Take A Bow
"E não me diga que você está arrependido, porque você não está.
Querido, sei que você só está arrependido de ter sido flagrado.
Mas você fez uma ótima ceninha.
Realmente você quase me convenceu,
Mas agora é hora de ir.
Cortinas finalmente estão se fechando
Foi uma ótima interpretação.
Muito interessante.
Mas agora acabou.
Vá e agradeça.
[°°°]
E o prêmio de melhor mentiroso vai pra você.
Por me fazer acreditar,
Que você poderia ser
Fiel a mim.
Vamos ouvir seu discurso. "
Take a Bow - Rihanna
Colúmba, Washington.
Rachel Roth / Ravena
Após conversar com Richard sobre o quão importante era fazer aquilo que achava certo, sem se preocupar com mais nada, Rachel o guiou até a porta de saída de seu quarto e deu um abraço que não era esperado por nenhum dos dois.
Na realidade Rachel estava tentando entender o porquê de ter feito aquilo, mas algo em sua mente apenas a disse que seria bom manter aquela sensação gravada na memória para quando precisasse.
- Tá tudo bem? - Richard pergunta a abraçando de volta com um sorriso no rosto.
Mesmo que não estivesse, aquela energia maravilhosa que ele tinha fazia tudo ficar ótimo.
Dick não era apenas uma boa pessoa, como alguém confiável e muito bom em passar segurança. Olhando para ele, Rae viu um porto seguro que nunca em toda sua vida pensou em ter. E aquilo era muito bom.
- Só vai lá fazer suas coisas que vou continuar a maratonar aquela série de dragões. - olhando-o desconfiada, Ravena recebe uma risada em resposta.
Mesmo sendo tão pedante todo o tempo, como Richard conseguia agir de maneira tão doce e agradável com a garota? Deveria odiá-la por arrastá-lo para os problemas dela.
Ainda sim, sorria como se fossem velhos amigos contando piadas a cerca de coisas que eram engraçadas.
Exatamente como Grayson agia quando se encontravam nos sonhos dela.
- Sim, senhora. - ele bateu continência para a garota e saiu sorridente levando sua mala consigo.
Não precisava ler as emoções dele para saber que sim, Richard estava muito mais decidido a fazer o que era certo e não tinha temor algum de fazer o que devia ser feito. E aquilo, vê-lo feliz e livre de seus demônios interiores, por si só a deixava bem feliz também.
- O que será que tem dentro da mala? - Rachel perguntou antes de olhar para o sofá onde o detetive dormia e se jogar por lá.
Derrubando os lençóis, Ravena tentou arrumá-los e no meio das peças encontrou o que parecia ser uma carta, que a deixou muito curiosa.
"Melhor não abrir." - a voz em sua cabeça disse sendo ignorada.
Movida pela sua curiosidade, Rachel abriu a maldita carta e encontrou exatamente o que não queria descobrir.
Dick ia largar ela na casa de Dawn e seguir em frente como se jamais tivesse a conhecido.
Revoltada, Rae inspirou algumas vezes, lutou contra as lágrimas de decepção o máximo que pôde e quase conseguiu se não fosse por sua descrença, que a fez ler tudo que estava escrito mais uma vez, a fazendo desabar.
Em prantos, a garota fez sua mochila, guardou dois biscoitos na bolsa, que comeria apenas em caso de emergência, juntamente com uma garrafa de água bem gelada e ia saindo quando seu reflexo a chamou.
"Não saia por baixo. Coloque fogo em toda casa." - a voz monstruosa sugerindo séria a faz parar abruptamente.
Quase tinha se esquecido de pedir perdão a Deus pelo roubo dos itens deles. Maldita fosse sua cabeça por a fazer ouvir aquele demônio estúpido e não lembrar de algo tão importante.
- Não quero causar mais problemas. - respondeu ao monstro, o que não costumava a fazer, mas por algum motivo estava o fazendo.
Recebendo um olhar incrédulo do reflexo, uma vez que ao que parecia ia deixar Dick sair impune, Rachel lembra do que ele ia fazer e imediatamente se corrigiu.
- Não para os donos da casa. - acrescenta rápido recebendo uma risada.
"Espere ele chegar e mate-o." - o Corvo sugerindo conspiratória sorri por fim. "Te deixo usar minhas habilidades para fazer mais lento e doloroso o processo." - propõe sorrindo de maneira diabólica para a freira que acabou sorrindo da mesma forma em resposta.
Jesus. O que tinha acabado de quase concordar?
Precisava urgente parar de se deixar levar por aqueles pensamentos ruins..
- Não vou matar ninguém, tá legal? - repreendeu a entidade que olhou para os lados e fez uma expressão triste.
Vê-la tão obediente só deixava mais e mais certa de que Constantine estava certo em suas suposições.
Algo a mantinha numa espécie de coleira e somente quando Rachel fosse libertada de sua forma infantil, o que era o intento daquele monstro desde o princípio, ela poderia estar com toda sua força e fazer coisas ruins.
E com isso Rachel precisava se fortalecer, o que não aconteceria como freira.
Desta forma, ela decidiu que já era hora de abandonar o hábito que vestia por costume. Ainda mais agora que Dawn a arrumou algumas roupas novas e maquiagem, Rachel poderia recomeçar mudada para que não fosse facilmente reconhecida.
O que era tudo que a freira queria desde o começo. E com isso, concluiu que, no final das contas, até que o detetive foi bem útil. Bem mais do que aquele reflexo reclamão a sua frente.
" Você é uma puta, além de inútil muito burra. Achou mesmo que ele fosse gostar de você?" - a voz alfineta a garota que respira fundo.
Ter um demônio tão chato quanto aquele era uma péssima consequência de alguma espécie de carma, tinha quase certeza.
Xingando em latim, pois era uma língua morta e línguas mortas não poderiam ser julgadas como pecado o que fosse dito, achou seu crucifixo nas coisas do detetive, que pegou de volta, assim como uma camisa dele que ela sabia ser a favorita do homem, apenas para o chatear com isso também.
- Você é um demônio muito birrento, mas acho que se eu posso te aguentar você pode fazer o mesmo, não estou certa? Fora que se ninguém gostar de mim, devem odiar muito mais você. - Rae devolvendo a cortesia a faz rosnar do outro lado do vidro.
Inclusive Roth por algumas vezes, flagrava-se perguntando a si mesma se existia algum tipo de SAC voltado para solicitar a troca de um demônio por outro, que não fosse tão infantil quanto o que a assombrava.
Se houvesse, faria o que fosse preciso para pegar o número deles. Até mesmo um acordo com John Constantine.
" Vai deixar o detetive Grayson se safar tão facilmente?" - ela provoca Rachel que não pensa duas vezes antes de pegar uma cadeira.
- Não quero mais ouvir você! - a garota gritando joga a cadeira no espelho.
" Não pense que irei salvá-la dessa vez!" - escutou a voz dizer a ignorando por completo, indo até o quarto onde esteve hospedada.
Lá abriu o guarda roupa, tirou de sua mochila todos os hábitos de freira, trocou-os por roupas normais e organizou mais uma vez sua mochila.
Se sentindo como se estivesse tirando um fardo pesado, Rae subiu no balcão, onde conseguia pegar uma garrafa de whisky e a segurou, indo até a cozinha, que possuía fósforos na terceira gaveta a esquerda, próximo a lavadora de pratos.
- Não vou atear fogo no apartamento. - ela disse a ninguém em especial enquanto segurava sua garrafa e olhava de canto de olho o espelho que destruiu minutos atrás.
Levando todas as roupas de freira para o terraço, as jogou no chão, molhou com a bebida alcoólica que pegou do mini bar, riscou o fósforo e colocou fogo em todas as peças, jogando por último a bíblia surrada que a trazia todo tipo de lembranças que a menina precisava esquecer.
Isso é se quisesse continuar com a sua ideia de desfazer o maldito feitiço. Ignorando o risco que a realização dos seus sonhos poderia causar a todos os outros.
Covento das Irmãs do Silêncio, Meses Atrás.
Rachel Roth / Rae / Ravena
Rindo da noviça que dançava a sua frente, Rachel começou a imitar os movimentos que a moça fazia com o quadril, obtendo êxito.
- Caramba! Como você aprende rápido. - Maria Edith, que chegou a um ano atrás no lugar, exclama ainda repetindo os movimentos.
Embora não quisesse ficar no lugar, a garota acabou ficando por lá, após Rae lhe contar que pretendia ir embora para ver todas as coisas que o mundo exterior possuía.
Dessa forma, acreditando que Ravena fosse uma criança normal, Maria concluiu que deveria a ensinar tudo que fosse importante a fim de quando fosse embora, elas pudessem seguir seus sonhos juntas. E Roth não correria risco algum nas mãos de pessoas más.
- A parte de dança árabe você está um arraso! O que acha de irmos para dança latina? - sugere a mulher sorrindo convicta.
- Finalmente! Estava... - Rae começando a responder gesticula para que a sua comparsa ficasse parada.
Aproveitando que na propriedade das freiras possuía uma espécie de riacho, elas se divertiam por lá e usavam a desculpa de estarem tomando banho para praticarem dança escondidas. O que era perfeito pois Rachel amava ficar em meio a natureza.
Longe de pessoas e suas áureas pedantes.
- Tomando banho novamente? - a madre superiora reclamou enquanto saia detrás das árvores.
- É o que se faz depois que limpa todo o convento, madre. - Maria Edith provoca a mulher que a lançou um olhar irritado.
- Deveriam estar buscando ao Senhor, não se banhando....
- Acredito que estar próxima a natureza é a mesma coisa que vocês fazem trancadas na capela irmã. - Rae interrompendo a irmã a enfurece.
- Saia e vá para seu quarto, orar sobre o milho. - a velha ordenou a menina que subiu contrariada.
- Ela não falou nada de errado! Por que a punir? - Maria também fora da água, tentou parar a senhora que a empurrou.
Sem pensar duas vezes, Rachel arremessou a mulher na água e pulou de volta, puxando-a com toda força que não sabia possuir para fundo do riacho onde se pôs a sufocá-la.
Ainda que soubesse ser algo muito ruim, Rae não conseguia parar o que fazia, até que sentiu alguém a puxando pela cintura o que a trouxe a tona mais uma vez.
- Rachel! O que você estava fazendo? - Maria desesperada tenta trazer a madre superiora para terra firme, sendo deixada por Roth.
- Promete que vai me ensinar mais amanhã? - Rachel quase implorando recebe um olhar incrédulo.
Só a perguntava aquilo porque a única coisa que diminuía a dor de Roth de ter sido abandonada naquele lugar horrível, era a música e desde que aprendeu a se mover conforme os ritmos mais diversos sua vida melhorou quase que por completo.
- Eu vou o...? Sim. Eu vou. - a freira disse incerta a fazendo sair correndo.
Tudo em sua vida era frustrante. Isso porque um mísero segundo era o que podia ser fatal para todos ao seu redor.
Não culpava Maria por temer o que poderia ser feito com ela se Rae tivesse algum surto daqueles.
Edith disse uma vez que se tornaria uma atriz famosa e casaria com a mulher que ela amava, enquanto que Rachel seria uma adulta e iria atrás de seu amigo de sono. A quem visitava todas as noites.
E embora o objetivo fosse mais do que certo para ambas, o único problema era que a Rachel por algum motivo que não compreendia nunca achava que o sonho de Edith fosse dar certo.
A razão de tal péssima previsão era o pressentimento que algo estava fadado a dar muito errado na história da sua amiga, ainda sim, preferia guardar suas péssimas previsões para si mesma. Pois no final das contas o objeto de azar poderia ser a própria freira possuída por um demônio que vivia presa naquele lugar.
Colúmba Washington.
Richard Grayson / Dick / Robin
Chegando ao apartamento, o detetive se assustou em encontrar uma cadeira jogada no chão e o espelho da sala em pedaços.
Isso porque não bastava já ser considerado um psicopata pelos donos do lugar.
Tinha que atrair vândalos também, ou será que o responsável era Roth?
Configurando que o vândalo responsável foi na verdade trago pelo detetive e aceito pelos dois donos do apartamento. Deus, que realidade ruim a dele.
- Que porra é essa? - Hawk grita ao ver a bagunça que haviam feito no apartamento.
- Rachel? - Dick se surpreende pelas coisas reviradas dele também. - Rachel! - já desesperado gritou sendo imitado pelos outros que também estavam preocupados.
O vidro quebrado poderia até ser coisa da menina sob tutela dele, daí as suas coisas pessoais reviradas?
Rachel nunca faria uma coisa daquelas por prezar muito o espaço pessoal alheio.
- Vou olhar as câmeras do apartamento. - Dawn avisa aos dois homens que continuam a buscar pela menina.
Sentindo um cheiro de queimado, Richard subiu as escadas para o térreo onde encontrou uma fogueira com uma silhueta conhecida segurando uma garrafa e encarando o fogo.
- Rachel? - chamou a menina que alguns segundos após se voltou na direção dele confirmando suas suspeitas. - Graças a Deus... Ela está aqui em cima! - gritou da porta para o casal na parte debaixo.
- Você é tão babaca quanto seu apelido sugere, Grayson! - Rachel, um tanto quanto estranha, ralha com o homem que a encara e em seguida volta seu olhar para a garrafa nas mãos dela.
Aquilo era algo alcoólico? O que tinha perdido naquele período que saiu do apartamento?
- O que foi que houve, Rae? - Richard tenta tirar a garrafa das mãos infantis que o surpreenderam com um soco.
Como algo tão pequeno poderia ter tanto ódio, força além de ser tão maligno?
- Você ia me deixar para trás! Assim como todos os outros! - ela gritando não nota o casal que acabara de chegar ao telhado.
Vendo na outra mão dela o dinheiro que conseguiu com seu mordomo e a carta de despedida que escreveu na noite anterior, Dick quase se deu um soco por ser tão burro. Deveria ter mantido a maldita carta consigo até ir embora.
- Eu ia voltar... - tentou acalmá-la o que só piorou as coisas.
- Ia porra nenhuma, Grayson! - ela retorna chorosa o que partiu o coração dele. - Você quer mesmo continuar a mentir para mim? - continuando a falar ri e vai até Hawk entregando a carta.
Pronto. A mini bêbada fudeu com o esquema dele. O que poderia fazer para acertar aquele momento?
- Não leia a ...! - ele tenta em vão impedir o homem que o ignora.
- Se está endereçada a mim, claro que lerei...
- Aquilo ali é uma fogueira? - Dawn em choque comenta a primeira coisa que Grayson viu.
Aquilo no meio das chamas era uma Bíblia? Jesus.
Dawn era a última esperança de Dick pra salvar aquela merda que deu todo seu plano.
- "Vocês podem cuidar dela"? - Hawk repetiu debochado indo na direção do rapaz.
Certo que a confusão já estava armada, Richard se virou para menina, que usava calça jeans, camiseta preta, um casaco, e avaliando com muito cuidado a expressão sombria dela, disse:
- Você ao menos tá sóbria pra entender a bagunça que fez? - ele pergunta a garota que riu voltando para sua fogueira.
- Moderadamente funcional. - é tudo que ela diz jogando o dinheiro no fogo.
Ele ia considerar aquilo um "não".
- Qual é o seu problema, Rachel? - Grayson gritou chamando a atenção do casal que discutia.
- Ah, Rachel não pode atender no momento...
Saindo da vista dele, a menina foi para trás do viveiro de aves onde voltou trazendo sua mochila.
Teria seu lado ruim, depois da decepção se Rae tomado o controle?
Se fosse esse o caso, Dick definitivamente tinha errado muito mais do que ele poderia imaginar fazendo a carta e não a trazendo consigo onde quer que ele fosse.
- Que bom encontrarmos todos aqui! - alguém fala atraindo todos os olhares.
Um grupo de quatro pessoas avançaram na direção deles que tentaram se defender, mas sem a força absurda que os invasores possuíam, acabaram sendo derrotados.
Sem se mover Rae assistiu todos serem derrotados com lágrimas caindo sem parar, e só quando Richard foi contido pelos dois adolescentes que o atacavam, ela quebrou seu silêncio caminhando até o mais velho do grupo.
