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Capítulo 39.

(N/A: tem mapa nas notas finais para ajudar a visualizar!)

Senti todo o meu corpo vibrar ao acertar a cabeça de zumbi com a barra de ferro, fazendo seu sangue jorrar no asfalto. Meu braço doeu especialmente onde estava a queimadura, mas era indiferente — àquela altura todo o meu corpo doía. Se dissesse que descansei por meia hora entre aquela noite assustadora fugindo dos homens de Klaus e a invasão à escola, provavelmente seria muito. Tampouco havia comido direito ou dormido uma noite inteira de sono há dias. A adrenalina fervia meu sangue, e provavelmente era ela o único motivo de eu me manter correndo, mas aos poucos as dores se intensificaram, a exaustão corroendo meus músculos e exigindo cada vez mais esforço.

Lembrei dos dias em que fiquei de cama após encontrar minha avó transformada em um monstro e exterminar sozinha mais de uma dúzia de zumbis. Teria sorte se pudesse passar de novo por aquela recuperação infernal e não acabasse morta antes.

— Rebeca — Leonardo me chamou, correndo na mesma velocidade que eu. Estávamos um pouco na frente dos outros, por isso também limpando a maior parte dos zumbis.

Apontou para duas criaturas na calçada ao meu lado. Uma delas ainda se levantava, enquanto a outra soltou seu familiar rugido e cambaleou em minha direção. Assenti e me abaixei no momento em que um zumbi se atirou sobre mim, fazendo com que seu próprio impulso o derrubasse. Senti seu puxão na minha jaqueta, mas minha arrancada foi o suficiente para que ele ficasse para trás, caído para ser morto por quem viesse atrás de mim.

Esperei o primeiro se aproximar para derrubá-lo com uma rasteira, sentindo a ameaça da mordida por trás da jaqueta de couro. Quando caiu, tive tempo de sacar o facão para impedir o segundo de se levantar com um golpe limpo. Por sorte arranjei outro equipamento quando estávamos no condomínio, mas sentia falta da faca que ficou na oficina. Senti um puxão na perna e me desequilibrei. Não esperava que o zumbi caído se movesse com tanta velocidade, mas consegui me manter em pé. Larguei a faca no cadáver para finalizar seu companheiro em dois golpes com a barra de ferro, deformando seu rosto. Respirando pesadamente, recuperei a faca enquanto o resto do meu grupo diminuía a distância que eu e Leonardo deixamos.

— Hm, acho que esse foi um 8 de 10. Podia ter sido mais limpo — Léo comentou, chutando o braço da criatura que estava agarrada na minha calça. Deixei um riso escapar, revirando os olhos.

Como estávamos a menos de duas quadras da escola, não voltamos a correr até que todos nos alcançassem. As ruas largas tornavam mais fácil a locomoção e possibilitaram que limpassemos os zumbis antes que eles formassem grupos maiores, mas cada segundo se tornava mais perigoso. Independente do que acontecesse na escola, precisaríamos garantir que fossemos embora o mais rápido possível. O tempo que eu e Melissa passamos fora do condomínio nos deu oportunidade de observar o comportamento dos zumbis, e era assustador como passavam de andarilhos inofensivos para um grupo mortal em questão de minutos.

— Cuidado agora, vamos com calma — Antônio respondeu, puxando o ar com força. Eu estava perfeitamente acostumada, mas a nossa corrida de quase quatro quadras parecia tê-lo deixado esgotado.

Atingida por um choque de realização, olhei para Victória. Fazia muito tempo que eu não a via fora de um lugar protegido e lembrei-me de suas quedas de pressão. Mas apesar de suada e com a respiração pesada, nos acompanhava a seu próprio passo, junto com Alana. Ela havia mudado muito desde aqueles primeiros dias, e mesmo continuando magra como sempre, parecia ter um pouco mais de músculos e preparo físico — diferentes dos meus, exercitados por constantes saídas do condomínio, ela e algumas outras pessoas esforçava-se com exercícios e treinamento dentro dos muros. O que felizmente parecia ter dado resultado.

Usamos novamente os muros da casa como cobertura para nos aproximar, mas logo tornou-se evidente que seria impossível chegar despercebidos até a escola: quanto mais nos aproximávamos, mais víamos zumbis, chegando de todos os lados. Entre sapatos desgastados roçando no chão, mãos ensanguentadas arrastando corpos que não conseguiam ficar em pé ou até mesmo as passadas velozes daqueles que se aproximavam correndo, todos compartilhavam o mesmo objetivo conosco, dirigindo-se para os portões caídos da escola.

— Que merda! — ouvi Alex — E agora?

— Quantos têm no pátio? — alguém perguntou.

— Klaus não está aí — sussurrei para mim mesma, o olhar passando entre zumbis e corpos caídos no colégio. Eu estive com medo o tempo inteiro, mas daquela vez um pavor incapacitante se fez presente. Ao mesmo tempo que queria encontrá-lo para ter certeza de que seria morto, tinha medo de rever aqueles olhos frios e sem qualquer escrúpulo. De lembrar o que fizera comigo (mesmo que o constante latejar no rosto sequer me permitisse esquecer).

O portão principal fora parcialmente tombado pelo impacto de uma van branca. Uma parte estava completamente caída, por onde um jipe que eu não reconhecia havia passado. O resto do portão estava estável, mas por hora mantinha a maioria dos zumbis afastados — embora as investidas esporádicas de um pequeno grupo ameaçava cada vez mais derrubá-lo por inteiro.

Dentro do pátio, dois homens lidavam com os (por enquanto) poucos mortos que conseguiam passar pela barreira.

Lembrava do rosto do primeiro, mas era a figura de quase dois metros de puro músculo de Adão que me causava calafrios. O chão áspero estava coberto de sangue e estilhaços de vidro. Por entre os restos humanos, reconheci a pelagem da Rottweiler Amora no chão, imóvel.

Observamos por alguns segundos, talvez todos compartilhando um medo coletivo que nos impedia de prosseguir. Adão falou algo para o homem, pegou o walkie talkie na cintura e se dirigiu para dentro dos prédios da escola.

— Você acerta o tiro daqui, Vic? — perguntei.

— Sim.

— Não! — Antônio nos interrompeu, e fechei meu punho em reflexo — Klaus está com pessoas como prisioneiros, se começarmos atirando...

Senti meu coração subir à garganta.

— Então como... — Alana começou.

— Deixa eu ir — Antônio continuou — eles sabem que estou voltando. Posso chegar perto do Rubens, falar que vocês cercaram a escola e estão conosco sob a mira... Ele sempre foi um cagão.

— Se ele só se render, conseguimos entrar despercebidos e ir atrás de Klaus, tentar pegá-lo de surpresa — concordei.

Não havia motivos para aquele homem ter mentido até ali. Primeiro que foi ele quem nos encontrou, revelando de imediato a posição; segundo que poderia ter nos denunciado à Klaus quando pegou o walkie talkie. Sentia uma mistura de sentimentos ruins em concordar com um plano dele, mas naquele momento a vida de Tom e Samuel era tudo que me importava.

— Mas não deixe ele te ver — Antônio olhou para mim, seu rosto parecendo cansado — Vai te reconhecer e não posso garantir como vai reagir. Se Klaus souber que você está aqui... Ele só não matou todo mundo porque desconfia que você não pertencia ao grupo que entregou, mas que pode usá-los para te encontrar.

— Certo, vamos logo, aproveitar antes que Adão volte — falei


✘✘


Algo quente envolveu minha mão enquanto observava Antônio se aproximar do pátio do colégio, correndo para contornar a horda de zumbis que se amontoava na frente do portão. Mais de duas dúzias já ocupavam a rua principal, mas outros dobravam as esquinas, atraídos pelo barulho de seus semelhantes.

Olhei primeiro para a mão de Leonardo, depois para seu rosto, acompanhando atentamente aos movimentos de Antônio, o fuzil posicionado sobre o capô do carro que nos dava cobertura parcial. Só então percebi o quanto eu tremia.

— Vamos salvar seu grupo, não se preocupe. Valentino também está lá... E ainda não vi Gustavo.

Assenti, sabendo que suas palavras eram tanto para mim quanto para si mesmo. Olhei em volta, vendo as outras duplas há pouco metros de distância, todos posicionados conforme combinado: à minha direita, Alex e Paulina também aproveitavam a cobertura de um carro, mais próximos da parte comprometida do portão; à esquerda, Victória mirava por sobre o muro da casa da esquina enquanto Alana estava no chão, atenta para o caso de zumbis se aproximarem. A disposição havia sido ajustada às pressas para que quando Antônio revelasse a Rubens sobre a nossa presença, o choque inicial prejudicasse seu raciocínio e realmente acreditasse que estivéssemos em um número muito superior.

