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In The Name Of Love


"Se eu te dissesse que isso só iria machucar.
Se eu te avisasse que o fogo iria queimar.
Você andaria nele? Você deixaria eu ir primeiro?
Fazer tudo em nome do amor.

Você me deixaria te guiar mesmo quando for cego
No escuro, no meio da noite.
No silêncio, quando não há ninguém ao seu lado
Você apelaria em nome do amor?

Em nome do amor, nome do amor.
Em nome do amor, nome do amor.

Em nome do amor.

[°°°]

Você confiaria em mim quando você está pulando das alturas?
Você cairia em nome do amor?

Quando há loucura, quando há veneno em sua cabeça.
Quando a tristeza deixa você quebrado em sua cama.
Vou te abraçar nas profundezas do seu desespero.
E é tudo em nome do amor.

[°°°]

Eu quero testemunhar,
Gritar na luz santa.
Você me traz de volta à vida.
E é tudo em nome do amor. "

In The Name Of Love - Martin Garrix feat. Bebe Rexha

Rachel Roth / Ravena /Rae
Pensilvânia

Após escutar Meia Noite pedir que guardasse tudo e não abrisse a porta, a mulher logo entendeu que não estavam sozinhos.
— Precisamos avisar aos outros —  agitada, Rachel tenta ir em direção a porta escutando batidas.

Mesmo contra a vontade do seu animal, olhou através do olho mágico, onde viu Kory prestes a ser acertada por um taco de baseball, o que a fez gritar do outro lado da porta.

"Gritar não vai ajudar. Se concentra, garota." — ouviu Meia Noite falar irritado.

—  Se eu usar o que sei vou matar todo mundo. Não posso...

"Claro que pode! Pare de se concentrar nos outros e deixe seu poder fluir, Ravena! Evite focar nas suas emoções e pense no que quer fazer."  — Instruindo a mulher a criatura de pôs a rosnar e arrepiar seus pêlos.

— Se você assumir sua forma, vai derrubar esse lugar! Nem pense nisso! — Rae adverte ao bichano que se limitou a deitar na cama.

“Que morram todos, então." — ele ralhou indo lamber suas costas.

Seguindo o conselho dado por Meia Noite, Roth se concentrou e abriu a porta do quarto, sendo surpreendida por Kory que jogou uma garota, a mesma que havia a sequestrado em sua direção.

— Jesus, Kory! — foi tudo que ela grita ao usar sua escuridão para arremessar a garota no final do corredor.

— Vai para o carro, Rachel! — a ruiva ordenando séria, desvia de um soco dado pelo adolescente que sequestrou Ravena dias atrás.

Sem disposição para discutir, Rachel a deixou lutando contra o rapaz e desceu as escadas que davam ao primeiro andar do hotel, onde ficava a recepção.

— Onde está a proprietária? — Rae falando consigo mesma olha para os lados a procura da sua nova amiga.

Logo a sua esquerda, próximo a onde ficava a cozinha, teve a impressão de ver um homem, mas assim que se voltou na direção onde pensou ter visto o estranho, não encontrou nada além de uma rosa negra.

Bastou que fizesse menção de ir pegar o item, que pareceu muito bonito para ser real, sentiu alguém a puxar pelo braço, para seu susto.

—  Hey! Sou eu, Gar! Vamos logo, RaeRae! —  o rapaz de cabelos verdes se apresentou depressa ao ver os olhos dela.

— Não estou fora de controle, ok? Precisamos de um plano pra derrotar esses caras... ! — ela começa a falar sendo interrompida por alguém que caiu sobre ela.

Vendo Roy se colocar de pé e partir pra cima de um homem que não lembrava de ter visto, Rachel pegou o arco do rapaz jogado no chão e se levanta com ele em mãos.

— Vou me transformar! — Garfield avisando a empata sai de vista a deixando sozinha com o Harper sendo sufocado por um dos seus inimigos.

—  Rae! Derruba ele.. ! — o ruivo pediu a mulher que sem pensar duas vezes quebrou o arco do rapaz nas costas do homem que o sufocava, levando o desconhecido a soltar o Harper.

— Que tal sentarmos e conversamos sobre essa situação? — Ravena, incerta se deveria ter atraído o foco do assassino para si, sugere dando passos para trás.

Será que suas poucas aulas de defesa pessoal valeriam de alguma coisa? E as lutas de filmes? Iriam ajudá-la?
Duvidava muito daquilo.

— Por que porra você não usou o arco com as flechas? — Roy, revoltado com o que Roth fez, perguntando descrente chuta os pedaços do que era seu arco.

Bem, achou que talvez fosse útil usá-lo como bastão para derrubar aquele cara. Não sabia que o arco se quebraria tão facilmente. De que mesmo eram feitos aqueles assassinos?

Da mesma maneira que o Superman, tinha quase certeza.

— Eu não sei usar arco e flecha, tá ok? — gritou Rachel constrangida pelo olhar desconfiado de Kory que descia apressada as escadas. —  Meia Noite! Me ajuda! — Rae pede ao seu gato que logo aparece em sua forma intermediária.

Correndo para longe dele, tentando não testar se havia ou não chances do animal dela perder o controle e atacá-la sem querer, Roth saiu finalmente do hotel, esbarrando em Gar, que agora como tigre apenas observava seu Cão Infernal devorar um dos assassinos mandados atrás dela.

— Não disse que ele poderia ser útil? — ela comentando relaxada passa a mão pela pelagem verde do tigre.

Sendo pega de surpresa pelos adolescentes que apareceram em sua frente, Rachel foi tirada de perto deles pelo seu amigo, que rugiu a dando tempo para correr em direção ao carro de Dick.

Logo em seguida seu animal de estimação, Kory e Roy correram em direção à ela, entrando em sua frente para protegê-la.

Com a falta de energia de Kory, o arco destruído pelas mãos de Rae do Harper e o sumiço de Dick não havia muito com o que se defender dos invasores. Nada além de sua última linha de defesa. A última e mais perigosa.

"Não se deixe contaminar. Esse medo não é seu. Limpe sua mente. E só então faça o que você realmente quer. " — Meia Noite a instruiu se colocando em posição de ataque.

—  Matar —  se escuta dizer antes de sentir seu poder fluir e jogar a garota no outro lado do estacionamento.

Entrando no combate junto dos três que já estavam, o homem fantasiado, ou melhor dizendo detetive Grayson, começou uma luta com a mãe da família sinistra, que por Rachel ter nocauteado o filho da mulher junto de Gar, logo foi encerrada por Meia Noite e Grayson juntos.

— Não é que ele veio a calhar? — recuperando seu fôlego Richard observa avaliando o animal que retornou a sua forma normal.

"Humano idiota. Deveria tê-lo deixado morrer." —  agora como um gato inofensivo o ser místico reclama.

Vendo mais uma vez a rosa negra, Rachel passou por todos e, com Meia Noite em seu encalço, atravessou a pista pegando a tal rosa que fez questão de trazer consigo.

— O que é isso? —  Kory pergunta agitada sendo ignorada por Roth.

Incapaz de parar de olhar para aquela rosa, resmungou uma desculpa qualquer e correu para onde pensou ter visto uma outra rosa, a encontrando lá também.

—  Acha que isso é algum aviso? —  ela questiona ao animal que fareja a flor que encontraram na escada que dava acesso ao segundo andar.

"De quem? Por que? Com qual finalidade? Você não poderia ter inimigos com tanto tempo trancada num convento. Tampouco admiradores. " — Rebatendo rude o gato a faz revirar os olhos.

— Talvez seja algo pra algum deles? - Rachel sugere ao animal antes de ver uma rosa negra em frente ao seu quarto.

" Não mesmo. Quer que eu entre primeiro? " — Meia Noite se dispõe a deixando mais relaxada.

— Se for algo ruim mia bem alto tá?

Obtendo um silêncio em resposta, Roth acaba entrando depressa em seu quarto, se surpreendendo em ver seu quarto coberto por rosas negras.

