Capítulo 4 - Uma mentirinha não faz mal
30° lugar
Banda - The Hellfreaks
Musica - Tabby
Após agradecer, o Vexor vira para o lado oposto do grupo e bate os olhos naquela praça imensa. Foi quando o Vexor paralisa seu olhar no lugar estranho, e depois de dez segundos ele se dá conta de que não sabe onde ele estava.
A única coisa que ele sabia, era que estava com fome, pois sua barriga dá um rosnado assustador nesse momento, fazendo o Vexor voltar a realidade de novo. Já era mais de meio-dia.
Dando passos pequenos, o detetive anda naquela praça velha do bairro Likee. Enquanto ele caminhava, ele ficava mais perdido e se distanciava do grupo. E a falta de pessoa naquele lugar o assustava.
Logo a frente, tinha um grupo de pessoas o observando ele andar, encostados em muro, e a aparência deles não eram das melhores, assim como seus rostos. No momento de desespero, ele resolve parar de andar e dar meia volta para onde o grupo de Rey estava para pedir informações da onde ele se localizava no momento.
Voltando novamente com passos largos, o Vexor grita o grupo que ainda estava na mesa da praça se ajeitando para sair. - EI, ESPEREM AÍ!
O Diego escuta e pergunta desconfiado para o grupo. - De novo esse garoto estranho? O que será que ele quer dessa vez?
Vendo ele se aproximar rapidamente, o que se passava na cabeça de cada um, era o pior. - Acredito que dessa vez ele vem para roubar - Rey dá o palpite para o grupo, fazendo eles ficarem tensos.
- Então vamos sair logo daqui - fala a Raquel saindo do banco da praça e indo para o lado contrário de Vex. Todos a seguem.
Vexor olha eles saindo e grita. - EI, ESPERA AÍ! - mais ninguém estava dando atenção a ele, todos continuavam andando. Sem pensar, ele resolve correr.
Chegando perto do grupo, ele põe sua mão em cima da mochila de Jeniffer, que acaba se assustando, com um pulo ela grita.
O grupo se assusta também e vira para ver o que aconteceu.
- Me desculpem, vocês não paravam de andar - explica o Vexor, ele não estava querendo dá susto em ninguém.
- Você é doido? O que você quer? - Diego foi o primeiro a se posicionar.
- Não sou doido, é que vocês não me esperaram, eu só queria uma informação, só isso.
- Já são mais de doze horas, precisamos ir para casa - fala a Raquel olhando seu celular, e dizendo ao grupo.
- Gente, vai ser rápido. Só quero saber em que bairro eu estou? - insiste o Vexor.
- Estamos na praça da avenida Likee, pensei que você já sabia, aliás, você é um detetive... Não é? Quantos anos você tem? - Pergunta o Tonne.
- Então... - o detetive pensa em uma mentirinha rápida para contar ao grupo.
Vexor não era detetive, mas sua mãe era uma das melhores detetives da cidade, e com isso ele tinha noção de como era a profissão. Sabia mexer muito em computador, quem via de longe pensava que ele era hacker, mas mesmo sabendo mexer em programação ele não era hacker. E com suas habilidades de mexer em computador, fez ele conseguir falsificar um crachá de detetive.
Só tinha um problema no plano dele, seu rosto e o tamanho dele o entregava, pois, ele só tinha dezesseis anos. - Eu tenho Dezoito anos, e eu sou novo na cidade. Vim para estudar. E agora estou perdido, tem como ajudar? Por favor... - Uma mentira bem bolada, ninguém sabia como ele fazia seus improvisos, mas era impressionante.
O grupo não fala nada, só observa ele. Então o Vexor fala com uma voz baixa, que dava um aspecto de tristeza. - Por favor... Podem me ajudar a chegar em algum ponto de ônibus apenas?
Rey e sua banda olham entre si, e criam um círculo de discussão para tomar uma decisão. Eles sempre faziam círculos de discussão para tomar decisões difíceis. E esse habito era bom para a união do grupo, deixavam eles mais próximos uns dos outros.
Já formado o círculo de discussão, o Vex olha para aquilo sem entender nada, mas espera a resposta do grupo.
Olhando aqueles cinco adolescentes, o Vex sentia um pouco de inveja. Ele não fazia parte de nenhum grupo, nem no colégio e nem no lugar onde morava. Ele sempre andou sozinho.
No círculo de discussão, o primeiro a falar foi o Diego. - Não gostei desse cara, eu não confio nele, ninguém sabe o que ele tem escondido naquela mochila - a namorada do Diego concorda com a cabeça. Raramente a Raquel concordava com o Diego, mas essa situação era necessária, pois ele estava certo.
- Vamos arranjar uma desculpa para dar a esse garoto? - pergunta o Tonne meio confuso.
- Sim, É isso que devemos fazer. Dessa vez o Diego está certo. Ele estava fugindo da polícia, e ninguém sabe nada sobre ele. - Raquel responde o Tonne e espera a confirmação da ideia.
Jeniffer interfere na discussão. - Mas olhem, ele parece perdido de verdade. - Ela fala para que todos virem para ver o que ela estava vendo.
Ao virarem mais uma vez para ver o rosto do Vex, eles repensaram antes de fazer aquilo que a Raquel e o Diego falaram. O detetive nesse exato momento olhava de um lado para o outro, olhando para todos os detalhes daquela praça imensa.
