Say Goodbye
"Amor, venha aqui e se sente, vamos conversar
Eu tenho muito para falar, então acho que vou começar
Falando que eu te amo
Mas você sabe, isso não está sendo
Nenhuma caminhada pelo parque para nós
Eu juro que isso só vai tomar um minuto
Você vai entender quando eu acabar, sim
E eu não quero ver você chorar,
Mas eu não quero ser aquele que te contou uma mentira, então
[°°°]
Tudo que eu tentei lembrar para falar
Apenas saiu da minha cabeça
Então eu vou fazer o melhor que eu posso para fazer você entender
Não há uma hora certa para dizer adeus
Mas eu tenho que fazer o primeiro movimento
Porque se eu não o fizer você vai começar a me odiar
[°°°]
Eu tenho que pensar no que eu preciso
Não há uma hora certa para dizer adeus
Mas nós sabemos que temos que ir
Nossos caminhos separados
E eu sei que é difícil mas eu tenho que fazer isso,
E isso está me matando
Porque nunca há uma hora certa
Hora certa para dizer adeus
Mas agora o coração está partindo
E milhares de vezes eu
Me encontrei perguntando, "Por quê? Por quê?"
Por que eu estou tomando tanto tempo para dizer isto?
[°°°]
E eu nunca
Pensei que veria o dia em que nós progrediríamos separados. "
Say Goodbye - Chris Brown
Rachel Roth / Ravena / Rae
Graças ao seu sono forçado, Rachel acordou apressada, tentando descobrir o que aconteceu enquanto dormia.
Entretanto, embora tivesse andado por todo lugar, não encontrou ninguém, sendo pega de surpresa por Dick que estava na cozinha ouvindo música e cozinhando.
Foi só quando conseguiu respirar fundo, entoando seu mantra secreto que finalmente entendeu o que estava acontecendo, rindo consigo mesma pelo que havia feito sem se dar conta.
Entrou mais uma vez na mente do detetive.
— Sinal que todos devem estar bem. — pensou Rae consigo mesma se afastando para ir embora.
— Vai embora sem nem tomar um café? — ouve Grayson perguntar se voltando para Rachel que, embora surpresa foi até ele.
— Olá?
Como qualquer outra garota normal, o olhou de cima a baixo, se demorando mais do que o normal no corpo atlético dele, até que fitando Richard nos olhos, notou que algo estava errado.
— Olá! Sente-se, Rachel. Já estava prestes a ir acordá-la... — a cópia de Grayson, puxando a cadeira para Roth sentar, continua a ser avaliado por ela.
Não era Grayson. Ele não tinha costumes como aquele, tampouco falava de maneira tão polida. Como sairia dali sem alardes?
— Onde estão os outros? Carlos, Ben e Sofia? — Roth testa o desconhecido que riu.
— Não tenho ideia, devem estar a passear por aí. — respondeu depressa indo buscar wafles e suco.
Sem saber o que fazer, Rachel sorriu, agradeceu e se colocou a comer, sendo acompanhada pelo desconhecido que começou a puxar assuntos sobre os mais variados tipos de coisas, que Ravena sabia não interessar nem um pouco Dick.
Quem era aquela pessoa? E porque estava tão desesperada para agradá-la? Seria seu pai? Um intermediário? Talvez quem a deu Meia Noite?
Mais a de todas a mais importante se resumia a pensar que: estaria tendo uma refeição com um amigo ou inimigo?
— Tudo estava maravilhoso! E bem. Terminei e se me der licença... — Rachel começa a se despedir se colocando depressa de pé.
Tentando não soar desesperada para ir embora, pergunta sendo impedida de fugir por Dick.
— Por que parece tão assustada? — a voz de Richard a perguntando confusa deixa Rae ansiosa.
— Nós já comemos, você está sem camisa e... — tentou a moça em vão elaborar uma desculpa plausível para fugir dali.
O que antes era um leve rastro, agora era uma atmosfera mágica quase que sufocante. Seja lá quem fosse, aquela pessoa queria muito que ela ficasse. E Rachel não estava disposta a fazer o que ele ou ela queria.
— Estar sem camisa a desconcerta? — rindo divertido, a mesma risada de divertimento de Grayson a causou calafrios.
Olhando para direção contrária ao de seu visitante de sonhos, Roth sentiu ele aproximar seu corpo do dela, causando uma sensação de pânico completo na mulher.
— Dick...? O que você está fazendo? — perguntou Ravena antes do impostor trazer seu rosto para que ficasse de frente ao dele.
— Você é tão bonita quanto me pareceu na primeira vez que a vi...
Virando depressa seu rosto, o impediu de beijá-la, sendo pega de surpresa pela expressão furiosa de Richard que só deixou mais claro que aquela aparência era apenas uma fachada.
Numa tentativa estúpida, tenta fugir do homem que a encurralou contra a mesa de refeições, recebendo um tapa seguido por um puxão no maxilar.
— O que você quer!? — Rachel grita para a pessoa que sorriu, usando sua mão livre para acariciar o rosto dela.
— Você. És tudo que eu quero, minha cara... — se declarando como um personagem de romance de época, beijou os lábios de Roth que o morde com força, até que ele se põe a sufocá-la usando suas mãos agora livres.
Gritando por ajuda, sentiu sua vista escurecer e quando já aceitava sua morte foi puxada por uma força invisível, que a fez levantar depressa de sua cama.
— Tá tudo bem? — Jason, que provavelmente passava pelo corredor, saindo do quarto de Kory, pergunta sem entrar no cômodo, provavelmente com medo dela.
— Quanto tempo eu dormi? — ignorando a preocupação do conhecido vai direto ao que a incomodava.
Sentia seu corpo muito pesado e até mesmo onde foi agredida doía, seria aquilo um ataque pisiquico ou um sonho deveras realista?
— Quase vinte horas seguidas. Quer que eu acorde o John? — sugeriu Tood dando uma olhada ao seu redor, provavelmente procurando o quarto de Constantine.
— Não. — Ravena retruca seca indo até sua mala.
Ciente que aquele sonho horrível era um problema somente seu, ela pegou a camisa de Dick que havia pegado dele muitos dias atrás e foi para o banheiro, deixando o irmão do detetive confuso para trás.
Precisava tomar um bom banho, preferencialmente recitando magias de proteção, pensara Ravena consigo e de fato, foi isso que fez.
Saindo do box, a empata se olhou no espelho a procura de marcas, mas não encontrou nada, deixando-a muito aliviada antes de sair em direção a cozinha no primeiro andar daquela mansão segura.
Chegando na cozinha, faminta pelo cheiro da refeição que engoliu em seu sonho, olhou ao seu redor que quase foi buscar ajuda para arrumar algo pra comer.
Tudo isso, pois por ser uma criança não era obrigada a fazer tarefas como cozinhar, de maneira que nunca aprendeu nem mesmo a fazer sopa. Munida de seu telefone ligado no YouTube, buscou um tutorial simples de fazer panquecas, coisa que precisava ser usada para ligar o fogão, que também precisou buscar um tutorial pra aprender a ligar.
Ciente que as chances de dar certo eram poucas, ainda que tivesse sendo guiada por sua fome, tentando de qualquer maneira, Rachel tentou seguir a risca o tutorial, que de simples só possuía o título, optando por jogar tudo na panela, cobrir e esperar fazer algum cheiro.
"Bem, o que poderia dar errado?" - Pensa Ravena ao ir pesquisar a música que ouviu em seu sonho para que servisse de algum tipo de pista para chegar até quem a visitou mais cedo.
Onde cargas d'água estaria Meia Noite? Precisava dele para saber se poderia a ajudar com o sonho que teve mais cedo.
Richard John Grayson / Dick
Sentindo um peso sobre seu peito, Grayson se levantou assustado dando de cara com o gato de Rachel.
— Ela acordou? — Dick pergunta depressa, já de pé, colocando sua bermuda as pressas.
Decidido a obrigar o gato a falar de novo, só para se certificar que não tinha imaginado aquilo tudo, Richard impediu o gato de sair, fechando a porta na cara do bichano.
— O que você veio fazer no meu quarto? Responda logo que eu sei que você sabe falar. — o detetive reclamando com o animal recebe um olhar desinteressado.
"Desce logo antes que ela ponha fogo na casa." — Meia Noite limitou a contar a Grayson que, assustado saiu correndo do quarto.
Tentando não aparecer mais nervoso do que se sentia, parou ao descer as escadas, respirou fundo e mais calmo foi até a cozinha onde Rachel tentava desligar o fogão sem sucesso.
