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Capítulo 2.

O rosto de Alana surgiu por trás da janela da casa principal, mas assim que seus olhos claros caíram em cima do nosso HB20, consegui distinguir um sorriso, mesmo de longe. Melissa passou o braço pela janela para acenar, mas Alana já havia saído de nosso campo de visão, provavelmente correndo escada abaixo para avisar os outros.

— Achei que ela não iria nos reconhecer de novo. — Melissa riu baixinho, lembrando da semana anterior, quando havíamos largado aquele Ônix velho na estrada depois de achar o HB20 inteiro e com a chave no bolso do motorista (que em sua pós-vida concordou em nos ceder o carro). Assim como naquele dia, Alana foi a primeira a ver o carro, mas colocou todo mundo em alerta falando que um veículo desconhecido estava se aproximando. Quando saímos do carro, fomos recepcionadas pela pistola de Tom.

Dessa vez vimos o portão principal abrir para nos receber, com quase todos os nossos colegas nos esperando do lado de dentro. Mei batia as patas no porta-malas, ansiosa ao reconhecer sua casa. Um latido grosso e ensurdecedor ecoou no carro como um tiro, e se Melissa já não estivesse acordada, provavelmente responderia com um berro estridente.

— E aí — apoiei o braço para fora da janela assim que estacionamos. — Algum dos colonos sabe se tem algum posto de gasolina por perto?

Queria que Hector estivesse ali para rir da minha piada ruim, mas não havia sinal dele. Mesmo assim, os sorrisos de Carol e Tom já me deixaram feliz.

— Bem-vindas, garotas. — Tom me cumprimentou com um abraço assim que saí.

— Eu já estava ficando nervosa! — Carol me puxou para um abraço energético. Com o canto do olho vi como Mei me olhava desolada, ainda presa dentro do carro. — Eu odeio que vocês meninas saiam sozinhas assim em um mundo como esse...

— Carol, que bobeira. Os zumbis que ficam com medo delas. — Tom respondeu, animado.

Ouvi o porta-malas sendo aberto, e agradeci mentalmente à Melissa. Em instantes os 45kg de Pastor Alemão estava pulando em cada pessoa e indiscretamente enfiando o focinho em cada virilha que aparecesse. Por sorte todo mundo já estava acostumado com Mei, e parecia igualmente alegre em vê-la. Quando soltou um latido de puro êxtase, precisei repreendê-la.

— Hector e Alex? — Perguntei para ninguém especial, recebendo abraços de Alana e Victória. Samuel também estava lá, sorrindo, mas não se aproximou para um abraço, naturalmente.

— Ainda não voltaram, mas eles saíram um dia depois de vocês, então tem tempo ainda. — Victória quem respondeu.

— Ai, ai, Mei! — Uma voz familiar chamou minha atenção e virei a cabeça na direção de Guilherme, em quem Mei estava atirando-se alegremente. Guilherme tinha dificuldade de afastá-la ou sequer de impedir seus pulos grosseiros com o braço ruim. — Eu também... Ai! To com saudades.

— Mei, não! — Chamei, e Mei parou de tentar pular em Guilherme, me olhando com as orelhas baixas. — Junto.

Enquanto minha cachorra se dirigia para o meu lado, Guilherme parecia um pouco envergonhado, mas me deu um sorriso sincero:

— Que bom que vocês voltaram bem!

Sorri de volta, e percebi o olhar julgador de Melissa. Assegurei para ela que as coisas com Guilherme não passavam de desentendimentos pífios (o que, olhando de maneira racional, não era mentira), mas ela parecia atenta como um falcão.

— Obrigada, Guilherme. — Ela respondeu por mim.

— Deram sorte, meninas? — Carol perguntou, distraindo-nos.

— Ah, claro, demos sim! — Respondi, agradecendo Carol mentalmente por evitar que o clima ficasse incômodo. — Não achamos tanta comida quanto da outra vez, mas olhem só. Melissa, me ajuda a descarregar! — Abri a porta traseira do carro e começamos a descarregar as 5 grandes caixas recheadas de mantimentos.

