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Capítulo 3.

Uma batida leve no umbral da porta foi o aviso de Guilherme antes de entrar no quarto. O sol se punha e os raios entrando pela janela faziam os olhos dele parecerem mais verdes do que nunca.

— Ah, imaginei que você estivesse aqui. — Ele sorriu. Eu havia reparado antes como havia a sombra de um cavanhaque crescendo em seu rosto.

— Deve ter sido difícil chegar a essa conclusão. — Respondi, sem vontade, fingindo que Guilherme não estava só tentando começar uma conversa. Eu passava a maior parte do tempo naquela casa, afinal.

Antes que eu pudesse perceber, já havia acendido outro cigarro.

— Que faca style. — Guilherme colocou as mãos no bolso, apontando com o queixo. Percebi como os movimentos do seu braço direito eram mais duros. — É aquelas de fazer uns movimentos loucos, né?

— Canivete-borboleta. É sim. — Minha voz monótona quase conseguia fingir que eu não tinha um número considerável de cortes pelas mãos.

— Massa. Você gosta de estar lá fora, né?

A pergunta de Guilherme me pegou de surpresa e não pude evitar que meus olhos se virassem para ele. Mesmo minhas respostas desinteressadas não o desanimaram.

— Acho que gosto. É mais fácil do que aqui dentro — dei um trago no cigarro, soprando a fumaça para longe. — Mais fácil lidar com zumbis do que pessoas.

— Mas você é boa com os dois. — Guilherme finalmente saiu debaixo do umbral da porta, diminuindo nossa distância. — Sem você aqui, parece que o tempo passa mais devagar.

Recorri ao cigarro novamente, sem saber como respondê-lo. Percebi uma tremedeira incômoda em minhas mãos. Infelizmente aquela situação já havia acontecido outras vezes e eu antecipava seu desfecho.

— Hoje quando falei com você, Melissa quem me respondeu. — Ele se apoiou preguiçosamente na parede ao meu lado, olhando para o céu atrás de mim. — Me pergunto o porquê.

Suspirei.

— Realmente, quem conseguiria imaginar um só motivo para Melissa não ser legal com você?

Guilherme deu um riso curto, sem deixar meu sarcasmo lhe abalar.

— Você falou alguma coisa para ela? Sobre a gente?

Por pouco não me engasguei com a fumaça, tentando controlar minha incredulidade.

— Guilherme, não tem absolutamente nada para falar sobre a gente.

— Se você não fosse tão absurdamente teimosa, a gente poderia simplesmente conversar antes de

— Você quer mesmo conversar, Guilherme? — Interrompi-o, sentindo meu coração se acelerar. De raiva, de ultraje, de... — Quer falar de novo sobre aquela merda de dia?

— Sim, Rebeca, gostaria de conseguir falar pelo menos um pouco antes de você começar a berrar.

Apaguei meu cigarro na parede com raiva, atirando-o pela janela, sem pensar. Merda. Teria que recolhê-lo depois.

— E por que eu iria querer conversar com você ao invés de mandá-lo pro inferno?

Guilherme respirou fundo, passando uma mão pelos cabelos enquanto revirava os olhos. Ele parecia não querer estar ali, mas ao mesmo tempo eu sabia que ele não queria ir embora. A esta altura Mei estava em pé, as orelhas erguidas.

— Caralho, Rebeca, que merda! Quantas vezes você quer que eu me desculpe por aquilo? — Seu tom de voz grosseiro teria me machucado um mês atrás, mas agora parecia quase confortável, de tão familiar que ele era. De tão familiar toda aquela situação era. — Eu não queria ter agido como eu agi, eu não queria ter duvidado de Melissa e eu sinto pra caralho pelo que aconteceu com ela! Mas pelo amor de Deus, entenda que ele era o meu melhor amigo até então! Eu só acordei de noite e ele tinha tomado um tiro, eu fiquei atordoado, porra!

— Todo mundo perdeu gente, Guilherme. Você não tinha direito de ser imaturo por isso!

Guilherme riu com escárnio.

— Realmente, eu deveria ter sido maduro como você foi quando encontrou com sua avó e se enfiou berrando no meio de uma horda de zumbis, e foda-se quem estava junto? Ou como quando culpou o Hector pelo tiro que eu tomei? — Senti meu sangue ferver com aquelas lembranças, e ao mesmo tempo sequer encontrei uma resposta para interrompê-lo. — E se do meio do seu surto você não conseguiu ver: foi Carlos quem tentou ir atrás e te ajudar a matar os zumbis, assim como foi ele que te carregou pra casa. E foi isso que eu vi, Rebeca! Foi isso que eu vi desde o primeiro dia!