Mais do que depressa, Richard contornou o balcão que dividia a cozinha e a sala, desligando o gás.
Rae por sua vez o olhava em pânico como se tivesse acabado de ver um fantasma em sua frente.
— O que você estava fazendo? — Richard repreende a moça que limita a se afastar dele depressa.
Notando que havia algo de errado, Dick levanta as mãos espalmadas na direção de Roth e o mais devagar possível se aproxima.
Teria Rachel se esquecido de quem ele era?
— Desculpa? — Roth limitou-se a perguntar mais calma.
— Desculpa? Desde quando fala isso? Tá tudo bem? — Richard preocupando-se recebe um olhar irritado de Ravena.
O que foi que aconteceu no Asilo?
Rachel parecia muito estranha.
— Estou com fome...
— E por isso decidiu que fazer carvão pra comer era boa ideia? — Grayson rebate sério recebendo um dedo médio da morena.
Lembrando que ela passou quase um dia apagada, Dick riu e foi para a cozinha, revirar os armários em busca dos ingredientes que precisava para fazer alguma coisa pra que a mulher a sua frente se alimentasse.
— Será que tem alguma coisa aberta? — Rachel pensa alto indo buscar o telefone.
— Nada disso! — Dick exclamando sério a faz parar de digitar no aparelho.
Desde que Constantine explicou que Ravena era facilmente influenciada, seja por emoções, ambientes e até mesmo por hábitos alimentares, uma vez que ela gastava muita energia e besteiras não serviam para a suprir a necessidade dela, repondo a energia que a empata precisava, era necessário que Rachel tivesse uma rotina alimentar reforçada pra conseguir se manter longe dos apagões, que resultavam em horas e até mesmo dias sem acordar após usar suas habilidades.
Sendo assim, Richard arrastou Jason e Roy para o mercado mais próximo, comprando coisas que pudessem ser mais saudáveis e render a Rachel mais energia.
— Uma pizza é mais rápido... E eu estou quase morrendo aqui! — Rae faz drama o levando a sorrir.
— Farei panquecas e vitamina, vai ser bem rápido. — Richard avisando a moça recebe um olhar descrente.
— Sei... Posso te ajudar? — Rachel do outro lado da bancada questionou ao detetive que pensou bem no assunto.
Ali interagindo com ele, Rae tinha bem menos chance de resolver ir no fast food mais próximo, comer algo que não fosse certo.
— Vem pra cá, RaeRae.
Rápida como sempre, a mulher logo se pôs ao lado de Richard, entregando a ele os itens que Dick pedia enquanto a todo tempo perguntava sobre como fazer e de que forma. Até mesmo perguntou o que faziam no asilo, onde obviamente seguiram a própria versão malvada da Rae e foram capturados por conta daquilo.
— Lá nas freiras não te ensinaram nada de cozinha não? — Grayson pergunta curioso.
Rae quase nunca falava a respeito do tempo que foi freira e aquele momento lhe pareceu oportuno para saber um pouco mais sobre ela.
— Nem tinha como. Muito mal alcançava o fogão. — Rachel respondendo chateada o faz rir.
Imaginar a garotinha que ela era tentando usar um fogão era engraçado. Ainda mais se fosse um fogão à lenha, que era enorme.
— Vai querer vitamina de quê? — Grayson questionou checando as frutas na dispensa.
— Nada de abacaxi...
— Obviamente! — responde de pronto pegando morangos para fazer a vitamina.
Deixando Rae responsável por olhar o liquidificador, o que ela aceitou de bom grado, se colocou para fazer as panquecas pensando em como seria dali pra frente com a garota e sua mãe. A mulher, que se chamava Arella, dizia que precisava levar Rachel com ela e que assim que Roth se estabelecesse o faria.
Entretanto, mesmo que quisesse ficar com ela por perto, sabia bem que era questão de tempo até estragar de alguma forma com a vida de Rachel. Assim como Richard fazia com todas as mulheres com quem tinha algum tipo de relacionamento.
Não que Grayson fosse se relacionar com ela de maneira romântica, de jeito algum, mas estava se apegando a Ravena de uma forma que o assustava e não sabia como lidar com aquilo.
— Seu verdadeiro nome é Richard Grayson, correto? — Rae quebrou o silêncio já incômodo para ambos, enquanto arrumava a mesa junto do detetive.
— Sim... — ele respondendo calmo coloca os talheres na mesa, se sentando de frente para Roth.
— Como é que o Dick vem do Richard? — Ravena questionou séria o fazendo gargalhar como nunca antes.
Como ninguém nunca o perguntou algo daquele gênero? Jesus. Rachel merecia um prêmio por suas perguntas fora de série.
— Se você pedir com carinho... Vem na mesma hora. — brinca com a mulher que sorriu de maneira que o detetive nunca havia visto.
— Assim como a garota que te mordeu fez? — acusa ao homem que engasgou com sua vitamina.
Ele tinha só brincado com Rae. Não custava deixar pra lá e rir um pouco? Mais um pouco e aquela conversa entraria em um campo muito perigoso. Campo perigoso esse que por ser um cafajeste nato Grayson entraria de muito bom grado com a moça a sua frente.
Com a camisa favorita de Dick, Rachel estava sentada no braço da cadeira, um costume que ninguém sabia de onde vinha, tendo seus cabelos dessarrumados de maneira sexy e a camisa com três botões abertos, mostrando que ela só usava a camisa e nada mais. Além de suas pernas apoiadas no assento da cadeira, segurando os talheres a espera de alguma coisa, uma visão muito incomum e nem um pouco ruim. Muito pelo contrário.
— Com ciúme? — Richard tenta mudar de assunto recebendo um olhar que não soube o que significava.
— Curiosa na verdade...
Sorrindo como alguém que estava escutando uma piada, Rae se colocou a comer suas panquecas ignorando ele que a encarava tentando entender o que estava a acontecer ali.
— Curiosa com o quê, mocinha? — Grayson questionando desconfiado, a olhou estreitando os olhos.
O que aquela garota estava querendo dizer com aquilo?
— Rachel. Rae. Ravena, até mesmo Raven serve. Mocinha é forçar a barra, Dick... — o repreendeu recebendo um olhar chocado do detetive.
Desde quando Rachel se irritava tanto com algo tão simples?
— Por que não "mocinha"? — ele teima confuso.
Parando de comer, Rachel se colocou a bater seus dedos contra a mesa, fazendo um som metódico e irritante, até que respirou fundo e decidiu encerrar seu silêncio repentino.
— Porque eu não sou uma criança. Sou uma mulher adulta. Que saco, Richard! Tenho mesmo que ficar te lembrando disso todo tempo? Achei que tivéssemos superado isso!
Ainda confuso, Grayson riu desconcertado e tenta encerrar o assunto com seu humor.
— Bem, e que pensa em fazer com relação a isso?
— Arrumar alguém que me trate como uma mulher, pois é o que sou. — Rachel devolve sem pensar duas vezes, chocando o homem a sua frente.
Alheios ao clima que ficou péssimo, Arella, Kory, Jason, Roy, Gar e Constantine desceram conversando e rindo. O que acabou de uma vez por todas com aquela conversa estranha.
— Graças aos céus! Você acordou! — a mãe de Rae corre para tentar abraçar a filha que a olha com notável desinteresse.
— Precisamos conversar, Arella. Entretanto, antes disso... Meia Noite. Sobe agora. — Ravena ignorando a sua mãe emocionada dá ordens em seu gato que havia acabado de aparecer na sala.
Esquecendo-se da marca roxa em seu pescoço, Richard só lembrou dela ao ver a cara surpresa de Kory olhando na direção onde a mordida da mulher na boate ficou.
— Que marca é essa aí? Não me lembro de fazer essa... — Kory fez questão de falar alto para que Rachel, já de pé na saída da sala, se virasse para eles.
— Fui eu quem fiz? Gostou? Ou será que quer uma também? — Ravena pergunta sorrindo divertida, o que chocou todos os presentes.
— Você e ela..? — Constantine sugerindo o deixa desconcertado.
— O quê? Não! Você está louco, cara! Ela..? Eu? Não!
— Deixa de ser engraçadinha Rae. Estou perguntando ao Dick. — Kory repreendeu a empata que a olhou pensativa.
— Eu estou a falar sério, Kory. — Rachel insiste em falar sem paciência. — Enfim, Assim que terminar aí, sobe também Gar. Preciso de você. — pedindo ao amigo o faz devorar o que colocou no prato desesperado.
— Gado demais. — Jason comentou com Roy que riu e concordou.
— Pelo menos eu vou arrumar alguém, ao invés de ficar de fofoca com outros caras como vocês. Seus babacas! — Garfield rebate mostrando o dedo médio para os dois, antes de terminar de comer e ir lavar sua louça, levando a de Rachel consigo também.
O que ela queria com aquele garoto? Havia alguma chance de ser o que ela havia dito mais cedo "arrumar alguém que a visse como mulher"?
Não poderia deixar Rae ir embora com aquele tipo de pensamento.
Rachel Roth /Ravena /Rae
Ouvindo o que Meia Noite tinha a dizer, Rachel concluiu que aquela pessoa era alguém que não tinham ideia, mas que para previnir seria bom voltarem a usar runas, bloqueando o acesso de qualquer um que fosse a mente de Rae.
— Por que você disse que havia marcado o detetive? — Meia Noite pergunta a mulher que respira fundo.
— Porque perguntaram o que houve...
Não deixava de ser verdade, mas principalmente para ver a reação de Kory, que foi impagável. Podiam culpa por tentar se divertir de vez em quando?
— Gar já foi e voltou na porta umas três vezes. Manda ele entrar pelo amor de Satã. — o gato reclamando sério a faz sorrir.
Antes que pudesse ir chamá-lo, ouviu passos no corredor e viu Gar já se virando pra ir embora.
— Garfield? Pode entrar!
Um tanto desconfortável, o rapaz de cabelos verdes entrou no cômodo, ainda que olhando para os lados, procurando alguma coisa, se sentiu ao lado do gato que rosnou e saiu irritado.
— Qual o problema do bichano comigo? — Gar perguntando confuso mexeu nos seus cabelos sem se dar conta.
— O mesmo que ele tem com todos. Não é nada pessoal...
O gato era deveras rabugento e odiava a todos igualmente. Sinceramente não o culpava por a raça humana estava sendo a própria caçamba de lixo ultimamente, de forma que, até mesmo Rachel começava a odiar pessoas. E entendia profundamente seu gato.
— O que mesmo queria falar comigo? — Gar questionou curioso a olhando de cima a baixo.
— Hmn, na verdade verdade, queria saber o que houve depois que eu apaguei. — Rachel resmunga olhando para Garfield que de pronto se pôs a falar.
Arella não permitiu que Constantine ajudasse Rae, alegando que não confiava nele, enquanto que Dick conversando com Kory, acabou cedendo aos pedidos de Arella para que deixasse Ravena com ela.
Como tudo que Roth fazia era motivo para Grayson afastá-la, não foi nenhuma novidade quando a contou sobre aquilo. Entretanto aquilo não doía menos que na primeira vez que aconteceu.
— Não deveria ter te contado, né? — Garfield comentou ao ver o semblante da amiga.
Sorrindo artificial, a mulher negou com a cabeça e logo tratou de mudar de assunto.
— Como você vai ficar? Tem algum lugar pra ir? — pergunta preocupada com o rapaz de cabelos verdes.
— Fiz as pazes com os caras, acredita? Eles resolveram serem super-heróis, então... Vou me juntar e combater o crime com eles! Vai ser muito legal! — respondendo animado a deixa mais feliz.
Pelo menos alguém teve seu final feliz naquilo tudo.
— Que ótimo. E a Kory? Roy? Dick? — continuou a questionar tentando não parecer triste.
A realidade é que todos eles haviam parado suas vidas para lidar com os problemas de Rachel. E bem, já era hora de todos seguirem em frente.
— Kory vai procurar saber sobre o passado dela, Roy quer continuar com você por perto, diz que não confia na Arella, Dick vai voltar pra vida de policial... Tá tudo fluindo. — Garfield afirma recebendo um miado irritado do gato de Rachel.
— OK. Meia Noite tá reivindicando a cama dele! Depois conversamos mais. — anunciando ao colega sorri para o gato que arranhava furioso a porta.
— Sim, senhora! Até daqui a pouco. Só não conta pra o Dick que eu te contei tudo isso, ok? — pediu saindo de vista depressa.
Cansada, por algum motivo que não entendia, a mulher se deitou e não muito tempo depois, acordou sendo irritada pelo seu gato de estimação.