Uma era dedicada somente a itens de higiene, sem contar os vários sacos de papel higiênico que estavam jogados pelo chão: escovas e pasta de dente, shampoos, desodorantes, todo o tipo de item que já era considerado luxo naquele mundo. Eu e Melissa não éramos grande conhecedoras de remédio, por isso na farmácia acabamos pegando qualquer medicamento que parecesse interessante, além dos que Alana especificamente pedira.

Como sempre, em questão de comida havíamos recolhido todos os alimentos não-perecíveis que encontramos: grãos e enlatados, principalmente. Como não éramos o exemplo de disciplina, uma boa parte da caixa estava repleta de chocolates, bolachas e salgadinhos, qualquer coisa dentro da data de validade. Ninguém reclamou. Assim como não reclamaram do espaço dedicado a livros e revistas pegos aleatoriamente. O mundo pós-apocalíptico podia ser muito tedioso às vezes, e nem todo o cuidado à hortas e treinos de tiro ou direção no mundo poderia nos manter ocupados para sempre.

Quando chegamos aos últimos itens, o que reunimos no saque à loja de camping, os olhos dos nossos companheiros brilharam em frente às facas táticas, às bússolas, lanternas e até mesmo às caixas de balas para as duas pistolas que tínhamos.

— Meninas, vocês são incríveis! — Victória disse, olhando bastante interessada para uma barra de chocolate belga e uma revista Elle de três meses atrás.

— Vocês conseguiram encontrar todos os remédios! Sério, muito obrigada! — Alana falou ainda mais alto, puxando Melissa para um abraço.

— Em que cidade vocês foram? Era grande? Estava muito perigosa? — Tom perguntou, sem perceber o ritmo acelerado, enquanto vasculhava as balas e facas. Eu e Melissa já estávamos com as nossas.

— Eu não lembro o nome... — Senti minhas bochechas esquentando. Não nos atentávamos muito a placas quando algo chamava a nossa atenção. — Mas era uma cidade pequena, em direção a Oeste. A mesma coisa que você também já viu: muito mais hordas do que antes, mas eu e Melissa conseguimos evitar conflitos direto.

— Que bom, Rebeca. Sabe me dizer quantos quilômetros vocês andaram?

— Acho que... 50 ou 60. Não pode ter sido mais do que isso.

Conversei um pouco com Tom a respeito da qualidade das estradas, em que situação a cidade se encontrava ou se vimos qualquer outra coisa que valesse a pena comentar no caminho.

Tom também era uma das pessoas que costumava participar das buscas por mantimentos (embora não tanto quanto eu ou Melissa), e semana passada ele quem estivera fora com Alex. Tomas havia começado a anotar em seu mapa de Santa Catarina todas as informações das cidades e estradas ao redor (com a ajuda de alguns desenhos feitos por Samuel).

Tom tornava-se cada dia mais precavido, e até um pouco paranóico. Todos tínhamos completa ciência de como aquele condomínio era uma benção, e que talvez estivéssemos em melhores condições do que quaisquer outros sobreviventes que dividissem aquele mundo apocalíptico conosco. Tom não queria correr risco de perder aquilo. Nenhum de nós queria.

— Tomas, querido, as meninas acabaram de chegar. Deixe elas descansarem um pouco. Vocês já comeram? Posso esquentar o almoço. — Carol afastou gentilmente o marido, sorrindo para mim e Melissa.

— Nem todo o herói usa capa — a loira retribuiu o sorriso, e logo nossa pequena comissão de recepção nos deu espaço, conforme seguimos até a casa dos Rosa.


✘✘


Soprei a fumaça janela afora, ajeitando-me sobre o batente da janela. Eu ainda não era uma apreciadora do gosto do cigarro, mas ele mostrava-se útil para diminuir a minha ansiedade em dias como aquele.

Segurando-o nos lábios, peguei o canivete-borboleta do bolso e comecei a ensaiar movimentos de abertura, tomando cuidado para não me cortar.

Vendo o meu reflexo na lâmina metalizada, imaginei o que a minha avó diria se visse sua neta de 17 anos fumando e brincando com facas, e sorri imaginando a bronca. Eu queria muito que ela estivesse ali, mesmo se fosse para me repreender.

Mas minha única companhia naquela casa em construção (e nem ainda iluminada) era, claro, Mei, e as tralhas que eu trouxera.

