11. Blinding
— O que eles são então? — Lucas perguntou naturalmente, como se Ben estivesse ali desde o começo da conversa e não representasse nenhum perigo para mim. Eu o olhei, perplexa. Luke tentou não me olhar, mas acabou virando-se para mim, sem jeito. — Eu posso explicar. — disse, entortando a boca. Eu fiquei olhando para ele, sem entender nada. Como Lucas podia ter feito aquilo comigo? — Olhe, as coisas são bem diferentes de como você pensa, Nath. Eu e Ben vamos explicar tudo a você, eu prometo.
— Você e Ben vão me explicar? — perguntei incrédula.
— Eu não deveria ter vindo, me desculpe. — disse Ben, e o olhei, sem ter o que dizer. Ele olhou para Lucas. — Você disse que ela saberia. Ela ainda não confia em mim, eu não deveria ter vindo.
— Não, Ben! — Lucas se levantou — Ela vai entender. Basta você dizer tudo a ela.
Eu estava sentada no sofá feito uma idiota, tentando entender o que, diabos, estava acontecendo. Qual parte da história eu ainda não havia pegado? Quanto tempo havia passado desde o feriado? Desde quando Ben e Lucas eram amigos?
— Espera aí. — falei com dificuldade para respirar, me pondo em pé — O que está acontecendo aqui? Lucas, o que você está fazendo? — olhei para Lucas arregalando os olhos.
— Escute, Nathalie. — ele me olhou nos olhos por alguns segundos — Sente-se. — Luke segurou meus ombros e me pôs sentada de volta no sofá, praticamente me empurrando. Ele se abaixou a minha frente e balbuciou algumas coisas sem sentido. — Eu não posso fazer isso. — Luke levantou-se, jogando as mãos para o alto. — É você quem tem que fazer isso, cara. Essa história é entre vocês dois. — Lucas pegou seu casaco e saiu.
— Lucas! — me levantei desesperada.
— Nathalie. — Ben me chamou em uma voz baixa e calma. Eu o olhei, temerosa. Meu coração a mil por hora. — Não tenha medo de mim. Eu jamais machucaria você. Mesmo sabendo quem você é.
— Você... Você sabe quem eu sou? — perguntei perplexa
— Eu acho que eu sempre soube. — Ben encolheu os ombros. Eu levei minhas mãos à cabeça, tentando fazer as coisas pararem de girar ao meu redor.
— Isso é demais para mim. — exclamei sem ar.
— Vem aqui. — Ben fez menção de pegar em minhas mãos, mas recuou e apenas sentou no sofá, batendo de leve no assento para que eu me sentasse também. Eu permaneci em pé e cruzei os braços. Eu estava ofegante e suando frio. Ele suspirou. — Eu sei que isso é quase inconcebível. Mas eu não tinha certeza do que você era até ontem à noite. — eu olhava para o teto, tentando amenizar a náusea — Quando eu vi o seu desespero, eu percebi que você realmente era uma descendente. Apesar de todos os sinais, eu fui simplesmente bobo por pensar que você era apenas uma humana que havia me devolvido a vida. — olhei para Ben sem entender. Ele deu um sorriso fraco, e fez sinal novamente para que eu me sentasse. Cedi, e sentei ao seu lado. Ben pegou minha mão, levando-a até seu peito. Senti seu coração batendo rápido e forte sob meus dedos. A camisa cinza e fina me deixava sentir o calor de seu corpo também. — Isso não existia mais para mim. A maldição me tirou tudo. Há mais de um ano eu tenho andado sem vida por aí, apenas sentido raiva e ódio de qualquer coisa que não fosse humana. — sua voz saiu por entre os dentes na última frase — Então, eu vi você andando distraidamente pela rua e naquele exato momento ele voltou a bater. — Ben abriu um sorriso quase que exultante — Foi um choque no momento em que eu o senti, e eu acabei perdendo o controle do meu carro.
— O-o acidente. — disse em um fio de voz. Ele sorriu, como se aquilo tivesse sido perfeito. Minha mão ainda em seu peito.
— Eu não consegui desviar os meus olhos de você. Você parecia tão assustada com o meu olhar, mas eu simplesmente não podia perdê-la de vista. — ele deu um riso curto — Nem por um segundo. Eu precisava saber mais sobre você. Precisava saber por que você me causava isso, porque eu estava me sentindo vivo novamente. Mas eu não sentia nada quando estava longe. — Ben tirou minha mão de seu peito, mas continuou segurando-a entre suas mãos — Eu voltava à estaca zero quando estava distante de você. Eu fiquei aquela terça-feira inteira cuidando você. Fiquei te observando por entre as árvores e segui você até em casa. — disse Ben um tanto constrangido, mas não parecia arrependido — E quando você chegou perto, tudo voltou. As batidas do coração, a necessidade de respirar, o sangue nas veias. Eu só queria ficar perto de você e sentir o seu perfume. Mas eu sabia que eu não podia. Eu sentia que algo estava errado. E realmente estava. — ele umedeceu os lábios — Quando eu não apareci no nosso encontro no dia seguinte, foi porque eu estava tentando proteger você. Um Sujo apareceu na cidade. Atacou algumas pessoas em Londres, em Saint Davis e aqui. Você deve ter ouvido falar sobre uma professora que foi atacada por um animal. — eu assenti, me perguntando o que era um Sujo. — Eu tentei me retratar, não conseguia ficar muito tempo longe de você. Isso se tornou um sacrifício. Marquei com você no píer, e novamente não apareci. Mas naquela noite não foi uma escolha minha.
— Foi na noite em que você apareceu ensanguentado na minha cozinha. — lembrei-me.
— Um grupo de Sujos, vampiros — explicou ele — me capturou, querendo vingança por eu ter matado o parceiro deles. Eles me envenenaram com sangue de Lâmia, e me mantiveram preso em um tipo de cabana, onde... — Ben suspirou com nojo — eles faziam coisas horríveis com os humanos lá. Foi... — ele respirou fundo balançando a cabeça, parecendo esquecer as cenas — O efeito do sangue começou a enfraquecer e eu consegui me livrar depois de matá-los. Mas o último deles conseguiu me envenenar novamente, enquanto eu o matava. Foi por isso que eu fui atrás de você naquela noite. Eu estava quase morrendo e se eu pudesse fazer meu coração bater enquanto o efeito do sangue passava, eu talvez sobrevivesse. Eu queria ter tido outra escolha. Eu não queria ter feito você me ver daquela forma, não queria ter assustado você. E principalmente, eu não queria ter que dizer adeus. Foi... horrível a sensação de sentir que eu poderia estar olhando para você pela última vez. Sentir meu coração parar de bater novamente. Mas eu tinha medo, eu ainda não sabia quem você era, e eu não queria que você sofresse quando eu simplesmente desaparecesse para sempre. E eu fiz uma confusão com a sua cabeça tentando fazê-la entender que não era o meu desejo partir, mas que era necessário. Eu não podia nem imaginar se algum daqueles monstros sem alma fizessem algo para você. — Ben fez uma careta de raiva, mas logo depois riu sem humor — Se eu soubesse que você era mais perigosa que eles, eu teria ficado. — eu dei um riso curto com a controvérsia daquela frase.
— Por que você não me falou nada ontem à noite? — perguntei tentando entender e encaixar cada palavra em meu cérebro — Por que me deixou pirar daquela forma? Você poderia ter dito tudo isso.
— Você não me ouviria. — disse ele convicto
— Como sabe que eu não ouviria você?
— Você me ouviria? — perguntou erguendo uma sobrancelha, convicto de que minha resposta seria não. Eu repassei rapidamente a noite anterior em minha mente. E, droga, eu realmente não teria dado ouvidos a ele.
— Talvez. — não quis dar o braço a torcer. Ele riu da minha teimosia.
