I'ts time
"Então foi isso que você quis dizer?
Quando você disse que estava cansado?
E agora é hora de construir a partir,
Do fundo do poço.
Direto ao topo,
Não se segure ao passado.
Fazendo minhas malas e deixando,
pra uma próxima oportunidade.
Não quero nunca te deixar triste.
Não quero nunca deixar essa cidade.
Porque, no final de tudo.
Esta cidade nunca dorme à noite,
É a hora de começar, não é? Fiquei um pouco
Maior, mas agora, admitirei.
Sou apenas o mesmo que eu era.
Agora, você não entende?
Que eu nunca mudarei quem eu sou.
[°°°]
Do Inferno nublado,
Direto ao topo
Não olhe para trás.
Voltando aos trapos e deixando as comodidades pra uma próxima oportunidade.
[°°°]
Esta estrada nunca pareceu tão solitária
Esta casa não queima lentamente..
A cinzas, a cinzas!
É a hora de começar, não é? Fiquei um pouco
maior, mas agora, eu admitirei, sou apenas o
Mesmo que eu era.
Agora, você não entende?
Que eu nunca mudarei quem eu sou. "
I'ts time — Imagine Dragons
Atualmente.
Terceira Pessoa.
Em silêncio, o ex-herói dirigia calmo pela estrada pensando em quantas vezes mais precisaria ir atrás de Constantine para arrumar missões boas de fazer.
Desde que teve seu problema com drogas, Roy não pode mais participar de nada ligado a Liga da Justiça tampouco a seu tutor, Oliver Queen o Arqueiro, que também o proibira de usar o seu nome como parceiro dele, Ricardito.
Agora como Arsenal, ele pegava casos que a Liga não tinha conhecimento ou até mesmo não julgasse ser a linha deles, trabalhando como um tipo de vigilante solitário, uma vez que ninguém gostava da ideia de ter em seu grupo um ex-viciado em heroína ainda em reabilitação.
Ouvindo o som de chamadas, Harper voltou ao presente atendendo no viva voz.
— Hey? — falando incerto recebe uma risada que já bem conhecia.
— O que Constantine queria? — Jason foi direto ao assunto como seu usual.
Uma vez que ele e o rapaz estavam prestes a fazer uma noitada matando alguns e avariando todos os criminosos que aparecessem em seu caminho, Roy acabou deixando tudo de lado para ouvir o que o mago de araque tinha a dizer deixando seu colega de anos sozinho na noite de diversão deles.
— Pedir um favor. — contando ao amigo ouviu um assobio do outro lado da linha.
Pois é. Era algo chocante para ele também "Constantine", "Pedir" e "Favor" na mesma frase, mas foi o que aconteceu.
Esperava uma ameaça, uma brincadeira estúpida até mesmo um convite para algum tipo de orgia bizarra com demônios, anjos e ele, porém tudo que Harper ouviu foi:
— Pode me fazer um favor? — e então se viu numa conspiração entre anjos e demônios.
Ele era um ex-herói, ex-vigilante, ex-drogado, fudido que não tinha poderes algum, além dum arco e flecha, que uma vez ou outra usava para bater em criminosos, contudo lá estava Harper, indo em direção à onde se encontrava o anti-cristo, uma mulher de vinte anos que tinha nas suas costas o peso de uma decisão importante que afetaria toda a vida da terra.
Tudo isso pois segundo o que John apurou Deus fez uma aposta com o diabo pois acreditava que até o mais vil dos filhos dele não seria capaz de se entregar a sua origem maligna quando em presença d'Ele, começando essa bagunça a uns dias atrás.
— John te pediu pra transar com ele ou o quê? — Todd sugeriu com certo nojo o fazendo rir.
— Não! Preciso tomar conta de alguém... — explica ao Capuz Vermelho que pareceu se animar.
— Opa! Uma missão oficial da Liga? — Jason agitado pergunta do outro lado da linha.
— Não. É algo...— começando a contar vê o convento onde a menina estava pegar fogo, enquanto é cercado por policiais, bombeiros e curiosos. — Muito, muito, muito, complicado mesmo. — acrescenta por final antes de se despedir e encerrar a ligação.
Que bagunça. Onde estava a garota? Tinha um trabalho a fazer e ela só estava tornando mais difícil a vida de Roy.
Logo atrás dele, chegou um carro que o ruivo reconheceu imediatamente, saindo seu velho amigo Richard e uma ruiva muito sexy, o que fez Harper sorrir.
