Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo II • Splendor High School

Desligo o despertador e encaro o teto. O barulho constante da chuva e do vento no telhado não me permitiram ter uma boa noite de sono. Eu mal preguei os olhos.

Após uma respirada profunda, jogo a velha coberta desbotada para o lado e me levanto. Não me espanto ao notar que ainda chove.

Me arrumo para o primeiro dia de aula sem um pingo de entusiasmo e luto para não ceder à imensa vontade de ir vestida com minha velha calça de moletom surrada.
"Nem pense em usar essa calça em outro lugar que não o seu quarto, certo? Ela é horrível!" — Lembro da ordem de minha mãe com um sorriso.

Dou uma conferida rápida em minha roupa no espelho e aperto o elástico que prende meus cabelos. Depois, desço pelas escadas até a cozinha, onde Mark me espera para tomarmos café da manhã.

— Bom dia, filha. Dormiu bem?

— Como pedra. — Minto, com um rápido sorriso, e me sento.

— Animada para o primeiro dia na nova escola?

— Ah, estou sim. Muito animada.

Ele sorri, antes de me oferecer uma xícara de café com creme e um prato com cookies recém assados.

Terminamos de comer em silêncio.

Mark aplica um beijo no topo de minha cabeça e me deseja boa sorte na escola, antes de sair para o trabalho. Ele é dono de uma pequena loja de materiais de construção, que se tornou sua esposa e família depois da separação.

Eu não queria chegar cedo demais na escola, mas também não podia mais ficar na casa. Reunindo a coragem necessária para encarar as dezenas de olhares curiosos sobre mim, pego minha mochila, visto meu casaco, que mais parece uma roupa antinuclear, e saio para a chuva.

O barulho de meus tênis na grama encharcada ecoam de forma irritante. Sinto falta do barulho normal de cimento quando caminho.

Não consigo parar para admirar minha caminhonete como gostaria. A chuva está começando a engrossar.

Destranco a porta e jogo minha mochila no banco do passageiro. Dentro dela está seco e aquecido. Enxugo os pingos de chuva de minhas mangas e giro a chave na ignição. O motor liga em um ronco alto e rápido. Sintonizo o velho rádio e sigo para a escola.

Não foi difícil achá-la, mesmo eu nunca tendo estado aqui antes. Estaciono em frente ao prédio construído com tijolos marrons e encaro a fachada onde está escrito "Splendor High School" em grandes letras de metal.

Saio a contragosto da caminhonete quentinha e subo por uma escadaria de cimento ladeada por uma cerca viva. Dispo o enorme casaco preto de nylon e ajeito minha mochila no ombro. Caminho sem pressa pelo longo corredor de paredes brancas cobertas por armários cinzas, até encontrar a secretaria. Corro os olhos pela pequena sala de espera com uma longarina de três lugares, carpete preto e avisos e prêmios abarrotados pelas paredes. Um grande balcão reparte o cômodo ao meio. Atrás dele, há duas mesas, uma delas ocupada por uma mulher alta, de cabelos ruivos e curtos. Ela tira os olhos da tela do computador e me fita por cima dos óculos de grau.

— Posso ajudá-la?

— Oi. Sou Summer Palladio.

Vejo seu olhar mudar de tédio para interesse imediato. Eu era esperada, tópico de fofocas. A filha ingrata de Mark Palladio estava de volta à cidade.

— Ah, é claro. — Ela procura algo em uma pilha de documentos e se levanta. — Aqui está sua grade de horários e um mapa da escola. Você acha que consegue achar a sala de literatura sozinha?

— Consigo, sim. — Respondo, enquanto analiso o mapa em minhas mãos.

— Ótimo. Se precisar de qualquer coisa, pode me procurar. Seja bem vinda, Summer.

— Obrigada.

Deixo a secretaria no mesmo momento em que os outros alunos começam a chegar. Sigo o tráfego, olhando vez ou outra para o mapa. Mais rápido do que eu imaginava, encontro a sala três, onde terei minha primeira aula.

Entro na sala e paro, como os demais na minha frente. Há uma pequena fila para pendurar os casacos num conjunto de ganchos. Espero minha vez e penduro meu casaco, que não parece tão grande agora, ao lado do de uma garota quase uma cabeça mais baixa do que eu, com longos cabelos trançados e pele escura. Ela me lança um sorriso rápido, antes de ir se sentar.

O professor de literatura, Sr. Thompson, já está na sala. Corro para me sentar, antes que os lugares no fundo da sala sejam ocupados.

Ele nos cumprimenta com um sorriso e se encosta na mesa, nos encarando de frente.

— "Percorrer muitas estradas, voltar para casa e olhar tudo como se fosse a primeira vez". Alguém sabe me dizer quem é o autor dessa citação? — Ele aguarda por uma resposta que não chega. — Senhorita Palladio?

Todos os olhares na sala se viram para mim. Sinto meu rosto queimar de vergonha.

— Thomas Stearns Eliot. — Respondo, sem encarar ninguém de volta.

— Precisamente. — Ele sorri, satisfeito. — Seja muito bem vinda, senhorita Palladio. Espero que goste da cidade e ainda mais de minha aula.

Consinto com um rápido sorriso e volto minha atenção para a surrada carteira de madeira.

O professor distribui uma lista de leitura e, enquanto ele fala, fico me perguntando se minha mãe se lembrou de pagar o plano de saúde e regar as plantas.
Ainda recebo olhares curiosos e percebo alguns cochichos isolados, mas mantenho meu olhar baixo.

