda é muito frágil, não vai demorar para ele rompe-la na força bruta. - Seoho também estava com marcas. Youngjo realmente não deu trégua alguma para eles.
Ao verem Youngjo se debater e aos poucos romper a corda, eles correm atravessando os corredores.
Hwanwoong estava sobre o colo de Keonhee que o carregava a todo momento, ele não tinha noção alguma do que estava acontecendo. Estava sem vida, inconsciente. Ele ouvia os barulhos causados pela confusão, mas não via nada.
Quando estavam próximos da porta, foram surpreendidos pela pior pessoas que poderia aparecer naquele momento. Seu nome era Minna.
- Leedo! Já chega! Eu... - Ela nota a adrenalina e aflição dos meninos. Logo ela repara em Hwanwoong completamente machucado nos braços de Keonhee. - Céus... O que aconteceu? - Ela pergunta preocupada.
- Minna, não temos tempo para explicar. Apenas por favor, deixe a gente ir! - Leedo praticamente implorava. A jovem fica calada.
- Ela não pode. Ela chamou os jornalistas para cá! As saídas estão barradas por câmeras... - O mais novo do grupo diz apontando para as luzes fora das portas dos prédios. Ele tinha uma voz dura para com a garota.
- Minna... Você fez isso? - Seoho indaga a mesma com um olhar de decepção.
- Eu não sabia que... - A garota estava em choque.
- Tá! Não importa! Deve haver alguma saída daqui. Minna, por onde podemos sair? - A aflição do rapaz era visível. Minna recua alguns pequenos passos, completamente em silêncio.
- Minna, por favor! Nos ajude... - Os olhos de Keonhee estavam lacrimejando de desespero. Logo, se escuta os gritos raivosos de Youngjo chamando pelo amado. Ele havia se soltado.
- Minna!! - Eles pressionavam a garota que permanecia imóvel. Não demora para verem Youngjo chegar no corredor que levava a saída principal, exatamente onde estavam.
- Devolvam ele!!! - O moreno grita com todo seu ódio nos pulmões, arrancando para cima deles. Leedo se vira para Minna, pondo as mãos no ombro da mesma.
- Por favor... - Ele susurra para ela. Os olhos apreensivos do amado, a despertam como um estalo. Imediatamente a mesma afasta os garotos tomando a dianteira deles ficando a frente de Younjo que corria em sua direção, ele não ia parar.
A jovem saca uma arma da bolsa e em um movimento rápido puxa o gatilho da pistola que faz um grande barulho.
Em seguida, Youngjo tropeça caindo a poucos centímetros de Minna com a perna sangrando. A mira da garota havia acertado o músculo principal da perna de forma profunda, o moreno nem mesmo conseguiria ficar de pé agora.
Todos os garotos ficam boquiabertos com a atitude da jovem. Ela fala com eles de forma séria, ainda apontando a arma para Youngjo.
- A terceira saída de emergências está livre. Passem por lá para não serem pegos, mas cuidados para que ninguém os veja. - A respiração da jovem estava acelerada e todos a olhavam surpresos.
- Onde você aprendeu a usar uma arma?! - Seoho pergunta ainda incrédulo.
- O meio irmão dela é policial... - O Hyung dá um leve sorriso relembrando a mulher que Minna era. Em seguida ele guia o grupo para a saída indicada por Minna sem dizer uma palavra a mesma.
- Vadia... Eles vão escapar... - Youngjo dizia agonizando de dor com a mão em seu ferimento.
- E você não vai a lugar nenhum... - Ela pega o celular ainda apontando a arma para o moreno. - Oi, mano... Tenho algo para você.
-----------------------------------------
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro