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River

"Eu tenho sido um mentiroso, um ladrão.
Um amante, um traidor.
Todos os meus pecados precisam de água benta, sinto-a me lavando.
Oh, pequena.
Eu não quero admitir algo,
Se tudo que isso vai causar é dor.
As verdades nas minhas mentiras agora estão caindo como a chuva
Então, deixe o rio correr. "

River — Eminem feat Ed Sheeran.

Richard John Grayson /Dick /Robin

Apesar da confusão que teve ao invadirem a mansão onde o rapaz que Rachel conheceu no fliperama morava, tudo acabou sendo esclarecido, ainda que Roth tivesse quase matado o dono do lugar.

Como o amigo dela se recusou a ajudar ao médico que o dava abrigo a iniciar seus testes em Rae, criou um conflito na equipe que os levou a decidir levar o garoto com eles para que ninguém saísse prejudicado na bagunça que estava feita na mansão.

Um tanto silenciosa, Rachel o ignorou após voltar a sua forma normal e, ainda que Richard quisesse a abraçar e dizer que tudo ia ficar bem, pois já havia superado o susto inicial de ver a garotinha que estava carregando de um lado para o outro numa versão adulta e muito mais bonita que o normal, acatou o pedido de Kory que desse a garota algum espaço.

Mesmo que quisesse perguntar como era possível que Rae tivesse aparecido em seu carro e tivesse o feito quase bater o veículo, manteve sua curiosidade para si e, já entediado de olhar para aquelas pessoas e paredes clássicas, decidiu que era hora de sair dali.

— Vamos esperar lá fora. — Dick descruzando seus braços vai em direção a saída da mansão com Kory e Roy logo atrás.

— Alguém viu a Rachel? — Harper perguntou fazendo Richard olhar ao redor, não a encontrando para seu desespero.
Antes que pudesse começar a gritá-la, viu Kory apontar para uma direção onde Rachel se encontrava ajoelhada na neve de olhos fechados, ao que parecia orando por algo.

— Que engraçado. Achei que ela não fosse do tipo religiosa. — o arqueiro fala simplesmente deixando Grayson pensativo.

— Por quê não? — Kory replicando curiosa o faz sorrir.

— Ela pediu a liberação da batina dois dias antes do ataque ao lugar onde ela estava. — ele devolveu mostrando em seu celular o arquivo que Constantine o deu da moça.

Surpreso, Richard pega o aparelho e a vê exatamente o que Ricardito havia dito, documentado e até mesmo assinado pelo Papa, uma vez que ela recebeu a sua liberação na semana anterior.

Como se tivesse sido chamada, Rachel virou-se na direção da floresta e, agindo como se estivesse no automático, saiu entrando por entre as árvores o que levou os três adultos a irem atrás dela.

— Onde ela está indo? — Roy pergunta enquanto corria tentando a alcançar.
Orando a Deus por uma direção, escutou um som a sua esquerda que soou um choro fazendo com que seguisse o som, deixando o resto da sua aliança para trás.

Não muito depois achou um espaço entre as muitas árvores que dava num lugar onde Rae tentava a todo custo alcançar o topo de uma árvore, cantando uma música baixo.

— Vamos lá, desça daí! — ela exigindo o faz avaliar com mais atenção a árvore.

No topo era possível ver um par de olhos de algum animal o que fez Richard sorrir por alguns segundos, ficando sério para repreender a moça que estava muito entretida com o resgate do animal.

— Tem noção do susto que nos deu? — a assusta de propósito.

Caindo no chão, foi segurada por Dick que a fez ficar sentada lá mesmo, para que chamasse o animal que de muito bom grado deixou que ele o pegasse.

— Ele está com frio. — contando ao detetive recebe um olhar sério dele.

Rachel usava só uma camisa, num frio severo, sem sequer ter sapatos e ainda sim, achava que aquele filhote de gato era de mais importante que a saúde dela.

— Vindo de alguém que sequer usa sapatos nesse frio é no mínimo irônico. — alfinetou a mulher a sua frente que pareceu constrangida.