A cada passo de Antônio, outro plano se formava em minha cabeça, sempre parecendo ter mais chances de sucesso do que no que estávamos apostando. Mas ter a vida de Tom, Samuel e Valentino em risco prejudicava nosso raciocínio, e eu sabia que todos queriam sair logo dali. Mais zumbis se aproximavam, precisávamos levar o médico até a mãe de Leonardo...

Eu precisava ter certeza de que Klaus seria morto.

Estava com uma pistola na mão, mas meu real objetivo era oferecer cobertura a Leonardo caso algum zumbi se aproximasse. Não podia ser extravagante na forma como o matava, já que me afastar para dar um golpe rápido de faca já era exposição o suficiente. Por sorte, a maioria não prestava atenção aos arredores ao seguir direto para o grupo crescente que tentava invadir a escola. Não era surpresa que aquelas coisas fossem burras, e seguir o resto da manada era o suficiente para eles.

A van enterrada no portão, apesar de ter entortado uma parte, também oferecia um obstáculo, de maneira que os zumbis precisavam se esmagar por um pequeno espaço em sua lateral ou passar por cima do capô para chegar ao pátio. Aproveitando a distração que eles próprios faziam uns para os outros, Antônio, claramente hesitante, conseguiu se aproximar o suficiente da van. Afastou um deles com um chute e enfiou a faca na nuca do outro, atirando seu corpo para longe, mas atraindo alguma atenção no processo. Aproveitou a deixa para pular sobre o capô, o barulho da lataria chegando até nós.

Imediatamente o homem do pátio desviou a atenção do zumbi que derrubava e apontou a arma na direção do som. Antônio não teve qualquer cobertura além da massa de zumbis que se amontoava no portão, mas aqueles que já estavam lá dentro eram distração o suficiente para que conseguisse se aproximar tanto sem ser notado.

— Sou eu! — ergueu os braços e ouvi sua voz, mas era distante. Estávamos a bons metros de distância.

Rubens imediatamente abaixou a arma. Meu coração batia tão alto que temi atrair zumbis, mas me permiti o descuido de não prestar atenção ao meu redor por um momento, assistindo enquanto Antônio caminhava até o homem. Suas bocas se movimentavam, mas conversavam baixo demais para que eu ouvisse.

Eu já estava esperando isso, mas quando Antônio apontou exatamente para a nossa direção, seu movimento acompanhado pelo olhar do segundo homem, senti todo o meu corpo tremer. Em seguida fez o mesmo na direção de Victória e Alana, depois Alex e Paulina. Mesmo de longe eu via o rosto de Rubens se transformar em um misto de medo e descrença, a arma ainda apontada para o chão.

Ouvi a respiração pesada de Leonardo, que soltou minha mão para colocar o dedo novamente no gatilho. Queria olhar ao meu redor e ver como estavam as outras duplas, se precisavam de ajuda, mas tinha que me manter atenta, apontando a pistola — como se a minha pontaria servisse de algo daquela distância.

Eles continuavam conversando, mas a postura do nosso inimigo não era intimidadora com a arma apontada para baixo e seus olhos correndo com pressa de um dos atiradores para o outro. Mesmo assim entendia que Antônio continuava fazendo gestos para indicar que ele se acalmasse. Tranquei o ar, desejando que pudesse ouvir o que quer que estivessem falando.

Mas o que eu ouvi foi bem diferente quando um estouro familiar ecoou entre as ruas, junto com o barulho de vidro estilhaçando. O grunhido de angústia veio de Alex. Olhei a tempo de ver sua expressão de dor quando soltou o fuzil sobre o capô do carro, levando a mão até o ombro e se abaixando. Paulina, que estava a alguns passos de distância derrubando um zumbi, escondeu-se imediatamente atrás de um carro próximo, amaldiçoando alto.

Fiz menção de me levantar para ir até eles, mas a mão de Leonardo se fechou sobre meu pulso, puxando-me de volta ao mesmo tempo que um tiro passou zunindo por nós. Segui o olhar de Léo para encontrar um homem diferente, este parecia ter a sua idade, os cabelos castanhos que escorriam até o rosto não conseguindo ocultar a expressão de completo pavor enquanto apontava a pistola.

O garoto estava parado na saída do prédio da direita, perto de Alex e Paulina. Leonardo levantou sem olhar para mim e vi seu dedo apertar o gatilho antes do trovão ensurdecedor sacudir meu cérebro. Seguido de outro. E mais outro. Com o coração retumbando, virei o rosto por reflexo na direção de Antônio e Rubens, igualmente petrificados pelo susto dos tiros. Mas quando Rubens ergueu a pistola na nossa direção, Antônio foi mais rápido em lhe acertar um soco no estômago, empurrando-o para o chão.

O atirador se protegeu no interior do prédio. Vi sangue manchar a parede, mas não sabia se quem o havia acertado fora Victória ou Leonardo, nem se o tiro foi fatal. Alguns segundos depois, colocou a cabeça para fora novamente apertando algumas vezes o gatilho.

Outros tiros estouraram, o fuzil de Leonardo próximo o suficiente para machucar meu ouvido. Aproveitando a bagunça, Paulina rastejou de onde se escondia até Alex, tirando sua jaqueta de flanela para pressionar sobre seu machucado.

Ouvi um lamento de dor cuja voz não reconheci e vi que mesmo tendo sido acertado novamente, o garoto que atirava contra nós não caiu. Então seu vulto cruzou a porta de saída quando correu na direção da escadaria. Tentei olhar sobre o capô do carro, mas a manada de mortos obstruía a minha visão. Na verdade, o estouro do tiroteio pareceu tê-los agitados, e enquanto alguns se espremiam com mais voracidade em direção ao pátio da escola, outros vinham para onde estávamos. Ouvi um grito rouco, mas ele se perdeu no meio dos grunhidos e rosnados dos zumbis excitados.

Mas nada fez meu coração bater mais forte do que os dois tiros que ecoaram, dessa vez distantes. Não o suficiente para que eu não soubesse de onde vinham.

Dois tiros vindos do prédio onde eu sabia que ficava o consultório de Valentino.

Não pela última vez, movimentei-me mais rápido do que podia pensar, saindo de trás da cobertura do carro e correndo na mesma direção por onde Antônio entrou. Driblei os primeiros zumbis, mas fui obrigada a derrubar o terceiro com um chute. Saquei a faca para enfiá-la no rosto do quarto, jogando ele junto com a minha arma para longe. Usei a roda da van de impulso para saltar sobre o capô e cair dentro do pátio.

Sem a barreira de mortos para obstruir a visão, a situação parecia ainda mais caótica: alguns poucos conseguindo se espremer pelos buracos do portão; o chão do pátio completamente sujo de sangue; corpos mortos daquelas criaturas acumulando-se. Reconheci uma das crianças que pertencia ao grupo da escola, mas não tive tempo para me remoer, tampouco para seguir na direção de Antônio, que lutava com Rubens no chão do pátio, tentando tirar a arma de sua mão.

Corri para dentro do prédio, seguindo o rastro de sangue do garoto baleado.

O rastro que ia até a sala de Valentino.


✘✘


Nota da autora:

Oi amigos, como estão?

Como muita gente gostou quando fiz isso para o capítulo do tiroteio dentro da oficina, eu vou colocar aqui também mapinha que usei para me organizar na hora de descrever essa cena! Lembrando que fiz ele no paint bem rapidinho, ***sem qualquer escala***, então é realmente só para ter uma IDEIA da organização. 

As duplas são A&V - Alana e Vic, L&R - Leo e Rebeca e A&P - Alex e Paulina. Os pretinhos não estão nomeados, mas a duplinha é o Antônio e o Rubens e o outro é o garoto que atirou. O portão está em cinza e as portas do colégio em rosa. 

Novamente, é só para dar uma ideia dos pontos principais da cena. Imaginem isso com diversos outros carros na rua, mortos se acumulando em frente ao portão e, óbvio, como o paint não tem opção de diagonal, sem as coisas tão "retinhas" kkk

(Isso ajuda vocês de alguma forma? Me contem! Não quero ter que depender de desenhos para narrar a cena, mas coloquei mais como um extra para vocês entenderem como funciona na minha cabeça)

"Ah eu imaginei completamente diferente" ÓTIMO SEM PROBLEMAS!! O objetivo é conseguir imaginar bem 🙏

Espero que tenham gostado do capítulo 🥰 (emoji sorrindo após o capítulo de tiroteio e sangue voando kkk)

Amo vocês, muito obrigada como sempre pelo enorme apoio que me dão! Por favor, não se esqueçam de deixar seu voto se estiver gostando 💗 Um beijo enorme, e até semana que vem!

Não sejam mordidos (mas talvez alguém seja).

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