Roseane olha novamente para o grupo, eles estavam assustados com a situação. Todos com os olhos arregalados, só a espera da decisão da Roseane.

Roseane pensa melhor no que ela ia fazer, ela não queria perder dinheiro por conta da raiva dela. Se recompondo ela fala. — Ok, já sei o que vamos fazer. Eu vou consultar a lista hoje, e amanhã de manhã fazemos a cirurgia. — ela fala olhando para o Ben.

Depois de dar a decisão dela. O mais racional possível. Roseane vai para perto do Rey, com aquele salto vermelho que fazia barulho ao se chocar no chão.

Rey ver ela se aproximar dele, e vai se afastando lentamente para trás.

Por fim ela chega, e com seus salto vermelho, ela chuta a canela de Rey com força.

Rey sente uma ardência em sua canela muito forte, e ele não consegue se sustentar com suas pernas. Caindo no chão Rey se contorce, embolando no chão.

A canela dele não estava sangrando, mas estava com um arranhão imenso, e no meio do arranhão o ferimento.

A dor que o Rey estava sentindo era insuportável, ele chorava e gritava, enquanto os outros viam a cena de horror diante dos seus olhos.

— Isso é para você aprender a não mexer comigo — Roseane rir ao ver o Rey gritar, a dor do Rey era alegria para aquela boca de batom vermelho.

Todos, incluindo o Ben, vão socorrer o Rey que estava suando de dor.

Sem se importar do que a Roseane iria pensar dele, o Ben pergunta. — Você está bem?

Roseane olha para o Ben com olhar de desprezo, não entendia o por que ele estava assim. —O que está fazendo Ben?

Ben olha para Roseane apavorado, em seus pensamentos ele só ouvir. (Como ela foi capaz de fazer isso com uma criança?) Mesmo ele fazendo pior, só que ele machucava as crianças depois da anestesia.

Roseane encara o Ben que não dizia absolutamente nada, e continua a falar. — Por que perguntar como ele está? É melhor você deixar ele ai Ben. Deixe ele sofrer com os amiguinhos dele.

Ben se levanta do chão, deixando o Rey com o seu grupo, mas antes de sair o Ben fala sussurrando para todos. — Vou tirar vocês daqui.

Vex, Jeniffer, Tonne e Diego ficam meio confusos com a fala do Ben, nem sabia quem era ele. Mas o Ben sabia quem era eles, e tinha um plano. E o plano tinha que ser o mais rápido possível, pois ele tinha menos de 24 horas.

Se afastando do grupo e indo para perto de Roseane, os dois viram de costas e saem pela porta do quarto. Deixando eles sozinhos.

Quando os dois saíram, todos lá dentro entendeu a situação que eles estavam agora, e o desespero toma conta de ambos.

— Eu disse que isso não ia dar certo. — fala o Diego ajudando o Rey, junto com o Vex.

Os dois conseguem colocar o Rey sentado,  encostado na parede. O Rey chorava constantemente com a dor que ele estava sentindo no momento.

Diego se levanta e continua falar. — Tenho certeza que a Juliette respondeu o SMS. PORRA! — ele termina a frase dando um grito e um soco forte na parede perto dele.

— O que a gente vai fazer agora? — a Jeniffer fala olhando o Diego descarregar a raiva dele na parede. Ela estava lacrimejando, e a todo momento pensando no dia seguinte.

— Não podemos fazer mais nada — o Vex fala pegando um curativo na mesa do quarto. O curativo estava lá por conta dos médicos que estavam ajudando ele. Depois de pegar o curativo ele vai na direção do Rey, retira o plástico do curativo e põe no machucado do Rey.

Rey estava só observando, com os olhos vermelhos e lagrimas por todo rosto, após Vex aplicar o curativo no Rey ele continua falar. — Nós tentamos de tudo pessoal — Vex encara o Rey com um olhar triste, e depois de segundos ele se levanta daquele  canto e vai para outro canto daquela sala.

Tonne estava encostado na parede junto com o Rey, não dizia nada, só estava aceitando a situação. Jennifer estava na frente de Rey agachada, e o Diego para com o surto dele, e vai para perto do grupo.

Rey já estava um pouco melhor nessa hora, e vendo o Diego chegar perto dele, ele não perdeu oportunidade de dizer o que ele queria falar a muito tempo. — Diego... me desculpa... Me desculpa por tudo! Isso que está acontecendo com a gente foi tudo culpa minha.

O Diego não teve reação. Não estava esperando por isso no momento. Mesmo vendo o rosto indiferente de Diego o Rey continua. — Eu deveria ter contado para você o que a gente estava fazendo para ajudar a irmã Sibele, em vez disso eu simplesmente te ignorei e não te contei nada. Você entrou aqui sem saber o que estava acontecendo. Isso foi um erro meu — Rey para um pouco para respirar, estava emocionado. E com seus olhos cheios de lágrimas ele fala olhando para todos agora. — A gente é uma equipe. E eu deveria ter compartilhado para todos.

O Diego não fica com raiva, briga ou grita, como ele geralmente faz. Ele simplesmente olha a situação do Rey, que não era das melhores, e fala calmamente. — Não. Fica tranquilo, eu sei que você só queria ajudar a irmã Sibele. Eu entendo perfeitamente. Aliás se eu fosse você, e botasse essa ideia na minha cabeça, ninguém ia conseguir tirar — o Diego se emociona e tira a armadura de durão.

Tonne e Jeniffer ver o Diego com voz de choro e lágrimas nos olhos, e vão abraça-lo. Uma sensação de última vez que eles estavam juntos se instala no ar naquele abraço.

O Vex olha de longe o abraço dos três. Ele sabia que o único culpado disso tudo era ele. — Maldita hora que eu entrei naquela praça e encontrei eles. Não queria que isso tivesse acontecido — Vex pensa angustiado vendo a união do grupo.

Ao virar a cabeça para o lado contrário do abraço ele escuta de longe. — Vex vem aqui! você também faz parte do grupo agora! — o Diego fala dando um sorriso para ele.

O Diego estava mudando, e todos ali estavam vendo a melhora dele. Diogo nunca ia chamar o Vexor de Vex, e nem mesmo chamar para se juntar a eles.

O Vex sorrir para ele, e vai a onde todos estavam reunidos. Mesmo com a culpa na cabeça de que foi ele que fez, e que amanhã eles iam morrer assim que o dia  amanhecer.

Vex chega no grupo muito feliz por ter eles como amigos. Coisa que ele nunca teve na antiga escola ou em seu condomínio.

Com um sorriso tímido, ele é engolido pelo abraço de Diego, juntamente com Jennifer e Tonne.

Depois do abraço coletivo, o Vex resolve falar. — Me desculpa por ter colocado vocês nessa confusão — ele fala abaixando a cabeça.

— Relaxa — fala o Tonne. — Não foi só você que entrou.

— Mesmo sabendo que foi você que começou tudo! Eu sei que você é uma pessoa boa — fala o Diego sorrindo para o Vex.

— A gente te perdoa — Jeniffer termina a frase do Diego. O Vex sorrir vendo as palavras dos seus companheiros. Ao se distrair ele olha para o Rey. Só que ele estava de olhos fechados.

Todos nem perceberam, mas o Rey tinha dormido. A dor do salto foi tão forte que ele acabou dormindo.

— O Rey dormiu — fala o Vex.

Todos olham para o Rey dormindo. — O saco de dormir dele está ali no canto — o Tonne aponta.

A Jeniffer pega, e coloca o saco de dormir junto com o travesseiro em baixo de Rey.

A noite foi terrível. Todos estavam lembrando dos momentos lindos que passaram juntos com suas famílias. Ninguém conseguia fechar seus olhos.

Vex constantemente se perguntava onde estava os malditos policiais que a Roseane estava falando. Era para eles estarem aqui a muito tempo. Vex não aceitava morrer amanhã, ele mesmo agoniado naquele saco de dormir pensava em um jeito de saírem de lá vivos. 

Depois de tantos pensamentos, e ideias inúteis , o Vex acaba pegando no sono.

O grupo acorda com vários médicos e seguranças entrandono quarto. Provavelmente era a hora de ele irem para o centro de cirurgia.

— Bom dia! Que dia lindo, não? Vocês estão prontos? — Um médico pergunta dando um sorriso de orelha a orelha.

Vex olha para o lado e ver os rostos de tristeza estampados em cada um que se encontrava lá, todos já conformados que iriam morrer.

— Peguem eles! — o médico ordena para os seguranças. Os seguranças não dão nem tempo de eles se ajeitarem ao sair dos sacos de dormir. Pegaram todos a força pelo braço, eles colocaram os cinco em fila.

O médico do sorriso largo manda todos andarem.

Rey era o último da fila, e estava andando muito devagar por causa da canela machucada. E repetidamente um segurança mandava o Rey acelerar os paços.

Por fim eles chegam na sala de cirurgia. Onde tinham varias cadeiras cirúrgicas com algemas. Lá tinham cinco médicos. Os médicos mandaram todos deitarem na cadeira de cirurgia.

— Eu não vou deitar nisso — fala o .

— Ou deita, ou morre aqui mesmo — Um dos seguranças fala e mostra a pistola no canto da cintura. Diego ver a peça e faz o que o médico mandou, apoiando suas mãos na cadeira, ele deita.

Um médico passa por todas as cadeiras para algemar um por um, as algemas eram presas nos braços das cadeiras, onde prendia no pulso das crianças.

Outro médico vem com uma agulha, para aplicar tranquilizante no grupo todo. O primeiro foi o Tonne, segunda a Jeniffer, o terceiro o Diego, o quarto o Vex e por último o Rey.

Todos estavam ficando com sono. E as pálpebras estavam pedindo descanso. O Rey lutava contra o sono, e ao olhar para o lado ele ver todos dormindo.

O cílios dele já estava quase se fechando, e aquilo o assustava, pois sabia que se fechasse, nunca mais iria abrir novamente.

Antes de fechar seu olho completamente  ele ver alguém arrombar a porta da sala. E começa uma gritaria no espaço. Depois disso não viu mais nada, pois ele já tinha caído no sono.