O sinal finalmente toca, avisando que a aula chegou ao fim. Me levanto e, na porta, me encontro novamente com a garota do casaco ao lado.

— Oi. Summer, certo?

— Oi... — Ergo as sobrancelhas, esperando sua apresentação.

— Josie.

Aperto sua mão estendida e sorrio.

— Primeiro dia é sempre um saco, não acha?

— Nem me fale. — Suspiro. — Parece que sou uma alienígena de três braços assistindo a uma aula.

— Passei por isso no ano passado. Fiquei aliviada por terem um novo foco esse ano.

— Ah, muito obrigada pela consideração.

Ela ri. Seu rosto é pequeno e quase infantil. E gosto do modo como ela usa suas tranças, enrolando-as parcialmente no alto da cabeça, em um grande coque.

— De onde você veio?

— Tucson, Arizona. E você?

— Nova Orleans, Luisiana. Por ser do Arizona, você não deveria ser mais bronzeada?

— Por ser de Nova Orleans, você não deveria ser mais vampiresca?

Novamente, ela ri.

— Justo. Qual é sua próxima aula?

— Economia. — Respondo, após analisar meu horário.

— Aula dupla de química. — Ela ergue melancolicamente o grosso livro. — Podemos nos encontrar no intervalo. O que acha?

— Claro.

— Legal. Até mais tarde, Summer.

— Até.

Acompanho Josie com os olhos até ela sumir de vista e só então me encaminho para o segundo andar, na sala doze.

O intervalo demora menos a chegar do que eu gostaria. Quando o sinal toca, questiono se não seria melhor continuar em aula do que enfrentar as centenas de olhares desconhecidos no refeitório.

Guardo meus livros no armário e respiro fundo, antes de começar a andar.

Atravesso a extensa porta amarela que separa as salas do refeitório e olho ao redor, mas não encontro Josie. Me sinto deslocada e insegura e odeio a sensação.

Alguns alunos passam por mim e cochicham entre si. Outros, me fitam da cabeça aos pés, sem muito pudor.

Me sentindo extremamente ridícula, parada feito uma estátua em exposição no meio do refeitório, pego uma bandeja e vou para a fila da merenda. Escolho um sanduíche natural, uma maçã e suco de laranja e me viro para as mesas.

— Ei, Summer. — Josie acena, sentada ao lado de um garoto alto, magricela e de cabelo encaracolado. — Sente-se aqui.

Respiro aliviada, quando coloco a bandeja sobre a mesa.

— Onde você se meteu? Não te achava em lugar algum.

— Fui guardar os livros no armário.

— Bem que eu suspeitei. Certo... Summer, esse é o Josh.

O garoto sorri e me estende a mão. Eu a aperto, sorrindo também.

— Josh, essa é Summer, a novidade da vez.

— Ah, fique tranquila. Eles se cansarão de você em um mês.

— Um mês? Que reconfortante. — Ironizo, destampando o suco.

O som de algo batendo no chão nos chama a atenção. Viramos os três para a porta, de onde um grupo de garotos entra rindo e disputando uma bola de basquete.

— Ah, esses são os atletas da escola. — Josie apresenta, sem muita emoção. —  Aquele de jaqueta vermelha é Seth Hale. Ele é tipo o rei da escola. As garotas se matam por ele.

Seth fala alguma coisa com um dos vários amigos que o cercam. Ele caminha um pouco a frente de todos, com passos firmes e cheios de confiança. Alguns fios de seus cabelos castanhos escapam por baixo do boné azul marinho que ele usa.

— Terra chamando Summer. — Josie sorri, estalando os dedos bem próximo ao meu rosto. — Não se iluda, loirinha. Por trás daquele rostinho bonito, existe um cafajeste de mão cheia.

Segundos após a afirmação de Josie, Seth pisca para duas garotas sentadas em uma mesa próxima à nossa e sorri para outra pouco mais a frente. Elas comemoram freneticamente com sorrisinhos e cochichos pouco discretos.

Reviro os olhos, quase enojada com aquelas reações.

— Ele se gaba da fama de ser o maior pegador da escola. — Josh comenta.

— E de partir mais corações do que é capaz de contar.

Encaro seu rosto de forma fixa por alguns segundos. Seu ar de soberba, sua autoconfiança exagerada, eu detestei aquilo. Detestei Seth Hale.

— Garotos bonitos e babacas a parte, o que está achando da nova escola? — Josie pergunta.

Dou de ombros.

— Vocês são legais.

Os dois sorriem.

— Não foi bem isso o que eu perguntei, mas agradeço o elogio.

— Agradecemos.

Sorrio também.

— E então, já se inscreveu em alguma atividade extra?

— Ainda não. — Respondo a Josh, antes de dar uma mordida em meu sanduíche.

— Mas vai, certo? — Josie me encara.

— Vou.

— Em qual?

— Fotografia.

— Gosta de fotografar?

— É uma das coisas que mais gosto na vida. — Respondo com total sinceridade.

— Parece que está rolando uma vaga para fotógrafo oficial da escola. O antigo se formou ano passado. Se você manda bem mesmo, devia tentar.

— Você acha?

— O não você já tem. — Josie dá de ombros.

Mordo meu lábio, considerando com entusiasmo a ideia.

Talvez Splendor High School não seja tão ruim assim.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro