Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 26.

Eu não confiava em minhas pernas para levantar, mas só queria poder abraçar Leonardo e nunca mais soltá-lo. Trêmula, fiz esforço para me colocar de pé enquanto ele caminhava em nossa direção.

Estava igual à última vez que o vi, se não por alguns machucados a mais no rosto e braços e indiscutivelmente mais magro. Os dreads rebeldes estavam presos para trás por uma bandana escura e seu rosto devia refletir o mesmo alívio que o meu. Assim como Yuri, estava bem armado, com uma metralhadora presa pela bandoleira, além de coldres presos às pernas com uma pistola e um facão. Contive o sorriso, percebendo que era o que eu costumava usar, com a lâmina holográfica igual a do meu antigo canivete. Assim como eu estava com seu machado.

— Meu Deus, eu não acredito. — Sua voz saiu completamente trêmula, mas eu sabia que a minha também estaria se eu tentasse falar. Por alguns segundos, permiti-me esquecer completamente da urgência, da exaustão que pesava em meu corpo, ou do fato de que sequer estávamos seguros ainda. Dentro de mim só havia gratidão por ver Leonardo vivo. — Você tá bem! Eu não acredito.

Meus olhos ardiam com lágrimas ansiosas para cair assim que nos alcançássemos. Com o coração acelerado, estendi os braços para recebê-lo.

Mas a dois passos de mim, Leonardo caiu de joelhos no chão e abraçou Mei.

— Graças a Deus, graças a Deus. — Ele murmurou contra seus pelos. — Eu achei que não...

Apesar de estar sempre comigo ou Guilherme, Leonardo nunca foi tão próximo de Mei quanto nós e, apesar de enxergá-lo como um amigo, minha cachorra definitivamente não era tão acostumada a ser abraçada por ele, como era com Melissa ou com as crianças. Dessa maneira, depois de alguns segundos, Mei já estava com os dentes à mostra em um rosnado. Quando Leonardo não a soltou, deu uma mordida no ar, como aviso, e ele se afastou.

Eu estava confusa demais para reagir.

E fiquei ainda mais quando Leonardo começou a rir e passou a mão pelos cabelos, jogando a cabeça para trás com tanto alívio que fazia parecer que o apocalipse zumbi finalmente acabou. Depois de alguns segundos, respirou profundamente e voltou a olhar para mim.

Se era o cansaço me tornando letárgica ou seus movimentos superexcitados, eu não saberia dizer, mas em um piscar de olhos Leonardo já estava em pé, e era eu quem recebia um abraço tão forte que fez o ar escapar dos meus pulmões. Independente de não entender absolutamente nada, meu coração disparou com a proximidade e o apertei de volta, encostando a cabeça no seu peito.

— "Seu fantasma"? — perguntei, lembrando das palavras de Yuri.

Leonardo deixou um riso anasalado escapar.

— Depois eu te explico — ele garantiu, depois me apertou ainda mais forte. — Caralho, Rebeca. Eu não acredito.

— Tudo muito comovente, mas vocês dois podem deixar isso pra depois? — Yuri pediu. Estava perto de Samuel, vendo se ele estava bem, mas não parava de olhar aos arredores para se certificar de que não seríamos atacados. — Não estamos exatamente seguros aqui.

— Leo, e os outros?! — Qualquer bom senso foi soterrado pela urgência em lembrar que ainda não tinha noção do paradeiro de ninguém. Pela primeira vez, a realização de que Leonardo poderia ser o único vivo fez meu coração apertar no peito. — Guilherme?! Melissa?! Estão todos vivos? Por que a Mei estava sozinha?!

Reagindo por reflexo à minha pergunta, o aperto de Leonardo se intensificou e imediatamente fiquei sem ar, não encarando aquilo como um bom sinal. Meu estômago retorceu, antecedendo a notícia que eu não queria ouvir:

— Estão... Não todos, Elisa não... — Ele começou, soltando-me sem muita vontade. Então se afastou para receber Samuel com um cumprimento, enquanto continuava falando: — Ela sofreu um ferimento de bala durante o ataque e não resistiu. Os outros sobreviveram, mas... nem todos ficaram. Quando foram embora, queríamos garantir que Mei não correria nenhum risco, então ela ficou aqui comigo, onde é seguro.

Leonardo me pegou de surpresa quando me segurou pelos ombros. Seus olho olhos verdes estavam brilhantes de lágrimas:

— Eu juro, Rebeca... eu... Me perdoa! — Leonardo suplicou. — Eu nunca devia ter trazido a Mei, mas como ela sempre te obedecia, eu pensei... e ela ficou miserável depois que o Guilherme foi embora, não estava nem comendo direito, pensei que assim ela poderia ficar mais animada! Me desculpa, eu não parei um dia de procurar por ela, eu simplesmente não-

— Porra, eu tô falando sério! — Yuri o interrompeu e gesticulou para nós dois. — Seu tiro vai atrair todos eles, ou coisa pior. A gente tem que sair dessa cidade agora.

— Coisa pior? — Perguntei, olhando de um para o outro, extremamente confusa com todas as informações que recebi. — Pera, o resto de vocês não está em Blumenau?

— Não, estamos a alguns quilômetros, em Gaspar. — Leonardo finalmente pareceu sair do seu transe de arrependimento e secou os olhos com as costas do braço. Olhou ao redor, percebendo o motivo da urgência de Yuri: apesar de ainda estarem distantes, uma massa considerável de zumbis se aproximava por todos os lados (fora aqueles que já estavam perto e obrigavam ele e Samuel a derrubá-los). — Eu te explico no caminho. Nosso carro está estacionado a duas ruas daqui, vamos.

Independente da gravidade da nossa situação, agarrei seu braço antes que ele começasse a andar.

— Leo, eles estão vivos? Me fala isso! Guilherme, Melissa... Por favor!

Sua expressão me causou mal estar e soltou um suspiro pesado. Atrás de mim, pensei ter ouvido o som oco de um golpe contra um zumbi.

— Estão, Rebeca! Eu só... não sei mais onde estão.

ANDEM LOGO, PORRA! — Yuri suplicou mais uma vez.

Assenti para Leonardo e deixei minha mão cair inerte ao lado do corpo, com tantas perguntas que sequer conseguia organizar meus pensamentos, porém me obriguei a manter a cabeça no lugar. Quando começamos a nos mover, subitamente lembrei de algo importante.

Puxei mais uma vez o braço de Leonardo, que automaticamente virou em minha direção. Observei o nervosismo em seu olhar, talvez lutando contra uma mistura de emoções tão desordenadas quanto a minha. Por mais um segundo, permiti-me ser inconsequente, apenas para me garantir que aquilo era real.

Puxei seu rosto para perto até que meus lábios sentissem o conforto familiar de estar contra os dele.


✘✘✘


— REBECA! — Estávamos há tanto tempo em silêncio, que a voz alta e aguda de Maitê me pegou de surpresa segundos depois de colocar meus coturnos na grama. — Eu não acredito!

A garota um pouco mais nova que eu, cujos cabelos anteriormente curtos começavam a passar da altura dos ombros (assim como os meus) levantou da rede com um pulo e derrubou o livro que estava lendo no chão. Aquele livro também era meu.

Ela atravessou com pressa a área verde que se estendia entre as duas casas do terreno amplo, tomando o cuidado de desviar das partes de terra onde iniciavam novas hortas e plantações. Demorei a retribuir quando seu braço direito rodeou meu corpo num aperto, atordoada com todas as coisas que havia ouvido na última hora de viagem.

— Eu sabia que você não tinha morrido! Precisariam de um tanque de guerra pra te derrubar! — Maria Tereza comemorou, ainda agarrada em mim.

Se ela soubesse o quanto apenas um caminhão já ficou perto.

Mas não retruquei. Desde que me conheceu, Maitê se comportava como uma tiete, seguindo-me como Mei para todo o lugar e tentando implorar por aulas de... basicamente qualquer coisa, toda a vez que estive no hospital. Apesar de ter passado pelo inferno, como qualquer outro jovem sobrevivente, aquela garota que conheci com quinze e agora estava com dezesseis sempre ostentava uma alegria e energia contagiantes.

Quer dizer, não nos últimos dias, como Leonardo havia me dito.

Maitê era uma das oito crianças (e a mais velha, embora eu achasse injusto considerá-la como uma "criança") a sobreviver ao ataque sofrido no hospital.

Dias antes do condomínio ter sofrido a investida suicida de Adão e sua centena de zumbis, o hospital também fora vítima de um ataque, como Victória descobrira na época. Naquela altura, não tínhamos certeza dos responsáveis, embora Maurício, um sobrevivente e ex-militar do grupo de Jin, já desconfiasse que o terceiro grupo existente em Blumenau estava por trás dele. Ainda assim, não era claro para ninguém as motivações por trás de um súbito rompimento do tratado de não-agressão nunca formalmente estabelecido, mas também nunca questionado. Até descobrirem sobre Adão.