— Nathalie, eu quero que entenda que eu não sabia, eu realmente não sabia quem você era até ontem. Você realmente acha que eu teria deixado você sozinha se eu não tivesse desconfiado? Ou que eu não estaria com medo se eu tivesse certeza absoluta do que você é? — ele balançou a cabeça — Tecnicamente, até eu procurar Lucas e ele me confirmar, tudo não passava de suspeitas.
— Por que você procurou Lucas? — disse meio enciumada. Lucas era meu amigo.
— Por que Lucas tem a melhor das almas que eu já conheci, e eu senti que ele é realmente seu amigo e que quer ajudá-la. Eu senti isso naquela noite na sua casa e senti novamente ontem à noite quando fui procurá-lo. — eu sorri. É claro que Luke era o melhor homem que já conheci, depois de meu avô.
— Sentiu? Como assim? — perguntei intrigada com a convicção das palavras de Ben.
— Eu posso sentir o que as pessoas desejam. Eu estou, de certa forma, ligado a alma delas. Eu vejo o que elas desejam e consigo sentir o que estão sentindo. E as almas normalmente exalam um tipo de perfume. Eu sou realmente ligado ao sentimento delas. É como me alimento.
— Como assim?
— Tudo o que a alma possui, sentimentos e desejos, é o que me sustenta.
— Você... come almas? — me senti uma idiota perguntando aquilo
— Não. — Ben riu — Eu foco nos sentimentos delas, e os sugo.
— Como você faz isso? Quero dizer, como você foca um sentimento?
— Eu hipnotizo a pessoa. — ele falou sem graça — Eu foco em seus olhos, e as faço memorizar alguma coisa forte. Algum momento em que elas ficaram com muita raiva, ou um momento de extrema alegria, e então, enquanto elas estão focadas nisso, eu sugo isso através da boca delas. — ergui minhas sobrancelhas, enquanto Ben ficava cada vez mais constrangido ao falar sobre aquilo. — Eu não gosto de falar sobre isso.
— Por que não?
— Eu não me sinto confortável em fazer isso, entende? — ele me olhou nos olhos — Eu sinto como se estivesse roubando algo deles.
— O que você costuma... sugar delas? — me senti estranha com aquela pergunta
— Bem, — ele suspirou — eu sempre procuro a raiva, o ódio, a tristeza. São sentimentos mais fortes e me sustentam por mais tempo.
— Hm. São sentimentos ruins. — ele assentiu, sentindo-se mal — Você tira os sentimentos ruins das pessoas. — Ben me olhou, esperando para ver onde eu queria chegar — Isso não é uma coisa ruim, Ben.
— Você não entende, Nath. — segurei um sorriso quando ele me chamou de Nath.
— Não, Ben, pense bem. Esses sentimentos muitas vezes destroem as pessoas, e você vai lá e retira isso delas. — ele ponderou o meu comentário — Você é um tipo de herói. — ele gargalhou
— Não, sem essa! — Ben ainda ria — Eu não sou um herói, Nath.
— Por que não? — insisti, sem dar o braço a torcer para a minha teoria — Você mata os vilões, está sempre querendo proteger e ajudar a mocinha, — fiz uma careta depois por pensar que eu não era exatamente a mocinha da história — e ainda tem esse dom incrível de retirar coisas ruins das pessoas. — Ben ainda ria — Qual é, Ben? Você tem que concordar comigo. É a verdade. — encolhi os ombros. Ele me olhou, me analisando.
— Eu realmente nunca tinha enxergado dessa forma. — Ben começou a pensar a respeito.
— O que seria de você sem mim? — brinquei. Ele sorriu balançando a cabeça.
— Um grande nada. — disse capturando o meu olhar. Eu sorri, completamente inebriada.
— Você não se sente mal por estar perto de mim? — ele uniu as sobrancelhas não entendendo o que quis dizer — Quero dizer, não se sente desconfortável? Com raiva ou algo assim? — Ben sorriu balançando a cabeça negativamente.
— Você ainda não é uma Lâmia, Nathalie.
— Mas não está no meu sangue ou coisa assim? — perguntei perdida
— Está, mas não foi despertado. O despertar só acontece aos dezoito anos. Por enquanto, você ainda é... você.
— Nada interessante então. — brinquei, revirando os olhos.
— Não diria isso. — ele retrucou. Ben olhou em meus olhos e os prendeu. — Você ainda não entende, não é?
— Entendo o que? — perguntei em um fio de voz.
— Você é a minha salvação, Nathalie. — a voz rouca e macia dele me causou arrepios pelo corpo. Ben baixou o olhar passando os dedos longos sob meu braço arrepiado, intensificando a sensação, depois ergueu os olhos para mim novamente — E a minha perdição também. — o calor de seus olhos eram intensos nos meus.
— Não acho que a primeira parte esteja certa. — ele mordeu o lábio, sorrindo
— Não vê? Meu coração precisa do seu para bater. Meu sangue precisa sentir o seu calor para correr por minhas veias. Eu não vejo outro modo de chamar isso. — eu respirava profundamente, sentindo o calor entre nós dois aumentar. Eu não sabia qual dos dois estava se aproximando, mas estávamos cada vez mais perto um do outro. — Se o certo for correr na direção oposta, eu prefiro me entregar.
— Você não tem medo?
— Acha realmente que eu ligo para isso? — ele ergueu as sobrancelhas parecendo um pouco embriagado — O seu cheiro, o seu calor... — Ben passou seus dedos em meu pescoço descoberto — Tudo que pertence a você está impregnado em mim. Já faz parte do que eu me tornei. E eu só vou deixar você, se você quiser. — respirei fundo, sentindo o perfume dele bem próximo a mim.
— Então você fica. — respondi em um sussurro. Seus dedos em meu pescoço subiram para os meus cabelos, entrelaçando-os. Ben se aproximou mais e eu pude sentir o calor de seu corpo no meu. O rosto de Ben estava a centímetros do meu, o aroma da pele dele me inebriando, o cinza dos olhos me prendendo junto a ele, sua respiração quente em meus lábios. Levei minha mão até seu rosto, acariciando-o, sentindo que ele era mesmo real. Depois desci até sua nuca e agarrei levemente seus cabelos. Quando fiz isso, Ben agarrou minha cintura e me puxou colada a ele. O calor era forte, nossas respirações ofegantes, e os olhos de Ben me olhavam com desejo, assim como os meus também o desejavam. Umedeci meus lábios enquanto encarava os dele. Eu estava desesperada para beijá-lo. Então, sem mais esperar, Ben uniu nossos lábios. Meus dedos em seus cabelos macios, minha respiração em sua pele perfumada, meus lábios sentindo a textura doce de sua língua. Meu corpo inteiro queimava, era como se eu estivesse prestes a entrar em combustão.
Não sabia muito bem como tinha acontecido, mas eu estava deitada no sofá e Ben estava sobre mim. Em nenhum momento nossos lábios se separaram. Eu estava entorpecida com o calor, o perfume e tudo que vinha dele. Uma de minhas mãos continuava em seus cabelos, mas a outra fincava meus dedos em suas costas. A mão de Ben começou a descer, prazerosamente, pelo lado do meu corpo, percorrendo lenta e calorosamente até meu joelho, enquanto beijava meu pescoço. Sua mão voltou para a minha cintura, e ele me trouxe para seu colo. Alguma parte de mim sabia que tudo estava indo rápido demais, mas o calor logo tomava conta de tudo novamente, e eu me esquecia de onde havia parado a minha sanidade. Com seus dedos entrelaçados ao meu cabelo, Ben os puxou para trás e deu pequenas mordidinhas em meu pescoço. Eu soube, naquele momento, que eu não conseguiria voltar atrás e mandá-lo parar. Meu corpo o desejava como nunca desejou ninguém. O beijei nos lábios novamente, e ele me deitou no sofá.
De repente, minhas veias ficaram — não geladas — mas sem o calor intenso. Ben havia sumido de cima de mim.
Quando consegui respirar novamente, e meus olhos focaram-se, olhei para baixo e vi Ben, sentado no outro canto extremo do sofá, com a respiração ofegante. Ainda entorpecida, consegui, lentamente, me ajeitar no sofá. Os olhos de Ben ainda estavam quentes em mim, mas sua postura dizia que ele não voltaria.
— O que foi... que aconteceu? — perguntei com a respiração entrecortada.
— Acho que entramos em erupção. — passei a mão nos cabelos, tentando me concentrar em não lembrar o que acabara de acontecer. Se aquelas imagens ficassem rondando minha mente, provavelmente eu seria capaz de pular em cima de Ben. — Me desculpe por ter quase... avançado o sinal. — ele não deveria falar comigo naquele estado e com a voz rouca e com aquele maldito sotaque. Eu não soube o que dizer, apenas balbuciei algo incompreensível e suspirei. — Eu não quero que seja assim. E nem sei se mereço que seja comigo a sua primeira vez. — minhas bochechas arderam e eu baixei meu olhar. Como ele sabia? — O seu perfume. Digo, o perfume da sua alma. Ele tem um forte cheiro doce. — Ben percebeu que eu não entendi — Nunca ouviu igualarem doçura a pureza? — perguntou, fingindo incredulidade.
— Ah. — resmunguei, morrendo de vergonha, querendo enfiar minha cabeça dentro da almofada. Senti a mão de Ben no meu rosto, acariciando-o. Olhei para cima para vê-lo sorrindo.
— Não precisa se envergonhar. Isso é lindo! — consegui dar um meio sorriso, completamente constrangida por estar falando sobre aquilo — É uma das virtudes que eu ainda gostaria de ter. Se pelo menos eu soubesse que eu iria encontrar você.
— O que você teria feito? — perguntei curiosa, ainda tentando controlar minha respiração.
— Teria esperado. — ele sorriu, tímido — Teria dito não, para cada garota que apareceu. E então, eu seria apenas seu. Completamente seu. — eu sorri, com uma vontade boba de chorar e de agarrá-lo.
— Mas você não tinha como saber que eu apareceria. Nem eu. — encolhi os ombros — Nós nunca sabemos aonde a vida vai nos levar.
— Pode ser. Mas eu deveria ter dado mais atenção aos conselhos da minha mãe. Sobre esperar o tempo certo, a garota certa. — ele suspirou — Mas, também, que diabos, ela deveria ter sido mais especifica. "Espere, Nathalie logo vai chegar." — eu ri alto.
— Mas quem foi que disse que a Nathalie vai ceder para você? — desdenhei, brincando.
— Todas cedem para Benedict Manfrey. — eu ri alto outra vez
— Você é um legítimo leonino, Manfrey! – ele gargalhou – Mas meu ascendente em touro é teimoso feito o cão, espere sentado. – disse, ainda sentindo minhas pernas.
— Ainda temos tempo para debater sobre isso. — eu revirei meus olhos.
— Espero que você se foque em me ajudar a não matar você. Esse é o assunto principal da semana. Não! Do ano! — respondi sarcástica, e me levantei para tentar encontrar Lucas. Ben me puxou de volta para o sofá me beijando ferozmente.
— Ainda vai dizer não? — perguntou com uma sobrancelha erguida.
— Não. — disse com a voz fraca, mal lembrando como se respirava.
— Você é muito teimosa, Prescott.
— E você desconcentrado, Manfrey. — me recompus — Temos assuntos mais importantes. Vá chamar o seu amigo Lucas. — disse irônica, com ciúme aparente na voz. Ben riu e saiu do apartamento como um vulto não antes de depositar um selinho em meus lábios.
Fiquei rindo sozinha feito uma idiota no apartamento de Luke.
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Oie, meus amores! E então, o que estão achando??
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beijos da nalu
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