" É pra você... Tenho certeza disso." — o animal afirma andando através das flores.

— Tem alguma sugestão de quem poderia ser?

Antes que pudesse ouvir uma resposta, escuta passos e as vozes do grupo a fazendo fechar depressa a porta de seu quarto.

Aquele era o típico problema que ela tinha que resolver sozinha.

—  Rachel? Está tudo bem? —  Dick perguntou batendo na porta com educação.

— Sim! Só... Achei que tivesse escutado alguma coisa!— mentindo de maneira incerta recebe um silêncio absoluto do outro lado da porta.

"Nenhum deles pode ajudá-la. Você precisa meditar... Opa. Olha o que apareceu aqui. " —  escuta Meia Noite avisar a levando até a sua cama.

Lá havia um livro negro com um Corvo azul marinho desenhado em sua capa, que de maneira estranha lembrava a marca que Roth possuía nas suas costas.

Apesar de seu receio, unindo toda coragem que possuía, pega o livro, vendo as flores desaparecem nesse mesmo instante, restando só o tal livro.

— O que diabos...? — Rae começa a reclamar, sendo logo cortada por seu animal.

"Parabéns. Você acaba de receber seu grimório familiar."—  Meia Noite a cumprimentou com notável diversão.

—  O que seria isso?

Por fora de todos aqueles termos estranhos, Rachel questiona ao Cão infernal que, em sua forma felina, se deita na cama tão calmo quanto deveria estar.

"A herança que os mestiços mais fortes com magia ganham ao entrarem na fase adulta." —  explicando calmo só se arrepia ao Roth fazer menção de abrir o livro.

— Isso é ruim? Por que se assustou dessa forma? Não deveria abri-lo? Preciso aprender a usar minhas habilidades, não estou certa? — encheu Meia Noite de perguntas que só serviram para irritar à ele.

"Tenho cara de Google ou Yahoo Respostas por um acaso? Só abra se estiver realmente interessada em usá-lo. E não se esqueça de colocar seu sangue na primeira página... !" — ele a instrui um tanto apressado.

Indo até sua bolsa, pega uma agulha, que deixava lá para caso precisasse, furou seu dedo e abriu o livro, onde não havia uma marca sequer nas folhas, que estavam todas em branco.

Recordando do que ouviu do Cão Infernal dizer, pressiona seu dedo ferido contra a página que imediatamente exibiu a mesma marca que Rachel possuía nas costas como marca de nascença.

Seu plano era passar o resto da noite lendo feitiços. Isso se não tivesse achado vídeos aulas de danças e esquecido de estudar os feitiços.

"Graças a Satã você não depende de suas habilidades para sobreviver. Se seu foco fosse necessário estaríamos mortos." — Meia Noite a provoca com pouca paciência.

— Espero que furar meu dedo sirva pra achar algum feitiço de localização. — pensa alto indo colocar seu fone no ouvido.

" Porquê ao invés de feitiço você não procura na Internet? Google, Facebook, Instagram? " —  o bichinho sugere de pronto.

Optando por ignorá-lo, Rachel continuou a dançar, a fim de se cansar e dormir sem poder ter sonhos. Sem ter risco de fazer visitas aos sonhos dos outros.

Dia Seguinte:

Agitada, pois algo dentro de si a pedia que saísse o mais rápido que podia, vestiu um short preto com rasgos, um top vinho que possuía alças finas e spikes em uma parte do decote dos seios, jaqueta preta de couro e saltos altos.

Com seus cabelos num azul quase preto, olhos azuis bem vivos e pele mais clara que nunca, era bem fácil de ver que não vinha dormindo bem. Na verdade, parecia uma espécie de fantasma errante sem nada em seu rosto, sendo assim, decidiu se maquiar.

Tentando disfarçar as olheiras, Rae colocou bastante corretivo e pra não ficar de todo pálida pôs um batom mais forte, no tom de vinho bem fechado.

- Rae! Você quer...? - Gar entrando no quarto toma um susto.

Como se nada estivesse acontecendo, Meia Noite entrou logo atrás do rapaz passando na frente dele com propósito de derrubá-lo.

— Para com isso! — repreendendo seu animal, ela recebe um olhar desplicente do mesmo.

"Você não ia procurar alguém hoje?" — Meia Noite comenta, antes de rosnar por fim para Garfield que tentava o fazer carinho.

— Ele é bem rabugento... — o rapaz observa triste com a amiga que riu e concordou.

"Por que não dispensá-lo logo para que possamos sair?" — Escuta o seu animal auxiliar perguntar sério.

— O que ia falar? —  Rachel ignorando o felino, foca em Gar, que pareceu ficar nervoso.

—  É.... Eu pensei que talvez. Bem, você e eu. A gente podia... Falar com os caras que nos atacaram ontem —  depois de muito se enrolar o rapaz confessa com Roth que pensa um pouco a respeito.

Após uma noite inteira acordada, conseguiu o telefone de Maria e até mesmo a localização dela, o que basicamente era algo que tinha vontade de fazer, apenas para saber se tudo estava bem com a ex noviça, além de a fazer algumas perguntas.

Aqueles caras ficariam presos até Dick voltar de sabe-se lá onde, então precisava aproveitar essa pausa na supervisão constante de Grayson e ir atrás de sua amiga. Pois tinha dúvidas e precisava das respostas. Dúvidas a respeito de relacionamentos.

— Agora não posso... Sabe onde está Kory? — questionou ao amigo que concordou.

Se olhando mais uma vez no espelho, sentiu falta de algo que cobrisse seu cabelo exótico, com isso fez um coque e colocou um chapéu para mantê-lo longe dos olhos curiosos.

— Lá no quarto do Harper... — anunciando desgostoso deixa exatamente o porquê dela estar lá subentendido.

Optando por não atrapalhar os dois, Rae escreveu um bilhete informando que ia sair e qual número poderiam ligar para ela, quando seu gato a impediu de continuar a escrever.

Não, Meia Noite não acreditava que houvesse uma razão plausível para que ela desse satisfações a eles, entretanto, haviam a sido tão prestativos que Rachel não conseguia evitar de obedecê-los.

— Certo. Não vá para muito longe, ok?

Sorrindo pelo cuidado do rapaz, Roth colocou umas peças em sua antiga mochila e saiu apressada pois o seu uber já a aguardava na entrada do motel.

Sua viagem que começou em Detroit, com uma Rae sozinha e a procura de ajuda, já estava em Pensilvânia e a mulher, agora com outras pessoas, num meio termo que era bem perto de New York, onde a sua conhecida estava.

Com rapidez logo que entra no carro ligando para o número que havia feito questão de salvar em sua agenda, é atendida logo no primeiro toque.

- Oi! Sou eu. Rae... Podemos conversar?

New York
Richard John Grayson /Dick / Robin

Havia acabado de ser salvo por Capuz Vermelho, o que era no mínimo bizarro, quando seu telefone tocou deixando o detetive desconfiado.

— Sim?

— É o viadinho do Harper? — Jason grita jogando o doutor no porta malas dele.

Ciente que responder pioraria tudo, Dick continua a falar com a pessoa bem desconfortável do outro lado da linha.

— Oi cara. Você está por onde? — Harper o questiona levantando mais e mais desconfiança do homem.

— Resolvendo algumas coisas. Está tudo bem? — Richard responde entrando no carro.

—  Bruce tem uma casa segura por aqui. Vira a primeira à esquerda na saída dos fundos... — Tood o instruindo calmo recebe um olhar irritado do seu irmão.

—  Só queria saber se você vai demorar muito — falou Harper bem artificial para o gosto de Grayson.

— O que foi que houve..? Rachel está bem? — Dick pressionando o rapaz é cortado por Kory.

— Apenas queremos notícias. Só isso... Já achou o doutor?

Pensando por alguns segundos no que estariam os dois fazendo juntos, acaba desistindo de criar paranoias, voltando seu foco para a rua.