Guilherme passou a mão esquerda, que conseguia mover mais livremente, por todo o cabelo, jogando-o para trás. Seu tom, porém, não foi mais baixo:

— Escuta, eu não estou tentando defendê-lo, tá? Longe disso. Depois que o tempo foi passando e eu consegui me acalmar, porque olha: eu tive a crise de ansiedade da minha vida naquela madrugada! — Ele mordeu levemente o lábio, como se houvesse se arrependido de ter falado aquilo. — Enfim, depois eu consegui pensar melhor, acredite em mim, eu também fiquei enojado. Tanto dele quanto de mim... Eu só quero que você entenda que vocês duas tinham uma visão que eu nunca tive! Rebeca, se eu sequer sonhasse com o que Carlos fez com você e Melissa, eu...

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, incerto de como deveria continuar.

"É que eu sempre via ele voltar para o meio do caos para salvar alguém. Eu recebia esporro porque nessas horas eu não conseguia fazer o mesmo. Nada justifica o que ele tentou fazer, e nada teria dado qualquer direito para ele — talvez ele pensasse que estava tudo bem agir que nem um animal por causa disso, inclusive. O que eu quero dizer é: até então, para mim ele era o herói! E Carlos me disse que estava ficando com Melissa... Eu nem sabia que ela gostava de mulher, pelo amor de Deus, eu estava confuso pra caralho!"

Guilherme terminou de falar e o silêncio soterrou a sala. Mei estava ao meu lado, batendo as patas no chão de nervosismo.

Senti uma agonia indescritível assolar o meu peito, enquanto meu coração parecia desregulado. Já estivemos naquela situação outras vezes, mas qualquer coisa que tentávamos conversar não passava de gritos e acusações. Ouvir aquelas palavras não era reconfortante como eu achei que poderia ser.

— E você acha que foi só isso? — Perguntei, simplesmente.

— Como assim?

Alcancei o maço de cigarros no meu bolso de trás, mas deixei a mão pousada lá. Era incrível, mas quando diminuíamos o nosso tom de voz, eu me sentia mais desconfortável.

— Eu só não sei como você pode ser tão egoísta e só pensar nisso. — Sentia meu rosto quente, e quis chorar.

— Egoísta?! — Ele aumentou seu tom de voz, genuinamente surpreso. "Como se fosse um absurdo ele ter cometido qualquer outro erro", pensei.

— Sim, egoísta! Eu juro, Guilherme, eu juro que depois de um tempo consegui entender a sua negação, o que você sentiu naquela noite... O que eu não consigo entender é como você pôde me deixar sozinha!

Para minha surpresa, o queixo de Guilherme caiu alguns milímetros, chocado.

— O que você quer dizer?

Mei andou alguns passos na minha direção, hesitante, mas mandei ela ficar no lugar.

— Aquele inferno só começou no momento do tiro. Brigar com você, Hector, Victória... Foi horrível, mas nem de longe a pior parte. Sempre fomos eu, você e Carlos. Mesmo quando estava óbvio que todos os outros eram tão capazes de liderar quanto nós. Quando ele se foi, quando eu precisei mais do que nunca de você... Você simplesmente me largou. Eu quem precisei que colocar ordem, avisar Tom e Carol sobre o que aconteceu, tirar o corpo, consolar Melissa, enterrar e providenciar um funeral para o cara que tentou estuprar minha melhor amiga, para garantir que não houvessem mais discussões a respeito disso, pelo menos.

Guilherme não me olhava nos olhos. Ao invés disso passava a mão pelo pêlo de Mei, distraidamente. Era a primeira vez que eu falava isso para ele. Continuei:

— Quando você apareceu no outro dia... Nem sequer falou comigo. — Sentindo a mesma vergonha de outrora, aumentei meu tom de voz: — Sabe, vivemos em um mundo onde precisamos lutar por espaço com zumbis, mas ainda somos humanos. Como você acha que eu me senti? Depois de transar com você, ouvir que me amava e no outro dia sequer olhar na minha cara?! — No final da frase, eu já estava praticamente gritando.