- Realmente ele está perdido - fala o Rey se agrupando novamente no círculo.
Tonne rapidamente fala um pouco alto. - Tenho uma ideia! - todos param para ouvir a ideia do Tonne, e com um suspiro ele começa a falar. - Eu, Rey e o Diego leva ele até o ponto, nós três, para não acontecer nada com a gente, pois ninguém sabe o que ele é capaz de fazer.
- Verdade, e o ponto é no caminho da nossa casa. Quem concorda com a ideia? - fala o Rey.
Foram três votos, sim, contra dois votos não. E ganhou a maioria que falaram sim.
A Raquel não gostou muito da ideia, ela gostava de proteger o grupo. Mas foi uma discussão, então ela não teve muito o que fazer, ao contrário do Diego, que estava espumando de raiva, e não ia aceitar de jeito nem um essa decisão.
Depois da discussão, os dois policiais sobem novamente para a praça, com um homem algemado. Provavelmente pegou o ladrão que estava roubando.
O Vexor segue os dois policiais pelos olhos, até eles sumirem pelo mesmo beco que eles entraram a procura dele.
Depois do susto, o grupo chama o Vexor para falar da decisão, e ele vai na direção do grupo.
- Tá! a gente vai te ajudar, vamos levar você ao ponto de ônibus - fala o Rey.
- Opa, muito obrigado! - agradece o Vexor.
- Tchau gente, até amanhã! - as meninas se despedem, infelizmente elas não podiam ir com os meninos, pois elas moravam do lado oposto da casa deles.
Rey, Tonne e o Diego se despede das meninas, e se preparam pegando as suas bicicletas no bicicletário da praça, para levar o Vexor ao ponto de ônibus.
- A gente vai de bicicleta, tem algum problema para você? - Pergunta o Rey destrancando sua bicicleta do bicicletário.
- Não, eu adoro andar de bicicleta. - Vexor mente, ele nunca tentou andar de bicicleta na vida. Ele realmente era um menino de prédio.
Rey dá seu violão para ele, que coloca a corda que apoia no seu ombro, e jogo o violão para trás das suas costas. - Ótimo, não deixe esse violão cair! E sobe aí na garupa, rápido - Rey fala em cima da bicicleta.
O Vexor nada fez. - Não sabe o que é garupa? - pergunta o Rey desconfiado.
- É isso daqui? - ele aponta para o espaço que tinha para bagagem na bicicleta.
- Claro né! - o Rey fala um pouco alto.
Nessa hora o Tonne já estava pedalando a bicicleta, e já estava um pouco longe deles, mas o Diego estava bem perto do Rey, e com uma gargalhada ele fala. - Boa sorte Rey, esse daí parece que nunca nem pedalou uma bicicleta na vida - ele sai pedalando sua bicicleta.
Rey dá um sorriso amarelo para o Vexor, e o Vexor somente sorrir, e vai para a garupa, com um pulo ele consegue sentar na garupa, e se apoiar.
Saindo da praça até o ponto de ônibus, não foi muito demorado, eles pegaram a rua reta da avenida a onde tinha várias árvores, e nem asfalto, era uma estrada de terra. Depois de quatro minutos eles deram uma curva, onde mais a frente estava o ponto de ônibus.
O ponto estava deserto, e o bom é que tinha vários espaços no banco para o endivido sentar. Vexor desceu e entregou o violão a Rey, e agradeceu mais uma vez.
Enquanto os três estavam se ajeitando para pedalar novamente, o Vexor fala. - Espera um pouquinho - fazendo todos esperarem para saber o que era. Vexor não tinha dinheiro, ele sabia disso antes mesmo de sair da praça, e além de não ter dinheiro para o ônibus ele não sabia qual ônibus pegar, pois, ele nunca andou de ônibus na vida dele, somente de carro.
O Vexor meche no bolso e fala. - Só tem um problema, eu não sei qual o nome do ônibus que irei pegar para voltar para casa, e não tenho dinheiro nem um.
Nesse momento o Diego fica indignado com o que o Vexor acabou de falar. - Problema é seu!
- O que é isso Diego? Não fale isso com ele - diz o Rey.
- É isso mesmo, nós já ajudamos ele a chegar no ponto de ônibus, agora a gente vai esperar o ônibus chegar e pagar o ônibus dele? Ah! nem vem Rey, eu vou é para casa! - ele se prepara para pedalar.
- Calma gente. - diz o Tonne.
- Fui calmo até de mais para o meu gosto! Tchau para vocês! - sem pensar duas vezes ele mete o pé no pedalo e vai embora.
O Vexor fica tenso após ver o Diego ir embora cuspindo fogo pelas ventas. Ele não queria ficar na rua, mas também não queria voltar para casa. No momento rápido, ele teve outra ideia. Dramatizando ele resolve contar a verdade, ele força as lágrimas nos olhos e baixa a cabeça, fazendo assim o Tonne e Rey ficarem com pena dele.
- Fica de boa, o Diego é assim mesmo. Amanhã ele já vai tá normal - fala o Tonne, tentando acalmar a situação.
- Mas ele falou a verdade, não era para eu fugir de casa.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro