Imaturo
"Gosto de ser imaturo com você
Gosto de me entregar e me perder
Quero poder implicar com todas suas maneiras
Fumando qualquer coisa pra me entreter
Me arrisco nessa vida só pra ver você
Toda a nossa juventude corre pelas veias
É que eu sou fraco, frágil
Estúpido pra falar de amor
Mas se for com você, eu vou, eu vou. "
Imaturo — Jão
Rachel Roth / Rae /Ravena
Nerverland
Cansada. Estava cansada, melhor dizendo, exausta e frustrada com Raven pelo que estava fazendo com ela.
Tudo, absolutamente tudo que fazia ao tomar o controle recaía sobre Roth. E já era hora de parar. Aproveitando o tempo que Raven esteve fora, concentrou-se o máximo que pôde até que ela, voltando furiosa por ter sido enganada, aparece em Nerverland destruindo pedras e o que via pela sua frente.
Durante aquele tempo ali chegou a conclusão que a única coisa que mantinha Raven no poder era seu ódio. E que no momento que deixasse de senti-lo poderia finalmente seguir em frente e deixar aquela coisa para trás, ou melhor torná-la aquilo que Raven desde o princípio deveria ser:
Apenas uma emoção como qualquer outra.
— Ainda teimando em existir? — a persona, a quem cabia o papel de raiva de Rachel, provoca a moça que mantém sua calma.
"Manter seu centro de emoções sob controle" — Meia Noite a dissera antes.
Ok. Iria fazê-lo por ninguém além de si. Querendo ou não precisava de Raven e sabia daquilo. Assim como a persona também tinha ciência daquele fato.
— Na verdade, não. Queria apenas dizer algo a você... — Roth começando a explicar retém a atenção dela.
Algumas horas de castigo em "Nerverland" nome dado a sua mente por conta de sua história favorita, contada por Maria todas as noites desde que chegou ao convento de clausura, a fizeram concluir que não havia nenhuma necessidade de se livrar de Raven.
Uma vez que ela também fazia parte de Roth e tentava a todo custo não ser esquecida pela moça, afim de protegê-la de tudo que viesse a ser perigoso. O que era legal da parte da persona.
— Diga logo. E deixe de existir. — Raven ralhou irritada gesticulando com as mãos.
— Eu aceito você, sua raiva e todo resto.
Claro que a aceitação de verdade viria durante o dia a dia, mas após dar o primeiro passo tinha certeza que poderia aceitar aquele seu pior lado sem problemas.
— Pare de ser idiota! Você me odeia, não tente se enganar! — Raven teimou a fazendo sorrir.
— Não é mais necessário agir por conta própria.. Você sou eu. E eu me aceito como sou. — afirmando com toda sua sinceridade a faz gritar furiosa.
— Sem mim você não vai sobreviver! Eu me recuso a deixar de existir! — gritando furiosa sua persona monstruosa tenta destruir o lugar, o que não tem efeito algum sobre Rae.
Alheia a todas as coisas que caíram ao seu redor ela continua a caminhar em direção mulher que agora de joelhos no chão gritava coisas ruins e a amaldiçoava, na forma de uma criança pequena.
— Você não é nada sem mim! — a voz demoníaca insistiu furiosa.
— Eu sei e é por isso que daqui por diante seremos uma só pessoa, desta forma, sua proteção para mim não será mais necessária. — Rachel encerra a discussão sem maiores problemas.
Como num passe de mágica, as trevas deram lugar há um lugar iluminado, uma sala clara impecavelmente limpa, minuciosamente arrumada como que pareciam estantes cheias de pastas.
Amarrada à cadeira, Rachel olhou o por todo lugar em busca de seus amigos, mas encontrou apenas o homem que antes era prisioneiro de Richard no banheiro do prédio onde eles moravam.
— Onde eles estão? — a mulher pergunta irritada com homem à sua frente.
Sua cabeça latejava de dor e algo dizia em sua mente que aquela dor cabeça era culpa dele.
Com um grande sorriso no rosto, tomando uma xícara de chá ele continuou sentado na sua poltrona novamente com uma expressão cínica que a moça já havia visto antes, quando o visitou no seu confinamento no banheiro do abrigo seguro do detetive Grayson.