— E você veio falar comigo? — Guilherme respondeu, sarcástico. — Porque da minha perspectiva, eu também passei a noite com você, também ouvi que você me amava e também esperei o dia inteiro que pudéssemos conversar. Você quis ser grossa comigo aquela noite, quis falar algo para me machucar... E conseguiu. Sou realmente um babaca por ter ficado magoado depois disso?! — Guilherme replicava meu tom de voz.

— Então você acha certo sequer olhar na minha cara enquanto eu cavava uma merda de cova para aquele cara?! Acha que não falar comigo nos outros dias...

Guilherme me interrompeu:

— E o que é certo, Rebeca? Sair 2 dias depois com Melissa sem sequer me avisar? — Ele tinha a mão fechada em um punho, mas eu podia ver o quanto ela tremia. — Quando eu descobri, eu achei que vocês nem iriam voltar. Ninguém falou nada, mas todo mundo achou isso.

— Meu Deus. — Deixei um suspiro de genuína surpresa escapar. — O que você acha que eu sou?

Guilherme abriu a boca para responder, mas fechou-a em seguida. Senti lágrimas quentes se formando e coloquei toda a força que havia em mim para afastá-las. Não havia mais o que gritar, mas ainda haviam muitas coisas a ser ditas... Sempre terminávamos com os corações machucados e muitas coisas guardadas.

Eu já não achava que eu e ele ainda poderíamos ter a mesma relação de antes. O mundo sequer era o mesmo desde o começo do apocalipse. Sempre havia mais zumbis, menos pessoas... A fome e o medo eram as únicas coisas que continuavam iguais. Enquanto eu me esforçava para ficar cada dia mais forte para aquele mundo, já não sabia se Guilherme continuava me acompanhando ou me deixara no caminho.

Depois de quase um minuto em silêncio, Guilherme disse:

— Eu não queria gritar com você.

— Queria sim. Ainda vai querer, se eu continuar. — Respondi, sem ânimo. Os raios de sol já haviam sido extintos e a iluminação natural quase acabava. O quarto estava escuro e Guilherme precisou se aproximar ainda mais para que sequer pudéssemos nos ver.

— Você vai continuar? — Ele perguntou, suavemente. Nosso tom de voz próximo de um sussurro contrastava com os gritos de antes.

Ele sabia que não. Depois de descontar toda a raiva que continuávamos alimentando, nunca restava muito para fazer. Infelizmente havia muito mais do que ódio entre nós, por mais que na maior parte do tempo eu recuasse aceitar aquilo.

— Eu não sabia que você se sentiu assim naquela noite. — Guilherme se aproximou e levou uma mão até o meu rosto e colocou meu cabelo para trás da orelha.

— Saber isso não vai mudar suas escolhas. — Murmurei.

Outro enorme problema era como Guilherme se considerava um inválido agora. Eu não queria ser insensível, e com certeza imaginava toda a dificuldade que significava ter seu braço praticamente inutilizado, mas era absurdo pensar que ele teria de simplesmente contentar com aquele fim.

Guilherme evitava qualquer reunião sobre nossos próximos passos. Sem qualquer surpresa, sequer cogitava sair daquele condomínio, seja para procurar um lugar melhor ou simplesmente conseguir mais mantimentos. A primeira vez que trocamos qualquer palavra desde a morte de Carlos foi quando Guilherme afirmou que não fazia sentido ele opinar em nossas decisões, já que ele era somente um peso.

— Por que você tem que ser tão teimosa? — Guilherme murmurou, aproximando-se mais de mim.

Meu sangue mal havia esfriado e suas palavras já o deixaram a ponto de ferver novamente. Mas sequer fui capaz de respondê-lo, pois assim que abri a boca, seus lábios já estavam sobre os meus e o calor da nostalgia veio como uma avalanche. Ainda havia o ressentimento e a raiva, mas a única reação dessa mistura era uma explosão intensa.

Sentia como se estivesse bêbada, incapaz de responder racionalmente pelos meus movimentos ao simples toque dele e a todas as lembranças que isso trazia. Quando Guilherme desceu os beijos pelo meu pescoço, cedi, virando o rosto para o lado e sendo possível ver Mei. Agradeci por ela ser um cachorro, e assim incapaz de me julgar (o que qualquer ser racional faria, com razão), principalmente não sendo a primeira nem a segunda vez que ela presenciava aquele absurdo.

— Não, Mei! Vai deitar! — Gritei no momento em que ela se ergueu para chegar perto de nós. Meu Deus, eu não tinha sequer a decência de tirar minha cachorra do quarto.

Puxei Guilherme para perto, apertando minhas unhas contra suas costas, respirando fundo para tentar afastar qualquer outro pensamento. Meu coração batia tão rápido e com tanta força que era difícil dizer se eu estava bem ou não com aquilo. Ainda assim eu não queria parar. Com a explosão eu conseguia lidar, o problema era vasculhar os escombros e reunir minhas partes depois.

— Não sei dizer se é tesão ou raiva. — Ele sorriu contra meu pescoço, referindo-se às marcas de unhas.

— Os dois. Mais um do que o outro. — Respondi, imitando o tom de brincadeira, e ele riu.

Com a velocidade de sempre, tiramos somente a quantidade necessária de roupas para nos arrependermos. Meu corpo ardia com seus toques, respondendo com um ritmo diferente do meu coração. Ou cérebro.

Quando senti Guilherme dentro de mim, mordi com tanta força seu lábio que com certeza o machuquei, mas ele tampouco se importou em ser delicado. Não havia mais a inocência daquela primeira vez. Já não havia muitas coisas em comparação aquele dia.

Eu sempre pensava muito, por isso era particularmente irritante quando minha racionalidade simplesmente dava lugar a vários hormônios carentes.

Quando abri a boca para deixar um gemido escapar, quase me engasguei com o ar repentino que a surpresa me fez puxar.

— Rebeca! Hector e Alex estão... — A voz de Melissa ecoou pelo quarto vazio.

Merda.

Ela entrou tão rápido que já havia passado pela porta quando realmente compreendeu o que estava acontecendo lá dentro. Depois de um curto segundo completamente estática, ela cobriu os olhos e virou o rosto como uma criança vendo algo que não devia.

— Meu Deus, que merda!

Guilherme e eu nos afastamos com pressa, sentindo um calor diferente aquecer nossos rostos. Felizmente não estávamos completamente pelados e só precisamos alinhar as roupas.

— Qual o problema de vocês, meu Deus?! — Melissa bufou, sem sequer nos olhar de novo. — Olha, Hector e Alex voltaram, eles têm algo para dizer. — Ela disse antes de sair do quarto, claramente furiosa. Mei, que por sorte não entendia o ser humano lamentável que eu era, só ficou alegre em ver Melissa, saltitando para fora do quarto atrás da minha amiga.

— Que inferno. — Guilherme gemeu, fechando o zíper da calça com a mão boa. — Ela nem tentou te chamar?

— Guilherme, acho que ela ficaria menos surpresa se me encontrasse morta do que com você. — Ajeitei meus cabelos e agora com certeza as batidas do meu coração a essa altura viraram um taquicardia. Sequer consegui processar o olhar magoado que Guilherme me lançou, mas daquela vez eu não tinha intenção de machucá-lo. — Acho melhor você ir antes. Eu vou ter que explicar.

— Tudo bem com você? — Senti seu braço direito pousar na minha cintura e Guilherme estava me olhando com genuína preocupação.

— Tudo, sério. — Percebi que estava com a mão no peito, apertando o lugar onde meu coração batia com os dedos, como se pudesse acalmá-lo. Coloquei o braço para baixo, percebendo que tremia um pouco.

Ele me fitou por alguns segundos, como se esperasse que eu fosse dizer algo para nos salvar daquela situação, mas eventualmente se afastou.

— Certo. Até depois, então. — Guilherme disse, passando pelos umbrais onde ainda não havia um porta e me lançando um último olhar difícil de decifrar.

Quando finalmente me vi sozinha, percebi como não conseguia levar o ar até meus pulmões.


✘✘


— Bom, você não mentiu. — Melissa disse, sem disfarçar o desgosto. — Com certeza vocês não estavam conversando.

Senti meu rosto queimar, mas não respondi. Como poderia? Passara o último mês ao lado de Melissa reclamando sobre Guilherme. Quando sugeriu que eu tentasse conversar com ele, quase mandei-a para o inferno. Melissa poderia usar todo o sarcasmo do mundo e continuaria certa. A vergonha era pior do que a raiva.

Enfim ela suspirou, talvez achando que já me torturara o suficiente na caminhada até a casa principal.

— Tá, só me diz então: o que tem entre vocês? — Seu tom de voz já não era mais acusador — não quero ser uma amiga chata, tá? Eu só me preocupo.