—  Ah! A Rae está ótima! Está aqui brincando com aquele monstro de estimação... E você? —  Roy respondendo rápido aumenta mais ainda a desconfiança dele.

Seja lá o que fosse não iriam o dizer, a menos que fossem pegos em flagrante.

— Vou encerrar o mais rápido que puder e irei pra aí. —  avisou aos dois antes de desligar o telefone sem se despedir.

Alguma coisa aconteceu e nenhum dos dois teve coragem de dizer. Caso Rae se machucasse por qualquer coisa causada pelos dois, Richard não tinha ideia do que seria capaz de fazer em retaliação.

— Que cara é essa? — Jason questiona ao motorista que apenas segura com mais força o volante.

— Nada. Onde eu paro? — mudando de assunto, Dick recebe uma risada em resposta.

— Entra nessa garagem aqui, Grayson...

Ciente que seja lá o que fosse que havia acontecido mais cedo ou mais tarde iria descobrir, Richard preferiu guardar suas próprias paranoias para si e concentrar no que precisava fazer por hora. Pois proteger Roth era sua prioridade maior.

Não tinha ideia do porquê de pensar aquilo, mas era tudo que vinha em sua mente ao lembrar dela.

NewYork
Rachel Roth / Rae / Ravena

Vendo os prédios brilhantes, as ruas lotadas de pessoas e o trânsito caótico ao seu redor, não foi tão difícil descobrir que havia chego em seu destino.

Num timing perfeito, o sol, que a acompanhou toda a viagem, se pôs detrás dos arranhas-céus, passando batido pelo mar de pessoas que, presas em seus aparelhos de celular estavam ocupadas demais para assistir o fim do dia como Roth aquele momento.

— Aqui está. Tenha um ótimo dia... — Rachel fala com o senhor Josh que destrava as portas.

Logo que pagou ao motorista, checou o horário e se apressou para arrumar um café ou qualquer outro lugar que pudesse colocar o telefone pra carregar, pois não havia o feito na noite anterior.

Kory iria a matar. Dick então, bem ela preferia não pensar muito naquilo.

Não tinha ideia que telefones tivessem baterias tão ruins em questão de durabilidade. Maldita fosse a Samsung. Numa próxima iria ficar com um Motorola.

Lá na rua em que desceu do veículo achou um café, onde colocou seu telefone para carregar e comeu alguma coisa, sempre com seu gato deitado ao seus pés.

— Olha, mamãe! O gatinho dela é preto! —  um garotinho comenta recebendo um sorriso da Roth.

Abrindo seu livro de feitiços, achou um feitiço de condução de energia e o usou para carregar até a metade da bateria, ligando o aparelho para ver o quão ruim estava as coisas para ela.

Haviam três números diferentes a ligando desde cedo e tinha certeza que eram seus amigos. Até aquele momento eram noventa e seis ligações não atendidas. Só orava pra que nenhum deles fosse o Grayson a ligando.

— Angela? — ouviu alguém a chamar tirando sua atenção do celular.

—  Que?

De onde aquele cara surgiu? E quem era Angela? Algo não parecia bom nele, segundo sua intuição. Seria bom render assunto a aquele cara? Melhor seria fazer a egípcia, como costumavam a falar na Internet, ela conclui em silêncio.

—  Você não é mesmo a Angela? Meu nome é Malchior... Não se lembra de mim? — o rapaz questionando confuso recebe um olhar perdido da mulher sentada a sua frente.

— Meu nome é Rachel e acho que você se confundiu, Malchior — ela replica tirando seu chapéu.

A olhando surpreso o homem pediu desculpas e saiu de perto, a deixando incomodada enquanto comia seu croissant.

Terminada sua refeição, liga para Maria sendo atendida no primeiro toque. O que a deixou aliviada.

— Já chegou?

— Sim. Estou num café... Na rua que pediu que a aguardasse — Rae responde sentindo que alguém a observava.

