Capítulo 2 - Idiota persistente
Então eles sairam da cafeteria para seguir a rotina, parece que aqueles bilhetes foram a distração do dia, ou um anúncio persistente que não sai depois de cinco segundos.
Heloísa não parava de pensar no menino dos bilhetes, é claro que ela gostou de alguém querer conversar sobre o livro dela.
Mas ela quis fazer ele esperar, só para pensar mais no que estava acontecendo.
Não parava de pensar nele, como ele é?
O que ele veste?
Ele gosta de romance?
Àquele garoto misterioso a invadiu,
E se passou mais um dia.
A garota pega seu livro coloca na bolsa, toda arrumada para mais um dia, e vai a cafeteria.
Ela escreve o nome do livro e põe na sua bandeja e quando faz seu pedido de café machiatto pede para a Seul-ki entregar na mesa do rapaz.
E sim ele estava lá, ele foi um idiota persistente que esperou vinte e quatro horas por um título de livro.
Quando ele viu o bilhete, percebeu que tinha conseguido, ele realmente começou a achar que ela estava disposta a entrar no jogo dele da maneira mais difícil, e ele até compreende.
Mas assim que recebeu o bilhete, ele estava disposto a ser um idiota persistente mas, um idiota em busca do quê?
Em busca do amor, e algo tão nobre como esse merece a persistência e até idiotices, afinal amor é para idiotas, sim, idiotas que ficam esperando o celular vibrar com uma notificação dela, idiotas que esperam 24Hrs por um bilhete, idiotas que acabam com o 3G para baixar o que ela manda.
Depois dessa acho que todos nós já fomos idiotas apaixonados.
Mas não se ofenda, é no bom sentido.
- Tabom, eu sou o idiota da história né? Os leitores já sabem, mais foco aí narrador e chega de me xingar -. Exclama na minha mente o Rafael.
Espero que ele não leve o idiota para o lado pessoal.
Mas, enfim se o Rafael me permitir vou continuar...
Ele lê o bilhete e descobre que o livro era: A culpa é das estrelas.
Um lindo livro de John Green, do qual o Rafael também gostava.
Então ele escreve no bilhete:
"Ok? Ok."
Frase famosa do livro, que somente fã para entender.
Enquanto isso, Heloísa se supreende, ele realmente a esperou, ela entrou no joguinho dele da maneira mais difícil.
Mas, ele estava disposta a jogar o jogo com base nas regras dela.
Ela também estranhou ele gostar de romance, a maioria dos homens não curtem muito livros melosos e dramáticos.
Mas, pelo visto ele era diferente,
tinha algo nele que fazia ele ser especial.
Começaram então uma longa conversa sobre o quanto Jhon Green era um gênio.
Ambos amando o rumo que a conversa tomou e a vontade de se verem e falar cara a cara aumentou.
Ele odiava pensar nessa possibilidade seus olhos azuis celestes tremiam só de pensar, preferia esconder tudo através do papel.
Estavam se conhecendo melhor, não da pra negar isso.
Mas Seul-ki ficou perplexa, por que ela ficaria nos bastidores de um amor numa linda cafeteria, mas e ela?
Não tem o direito de ser feliz também?
Seul-ki deu uma breve olhada em volta e percebeu que realmente àquela cafeteria era uma fábrica de casais.
De tardezinha via aqueles casais que o primeiro encontro seria tomando um café, de manhã sempre vem Heloísa e Rafael.
Então ela percebeu o motivo de sua carência, via de camarote o amor acontecer, além de vela também pode ser rotulada de cupido. Mas, acontece que também quer viver o amor.
Não é de admirar que ela queira tanto assim ser amada, na coreia do sul sua familia é rica.
Seu pai queria fazer de tudo para Seul-ki herdar a empresa.
Esse não era o desejo dela, ela queria ser mais do que uma milionaria, que não pode confiar nas pessoas pois, acha que qualquer interesse seria no que ela possuí.
É claro que o alto nível que os pais dela exigiam dela não traziam contentamento.
Ela não era feliz desse jeito, e percebeu que os pais dela não mostraram o amor, apenas o interesse no dinheiro.
O pai dela um dia morreria e precisava de alguém para continuar levando brilho ao nome dele na empresa mas, essa não é a escolha de Seul-ki, essa jovem coreana preferiu vir para o Brasil morar em casa de parentes que também escolheram esse lugar como seu lar.
Sempre humilde, não ligava em viver uma vida simples.
Felicidade para ela era mais do que dinheiro, muito mais!
É uma das preciosidades que o dinheiro não compra.
Muito bem terminou de ler, obrigado pela atenção.
Esse capítulo continuou o primeiro e explicou mais sobre a Seul-ki e sua família.
E também o motivo de vir para o Brasil.
Eu particularmente estou apaixonado nela, menina doce e humilde.
Será que vai continuar assim?
Vamos descobrir no próximo capítulo.
Até a próxima xícara literária!
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