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Doces Surpresas - Samantha


Hoje é o meu aniversário de 26 anos. E eu não espero nada demais, afinal sempre foi assim. Meus pais se separaram quando eu e meus irmãos éramos adolescentes. A separação foi triste e feia, embora eu não saiba todo o contexto correto. Minha mãe entrou em depressão profunda e não saiu mais dela desde então. Eu abandonei minha vida para cuidar da dela. Enquanto meu irmão gêmeo, Samuel, saía para festas e baladas eu passava a noite cuidando da minha mãe, enquanto minha irmã caçula trabalhava para sustentar a todos. Dá para imaginar que várias vezes chegavamos a passar fome, não? Bem, nem tanto. Meu pai pagava pensão e isso ajudava para alguma coisa.

Hoje em dia minha mãe deu uma boa melhorada, tornando possível que eu possa tomar um pouco mais de liberdade para mim mesma, porém ela ainda não sai de casa. O nascimento de Libby, minha pequena filhinha parece que lhe devolveu um pouco os ânimos.

Eu e meu pai ainda temos uma relação saudável, apesar do que houve. Sempre pensei na sorte que tinha por minha separação com Holland, pai de Libby, não ter sido tão tumultuada como a de meus pais. Odiaria ver minha baixinha confusa com a situação como eu fiquei.

Eu arrumei um emprego de garçonete em tempo integral em uma lanchonete, enquanto minha irmã, Susan, acabou fazendo até que sucesso no mundo da moda. Ela ainda mora comigo, nossa mãe e Libby, mas está para ver uma casa para morar com o seu noivo. Enquanto Samuel foi para faculdade e comprou um apartamento. Nunca mais nos vimos.

É. A vida de todos parece ter tido uma arranca, menos a minha. Como eu disse, hoje é meu aniversário. Sem surpresas. Só meu aniversário e óbviamente, o de Samuel também. Libby sempre fica empolgada nessas datas. Ela implorou para que Susan a levasse para o shopping para comprar um presente para mim. Eu teria que fingir surpresa, mas o gesto de minha filha me deixava emocionada.

Hoje eu ficaria só no turno da noite. Então aproveitei e fiz uma faxina na casa. A casa onde morávamos na infância teve que ser vendida, pois com o dinheiro que tínhamos não conseguíamos pagar os impostos dela. E agora morávamos em uma pequena casa no subúrbio. A população até que era legal. Quando não estava envolvida com violência ou tráfico. Eu morro de medo de deixar Libby sozinha na rua e algo acontecer com ela, mas os pais dos pequenos meio que se ajudavam uns aos outros. É uma comunidade bem unida.

Ouvi minha mãe me chamando do quarto. Fui até lá ver o que era e a encontrei caída entre a cômoda e a cama.

— O que aconteceu mãe? — perguntei a ajudando levantar. Ela recusou ajuda. — Mãe?

— Vovó? — Libby apareceu no quarto. — Você se machucou?

— Libby, vovó tá cansada agora. Volta para a sala, ok? — falei tentando desviar a atenção da garotinha. Libby voltou para a sala meio desanimada. — Vamos mãe. Me ajude a te levar para cama senão Libby vai voltar aqui daqui meia-hora e te ver de novo nesse estado. A senhora sabe como ela se preocupa.

Minha mãe bufou e esticou os braços para que eu os puxasse. Coloquei-a de volta na cama e sentei ao seu lado acariciando seus cabelos. Seus olhos vazios encaravam o canto do quarto.

— "Não é sua culpa

Se o mundo te desamparou

Quando você mais precisou

Não é sua culpa

Isso querida que você sente

Essa alegria ausente

Esse medo da vida

Essas coisas passam devagar como um trem

Por favor, não se assuste

Quando vozes tão solúveis

Começaram a lhe sussurrar palavras desconexas

Sobre você, sua família e seu lar

É preciso cair para levantar" — cantei uma música que tinha composto especialmente para ela nos primeiros anos da depressão e que sempre a acalmava.

Olhei-a com intensidade. Sentido uma pontada de tristeza e deixando lembranças de como ela costumava ser tomarem conta da minha mente. Deixando-a sozinha novamente no quarto e fui para a sala verificar Libby.

— Ei, borboletinha. — A chamei me agachando em sua frente.

— A vovó vai ficar bem? — perguntou com os olhinhos azuis cheios de lágrimas.

— Ela vai sim. Lembra o que a mamãe disse? — Sentei-me ao seu lado do sofá a abraçando.

— Sobre recaídas?

— Sim.

— Espero que a vovó melhore logo. — Libby foi para o quarto triste.

Era de cortar o coração ver ela naquele estado, mas não tinha muito o que fazer. Minha mãe se recusava a qualquer ajuda médica, pois queria fazer progresso sozinha. Às vezes era difícil ter paciência com ela, entendê-la, mas eu tinha que tentar.

Terminando a faxina coloquei todas as facas e remédios em um local seguro. Pedi para que Libby se arrumasse e fui para o banho. O banho era a parte mais calma do meu dia. Onde eu podia relaxar, longe dos problemas. A única pessoa que me trazia essa sensação de calmaria era minha melhor Eleonor. Com ela nada mais importava, éramos apenas duas mulheres rindo dos prazeres e desprazeres da vida.

Vesti um vestido florido azul e prendi meu cabelo castanho-claro em uma trança. Libby insistiu para que eu fizesse o mesmo nela. Então as duas "trançadas" estávamos prontas para sair para nos encontrarmos com Eleonor.

— Eu e Libby vamos sair com a Elle. Qualquer coisa me ligue. — falei parada em frente a cama da minha mãe. Ela grunhiu um "ok".

Então como um furacão, Libby entrou pulando trazendo alguma cor ao "quarto cinza". Ela se posicionou em frente a avó e lhe deu um beijo na testa e em seguida um abraço. Minha mãe retribuiu o abraço.

— Vovó melhora logo pra você ir com a gente da próxima vez, ok? — Libby forçou uma voz fofa e minha mãe lançou um meio sorriso.

— Você é tão linda... Minha estrelinha. — Ela disse acariciando o resto da neta.

— Libby, se despede da vovó. Precisamos ir. — falei de olho no horário.

— Tchau vovó. Nos vemos depois. Força! — E então ela correu para fora do quarto. Minha mãe se virou para o lado que eu estava, sorrindo.

— Tchau, mãe.

— Tchau, filha.

Eu e Libby corremos para alcançar o ponto de ônibus. Ao entrarmos o motorista, já conhecido por nós, nos cumprimentou e sorriu a ver Libby com asas de borboleta nas costas. Ela se "sentou" na janela, com os joelhos no banco e mãos se segurando na parte aberta para sentir o vento. Eu mandei ela se sentar várias vezes, mas ela continuava repetindo que borboletas precisavam voar e isso parecia invalidar qualquer argumento que eu pudesse ter.

A descer do ponto os olhos de Libby ficaram agitados procurando Eleonor. Então pude ver ela vindo em nossa direção vestindo uma boina francesa vermelha que contrastava com sua saia preta e sua pele clara. Elle sempre gostava de estar na moda e às vezes me emprestava algumas de suas roupas.

— Ai meu Deus, Libby! Como você cresceu! É ou não é a borboletinha mais fofa que eu conheço? — Elle tinha dado o apelido para a Libby assim que a conheceu. Acontece que acabou pegando e consequentemente borboletas viraram o animal preferido de Libby.

— Aí titia Elle. Desse jeito você me deixa sem graça. — falou Libby envergonhada de um jeito engraçadinha.

Elle riu. E eu também deixei escapar uma risadinha. Elle nos guiou até umas mesas dispostas no meio da praça onde meu outro amigo, Jason, estava sentado. Ele se levantou e me abraçou quando me viu.

— Sam, feliz aniversário! — falou ele ainda me abraçando.

— Obrigada, Jason. — disse tentando me libertar do abraço de urso que ele me dera.

— Ah, dro... Drone! Eu queria falar primeiro. — lamentou Elle.

— Pensei que você já tinha falado. Oi, Libbs. — Ele acenou para Libby e ela deu um risinho. Cúmplices do crime.

— Ela ficou muito distraída constrangendo a Libby. — comentei em tom de brincadeira.

— Que culpa eu tenho se essa borboletinha é tão fofa! — Elle fez voz de criança e apertou as bochechas de Libby.

— Ei, titio Jason? Ainda tem aquele carrinho de sorvete por aqui? — perguntou Libby esfregando as bochechas.

— Não sei, vamos dar uma olhada? — Então Jason e Libby foram dar uma volta pela praça me deixando sozinha com Elle.

Fazia algum tempo que eu não me divertia daquele jeito. Com risadas altas sem se preocupar com muita coisa. Estávamos entre amigos. Deixei Libby brincar um pouco nos brinquedos antes que desse a hora de irmos embora. Já passava das 5 quando começamos a caminhar até o apartamento de Holland. Ele ficaria com a Libby esse fim de semana como combinado. Ela foi o trajeto inteiro cantando músicas da frozen. Quando chegamos em frente ao prédio em que a família do pai dela morava encontramos um homem caído nas escadas.

— Mamãe, será que ela ainda está vivo? — perguntou Libby segurando minha mão fortemente.

— Senhor? Senhor, por favor, o senhor está bem? — Verifiquei seu pulso e estava fraco. — Sobe e chama seu pai.

Libby correu sem olhar para trás. A noite fria e escura tomava conta da rua com apenas alguns postes de luz que iluminavam as calçadas. E então sem se preocupar se eu tinha trabalho ou não, se minha mãe esperava-me em casa entrei junto quando a ambulância chegou.

— Sam, deixa que eu vou. Ele é meu vizinho. — falou Holland segurando minha mão.

— Cuida da Libby. Eu encontrei ele, não irei descansar até saber que está bem. — falei me sentando. E então as portas se fecharam.

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