Talvez fosse só sua imaginação, culpa por ter saído sem avisar a Grayson ou até mesmo estivesse apenas delirando por ter sido confundida com alguém pelo tal Malchior.

— Show! Estou chegando já. Se quiser pode aguardar na saída... —  Maria avisando animada parece acelerar o carro.

Bastou que saísse para que o telefone tocasse mais uma vez a deixando apreensiva. Teria aquela pressa de Edite causado algum acidente?

— Alô?

— Não estou te vendo. Tem certeza que está nessa rua que eu te disse? — Maria a questiona séria.

— Sim. Onde você está? — Rae retornando rindo, lembra que Edite só a conhecia como criança.

Provavelmente estava a procurar uma criança sozinha na rua. Não uma mulher falando ao celular, muito bem vestida.

— Na joalheria em frente ao Starbucks. Do outro lado da rua... —  a sua velha amiga avisou tornando fácil sua localização.

— Está numa BMW de vidros escuros? —  descreve Roth esperando a reação de Edite.

— Isso! Onde você está, RaeRae? —  a ex freira exigindo saber recebe uma risada em resposta.

Atravessando a rua, Rachel bateu no vidro do motorista, sendo logo atendida.

— Oi, Mari... —  a saúda pelo telefone levando a mulher a gritar, descendo de pronto do veículo.

Por muito pouco não foi acertada pela porta, mas felizmente conseguiu desviar a tempo.

Em êxtase, Maria a abraçou, fez várias perguntas e começou a chorar dizendo que achou que ela tivesse morrido no dia que invadiram o convento.

— Pois é. Eu também achei... Hmn. Precisamos de um lugar pra conversar, não acha? — constrangida pelos olhares das pessoas que as viam juntas, Rae sugere a sua amiga que logo concorda.

Maria, que antes tinha longos e enrolados cabelos castanhos claros, agora estava com um corte bem curto, no estilo bem diferente, além dos piercings, roupa bem masculina e uma tatuagem na lateral do pescoço, que parecia ser uma cruz.

— Ser levada de lá por sua mãe fez bem a ti... — Roth observa enquanto entra no carro.

Depois que a mãe dela descobriu e documentou a traição por parte do pai de Edite, conseguiu arrancar muito dinheiro dele e até mesmo ficar com alguns negócios, o que resultou na liberdade de Maria. Pois sua mãe não aceitava a ideia de sua garotinha ser presa num convento por gostar de outras garotas. O que foi a salvação para a mulher que assim como Roth não tinha vocação para servir a Deus.

— .... O tema dessa noite é máscaras! Você vai adorar! —  escutando a colega dizer desvia sua atenção do botão de retornar as chamadas.

—  Onde mesmo nós vamos? —  Rachel perguntou constrangida pela sua falta de foco.

—  Na boate da minha mãe.! Você vai amar, lá! — Maria comenta durante o trajeto que Roth não fez questão de gravar.

Ao ver o veículo parar no meio fio, Rachel pediu a Meia Noite que ficasse, pois não queria que ele ouvisse a conversa, sendo atendida pelo animal que disse preferir ficar lá a olhar pra todos os humanos que haviam lá dentro.

Com uma entrada toda no vermelho e dourado, as letras bem sofisticadas com as letras douradas " Originale Peccatum" escrito na entrada, possuíam três seguranças enormes checando todos que entravam e saíam do lugar.

Rindo do significado daquele nome em latim, assim como a maçã, tendo uma serpente a rodeando no que seria a letra "O" do nome bem sugestivos, Rae desceu do carro entrando com Edite sem precisar entrar na fila enorme da porta.

—  Isso é muito grande! —  Roth comentando acima das caixas de som, recebe um aceno da amiga.

—  Não maior que a primeira desse mesmo nome. — Maria avisou recebendo uma risada da sua convidada.

Passando pela pista do primeiro andar, logo na área VIP, sentaram ambas no bar e começando uma conversa longa sobre tudo que aconteceu, com Rachel sempre mexendo na máscara que a deram na entrada da área VIP por puro nervosismo.

—  Eu vim aqui para fazer umas perguntas também, não só jogar conversa fora, se não for incômodo... — Rae começou a entrar no assunto com cuidado.

E se Maria não pudesse a ajudar? Se não quisesse tirar as dúvidas que Rae ainda possuía?

—  Fala logo, porra! Detesto ficar no suspense! —  Edith berrando alto atrai olhares de quem estava no bar.

— Como vamos achar seu amigo aqui, Grayson? — alguém grita atraindo a atenção de Rachel e sua amiga.

Quais as chances de Dick ter ido até aquele lugar naquela noite?

— Ele disse que estaria em algum lugar aqui.! Continue a procurar! —  Richard com seu tom autoritário ordenou ao amigo que o ajuda de má vontade.

Temendo que ele a visse, Rachel pegou a máscara, colocou depressa e, tratando de ir logo ao seu motivo da visita, quebrou o silêncio que havia feito ao ver Grayson passar por ela.

—  O que você sabe sobre relacionamentos românticos? — Roth perguntando apressada, mexe em seu celular.

Em seu bloco de notas anotou todas suas dúvidas e transcreveria suas respostas assim que as tivesse.

Isso porque já tinha o "não" de Richard para vê-la com outros olhos e aquilo não queria dizer não podia se humilhar mais para chamar a atenção do detetive.

—  Geralmente alguém se entrega mais e no final das contas essa mesma pessoa se fode...

— É tão ruim assim? — Rachel com desespero desvia seu foco das letras do seu teclado.

— Se você for o tipo de pessoa que desceria uma ladeira enorme, só de skate e sem nada pra se proteger... É ótimo —  com sarcasmo Maria bebeu seu copo respirando fundo ao terminar de beber.

Ela amava sua namorada e vivia dizendo que "finais felizes eram reais". O que houve naqueles meses que ficaram separadas?

— Maria... - Rae começa a questionar sendo logo compreendida.

— Ela me trocou por outra.

Incapaz de falar qualquer coisa, Roth a abraçou e deixou que Edith chorasse o quanto precisava, até que a amiga decidiu que ia para pista beber e arrumar alguma garota bonita.

Ciente que não daria em nada esperar por respostas da sua amiga, Rachel a seguiu para pista de dança, onde viu Grayson encostado na parede, brigando com o homem que chegou com ele. Gesto que foi percebido por Maria que sorriu maliciosa.

— Eu sou gay, mas parabenizo seu bom gosto. Arrasou, gata! — Edith replicou erguendo seu copo na direção da morena.

— Não é isso.. ! - Rae tenta se explicar sendo ignorada por completo.

Entrando na frente de Roth, Maria começou a dançar com seu copo em mãos rindo descontraída.

— Escuta, vai até lá e o puxa para pista de dança... — instruindo a conhecida, a ex freira recebe um sorriso da moça.

O detetive não fazia o tipo de cara que ficava com garotas aleatórias, mas era como já havia pensado consigo antes. O "não" já possuía, agora faltava a humilhação. Item que Maria estava muito mais que disposta a fornecer a sua velha amiga.

Se bem que Grayson não a reconheceria sob aquelas luzes e com toda aquela gente ali. Talvez se Rachel arrumasse uma forma de manter os olhos de Dick longe dos dela. Isso é, se resolvesse fazer o que Maria a incentivava.

— Só se vive uma vez, RaeRae! Não seja medrosa! — Edith grita acima da batida ensurdecedora e os gritos de êxtase do público pela música que toca tocava no lugar.

—  Essa música é boa, né? — Roth comentou tentando enrolar sua amiga.

—  "Havana" é a sua deixa! É agora ou nunca! Vai Rae! — arrastando a morena para onde Richard estava a deixou a poucos passos dele, que parecia agora prestar a atenção nas duas.

Teria ele a reconhecido?

—  Eu não quero fazer isso...!

Antes que pudesse falar mais alguma coisa, Grayson e seu amigo entraram entre as duas e cada um segurou uma. Felizmente Rachel foi afastada por Richard, que parecia muito irritado com Maria.