- Chega. É suficiente. Eu vou com vocês. - anunciou em alto e bom som, bebendo um gole de sua bebida.
- Sem resistência? - a mulher sorrindo artificial faz Rachel revirar os olhos.
- Sim, senhora. - ao colocar sua mochila nas costas a garota lançou um olhar indecifrável na direção do detetive, que tentou a impedir sendo acertado mais uma vez.
- Rachel, não! - Dick pedindo com urgência a faz parar para olhar ao seu redor.
- Deixe-os vivo e irei sem reclamar. Por favor. Eu quero morrer. Eu tenho que morrer. - ela pediu ao grupo que concordou, a algemando e levando embora.
Confuso quanto ao que estava acontecendo, Richard acabou sendo pego de surpresa pela menina que balbuciou algo no mínimo estranho.
- Você me deixou propositadamente, não foi? Demônio sujo. - ela resmunga para o nada, fazendo o grupo a empurrar para que andasse mais rapido.
Do que ela estaria falando?
Embora tivessem levando uma boa surra, ajudou Hawk e Dawn a descerem, indo direto para o computador onde ficava as imagens da câmera de segurança.
Nelas foi possível ver algo que não era esperado por ninguém.
No reflexo se via uma imagem distorcida de Rachel, que parecia conversar com a tal coisa no vidro.
Rae pegou a carta, chorou, o que só aumentou o remorso do homem, caminhando de um lado ao outro pegando itens até que subiu para o telhado onde ficou até que eles chegassem.
O que mais o assustou foi ver uma sombra, alguns segundos após a subida dela, ir atrás da menina, o que só serviu para confirmar que sim, ela estava sendo vítima de alguma entidade maligna.
- A garota? Acham que vão matá-la? - Hawk pergunta ao detetive que respira fundo.
Não havia necessidade de ninguém mais dizer o que já se passava em sua mente. Sim, ele foi muito burro e bem sabia dos fatos. Falhou com ela.
Traiu a confiança de Rae, fez exatamente aquilo que Rachel temia que todos fizessem e mesmo assim, não a fez hesitar nem por um segundo antes de decidir ir com aquele grupo estranho em troca de livrá-los da morte.
O que teria de fazer para se redimir da burrada que fez?
- Vou arrumar algumas coisas e ir atrás deles. - Richard responde evitando olhar Hawk nos olhos.
- Ela não vai querer voltar com você. Se quiser eu posso ir..
- Rachel é meu problema! E eu vou atrás dela. Cuida da Dawn. - Dick interrompendo sério ao vigilante recebe um olhar desconfiado.
- Você é o quê da criança? - o vigilante perguntou sério cruzando seus braços.
O que ele achava que Richard fosse? Um pedófilo? Por que aquele olhar de quem estava o julgando por algum crime hediondo?
- Ela é uma criança, pelo amor de Deus... - Grayson começa a tentar falar sendo logo cortado.
- E daí. Criança ou não... O que Rachel seria para você? - Hawk tornando a questionar o faz ficar desconfortável.
Não gostava de pensar sobre aquilo. Sequer imaginar qualquer coisa que fosse. Preferia se manter distante e orar para que tudo desse certo dessa maneira.
Sem envolvimento sentimental, já que não eram parentes, tampouco relações maiores que já possuíam de duas pessoas que eram obrigadas a trabalharem juntas para uma simples questão de bem maior.
Era desta maneira que as coisas funcionavam com o ex-garoto prodígio.
E seria assim para o resto da vida dele.
Sentimentos eram perigosos e alguém como ele, que perdeu todos os seus anos atrás quando viu seus pais despencarem para morte por uma dívida estúpida, não podia ter coisas como apego a qualquer um que fosse.
- Qualquer coisa eu te ligo. - Grayson fala por fim pegando sua bolsa e saindo apressado do apartamento.
Não tinha ideia de por onde começar, mas só sair dali já era mais do que suficiente. Precisava de algum ar fresco e naquele lugar jamais conseguiria.
Notas Finais:
Leu? Releu? Surtou com o final? Gostou? Quer atualização mais rápida??? Deixe seu voto e se possível seu feedback! Adoro ouvir o que vocês tem a dizer, Beijos!
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