— Isso é apenas para que possamos conversar sem violência. — o doutor afirmando despreocupado a olha de cima a baixo.
— Eu exijo saber onde eles estão! — Roth gritou se mexendo na cadeira.
Entediado, o criador da família de assassinos que foram atrás de Rachel, colocou uma segunda xícara de chá indo a desamarrar em seguida.
— Não deixe que eles a façam acreditar que estamos tentando feri-la, minha criança... Na verdade você é o que nós precisávamos para finalmente, trazer a este mundo o líder que eles merecem! — Ele conta a moça que tenta a todo custo ver se encontra um de seus amigos, presos assim como ela.
— Richard! Garfield! Alguém? — Rae continua a chamá-los ainda que com receio de estarem longe demais para ouvi-la. — Me tira daqui agora! O que você fez com eles? — ela exigindo ríspida, recebe um tapa no rosto. — Se tiver os machucado... — ainda o ameaçou antes do seu raptor virar sua cadeira para trás.
Na parede próxima ao que parecia ser a porta de saída da sala, se via monitores onde era possível observar cada um de seus amigos sendo torturados das piores formas possíveis. O que Raven havia feito daquela vez? Teria chance de salvá-los?
— O que você que está fazendo!? Solte-os imediatamente! Senão...
— “ Senão” o quê? — o doutor debocha da moça, que em silêncio concentra todo seu poder.— Ambos sabemos que a única pessoa que é uma ameaça neste cômodo está adormecida em seu subconsciente, sendo assim o que pensa que poderia fazer contra mim, garotinha? — a provocando divertido não nota os olhos do azul indo para o preto.
Se sentindo bem pela primeira vez em muito tempo, Rachel Roth faz um sinal negativo com a cabeça, antes de usar sua escuridão para absorver até a última gota daquela alma podre a sua frente.
— Isso foi pelo que fez a eles! — falou Ravena consigo mesma, saindo da sala com tranquilidade.
Aproveitando o tempo que tinha antes de ser descoberta, olha os mapas do lugar, que descobriu ser chamado“ Asilo Arkham”.
Indo a rapidamente até o que estava mais próximo, na mesma ala onde ficava a sala do diretor, onde Rachel havia sido presa, em menos de dez minutos chegou até a jaula onde Garfield era mantido sob a forma humana.
— Amiga ou inimiga? — Gar pergunta a ela que derrubou o médico que administrava os choques que eram dados na jaula.
— O que você acha? — Rae retrucando impaciente recebe um olhar pensativo.
Sem tempo a perder, abriu seu mapa e olhou para o próximo a ser resgatado, Dick, que estava na sala de hipnose, sendo mantido sob o efeito de alucinógenos muito pesados.
— Rachel? — Garfield chutou sorrindo constrangido.
— Não! O Batman.. — ela devolve o arrastando até a saída.
— Onde estamos indo? — o rapaz tagarelando a faz parar de maneira abrupta e colocar as mãos na boca dele.
Como aquele garoto era falastrão. Onde estava o botão de deixar ele sem som?
— Isso aqui é zona inimiga. Um pio e estamos mortos! — explicou para seu amigo que pareceu ficar mais pálido. — Se entendeu que precisa ficar caladinho, faz um aceno com a cabeça, ok? — Rachel sussurra o jogando contra uma parede para fugir de uma equipe que corria atrás dela.
O que reduzia o elemento surpresa e aumentava a chance da situação ficar complicada, o que precisaria de alguém com experiência para lidar com aquele tipo de coisa, não sendo de jeito algum Kory.
— Eles estão nos procurando? — Garfield balbucia sem emitir som surpreso.
— Escapei primeiro, no mínimo estão me procurando, achando que estou perdida nesse labirinto...
— Por favor me diga que não está. — Gar pedindo com suas mãos em sinal de oração a faz revirar os olhos.
Qual a lógica de salvar alguém e se perder no covil do inimigo com ele?
Exibindo o mapa que guardava em sua cintura, fez o amigo sorrir aliviado e gesticular para os dois corredores que surgiam no final de onde estavam.
— No três corremos para o corredor da esquerda. — Roth anunciou também balbuciando ao ver os homens irem no corredor onde estava Kory.
Com Dick em ação seria muito mais fácil de criar uma boa estratégia e sairem o mais rápido possível dali.
Pensando nisso, correu o máximo que pôde, arrastando Gar com ela até que entrou onde Dick estava, sendo avaliado por um médico louco.
— Fica longe dele! — já com sua voz demoníaca, Rachel fez seu amigo se afastar alguns passos.
Talvez pensando que aquilo fosse Raven não ela.
Roth usando suas trevas desmembrou o monstro de jaleco e correu para onde Dick permanecia de olhos fechados, o sacudindo para tentar acordá-lo.
Desesperada, Rachel, que pensa a aquela altura ter chego tarde demais, ouviu gritos ao longe, antes da porta que era vigiada por Gar se abrir e de lá sair um gato filhote que muito bem conhecia.
— Meia noite!? Por que demorou tanto? — reclamando com o animal recebe um olhar irritado do mesmo.
— Pergunte a Raven. — o demônio responde seco antes de jogar Gar para fora e fechar a porta, trancando somente Rachel e ele no quarto.
Ciente que poderiam conversar sobre aquilo depois, Rae continua a mexer em Grayson que não esboça reação alguma, parecendo num tipo de transe.
—O que houve com ele? — Roth perguntou ao seu animal que pula sobre o rapaz e o cheira.
— Definitivamente drogas pesadas. O cara está perdido dentro da própria mente. — o gatuno elucida usando suas patas para mexer no rosto de Richard.
Nervosa, Rae se afastou dele e se pôs a mexer na mesa com seringas a procura de um antídoto que não existia.
— Você sempre pode trazê-lo de volta...
— Como? — questiona ao gato que a olhou de cima a baixo minucioso.
— Vocês tem uma conexão, não é? — lembrando Roth recebe um sinal positivo.
— O que eu preciso fazer?
Mais agitada, Rachel derrubou uma bandeja e foi repreendida pelo gato que pareceu se assustar com o barulho.
Seguindo as instruções de seu mentor, se pôs a meditar, pensando no detetive a sua frente, torcendo em silêncio que ainda houvesse tempo de salvá-lo.
Richard John Grayson / Dick / Robin
Cercado pelo Batman e os policiais que o perseguiam, Robin lutava com toda sua força pra sair daquele lugar e não conseguia de jeito algum, pois de qualquer forma apareciam mais e mais homens para impedi-lo de chegar a seus pais.
— Deixem-me passar! Eu preciso salvá-los! — Dick pede em vão, desviando de um soco de Batman, que acertou um oficial.
Quando já não tinha forças, sendo contido por dois oficiais, ouviu um assobio seguido por vários tiros.
Da direção onde atiraram uma Rae séria usou as balas que tinha para dar a abertura naquele pequeno exército chegando até ele.
De onde ela havia saído? Como ele havia chegado ali pra começo de conversa?
Pensando consigo mesmo, lembrou de ter ido atrás de Rachel, no Arkham Asylum onde o seu GPS indicava que a moça estava.
Chegando lá viu um a um seus companheiros, Kory e Gar sumirem, até que só restou ele andando no corredor escuro do lugar.
— Isso é algum tipo de ilusão? — conclui encarando a moça que a essa altura já havia conseguido chegar nele.
Apressada, Roth correu até o Grayson, segurando na mão dele, o arrastando para longe dos seus pais que já se apresentavam.
— Rachel...! Não! Eu preciso...!
Antes que pudesse falar algo mais, foi empurrado para dentro de um beco qualquer e lá se manteve analisando Rae, que parecia nervosa, tentando falar alguma coisa.
—... Metrion Zinthos. — entende o final que o deixou confuso.
Qual seria a relevância daquelas palavras pra ela?
— Qual o plano? — Dick perguntando curioso recebe um olhar sério da moça.
— Acordar você.
Sem entender o que aquilo significava de fato, concordou fingindo entender o que era, recebendo uma risada da mulher.
— Não precisa fingir que está entendendo. — Roth o repreendeu divertida olhando-o de soslaio. — Estou na sua mente lembra? — acrescenta baixo o deixando constrangido.
Definitivamente tinha se esquecido daquilo. Que péssimo detetive Grayson era. Tomara a Deus que ela não contasse aquilo a ninguém.
— Relaxa. Não vou contar a ninguém.
Com um sorriso de canto, o mais bonito que ele havia visto em toda sua vida, Rachel continuou a respirar fundo e repetir as palavras que dessa vez, escutando-as melhor, Robin conseguiu entender a pronúncia, não o significado.
— Façamos o seguinte — Rae começa a falar prendendo seu cabelo num coque. — vou te dar um susto pra você acordar. Pode ser? — sugerindo calma o faz rir.
A Rachel? Assustar Dick? Como? Sob qual artifício?
Já havia visto Raven vezes demais para que ficasse assustado, nada mais o assustaria.
— Claro! Vá em frente.
Num movimento repentino, Rachel foi para cima de Grayson e o deu um selinho que de fato o assustou. Só que não o suficiente para acordá-lo.
Quando ia a avisar de tal fato, viu o rosto de Roth se tornar o mesmo que de Raven, o que o assustou o suficiente pra que conseguisse ouvir coisas ao seu redor.
— Dick. Por favor! Acorda! Estamos sem tempo! — Rachel pediu lá antes de sua versão na mente de Grayson desaparecesse.
Ouvindo um grito, que o alertou que Rae estivesse em perigo, Richard usou toda sua força para se obrigar a acordar, o que após algumas tentativas mal-sucedidas acabou por acontecer.
Já não era sem tempo, Rachel estava precisando dele.
Rachel Roth / Ravena /Raven
Mais contida, uma vez que a mulher afirmou não querer a ferir, Ravena respirou bem mais aliviada quando Dick acordou, já em posição de ataque, pronto para defendê-la do que quer que fosse.
— Ele acordou? — Gar pergunta entrando na sala, enquanto vestia sua jaqueta.
— Já sim. Vamos embora! — Richard respondeu rápido a segurando pela mão, em direção a porta de saída.
Sentindo uma vertigem repentina, ela quase caiu, sendo segurada pela desconhecida que a segurou pelos ombros preocupada.
"Entra no jogo dela, mas não muito. Precisamos saber o que ela realmente quer de você. " — Meia Noite instrui a empata que limitou a abaixar a cabeça e se pôr de pé, desvencilhando-se da loira.
— Raven, venha comigo! — a mulher, irritando de maneira bem notável Roth, pediu a impedindo de sair.
A achando familiar de alguma forma, Rachel parou no meio do caminho e olhou a desconhecida de cima a baixo, tentando lembrar de onde a conhecia.
— Fica longe dela! A Rae fica comigo! — Grayson afirma sério para a estranha que começa a chorar.
— Você não pode levar minha garotinha de mim! Eu sou a mãe dela! Raven fica comigo!
— Ela é a sua mãe? — Gar perguntando a Rae recebe um olhar confuso dela.
Como explicar a eles que estava decidindo se aquela pessoa era amiga ou inimiga na frente da estranha?
Bem, era melhor para todos se manter em silêncio. Em caso de real necessidade Ravena e Meia Noite poderiam livrar-se daquela mulher sem muitos problemas. Ao menos seu plano era aquele.
— Eu não lembro, tá legal? Vamos todos embora e depois resolvemos isso! Kory precisa de nós! — frisou o "Todos" olhando para a mulher que os seguiu ainda chorosa.
Poderando se deveria ou não acreditar na sua "mãe" que sequer sabia como havia chego a terra, Rachel a arrastou consigo até a sala onde Kory era torturada.
Lá se deu início a uma rápida briga com os médicos na sala, de onde sairam em direção a saída.
— Ultima chance, crianças! Entregue-nos a gema e poderão ir!— a médica, auxiliar do homem que Rae matou mais cedo, pede séria parada em frente ao único corredor que dava na saída do prédio.
— Gema? — Dick perguntando confuso recebe um olhar irritado da mãe de Ravena.
Sua mãe não agiria daquela maneira. Ou será que agiria?
Faziam tantos anos que Rachel não conseguia mais lembrar de muita coisa. Maldita fosse sua memória. Sua união com Raven mesclou várias lembranças e aquilo estava a deixando mais e mais instável.
Seus poderes muito em breve a fariam apagar por completo até que suas emoções tivessem sob controle.
— Eu. Eu sou a gema, Grayson. — Roth explicou calma recebendo acenos positivos de todos.
Dando um passo a frente foi repelida por Richard que toma a frente do grupo, olhando de soslaio para Rachel.
— Você precisa descansar. Eu cuido disso.
Vendo que Grayson estava em estado melhor que o seu, ela dá um passo para trás e olha para o gato preto que já arrepiava os seus pêlos em posição de ataque.
— Dá uma força pra ele, Meia Noi... — Ravena começa a pedir se surpreendendo ao gato ir pra cima dos homens armados, ignorando Dick por completo.
— Obrigado, Rae...!
Foi tudo que escutou o detetive dizer antes de ir pra cima de dois homens, os desarmando e derrubando.
Já na metade do grupo, Rachel olhou para suas mãos, vendo sua energia negra brilhar nelas e antes que fizesse algo que não deveria, fechou seus olhos, entoando o mantra que não demorou muito fez efeito.
Um grito de Gar foi a última coisa que ouviu antes de sua mente subjugar seu corpo, levando-a inconsciência por fim.
Richard Grayson / Dick / Robin
Tendo derrubado o último homem de pé, tudo com a ajuda de Meia Noite, Richard se virou para o animal, o saudou com um aceno e um tanto divertido comentou:
— Na próxima vez, juro que não irei enterrá-lo.
Parecendo que entendeu o que quis dizer, o mascote de Rachel miou irritado e saiu indo até onde sua dona estava, desmaiada nos braços de Gar.
— Dick. Ela não está acordando. — Garfield nervoso contou ao detetive que logo tratou de verificar o pulso da moça.
"Aoenas está descansando. A dê algum tempo, homem." — a voz em sua mente anuncia o assustando.
Em pânico olhou para os lados e viu o gato pular para cima de Roth, agora como um filhote, se aninhando nela como se nada estivesse acontecendo.
— Meia Noite? — chama o bichano que o olha com um ar muito mais sério do que deveria ser normal.
" Quem mais seria, detetive? Pegue logo o carro pra sairmos daqui. Esse hospício tá drenando a energia da Ravena inteira..." —Tornou a contar ao herói que rapidamente concordou.
— Acha que consegue pôr fogo nisso aqui? — perguntando a Kory recebe um aceno positivo.
— Todos para fora. — a ruiva ordenou aos demais que a atenderam sem falar mais nada.
Recitando palavras estranhas, a mãe de Rae os seguiu até onde Richard havia deixado seu carro, entrando atrás com Gar, que mantinha Rachel grudada nele.
Decidido a não continuar a focar naquela reação do garoto, que deveria estar muito traumatizado, Dick os colocou lá dentro, saindo com sua mala até um lugar onde pudesse queimar a última coisa que ainda o ligava a toda dor, ódio e revolta que cultivava ao longo dos anos.
Enquanto Kory não chegava, ateou fogo ao uniforme e assistiu em silêncio enquanto ele queimava e das cinzas dava a dick algo que ele nunca teve antes de sair por aí com Rachel e os outros. Uma chance real e genuína de um recomeço. Longe da influência de Bruce e sua dor e violência contagiante.
Em silêncio, entendendo a importância daquele momento, a ruiva foi até Richard com as chaves do carro em mãos e uma expressão pensativa no rosto.
— Podemos ir? Ou quer ficar até o final? — sugerindo calma o fez negar rapidamente.
Com ou sem queimar por completo, aquela fase da sua vida, de Garoto Prodígio, havia acabado de ser encerrado.
Para dar lugar a algo diferente do que era ao lado de Batman, não sendo um ajudante do Homem Morcego, fadado a sempre viver a suas sombras, sim ele mesmo. Que poderia uma versão nova, mais centrada e muito mais leve de si mesmo.
Pois se até mesmo Rae naquele inferno havia conseguido se encontrar, resolvendo-se com seus próprios demônios pessoais, por quê ele, Richard John Grayson, não poderia fazer o mesmo?
Notas Finais:
Leu? Releu? Surtou com o final? Gostou? Quer atualização mais rápida??? Deixe seu voto e se possível seu feedback! Adoro ouvir o que vocês tem a dizer, Beijos!
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