— Sua namorada ou não é inaceitável tratá-la dessa maneira! — Dick grita com Roth, que rapidamente entra entre ele e Maria, levando-o para longe dela.

Graças a Deus. Estava salva. Só precisava usar sua voz em tom normal, não o baixo e arrastado que sempre usava e o detetive jamais descobriria nada sobre sua escapada.

— Não é nada demais! Ela é uma ótima pessoa! — falou no ouvido dele que negou com a cabeça.

— Ela está sendo rude com você desde que as vimos lá na área VIP! Pare de tentar a proteger! Você precisa a denunciar! Tem uma delegacia aqui perto e...

Recordando de tudo que houve até aquele momento, lembrou de Maria gritar alguma coisa quando ele e seu amigo passavam, mas até então não entendeu o que levaria Grayson a concluir que estava sendo de alguma forma agredida.

— Certo! Não quero brigar! Pode dançar essa música comigo? —  Rachel aproveitando sua deixa o segura pela mão evitando contato visual. — Se não for incômodo... Ib falou no ouvido do detetive que teve uma mudança rápida de humor.

Se antes ele estava irritado, agora parecia muito curioso.

— Você precisa ir prestar queixa contra ela! —  teima com Rachel que se controla para não rir.

— Uma dança e eu vou, ok? — pedindo sorridente segurou as duas mãos dele, se movendo no ritmo da música.

— Não danço esse tipo de música. — Grayson avisando sério a faz revirar os olhos. — No máximo eu ficarei segurando minha bebida com uma mão e usarei a outra para segurar sua cintura, afim de não te incomodarem...

Dançou muito bem com Roth em seu quarto. Qual a diferença entre a pista de dança e ali?

Logo que a música mudou, o viu se animar, ensaiar uma dança bem tímida e logo tratou de quebrar seu silêncio, se voltando para frente dele, enquanto o abraçava e falava próximo ao ouvido de Richard:

— Qual o nome dela? Não a conheço...

Tentando puxar assunto o desarma um pouco.

— "In the Name of Love".

Assentindo, continuou a dançar, até que uma voz em sua cabeça quase a matou de susto.

"Se não beijar ele eu vou aí e arasto sua cara na dele." — Meia Noite avisa a fazendo olhar ao seu redor confusa.

Lá na mesa onde um grupo de bêbados estavam apagados, o gato estava sentado sem ser incomodado.

— Tudo bem...? - impedindo Dick de olhar onde o gato estava, Rachel o puxou para um beijo sendo repelida. — Não se sinta obrigada a... — começou o detetive a falar sendo cortado mais uma vez.

O trazendo para mais perto, Rae sorriu e levou a mão dele até o coração dela que batia furioso em seu peito.

—  Parece que estou sendo obrigada, forçada ou de má vontade? — foi tudo que perguntou antes dele a beijar.

Assim como no seu sonho, o beijo foi rápido e desejoso. As mãos de Grayson foram até a cintura de Roth que levou suas mãos até o cabelo dele a fim de impedi-lo de parar de beijá-la.

Sentindo como se cada terminação nervosa sua estivesse sob uma ótima sobrecarga de eletricidade, estava prestes a fritar seu cérebro quando alguém chamou Richard, que afastou os lábios dele dos de Rachel.

Apenas para irritá-lo depois, ela continuou os beijos no pescoço de Dick que não conseguia afastá-la, até que Roth o deu uma mordida para marcá-lo, entrando no meio da multidão em seguida.

Rindo consigo mesma pela pequena vitória da noite, que de todo não foi um fracasso, Rachel largou sua máscara e foi até Maria que estava entediada a esperando terminar de investir no "Super Hétero" para levá-la de volta ao hotel onde estava. Não tinha como aquela noite ser mais perfeita. Não pra ela.

Notas Finais:
Leu? Releu? Surtou com o final? Gostou? Quer atualização mais rápida??? Deixe seu voto e se possível seu feedback! Adoro ouvir o que vocês tem a dizer, Beijos!

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