Dando a ela o animal, tirou seu sobretudo e colocou sobre os ombros de Roth que ainda que relutando deixa por fim que Richard a guiasse de volta à mansão.

— Ele é como eu. — Rachel conta a Dick que a avalia de soslaio.

Um gato filhote? Bem, não podiam ter animais naquela viagem. Rachel precisaria deixar o animal com os donos da mansão, caso contrário teriam problemas.

— Sabe que ele não pode vir conosco certo? — Grayson começando a falar recebe um olhar sério da garota.

— Ele precisa vir. — usando um tom firme que até então ele não conhecia, Roth parou próxima a saída da floresta.

— Filhotes precisam de treinamento, alimento e muito mais...

— Ele não precisa. — Rae teima como uma criança.

— Rachel! — Richard repreendendo em tom de advertência recebe um miado estranho do animal que ele tirou dos braços da mulher.

— Viu só? Está irritando ele. Vou contar tudo pra Kory. — ela avisou andando apressada atrás do detetive, antes de cair de joelhos na neve.

Vendo a cena, todos que se encontravam na entrada da mansão a antiga correram na direção deles dois.

— Estão vendo? Ela não está boa para sair por aí! — o robô grita ultrapassando todos sem muito esforço.

Com cuidado, Grayson a deu o filhote para que segurasse, a pegou rápido no colo e pedindo espaço para todos, levou Rae junto do maldito gato para o carro.

— Um gato? — rindo divertido Roy tenta mexer no bichano que morde o dedo do rapaz.

— Obrigado por cuidar dela, mas vamos assumir daqui por diante. — Richard avisa ao robô que parece muito preocupado tentando a ver de mais perto.

Fechando a porta, para tirar Roy de perto da Rae, Dick entrou no seu porche rápido, olhando a menina pelo retrovisor todo o tempo.

— Não se preocupe. Ela vai ficar bem! Te manterei atualizado! — mostrando seu celular, Gar entrou no carona logo tratando de oferecer a Rae o cobertor que ele trazia junto de uma mochila de acampar.

— Obrigada, Gar. — sorriu um tanto frágil para o rapaz que parecia um tanto agitado.

Irritado pela cara de pau do garoto de babar por Rachel de maneira tão descarada, Dick pigarreou algumas vezes até que Kory decidiu quebrar seu silêncio.

— Bonito gatinho. Ele tem nome? — a mulher no banco do carona perguntou a menina, agora na verdade uma mulher, que brincava com o filhote.

— Meia noite.

— Meia noite? — Grayson repete incrédulo antes de a ver entregar o animal para Garfield e se empoleirar entre ele e Kory.

— Posso ligar o rádio? — Roth questionando séria leva os dois a se entreolharem.

Ela estava agindo muito diferente do seu habitual e aquilo estava ficando perigoso.

Estariam em companhia do que vivia dentro de Rachel ou a garota apenas estava tentando fugir de algum assunto que considerava perigoso para que eles falassem?

Logo que o som foi ligado e deu início a uma música da Lady Gaga a mulher, não mais uma criança, pareceu sorrir rapidamente antes de voltar a se sentar e cantarolar a música, que para uma freira ela conhecia muito bem. Que tipo de convento era aquele o que ela viveu? Estava começando a achar que era alguma organização de fechada para lavagem de dinheiro.

— Casar com a noite? — Kory sussurrou para ele que um tanto tenso aguardou até que Rachel dormisse, o que aconteceu duas músicas depois.

Embora a primeira música fosse um tanto quanto estranha de se ouvir Rae parecia muito animada a cantando e até mesmo convenceu Gar a se divertir com ela, diminuindo seu ritmo até no final da terceira música dormir.

— É bom que seu amigo saiba o que está acontecendo aqui. — a ruiva ralha com o detetive que logo observa a mulher pelo retrovisor.

Embora tivesse dormido todo o percurso, Rachel acordou alguns minutos antes de chegarem ao local que Grayson decidiu usar para passar uns dias treinando todas as pessoas que tinha, quando Gar sem querer fez o gato que dormia no colo dela se mexer.

— Você não pode tocar nele, Gar. — com a voz muito mais rouca que antes, Roth avisa ao amigo que ri.

— Por que não? — o rapaz de cabelos verdes replicando rápido a faz abrir um dos olhos, mostrando que eles estavam com um tom de azul bem diferente de antes.

O azul que antes era num tom escuro estava estranhamente mais claro e até mesmo o preto azulado do cabelo da moça se tornou um azul bem incomum.

— Porque ele não gosta de você. — rebateu a moça sem nenhum traço de humor.

— E como você sabe disso? — Kory se volta para a direção de Rachel que respira fundo e olha para janela.

— Sabendo. — foi tudo que Rae falou sem pensar duas vezes.

Sentindo que a sua carona estava irritada com a resposta, decidiu que tentaria amenizar as coisas ligando o rádio, o que só irritou mais Kory que desligou o aparelho.

— Eu estava ouvindo, Kory. — Rachel avisa tardiamente.

— Responda a minha pergunta e eu ligo.

— Já a respondi, Kory. Liga o rádio, por favor. — Roth  pedindo com educação segurou seu filhote em seu colo, ainda que o bichinho tentasse a todo custo escapar.

— Respondeu porra nenhuma, Rachel! — a mulher repreendeu a moça que respira o mais fundo que consegue.

— Que se foda então. Deixa desligado. — ela deu de ombros antes de Grayson diminuir a velocidade para estacionar.

Aquilo poderia terminar num banho de sangue e o detetive não estava afim de limpar sangue dos seus bancos higienizados a três dias atrás. Entretanto como intervir numa discussão entre duas mulheres?

Era mais fácil lidar com os vilões de Gotham.

— Qual é o seu problema? Por que está agindo desse jeito? Achei que fossemos aliadas, Rae!

— Dor! Esse é o meu problema! Tudo dói! Falar, respirar e até mesmo sentir o que vocês estão sentindo! — Rachel conta a todos que ficam sem reação.

— Como assim? — Dick quebrando seu silêncio estaciona o carro e volta sua atenção para a garota.

— Eu odeio saber o quanto você está afim de transar com o Grayson! E o quanto Gar está desesperado para me agradar apenas por medo de ser excluído! E odeio mais do que tudo o fato do Richard estar com medo que eu mate a todos!

Chocado com o que ela disse, assistiu a moça abrir a porta do carro e sair, com o filhote a seguindo como um cão treinado.

— Então... Vou indo. — Gar olhou para os dois constrangido e saiu apressado do carro como se a sua vida dependesse daquilo.

Sem acreditar no que Rae falando tão séria contou a todo mundo presente, Richard volta sua atenção para Kory que parecia um tanto atordoada pelo que aconteceu.

— Escuta, Kory... — Grayson começa a dizer sendo ignorado pela mulher.

Irritada ela saiu do carro atrás de Rae que parecia perturbada por alguma coisa que via.

Antes que pudesse fazer qualquer coisa, viu a ruiva passar direto pela moça e esbarrar nela propositalmente, levando Rachel a empurrar e ir falar com Roy que a mostrou algo no celular dele.

Achando aquilo estranho, Richard tenta se aproximar dos dois, mas só ouve ela agradecer ao rapaz e dizer que "ficava muito feliz em saber".

— O que a mostrou? — Dick pergunta ao amigo que sorri e mostra a carta respondida pelo Vaticano, endereçada a Rachel.

— Achei que ela precisava saber. — respondendo um tanto quanto escorregadio o homem foi para dentro do hotel.

Lá eles dois fizeram os pedidos de quartos entregando as chaves para os demais.

— O que tem na sua mochila, RaeRae? — Gar questionou a mulher que riu e pediu que ele a acompanhasse.

Decidido que talvez fosse bom deixar todos acalmarem seus ânimos e não havia maneira melhor de mediar um conflito que com comida, saiu em busca de algum lugar onde pudesse comprar algo para que todos comessem.

Era muita informação para um dia só e Rachel adulta poderia sair do controle se não aprendesse a filtrar as informações que recebia a cerca de sentimentos de outras pessoas.

Rachel Roth/ Rae / Ravena

Irritada por ler as emoções que não queria saber do que se tratava, Rachel bateu no quarto de Harper, o único com comunicação direta com Constantine e pediu para que ele a deixasse falar com o feiticeiro.

— Resolvi me adiantar e contar o que houve pra ele o que Dick me disse. — Roy conta a moça que assente rápido.

Bem, ao menos alguém ali estava tentando fazer alguma coisa, no final de tudo.

— E então? — Rachel um pouco ansiosa, incentivando o homem para que continuasse a falar, perguntou logo.

— Você está passando pela transição da fase infantil pra adulta. Só precisa meditar e entoar esses mantras aqui.. — mostrando os escritos no telefone, Harper o tem tomado dele por Rae que pega caneta e papel em cima da mesa do quarto, se colocando a escrever tudo rápido.

— Muito obrigada! — sorri a moça ao devolver o celular.

Segurando a mão dela, Harper a fez o olhar nos olhos dele que pareciam brilhar, mas não apenas por puro divertimento como o sorriso dele demonstrava.

— Acho que eu mereço um pouquinho mais de carinho, Rachel... — Roy comentando discreto a faz corar com o que captou dele.

Ele queria a beijar. E Rae sequer sabia como falar com pessoas. Beijar era um dos mistérios que ela deveria entender daqui por diante. Isso se algum dia tivesse que beijar alguém.

Embora tivesse entendido exatamente do que se tratava, Roth sorriu e preferiu fingir que não sabia do que ele falava, dando dois passos para trás.

— Um abraço? — sugeriu abrindo os braços sem jeito.

Parecendo confuso o ruivo a encarou por alguns segundos antes de finalmente entender o que aconteceu, arqueando a sobrancelha, por fim guardando o seu telefone.

— Você é bonita e bem humorada. Gosto disso. — limita a falar indo na direção da cama dele.

Temendo que passasse uma vergonha, Rachel decidiu sair rápido do quarto de Harper e foi para o seu onde tomou um banho e só depois se lembrou que não tinha roupas de adultos.

Lembrando da camisa de Grayson, Rae a vestiu, colocando todo dinheiro que tinha na mochila e saiu atrás de Gar, para pedir ajuda. Afinal de contas ela precisava comprar roupas novas.

Ouvindo a música que tocava no quarto de Kory, a mulher se pôs a cantar a música e passou por Dick que primeiro a cumprimentou e só depois a parou no corredor.

— Cadê o resto das suas roupas, RaeRae? — ele perguntando surpreso a faz sorrir. — Essa aí é a minha camisa favorita? — acrescentando em choque levou a mulher a dar de ombros.

Ninguém além de Grayson tinha reparado que Roth só usava uma camisa masculina.

Seria aquele um sinal que o detetive reparava demais nela? Ou apenas uma paranoia das muitas que ela tinha em sua cabeça?

— Não tenho mais nenhuma roupa, mas obrigada por se importar. — Rachel respondeu antes de se afastar e descer correndo as escadas.

— Rachel! Volta aqui!

Se não fosse rápida, Richard não a deixaria sair para fazer compras. Com isso correu o máximo que pôde do homem e acabou esbarrando na dona do hotel.

Ao menos não tinha sido o Dick. Menos mal.

— Está tudo bem?

Sem tempo para perder respondendo a perguntas cordiais, Roth pedindo a senhora que a levasse para comprar roupas foi atendida pela mulher que chegou a perguntar se ela havia sido sequestrada por Roy.

O que era uma pergunta no mínimo estranha. O que teria aquela mulher escutado andando pelos corredores?

Richard John Grayson / Dick / Robin

Já sem ter onde procurar Rachel, todos voltaram para o hotel onde encontraram a dona do hotel muito arrumada, rindo e conversando animada com uma morena mais sexy do que era humanamente possível.

Usando calça jeans preta, salto alto na mesma cor, um corselete e cercada por bolsas as duas mulheres pareciam falar outro idioma e só voltaram a falar de maneira compreensível quando Dick pediu licença.

— Você por um acaso não viu uma morena, de camisa masculina social branca, molhada e descalça correndo por aí? — pergunta a mulher que olhou para a morena a sua frente e falou algo para ela.

Fazendo um sinal desconhecido para Richard e em seguida para a mulher, a senhora a fez se virar e mostrar que a tal morena sexy era ninguém menos que a própria Rachel, que até mesmo maquiada estava, deixando para trás o ar menina que tinha até umas horas atrás.

— Que caras são essas? — Roth questionando confusa olha para todos que estavam surpresos demais para a repreender.

— Você sumiu sem dar explicações! — Kory a repreendeu sendo ignorada.

— É, pois é...
— Tem noção de como ficamos preocupados? — Richard reclama com a ex freira que fez um bico fofo antes de ir até Gar.

— Me ajuda a subir isso? — sussurrando para o rapaz é logo atendida não só por ele como por Roy também.

— Você precisa parar de sumir sem dar explicações. Não podemos ficar por aí procurando você. — Richard reclamou com a morena que o olhou por alguns segundos, deixando o detetive constrangido.

Algo no olhar dela deixava bem claro que até o lugar mais escuro de sua alma era capaz de ver.  E ele não gostava nem um pouco daquilo.

—  Eu não farei novamente, Dick.

Embora seu tom não fosse tão diferente, sua voz era mais rouca do que antes e Rae parecia muito diferente da sua versão infantil. Até mesmo sua postura estava diferente.

— Vou comprar pizza para nós... Quer algum sabor em especial? — Richard tenta desviar o olhar dela do seu com sucesso.

Quando olhar pra aquele garota ficou tão confuso?

— Nada de abacaxi. — Roth dizendo séria, começa a subir a escada.

— Obviamente...! — Grayson rebateu rápido virando em direção a saída.

Precisava respirar um pouco de ar fresco para arejar suas ideias. De repente ficar perto de Rachel estava ficando muito estranho e ele não queria ir fundo naquilo.
Comprando quatro caixas, uma vez que não sabia se duas eram suficiente, Richard voltou para o hotel e viu Kory parada em frente ao quarto de Rachel, onde se ouvia risadas e vozes dos caras gritando por algum motivo.

— Vai entrar? — Grayson pergunta a mulher que pareceu pensar um pouco no assunto.
Antes que pudesse responder, a porta se abriu e Rae apareceu, agora sem maquiagem, usando um short e camisa de pijama.

Saindo do quarto, a mulher deu espaço para que ele pudesse ver os rapazes jogando baralho sobre a cama dela, gesticulando para dentro do lugar com um olhar distante.

— Pode entrar Dick.

Imaginando que aquele seria um papo entre garotas,  o detetive fingiu entrar no cômodo encostando a porta o suficiente para ouvir a conversa, parado em frente a porta.

Apenas para em caso de uma briga intervir na situação. Não que ele tivesse interesse em conversas entre as duas. O que ele também possuía naquele momento.

— Cara. Isso é muito rude. — Gar começa a reclamar pegando as caixas.

Ao invés de levá-las para a cama, onde fariam uma mesa improvisada para comerem, o rapaz também parou na porta disfarçando pessimamente a sua curiosidade.

— Eu quero que saiba que não disse aquilo no carro com o intuito de chatear você. — usando um tom calmo, Rachel tenta ser diplomática.

Seria mais fácil dizer que sentia muito, mas pelo que Grayson conhecia ela não fazia o tipo de pessoa que pedia desculpas.

Na verdade estava até surpreso com a maturidade em dizer que não tinha intenção de contar o que sabia para todos.

— Vocês são muito fofoqueiros... — Harper debochou dos dois parando também em frente a porta.

— Se quer ser vista como adulta, sugiro que passe a agir como uma. Aprenda a falar menos. E comece a parar de brincar de pique esconde. Não temos tempo para ficar te procurando, Rachel. — a ruiva rebate impaciente.

— Alguém está bem puta da vida. — Gar observando rápido recebe acenos dos outros rapazes.

— Eu só não quero que você fique chateada comigo, Kory...

— Peça desculpa, então! É muito mais fácil que ficar pedindo que eu não fique chateada! — interrompeu a mulher que perdeu sua paciência.

— Não vou pedir nada! Porque eu não tenho culpa de saber o que vocês querem! E se você não gosta disso, saiba que nem eu gosto! Acha que é divertido ficar por aí sabendo de coisas secretas dos outros? Não é!

Irritada Rachel empurrou a porta e todos os três homens muito rapidamente pularam para cama, já abrindo a primeira caixa com pizza calabresa, para fingir que estavam comendo.

— Eu sei que não! Mas tudo exige algum tempo e esforço! Tente falar menos e ficaremos bem! — Kory grita de volta antes de Roth falar algo baixo.

Ciente que não havia nada a ser feito entre elas ouviu ao longe uma conversa baixa das duas e após alguns minutos Kory entrou no quarto rápido.

— Tá tudo bem? — Richard perguntando preocupado recebe um aceno da ruiva.

— Rae disse que já vem. — foi tudo que ela avisou encerrando as questões antes que todos falassem.

Parecendo muito pálida, Roth entrou no cômodo, pegou um pedaço de pizza e sentou no chão comendo com uma cara de poucos amigos.

Ciente que quando fosse hora tudo seria acertado entre elas, Grayson fingiu não notar que Rachel estava pouco a vontade e arrastou todos para fora logo que terminaram de comer, deixando a mulher em paz.

— Como você é covarde. — Rae falando o faz voltar a atenção para dentro do cômodo onde não havia ninguém mais.

Escutando o som do chuveiro ligado, Richard continuou olhando para direção onde estava a moça do outro lado da porta, tomando um banho ou qualquer coisa do tipo, antes de mais uma vez escutar Rachel falar.

— É uma pena que tudo termine assim, passarinho...

Assustado, o homem fez o sinal da cruz e saiu do cômodo indo para seu quarto onde se pôs a pensar como era possível escutar Rachel sem que ela estivesse lá.

Apenas para garantir, ele foi tomar um banho com todas as portas trancadas e fez questão de se certificar daquilo, pois algo o dizia que aquela missão não era boa para alguém como ele. Que a muito tempo abandonou a ideia de ter uma religião.

Porém, logo que abriu a porta do quarto, encontrou Kory expulsando o filhote de Rae de cima da cama dele, o ameaçando com uma garrafa de vodka.

— Como vocês entraram aqui? — pergunta ao animal e a mulher que pararam o que faziam para encarar ao detetive.

Apoiado nas duas patas traseiras o filhote usava suas patas da frente para tentar arranhar Kory, que o xingava numa língua que Richard desconhecia, tentando o derrubar usando a sua garrafa.

— Quando cheguei a porta estava aberta e esse felino abusado estava aqui dormindo na sua cama. — ela contando ao Grayson o faz sorrir.

A julgar pela expressão assassina no rosto do filhote ele não estava lá muito feliz pela interrupção de seu sono, ainda sim, haveria alguma possibilidade daquele gato preto estar ali por Rachel ter conseguido de alguma forma entrar no quarto?

Estendendo a mão para o animal foi ignorado por ele que rosnou na direção dos dois e saiu do lugar, antes da porta bater com violência de maneira sobrenatural.

— Bicho esquisito... — Kory começou a reclamar antes de Dick a olhar de cima a baixo tentando entender o que estava acontecendo ali.

— Algum problema? — o detetive questiona se escorando na cômoda de seu quarto.
Sorrindo de maneira incomum, Kory mostrou a garrafa para o homem dizendo.

— Quer beber comigo?

Dando de ombros ele concordou com o pedido e foi buscar os copos que tinha em algum lugar do cômodo, sem deixar de pensar no que aquele gatinho preto fazia deitado na cama dele.

Teria ido lá levar algum recado de Rachel?

Notas Finais:
Leu? Releu? Surtou com o final? Gostou? Quer atualização mais rápida??? Deixe seu voto e se possível seu feedback! Adoro ouvir o que vocês tem a dizer, Beijos!

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