Então, não era o único lobo solitário atrás da garota?
Bem, Roy precisava da recomendação do calhorda do Constantine para tentar voltar a Liga, sendo assim, precisava descobrir o quanto Dick sabia a respeito da mulher.
— Irmã! Onde está Rachel? — Grayson pergunta a senhora que é atendida pelos paramédicos dos bombeiros.
— Ela fugiu! Nós achamos que se talvez a mantivessemos por aqui ela ficaria bem, mas a nossa pequena Rachel não é mais a mesma. Não pudemos a salvar! — a velha que mais parecia uma zumbi, com a roupa suja de sangue seco e bem desalinhada, conta ao amigo que olha a ruiva irritado.
— O que é? A culpa dessa bagunça foi sua! Largou a garota para ir atrás da droga do seu carro e a deixou aqui a própria sorte! — repreendendo ao Dick o faz rosnar como um cão raivoso.
— Eu não larguei a Rachel! Você roubou o meu carro e eu fui tentar reavê-lo! — Richard se defende recebendo um olhar cínico da mulher ao seu lado.
— Eu realmente não sei o que deu na minha cabeça pra deixar a Rae sob seus cuidados. — falou a ruiva em tom sério. — Era óbvio desde o começo que a largaria em qualquer lugar...
— Como é? — Grayson gritou com a mesma que riu e começou a mexer em seus bolsos.
— Você não sabe o real significado de ser "responsável", Dick. É isso. — joga na cara do amigo de Roy, que em silêncio concordou com a desconhecida.
Não era de hoje que Dick Grayson praticava a arte do desapego com tudo em sua vida.
Não havia nada que o prendesse além do carro que vivia dirigindo por aí. Harper mais do que ninguém sabia daquilo.
Inclusive guardava certo rancor a respeito sobre essa parte do detetive.
— Por que diabos vocês insiste nisso, Kory? — Dick retrucando irritado sai e ela vai atrás do homem.
— Porque na primeira oportunidade que teve, você decidiu jogar a responsabilidade de cuidar da Rae para dois amigos que sequem sabiam o que ela estava passando!
Bem, aí Harper viu uma oportunidade.
Afinal de contas, Dick não gostava de se aproximar, tampouco se apegar a alguém, só precisava se tornar amigo da menina que tinha certeza que Richard, por estar tão desesperado para se livrar dela, a entregaria sem maiores problemas a Roy.
O plano para Grayson era perfeito, isso se a mulher não tivesse uma amiga tão protetora e disposta a brigar por ela.
— Alguém resolveu fazer um churrasco e acabou muito mal, pelo que vejo. — Harper se fez presente atraindo os olhares dos dois que ainda discutiam.
Separar eles seria bem mais fácil do que parecia, isso se a própria ruiva não acabasse matando Dick, coisa bem provável pela maneira que ela o fuzilava com seu olhar furioso.
— Roy? O que faz por aqui? — Richard o perguntando olha ao amigo de cima a baixo, focando nos braços dele.
Provavelmente a procura de marcas de seringas.
O que era muito deselegante da parte dele, mas Arsenal relevaria pois ia em breve tirar algo muito importante daquele homem.
— Muito bem, estou limpo e fui liberado da clínica. — fez questão de contar cruzando seus braços.
— Vocês se conhecem? — Kory, a ruiva sensacional que usava um vestido de vibe anos 90, perguntou aos dois que não deixaram de se encarar.
— Sim, crescemos juntos. — Richard responde ainda parecendo pensativo. — Sua aparição não é mero acaso, estou certo? — questionando ao amigo recebeu um sorriso divertido.
Até que pra alguém tão distante ele ainda era bom em decifrar Roy.
— Vim a pedido de Constantine. — contou relaxando sua postura.
Ficar tão rígido poderia transparecer que estava com outras intenções ali e Harper não queria que Grayson ficasse tão pensativo com relação a presença dele.
Na verdade não poderia deixar que seu amigo desconfiasse do real motivo que o levou ali de maneira alguma.
— Constantine? — a ruiva repetindo confusa olha para Dick que a ignora.
— O que aquele calhorda quer por aqui...? — desconfiado, Richard continuou a encará-lo a procura de respostas.
— Segundo palavras dele: As irmãs de Rachel o procuraram para que a ajudasse a resolver sua situação. — contou a mesma mentira que já havia escutado do mago de araque.
— E onde você entra nisso..? — Grayson fala pensativo o avaliando.
Não poderia chegar tão longe para mentir mal e não conseguir chegar na mulher. Precisava de um jeito ou de outro passar aquele cara para trás.
— O imbecil pediu que eu viesse e passasse um relatório diário dela. Para que pudesse continuar a fazer o que tinha que ser feito para salvar Rachel dela mesma. — explicando aos dois, os observa se olharem entre eles.
Provavelmente decidindo se valia ou não a pena acreditar no que havia sido dito à eles.
— Você sabia que ele estava tentando a ajudar? — Kory pergunta a Dick que nega com a cabeça.
— Nem mesmo ela sabe. Só as irmãs sabiam. — Harper usa a desculpa já previamente criada.
De uma coisa ele poderia ter certeza, Constantine não era um detetive melhor por pura preguiça, pois no que dependia dele antecipar as pessoas e usar o que tinha de conhecimento sobre elas em seu favor, John era o melhor entre os melhores.
— E elas estão mortas, sendo assim, precisa de um voto de confiança. — Kory concluindo rápido o pega de surpresa.
Mataram toda a família da mulher? Coitada.
Agora entendia o porque de atear fogo a tudo.
Se estivesse no lugar dela faria o mesmo.
Aquelas velhas do convento pareciam múmias. Deveria ter sido assustador para a pobre ficar sendo rodeada por elas. Não a julgaria por tentar atear fogo e fazer churrasco com tudo e todos lá dentro.
— Podemos apenas te mandar os relatórios e você passa para ele...— Richard sugeriu o fazendo revirar os olhos.
— Ou simplesmente podemos deixar ele vir conosco pois toda ajuda é válida. — a ruiva repreende o homem que é ignorado por ela. — Já que essa é a segunda vez que você perde a Rachel, Dick! — acusando o Grayson fez Harper rir.
Como alguém podia perder outra pessoa duas vezes? Será que na terceira Grayson poderia pedir uma música para comemorar o seu feito inacreditável?
— Eu estou tentando melhorar isso, tá legal? Nós só precisamos achar ela! — um tanto ofendido Richard defendeu a si mesmo sem sucesso.
"Só precisamos achar ela" era a piada do ano. Ele era de fato um cara muito engraçado. Será que já podia rir da péssima situação do amigo?
— Numa floresta desse tamanho? Vai levar dias! — Kory ralha com o Garoto Prodígio que se põe a caminhar.
— Não se esqueça que ela não tem vivência nenhuma. É uma garota assustada, sozinha e com medo de tudo e todos. Rae não vai muito longe, vai por mim...
Orando para que Dick estivesse certo, Roy o seguiu, sentindo o peso do olhar da ruiva sobre ele.
Rachel Roth / Ravena
Atualmente.
Rindo baixo, Rachel continuou a observar o menino de cabelos verdes que estava na sua frente.
Apesar do choque inicial em descobrir que ele podia se tornar um tigre verde, a garota o acompanhou de muito bom grado, esperando que não fosse machucá-lo também.
— Seu cabelo ficou muito bonito grande. — ele tenta quebrar o silêncio desconfortável.
Durante a tentativa de Roth derrubar o feitiço lançado sobre ela, deu início mesmo sem querer a num incêndio terrível que, muito provavelmente destruiu todo o convento aquela altura do campeonato, mas as freiras se mostraram desequilibradas então, não havia chance dela sentir-se mal pelo que fez.
Ainda sim, a culpa foi de Grayson que a largou com as freiras que se mostraram doidas. Mesmo que inocentes e agradáveis a primeira vista.
— Vamos só nos esquentarmos antes de continuar... — Gar começa a falar para ela que só então se dá conta de que o rapaz parecia saber para onde ia.
— Para onde vamos? — Rae pergunta cruzando seus braços sobre o corpo constrangida.
Ainda que não tivesse sido finalizado, o que conseguiu fazer causou mudanças notáveis na garota.
Seus cabelos antes cortados acima dos ombros estavam quase na cintura e seus seios, que nunca passaram de dois pontos que só serviam para mostrar que ela os possuía, estavam ligeiramente maiores, de maneira que Rachel se sentisse mal por usar apenas uma camisa sob o casaco.
Pelo menos ela trouxe consigo a mochila com o dinheiro que pegou de Grayson para que pudesse comprar algo que a deixasse mais confortável. Isto é, quando terminasse sua transição por completo.
— Um lugar onde você pode relaxar? — ele respondendo incerto a faz sorrir..
Qualquer lugar com energia e longe das ruas parecia ótimo para Roth.
Pois como Richard já havia a deixado de sobreaviso ela estava sozinha daquele ponto em diante, sendo assim, era bom usar tudo que tivesse em seu caminho para seu benefício próprio, caso contrário não iria muito longe.
— Sabe que eu sou perigosa, né? E como você me achou? — começou a perguntar recebendo um olhar constrangido do rapaz
— Aquele homem que foi te buscar, — Gar começa a falar mexendo na fogueira que ele mesmo havia acendido. — não gostei da maneira como falou com você. — contando sério a pegou de surpresa. — Achei que talvez pudesse assustá-lo para não incomodá-la mais. — confessou a fazendo rir.
Assustar o detetive Grayson?
Que péssima ideia. Teria levado um tiro, tigre verde ou não. Ainda sim, ele teve uma boa intenção e Rachel não poderia culpá-lo por querer ajudar uma suposta "criança" em perigo.
— Por que você veio falar comigo, no salão de jogos? — Rae continua a perguntar curiosa.
— Achei que talvez fosse uma criança em fuga. E pensei que talvez pudesse ajudá-la de alguma forma. — explicando enquanto olha contemplativo para as chamas é tirado de seus pensamentos pelo som alto que a deixou alerta.
— Isso é...? — Roth o questiona recebendo um aceno positivo.
Tiros para ela nunca eram um bom sinal, mas para o rapaz de cabelos verdes, parecia ser algo muito importante.
Rapidamente ele jogou água sobre o fogo e se colocou de pé.
— Vem, vamos lá dar uma olhada! — a guiando para saída, Gar abre a porta para que Rachel passasse.
Achando aquela atitude muito legal da parte dele, Rae caminhou na direção onde se ouvia os barulhos, ouvindo agora como um tigre, Gar resmungar coisas que ela não entendia o que significava.
— Não foi meu melhor tiro, mas pelo menos matei um! — homem com uma espingarda comemora indo na direção do animal caído sob a neve.
Irritada pela covardia daqueles dois, que estavam visivelmente bêbados, Rachel entrou na frente do animal com os braços abertos, apenas para que não a ferissem mais.
— Deixem-na em paz! — Rae grita para os homens que riem da atitude dela.
— Quem é você? Membro do GreenPeace por um acaso? — um dos caçadores perguntando tenta se aproximar de Roth.
Temendo que a machucassem, Gar rosnou para os dois homens os assustando, fazendo-os correr para longe deles em seguida.
Se voltando para o pobre animal ferido, ela levou as mãos próxima ao local onde o cervo foi baleado e se pôs a acalmá-lo, uma vez que sua dor, seu medo
e desespero também eram sentidos por Rae.
— Tudo vai ficar bem, não se preocupe... — se colocou a repetir enquanto o livrava das dores que sentia.
Quando finalmente chegou a hora, sentiu o cervo respirar uma última vez e se colocou a orar pela pobre criatura, vítima da diversão sádica e estúpida dos dois caçadores bêbados.
— Está vendo? Não há nada de mau sobre ti... — sorrindo para a garota a fez revirar os olhos.
Rachel muito bem sabia que era um monstro. Não tinha como negar aquilo. Ainda sim, era bom ver que para algumas pessoas ainda houvesse o que pudesse ser salvo dentro dela.
— Então, onde é esse lugar que podemos relaxar? — Roth pergunta mudando de assunto depressa.
Não queria que aquele cara a visse chorando.
— É um lugar onde pessoas especiais como eu e você podemos...
— Eu não sou especial. Sou perigosa. — ela o corrigindo faz Gar sorrir. — Você viu o que fiz no convento, certo? — continuou a falar recebendo um aceno positivo.
— Claro. Você é Yzma em versão felina de tão malvada.…Vamos, Rachel! Eles podem trazer amigos se voltarem! — a segurando pela mão guiou até uma casa enorme.
O lugar era gigante. Quase uma mansão. Aquele garoto deveria ser de alguma família muito rica.
— Você vive aqui? — Rae questionou recebendo um sinal positivo.
— Legal, né?
Concordando em gênero e grau com o comentário do rapaz, Rachel o seguiu por uma escadaria que deu num salão de jogos instalado no que deveria ser o porão da casa.
— Isso é incrível! É tudo seu? — animada começou a andar de um lado a outro avaliando as coisas lá.
Itens de colecionadores eram quase tudo que Roth conseguia reconhecer naquela hora. Definitivamente aquele rapaz tinha um hobby bem caro, mas seus pais não deveriam ligar para aquilo.
— Quer suco de laranja, uva..?
— Uva me parece ótimo. — ela respondendo rápido recebe um aceno do garoto.
Sobre uma estante se encontrava uma foto do garoto, um tanto mais novo abraçado a um casal que Rae logo concluiu que talvez fosse os pais dele, donos daquela casa enorme.
— Seus pais? — perguntou Rachel recebendo um aceno dele. — Devem viajam bastante, imagino. — sugere antes de pegar a garrafa que Gar trazia em sua mão.
— Meus pais faleceram tem algum tempo... — o rapaz de cabelos verdes afirmando triste a deixa surpresa.
— Meus pêsames...
Morar naquele lugar enorme sozinha deveria ser muito chato. Pobre rapaz.
— E seus pais? — o anfitrião questionou curioso. — Eram aqueles dois que a buscaram? — palpita sobre a ligação entre Rachel, Dick e Kory a fazendo respirar fundo.
De onde aquelas pessoas tiravam que ela era filha de Grayson? Que ideia absurda. Eles tinham quase a mesma idade. Por Deus.
— Eles são pessoas aleatórias. Não são meus parentes.
Vendo que a pergunta a deixou desconfortável, Gar ensaiou um pedido de desculpas que foi interrompido pelo barulho de algo pesado caminhando.
— O que é isso? — Rachel questiona ao mesmo tempo que Gar olha para os lados desesperado.
— Essa é uma questão muito complicada... — a guiando para um armário abre as portas ansioso.
— Afinal de contas, quem mora com você? — Roth insistindo em saber recebe um olhar receoso do garoto.
— Ok.. Essa é outra ótima questão, mas tão complicada quanto a primeira. — replicou rápido a empurrando para dentro do armário. — Só fica aí quietinha e eu prometo que responderei tudo, ok? — sorri antes de fechar a porta e colocar seus fones de ouvido.
Ligando a televisão o rapaz fingia jogar quando um robô entrou no cômodo nada feliz.
— Com quem estava falando, Gar? — a voz robótica bradando a faz se encolher um pouco no armário.
Com que tipo de louco andou se misturando?
— Comigo mesmo.
— Ok e onde esteve o dia inteiro? — continuou a perguntar ao rapaz que se virou na direção dele.
— Aqui em baixo...
— Foi mais uma vez a cidade, não foi? — o robô torna a falar sério.
Assustada com um movimento repentino dele, Rachel se moveu e forçou mutano a se levantar, indo na direção dela para a tranquilizar.
— Meu controle quebrou e fui comprar outro. Só isso. — Gar mentindo irrita o robô.
— Se o chefe souber...
— Ele só volta amanhã, ok? Sabia que poderia voltar antes dele chegar. — tentando tranquilizar o robô, Gar só o irrita mais.
— Você é um pirralho muito teimoso, cara!
— Relaxa! Ninguém me seguiu! Eu fui muito discreto! — voltou a se sentar, recebendo uma risada da máquina.
— Se queres ser discreto use um chapéu, com esse cabelo verde não passará despercebido, cabeção. — o robô provoca ele que ri por puro deboche e se vira mais uma vez na direção dele.
— Boa piada, mas eu conheço uma melhor ainda. — sorrindo com escárnio puro, Gar olhou o robô nos olhos sem vacilar. — Sabe o que deixa um robô puto da vida? — perguntou sério a máquina.
— Se continuar vou arrumar um tapete de tigre verde para meu quarto, pirralho. — a voz artificial rebate um tanto rude.
Irritado o robô saiu do quarto deixando Gar a sós com Rae que a essa altura ria da situação que se encontrava.
Ao ouvir o som da porta sendo fechada e o mesmo se colocando de pé, Rachel relaxou e ouviu o rapaz de cabelos verdes dizer um tanto quanto animado.
— Essa foi por pouco! Quer que eu coloque para dois jogadores? — ele pergunta indo buscar outro controle.
Antes que pudesse responder, a porta do armário foi aberta e o robô assustador apareceu em sua frente falando convencido.
— Peguei você, garotinha!
Assustada, Roth gritou atraindo a atenção do seu amigo que tentou ir acudir a moça em vão.
Jesus. Seria aquele seu fim?
Notas Finais:
Leu? Releu? Surtou com o final? Gostou? Quer atualização mais rápida??? Deixe seu voto e se possível seu feedback! Adoro ouvir o que vocês tem a dizer, Beijos!
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