" Levanta Rachel." - escuta o bichano falar ansioso demais.
— O que houve? — pergunta ao animal que aponta para rua.
" Lá está quem você precisa conhecer. Rápido. Antes que vá embora!" — ordenando a empata e logo atendido.
Já de pé, Rachel pegou uma bolsa, colocou quase todas as coisas que conseguia e se pôs a escrever um bilhete para Richard e os outros.
"Bem, esse é o fim da jornada. Pra nossa aliança ao menos. Daqui por diante sei que seguirão seus caminhos sem mim, cada um da melhor maneira que puder e espero que sãos e salvos.
Desejo sorte a todos, uma vida longa e feliz. E sinto muito por tê-los forçado a pararem com suas vidas para me auxiliar. Ainda sim, os agradeço e espero do fundo de meu coração que me perdoem, pois despedidas não são minhas coisas preferidas a se fazer.
Em pouco menos de um ano me despedi de tantas pessoas, lugares e momentos felizes que me dói pensar em fazê-lo mais uma vez com todos vocês... Portanto não o farei, me limitarei apenas a desejar tudo de melhor para todos e uma boa vida. Pois todos vocês merecem.
Com todo carinho,
Rachel.
P. S: Quem sabe não nos vemos em breve? Não vejam isso como um adeus, sim um até logo sem prazo estipulado. :) "
Deixando o bilhete em cima da cama, saiu sem fazer barulho, usando uma das saídas secretas do apartamento, que ficava numa parede falsa e dava onde era a garagem. Aquela casa segura do Batman era muito útil, no final das contas.
— Quem é a pessoa? — Rachel pergunta curiosa ao animal que caminhando disse algo que a deixou surpresa.
" Mística Azur." — o felino contou a deixando chocada.
— Ele foi quem o invocou? — Roth pergunta apressando seus passos.
"Não, mas ele me convenceu a levá-la até lá para sua segurança. Depois do seu sonho de hoje, é certo que não está mais segura." — o animal afirmando sério a deixa surpresa.
— Você realmente está preocupada comigo não está..? — Rae o provoca sorrindo convencida.
" Apenas fazendo meu trabalho direito, sua abusada. Agora entra aí, ele está te esperando. " — falou Meia Noite parando em frente ao Starbucks vazio.
— Você não vem comigo? — ela questionou chateada com a ideia de ficar sozinha mais uma vez.
"Não posso. Daqui por diante é só você. Boa sorte, garota." — foi tudo que ele falou antes de desaparecer como fumaça.
Embora já passasse das oito da manhã, o tempo chuvoso só deixava as ruas mais e mais vazias e melancólicas.
Ainda sim, logo que entrou no lugar, reconheceu de pronto Mística Azur, sentado numa mesa do canto com um olhar pensativo. Seu mestre parecia ainda mais sábio após aqueles anos. Como aquilo era possível?
Lembrava de ter visto o ataque a Azarath, como. Sua mãe e seu tutor simplesmente estavam vivos? Aquilo era muito incomum.
— Mestre? — chama ao senhor, que com seus cabelos e barba totalmente brancos, exibiam uma cicatriz enorme em seu rosto.
Com suas vestes de monge, Mística Azur chamava a atenção dos atendentes que o olhavam como um espécime exótico, de maneira que ninguém realmente se aproximava deles. O que era bom pra manter a conversa em particular deles.
— Olá pequena, quanto tempo... — a voz que ela bem conhecia a cumprimenta calma.
Usando seu sexto sentido não sentiu nada que pudesse ser prejudicial a ela, de maneira que relaxou, se jogando no braço da cadeira, já ávida por informações do que estava a acontecer ali.
— Por que demoraram tanto? O que houve com a minha mãe? — Rachel começando a enchê-lo de perguntas é beliscada pelo senhor.
Incrível. Mesmo velho igual a um maracujá de gaveta o infeliz ainda tinha a mão bem forte e firme pra beliscar os outros.Definitivamente aquela conversa seria longa. E já era hora de Rachel Roth ficar a par do que estava acontecendo de fato ali.
Notas do Autor:
Olá! Primeiramente gostaria de pedir que deixe seu voto, pra me incentivar a continuar com esse projeto bem rápido!
Não se assustem. A fanfic não acabou assim. Teremos mais capítulos. Kkk
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