— Você não é chata, nem está errada. — Murmurei, parando com as mãos nos bolsos. A nossa frente a casa principal estava com as luzes acesas contrastando com o céu escuro a sua volta. Ouvir vozes alegres lá de dentro era agradável, mas ao mesmo tempo trazia lembranças ruins. — Tudo bem se não acreditar em mim, mas realmente não tem nada entre nós. Aconteceu outras duas vezes. Basicamente discutimos por meia hora, jogamos todas as coisas que podem machucar um na cara do outro e... Depois fazemos sexo.

— Nossa, que maduros.

Antes que eu pudesse pensar em uma resposta, percebi um sorriso familiar nos esperando na soleira da porta.

E só então me dei conta de que fazia tempo que eu não o via. A luz de dentro da casa batia em suas costas, quase transformando sua figura apoiada no batente da porta em uma silhueta. Mas eu ainda conseguia distinguir sua barba acobreada e cabelos que já chegavam aos ombros. Mesmo contra a luz, percebi que estava de óculos novos.

Mei chegou na minha frente, saudando Hector com pulos energéticos, que foram respondidos com um abraço apertado. O garoto que há mais de um mês fizera 16 anos parecia um pouco mais alto e pensei que na verdade o apocalipse estava lhe fazendo bem: seus braços pareciam maiores, enquanto a maioria das espinhas em seu rosto havia ido embora.

— Meu Deus, você foi de quem mais senti saudades! — Hector chacoalhava os pêlos de Mei, que estava em êxtase.

— Oi pra você também. — Melissa respondeu, sorrindo enquanto subíamos a escada da varanda.

Antes que Hector pudesse responder, segui o exemplo de Mei e me atirei em seus braços para um abraço apertado. Sequer havia tempo de fazer alguma piada sem graça. Até mesmo Hector surpreendeu-se, mas devolveu o meu abraço com gosto. Meu Deus, como eu sentia saudades dele.

As pessoas que saíam da casa para buscar mantimentos era principalmente eu, Melissa, Hector, Alex e Tom. Nunca houve exatamente um consenso, mas tampouco nos importávamos em fazer aquilo. Saíamos em duplas, sempre eu e Melissa, enquanto os garotos costumavam revezar por causa de Tom, que queria passar algum tempo com a família. Por coincidência os meus dias no condomínio acabavam nunca batendo com os de Hector.

— Meu Deus, faz tanto tempo! — Falei. — Como você está?

— Estou bem. Uns 2kg mais magro porque passamos um pouco de fome. Provavelmente seria 5 se tudo o que encontrássemos pra comer não fosse salgadinho e chocolate.

Ele brincou, e ri com gosto antes de soltá-lo. Melissa também esperava para lhe dar um abraço caloroso.

— A gente nunca se encontra, né? — Ela disse. — Achei que vocês só voltariam depois de amanhã, não era assim que ficou combinado?

Quando Melissa se afastou, percebi que o rosto de Hector não estava mais sorridente. Ao invés disso, assumia um semblante sério. Senti meu coração (que só recentemente havia parado de bater com tanta força) volta a se sacudir.

— Teve um motivo para voltarmos — ele fez uma pausa, olhando-nos sério. — Eu e Alex encontramos outro grupo.


✘✘


Nota da autora:

Eu: ok o Guilherme e a Rebeca estão brigados.

Leitores: sim, estão, que continuem assim.

Eu: ok mas e se

Leitores: pare aí mesmo!

Eu: eles brigarem e jogarem toda a merda um na cara do outro

Leitores: você não se atreveria...

Eu: e tranSAREM LOGO DEPOIS?

Leitores: ... 

Amigos, vocês me desculpem, mas se esse casal não tem A CARA de um remember cheio de ressentimento, eu não sei mais do que tem kk 

Então agora sabemos que o Guilherme também teve os seus motivos para ficar ressentido, sejam justos ou não... Estou torcendo para a pancadaria rolar solta nos comentários 🙏

Nada melhor para ser a cereja do bolo de um relacionamento conturbado do que uma fodendo revelação dessas. Caraca, essa autora não tem coração mesmo terminando o capítulo assim...

E aí, são notícias boas ou ruins as que o Hector trouxe? (Saudades dele, aliás).

Eu to muito curiosa para ler as teorias haha

Enfim amigos, espero que tenham apreciado esse capítulo um pouco maior e cheio de surpresa para balancear com o começo calminho. Muito obrigada a todos pelo enorme números de comentários, por continuarem até aqui comigo e por todo o carinho 💕

Até semana que vem, quando a porra vai ficar (mais) séria.

Um beijo e

não sejam mordidos.

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