"Ninguém sabia que ele estava vivo até então, mas agora meu pai acha que ele se aliou ao grupo da universidade e incentivou os dois ataques. Depois que vocês explodiram a oficina e ele sobreviveu, Adão não tinha mais nada a perder. Ferido como estava, pode ter ido pedir ajuda, alegando que nós quem iniciamos o conflito e éramos uma ameaça." Yuri falou. "Um dos ataques foi suicida, pelo que vocês relataram: Adão não hesitou em se colocar em risco para aumentar as baixas... mas aqui foi diferente. Pode ter enganado eles, porque a intenção aqui parecia ser tomar o hospital, pela forma como vieram de noite e nos pegaram de surpresa. Maurício conseguiu organizar o grupo e responder ao ataque, então o tiroteio começou..."

A partir dali, os mortos foram atraídos pelo som e, aos poucos, cercaram as ruas. Enquanto o destacamento responsável pela segurança estava ocupado respondendo ao tiroteio e comprando tempo, a evacuação de idosos, crianças (e os animais que conseguissem levar) precisou ser feita às pressas, por pessoas despreparadas. No meio da noite. Era terrível imaginar o caos que não havia se desenrolado durante aquela fuga. Apesar do grupo liderado por Jin e Anderson contar com bons armamentos, grande parte dele era composto por pessoas vulneráveis ou profissionais da saúde que não estavam preparados para um conflito (afinal, por decisão unânime, nenhum deles arriscava a vida saindo em qualquer missão para reunir mantimentos).

Pensar que Adão poderia ter armado aquilo fazia meu sangue esquentar, mas o que realmente o fazia se aproximar da ebulição era pensar que um grupo havia se aliado àquele homem. Enganados ou não, o ataque aos nossos grupos, as baixas que carregaríamos como cicatrizes, pela primeira vez tinham um autor. Apertei as mãos em punho para que a tremedeira não fosse evidente, mas por muitos minutos eu só fui capaz de sentir o ódio sufocar minha garganta.

O grupo que antes contava com quarenta e seis membros, alguns dos quais eu sequer conhecia, havia sido reduzido na noite do ataque para dois grupos menores que totalizaram 26 sobreviventes. Mesmo depois de tudo, ainda sofreram baixas nos dias subsequentes, enquanto tentavam se reencontrar e buscar um abrigo seguro. Anderson estava morto, e agora Jin liderava um grupo de apenas vinte e um sobreviventes. Isto é, sem contar os membros do meu grupo que ainda estavam ali: Leonardo, Paulina, Celso e sua filha Laura, que elevavam a conta para vinte e cinco.

Acostumados com um complexo hospitalar extenso, protegido por todos os lados com muros sólidos, com geradores, plantações e quartos confortáveis para todos, agora precisavam se dividir entre as duas casas daquele terreno afastado do centro da cidadezinha.

Sem plantações ou animais de onde pudessem tirar sustento, tudo o que restava para manter o grupo era saquear os arredores em busca de mantimentos. Sendo muito generosos, talvez sete membros (contando com Leonardo, Paulina e Celso) estavam aptos a fazer buscas, estando em forma física, sem ferimentos significativos e definitivamente sem o psicológico destruído. O que era risível para alimentar mais que duas dezenas de pessoas. Um grupo que antes era tão acostumado com abundância e segurança, agora se via obrigado a conviver com a fome e o medo. E reunir seus cacos despedaçados.

Maurício, o ex-militar que cuidava da parte da segurança e revezamentos de busca, havia perdido a mulher e a filha mais nova na tragédia, ficando sozinho com seu filho de apenas três anos; Agatha, a fisioterapeuta que cuidou de Guilherme, havia se separado da filha Antonella, de 13 anos, e o grupo só a encontrou dias depois, transformada em um zumbi; Alicia eu sequer conhecia, mas tinha vinte anos e era neta da mulher mais idosa do grupo, e estava completamente abalada após seu avô diabético ter morrido agora que não tinha a assistência adequada; dois gêmeos de apenas cinco anos se tornaram órfãos...

— Maitê, vai chamar o Jin. Fala que a Rebeca está viva. — Leonardo pediu e ela imediatamente se soltou de mim, pronta para obedecer a ordem.

— Eu... Sinto muito pela sua amiga. — Murmurei, referindo-me à Antonella. Se Maitê já era solitária por ser a mais velha antes, devia se sentir ainda mais miserável depois que sua melhor amiga havia partido. Principalmente porque, com a fome à espreita, ninguém tinha tempo para consolar uma criança. Esperei ela se afastar e olhei para os dois meninos: — Ela já está participando das buscas?

— Não. — Leonardo franziu o cenho. — É só uma criança, Rebeca.

— Exigir idade mínima não me parece um luxo que vocês possam se dar no momento... — comentei.

— Meu pai não quer ela se arriscando. Diz que mais uma baixa é tudo o que não precisamos no momento. — Yuri justificou.

Olhei para Leonardo, mas ele não comentou. Antes, Jin e Anderson dividiam uma espécie de liderança do grupo do hospital; o primeiro por ser chefe dos cirurgiões; e o segundo por ter conseguido o respeito e a admiração de todos. Léo nunca disfarçou a falta de apreço por Jin e seu punho de ferro. A maioria das nossas negociações eram feitas com Anderson, muito mais gentil e razoável. Eles eram como o "policial bom" e "policial mau". Agora só restava um.

Perguntei-me que mudanças aquilo implicaria na dinâmica com o resto do grupo, ou com a possibilidade da minha permanência ali.

Aquela preocupação logo se tornou irrelevante quando outros rostos conhecidos apareceram para me receber. Muitos eu conheci durante a estadia no hospital, ou as visitas subsequentes para pedirmos atendimentos ou levarmos os suprimentos que trocávamos por aquele luxo... Até ver Paulina, e ser recebida com um abraço que fez todas as minhas costelas estalarem. Laura correu até mim, com Bruxa no colo e seguida pelo pai. Até mesmo Massacre, o Buldogue, estava ali, e agora atendia a Yuri como seu dono.

Tudo aquilo servia para me contextualizar, alguns encontros inegavelmente me enchiam de alegria (Celso me agradeceu profusamente por ter me arriscado para salvá-lo no dia do ataque; e mesmo o deboche de Paulina sobre o peso que eu perdi era uma brincadeira bem-vinda), mas nada supria a ansiedade crescente de não saber por que eu não encontrava todos os meus antigos colegas ali.

No caminho até Gaspar, com Yuri dirigindo e Samuel no banco do carona, contamos detalhadamente a nossa trajetória desde que nos vimos sozinhos no dia do ataque. Leonardo segurava a minha mão e eu sentia seu aperto se intensificar toda vez que mencionava algum momento em que tive certeza que acabaria morrendo. Samuel contou sobre sua aventura sozinho, sobre o medo da sua única companhia morrer, sobre a incerteza se nossos colegas ainda estarem vivos... mas sequer tivera tempo de se aprofundar na nova descoberta sobre os zumbis, aquele encontro completamente caótico gerando uma infinidade de assuntos que se atropelavam. Quando percebi que Samuel não parava de coçar os braços, um sinal claro do seu nervosismo, implorei que Leonardo nos desse algum detalhe sobre o paradeiro do resto do grupo.

Guilherme e Leonardo haviam partido em direção ao hospital horas antes de sermos atacados, por isso já estavam lá quando nosso pessoal chegou. O grupo de Victória havia se envolvido em um tiroteio com um dos atacantes do lado de fora, e Elisa fora alvo de uma bala dos inimigos. Infelizmente, o grupo de Jin também se recuperava do ataque, sem acesso aos equipamentos do hospital, então praticamente não houve possibilidade de suporte para ela. Senti lágrimas escorrendo pelo rosto, pensando que sua filha recém nascida agora era órfã...

"Melissa e Paulina chegaram alguns dias depois... Falaram que voltaram ao condomínio apenas para encontrá-lo destruído e foram direto para Blumenau. Naquela semana ainda estávamos vivendo precariamente em residências afastadas, enquanto revirávamos as ruas em busca de qualquer sobrevivente." Leonardo contou, então desviou os olhos verdes dos meus: "Nessa época, eu achei que você ainda poderia estar viva... Ficamos aqui por semanas, até que o receio de nos encontrarmos, completamente desprevenidos e desarmados, com o grupo que realizou os ataques convenceu a maioria a se afastar de Blumenau. Gaspar era longe o suficiente para nos considerarmos seguros, mas ainda assim perto o suficiente para manter as buscas. Inclusive no condomínio."

Eu ouvia a história atentamente, sem coragem de adicionar qualquer coisa, mas percebia a postura diferente de Leonardo. Sua voz saía de maneira quase entediada, mesmo que me recapitulasse todos os momentos em que pessoas especiais para mim correram risco de vida enquanto eu mesma quase me transformava num cadáver.

Quando falou sobre Carol, olhou nos olhos de Samuel pelo retrovisor, garantindo que a mãe estava bem... mas a morte de Elisa, que havia se tornado uma boa amiga, a afetara profundamente. Além disso, quando voltaram ao condomínio, foi apenas para não encontrar qualquer rastro de Samuel e o corpo inerte do marido.

