Capítulo 2
Sentiu um arrepio. Já tinha ouvido que os abastecimentos que deveriam chegar de Lisboa tardavam há muito. Faltava muito material cirúrgico, nomeadamente Éter para anestesiar os doentes.
- "Imagino como estará o depósito de medicamentos!" – pensou, lembrando-se vagamente da juventude e dos tempos em que brincava na farmácia do pai.
Quando entrou no Hospital os gritos de desespero dos soldados feridos fizeram-no apressar o passo. Ficou com a sensação de que eram muitos.
- "Afinal parece que a situação é mesmo grave. Se isto continua assim não sei como vamos resolver. Será que os meios que temos serão suficientes?" – pensou com o coração a palpitar e um breve calor de nervosismo.
Procurou a enfermeira. Não foi difícil. Os ingleses tinham dado uma ajuda a organizar a retirada dos feridos.
A enfermeira nunca a tinha visto. Tinha uns olhos azuis meigos e doces. Era de estatura baixa, como ele, e tinha uma postura muito direita.
Sentiu que tinha de começar. A confiança ainda não abundava. Tinha receio da inexperiência.
- "Bem, vamos a isto!"
- Tem aqui a bata Sr. Doutor. Quer tirar o casaco?
Fazia um "frio de rachar". Ele achou melhor para poder trabalhar embora se sentisse desconfortável.
A enfermeira chamou os maqueiros com o primeiro ferido.
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