Havia três casas prontas naquele condomínio: a principal, que o meu antigo grupo (agora aquela divisão não existia mais, todos do condomínio eram parte do grupo) ficava; a da família Rosa e a de Alex. Além daquelas, duas construções não conseguiram chegar ao fim antes do mundo inteiro acabar: a casa na quadra central, que na verdade tratava-se somente de algumas paredes erguidas; e o último loteamento do condomínio, uma casinha simples quase finalizada.

A estrutura estava pronta: as paredes brancas e o teto já estavam erguidos e o piso de lâmina de madeira pronto. A iluminação e instalação dos painéis solares nunca chegou a ser concluída (peguei-me imaginando se os homens que trabalharam nessa obra acabaram virando zumbis, ou se os donos que nunca chegaram a morar aqui estavam comendo pessoas nesse momento), não havia portas e janelas, somente umbrais.

Não era nenhuma surpresa ninguém se interessar por aquela casa, assim como não era surpresa ela se tornar o meu local favorito dentro do condomínio. Mesmo sem luz elétrica, água filtrada ou ar condicionado, eu passava a maior parte do tempo lá, relaxando sozinha ou com Mei.

Havia livros e revistas dispostos no chão — longe das janelas sem vidro, claro —, um colchão e uma poltrona furtados da casa principal, e até mesmo um local improvisado para exercícios.

Melissa me olhou com estranhamento há duas semanas atrás, enquanto eu entrava sozinha em uma academia abandonada (não surpreendentemente descobri que academias não são locais prioritários para saques no mundo pós-apocalíptico) e voltava com halteres e equipamentos. Suas sobrancelhas estavam tão franzidas e ela parecia tão confusa quanto se eu estivesse tentando trazer um porco vivo para dentro do carro.

Antigamente eu jogava handebol no time da escola. Sempre fui atlética e era inegável que isso facilitara a minha vida naquele mundo apocalíptico, principalmente nos dias iniciais de contaminação. Claro que todos que estavam vivos junto comigo, há mais de dois meses do fatídico primeiro dia, fizeram por merecer, mas isso não impediu que Victória, Melissa e Hector, por exemplo, tivessem dias infernais desenvolvendo resistência física enquanto eram obrigados a fugir de mortos canibais.

Por mais frequentes que estivessem sendo as nossas viagens atrás de comida e mantimentos (essa última havia sido a quarta), dificilmente poderiam ser chamadas de "exercícios frequentes". Eu sentia cada vez mais a necessidade de manter meu corpo forte. Além das corridas, era importante garantir que meus braços não caíriam a cada golpe em um zumbi.

Terminei o cigarro e apaguei o resto da brasa na parede, jogando a bituca dentro de um saco de lixo. O dia já começava a escurecer e eu estava prestes a voltar para a casa principal, talvez descobrir o que teríamos para o jantar, quando uma voz fez meu coração acelerar.

— Rebeca? — Guilherme chamou, e seus passos denunciaram que ele estava entrando na casa.


✘✘


Nota da autora:

Oi meus amigos, tudo bom com vocês?

Em primeiro lugar já quero agradecer a todo o carinho e diversos comentários no primeiro capítulo. Já passamos de 1k de visualizações e eu estou muito feliz mesmo com isso, então muito, muito obrigada mesmo por estarem até hoje junto comigo 💕

Eu tenho uma coisa fofinha para contar para vocês: a Mei, cachorra da Rebeca, foi inspirada na minha Pastor Belga, Loba, o amor da minha vida. Ela morreu no começo desse ano (já estava bem velhinha, mas viveu 14 anos e foi muito feliz e bem cuidada, não se preocupem) e recentemente descobri que vou ganhar um novo filhote, então adivinhem qual vai ser o nome dela haha

A minha Mei será um Border Collie, mas é muito especial para mim que ela tenha o nome da Pastor Alemão mais amada desse Brasil. Então é isso, preparem-se para serem bombardeados de fotos de cachorrinho.

E já aproveito para convidar todos que ainda não participam do nosso grupo de whatsapp dedicado a esse livro (ou Lilium, caso também leiam!). É só deixar uma mensagem aqui e eu envio inbox para todo mundo o link de acesso 💕

E é isto, desejo uma ótima semana para todos vocês e nos encontraremos de novo na próxima segunda. Um beijo (e uma lambida da Mei) a todos!

Não sejam mordidos — só pela Mei!

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