"Todos eles, Guilherme, Melissa, Vitória, Carol... Eles tinham certeza que vocês ainda estavam vivos. Seguiram fazendo buscas por todas essas semanas, indo de Gaspar para Blumenau, para o condomínio, até de volta a Florianópolis. Mas mesmo que estivessem certos... Algo estava errado, porque enquanto não avistaram nenhum corpo familiar, por que até agora vocês não tinham aparecido?!"

Leonardo engoliu em seco e continuou:

"Então... tiveram discussões. Porque a comida estava escassa, tínhamos dificuldade de alimentar as crianças, os idosos que precisavam, mas nenhum deles parecia disposto a cessar a busca. Até que Guilherme lembrou sobre o quanto você sempre falava em ir para o Oeste, para a cidade de onde sua família veio... Ninguém sabia dizer o porque, mas para eles ainda foi mais fácil acreditar que vocês resolveram partir direto para o Oeste. Pensar em vocês dois como cadáveres nunca esteve nos planos de ninguém. Então, com a convivência tão prejudicada, não foi tanta surpresa quando eles decidiram seguir sozinhos."

Outra informação pincelada sem maiores detalhes foi a expulsão de Antônio, Bruna e Darlene feita por Jin. Aqueles três que haviam sido resgatados do grupo de Klaus e passaram os últimos meses conosco foram convidados a se retirar do convívio no hospital desde que a desconfiança do líder aumentou, temendo que, pela proximidade que já tiveram com Klaus e Adão (voluntária ou não), pudessem ser uma extensão do perigo.

Franzi o cenho para Leonardo e recebi um olhar carregado de sentimentos difíceis de decifrar em troca. Meu coração estava acelerado, porque ele se recusava a dar detalhes sobre os conflitos que ocorreram, sobre o que nossos amigos tinham dito. Para Samuel, ele tentou responder mais perguntas: garantiu de novo que Carol estava bem e se recuperara do luto por Tomas, que havia assumido a guarda de Lilian e Caio, mas o verdadeiro choque era que decidira sozinha acompanhar Guilherme, Melissa e Victória quando rumaram a Oeste.

Estava longe de ser uma explicação satisfatória, então captei o momento em que trocaram um olhar curto pelo retrovisor. Samuel não fez mais questionamentos, mas tampouco pareceu mais tranquilo em conter seus tiques. Quando a encarada de Leonardo veio até mim, seus lábios se moveram para avisar um "depois". Então envolveu meu corpo com os braços, mas mesmo o seu calor não foi capaz de acalmar meu coração.

Tampouco o reencontro com Paulina, Celso, Hanna, o resto dos antigos moradores do hospital... Por todos os abraços e cumprimentos, minha cabeça não parou de trabalhar nem por um segundo. Mesmo quando Jin me recebeu com o olhar impressionado de quem acabara de ver um morto voltar à vida pela primeira vez e apertou a minha mão. Eu nunca me acalmei.

Porque tinha coisas que Leonardo não estava me contando.


✘✘✘


Nota da autora:

Ninguém achou que nosso reencontro seria na hora marcada, né?! 

Acabei atrasando um pouquinho a atualização de hoje porque tive médico (e a consulta virou um passeio no centro com a minha mãe), então peço desculpas!

Eu espero que esse capítulo repleto de info dump (e mesmo assim sem todas as informações que precisamos 👀) explique um pouco o motivo de eu ter precisado de uma pausa para organizar o planejamento desse livro — mesmo assim, nem parece que foi o suficiente (a impressão é de que quando você consegue uma folga de um lado, aparece outras 200 obrigações de outro...).

Foi uma escolha arriscada dividir a Rebeca do grupo, para depois precisar atualizá-la de todas as coisas que aconteceram fora da "vista" e influência dela, mas estou me esforçando muito para que tudo fique claro 🙏 Além do mais, tem muitas informações que precisam ser dadas em particular...

Em Fúria com certeza está se mostrando o livro mais difícil de escrever dessa saga, pelas diversas narrativas simultânea e o impacto que elas trarão à jornada da Rebeca (e até para oos outros livros), mas espero do fundo do meu coração que vocês estejam gostando dessa história 💜

Agora vou dormir, porque estou exausta... Não preciso nem dizer que houve um desvio de última hora e um capítulo que deveria ter 2k de palavras terminou com 3,5k. Quer dizer, não é como se vocês esperassem algo diferente de mim, não é? 

Aproveitem e me contem suas teorias para o que vai acontecer daqui pra frente 👀

Um beijo a todos, meus amigos, e até segunda-feira que vem!

Não sejam mordidos 🖤

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro